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As passagens de Tcheco pelo Coritiba

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Tcheco teve duas passagens pelo Coxa Branca

Nascido em Curitiba, capital paranaense, o ex-meio campista Anderson Simas Luciano, popularmente conhecido apenas como Tcheco, está celebrando o seu 47º aniversário nesta terça-feira, dia 11. Muito lembrado por rodar entre vários clubes durante a carreira, o atleta teve duas passagens pelo Coritiba. Elas aconteceram entre 2002 e 2003, e também de 2011 a 2012.

Sua caminhada no meio futebolístico começou no Paraná Clube, jogando nas categorias de base do Tricolor. Se profissionalizou em 1996 no time azul, branco e vermelho, depois passou pelo Esportivo de Bento Gonçalves em 1998 e chegou a retornar à agremiação paranista no mesmo ano. Posteriormente, o meio campista ainda se transferiu para o Malutrom, atual J Malucelli, de 99 até 2001.

Foi logo após defender o Jotinha, que o desportista acertou sua ida para o Coxa Branca. Na equipe alviverde paranaense chegou à sua trajetória em maio de 2002, para a disputa do Brasileirão. Neste seu primeiro ano, teve grandes atuações e ficou muito reconhecido pela sua boa regularidade técnica durante todo o campeonato nacional. 

Defendo ainda o Verdão no ano seguinte, o jogador aumentou ainda mais seus números e ajudou a levar o clube ao título Campeonato Paranaense de maneira invicta atuando pelo mesmo clube. Além disso, em 2003, o atleta ainda fez parte do elenco que se classificou para a Libertadores, jogando junto de Marcel, Roberto Brum, Lima entre outros. Retornou ao Coxa no fim de 2010, onde foi Campeão Brasileiro da Série B e Bicampeão estadual em 2011/12.

Sua segunda e última passagem pelo Coxa aconteceu depois de jogar por Al-Ittihad, Santos, Grêmio e Corinthians. Em setembro de 2010, Tcheco voltou ao Coritiba, mas desta vez por empréstimo. Em Dezembro de 2010, o meio campista prolongou o seu contrato com o Coritiba por mais ano, permanecendo no clube paranaense até o final de 2011.


No final de 2011, Tcheco ficou no clube por mais seis meses no Coxa e mais tarde ainda depois se tornou cartola do time. Encerrou sua trajetória de jogador pouco após o vice-campeonato da Copa do Brasil de 2012. Mesmo em nova função, o agora treinador do Azuriz ainda chegou a trabalhar no Alviverde como auxiliar e treinador.

Corintiano volta ao Estádio de Yokohama 10 anos após título mundial para pagar promessa

Foto: arquivo pessoal

Dinho no retorno ao Estádio em Yokohama há exatos 10 anos após o título do Timão

O advogado Adeildo Heliodoro dos Santos, o Dinho, cumpriu uma promessa na última sexta-feira, 16 de dezembro de 2022. Dez anos após o título mundial do Corinthians, ele retornou ao Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, no mesmo horário em que foi a vitória sobre o Chelsea.

Ele, que esteve no jogo em que o Timão foi campeão, deixou mensagem no fórum do Meu Timão. "Durante a partida final contra o Chelsea fiz a promessa… Hoje, 16/12/2022, retornei ao estádio no mesmo horário da partida há 10 anos, 9h no horário do Brasil e 21h, horário do Japão. Foi emocionante demais! Abraços à todos e vai Corinthians", escreveu Dinho.

Ele postou também um vídeo, em suas mídias sociais, no momento exato do cumprimento da promessa.


Em 16 de dezembro de 2012, o Corinthians, após ser campeão da Libertadores, no meio daquele ano, e eliminar o egípcio Al Ahly na semifinal, derrotou o Chelsea, por 1 a 0, gol do peruano Paolo Guerrero, no segundo tempo, e conquistou o seu segundo Mundial de Clubes da Fifa, o primeiro sendo também campeão continental no mesmo ano.


Quem é Dinho - Adeildo Heliodoro dos Santos, o Dinho, tem 45 anos e é advogado previdenciário, um dos mais conceituados na Baixada Santista. Corintiano fanático, já fez outras ações envolvendo o Timão. Ele também foi vereador em Cubatão por três mandatos consecutivos, ficando no Legislativo da cidade de 1º de janeiro de 2005 até 31 de dezembro de 2016.

Há 10 anos, Corinthians vencia o Al Ahly e ia à final do Mundial de Clubes

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Lance onde saiu o gol corintiano

Após a realização de um sonho, a caminhada para outro. Em 12 de dezembro de 2012, há exatos 10 anos, o Corinthians, como então campeão da Libertadores, estreava no Mundial de Clubes daquele ano, fazendo a semifinal contra o Al Ahly. O tento de Guerrero naquela noite no Estádio de Toyota, no Japão, manhã no Brasil, colocou o Timão na "cara do gol" de seu segundo título mundial.

Depois de meses de expectativa, chegava o momento do Corinthians participar do Mundial de Clubes da FIFA. E não faltaram corintianos dispostos a fazer loucuras para assistir a disputa no Japão. Teve torcedor vendendo carro, deixando de dar presente de Natal para os filhos, até um que comeu fezes para ganhar passagens de um programa de televisão.

Infelizmente, não pude ir. Pior, não fui liberado para assistir a estreia em casa. A solução foi assistir no trabalho. O Corinthians entrou direto na fase semifinal e teve como primeiro adversário o Al Ahly, do Egito, que já havia participado de outras edições. O campeão da África venceu o Sanfrecce Hiroshima do Japão por 2 a 1, nas quartas de final.

Se não tive a sorte de assistir o jogo em casa, ao menos no trabalho foi tranquilo. Nenhum cliente apareceu e o telefone não tocou nenhuma vez. Já no Estádio de Toyota, a primeira chance de gol foi aos 9 minutos do primeiro tempo. Após bola afastada dentro da área, ela sobra para Douglas, que chuta pra fora. Aos 18', nova chance corintiana. Fábio Santos toca para Emerson Sheik, cruza pela esquerda e Ekramy defende.

O Corinthians segue atacando, até que aos 29', Fábio Santos toca para para Douglas, que alça a bola na área pela esquerda. Guerrero sobe e cabeceia para o gol. 1x0 Corinthians. Festa dos corintianos que encheram o estádio.

Se no primeiro tempo, o Al Ahly não ofereceu muitos riscos, o mesmo não pode se dizer do segundo. A equipe egípcia pressiona e aos 17 minutos quase empata, num chute de longa distância de Rabia. Aos 20', Fatini recebe pela direita, chuta cruzado e acerta a rede pelo lado de fora.

Aos 27', Aboutrika chuta da meia-lua, a bola desvia em Paulo André e vai pra fora. No lance seguinte, o Corinthians voltou a criar uma chance. Após receber de Guerrero, Paulinho limpa a marcação e chuta. A bola é desviada e vai pra fora.


Aos 37', nova chance de empate do Al-Ahly. Soliman passa por Alessandro e chuta por cima do gol de Cássio. A equipe egípcia seguiu pressionando até o final da partida, mas para alívio dos corintianos, o placar ficou mesmo no 1 a 0. Feita a primeira tarefa, agora era esperar quatro dias para a grande final. Com a mesma expectativa que teve esperando o início do Mundial.

Há 10 anos, São Vicente conquistava, na Segundona, o acesso para o Paulistão A3

Com informações do GE.com e Victor de Andrade
Foto: Marcio Pinheiro

Comemoração ao fim da partida

O dia 26 de setembro de 2012 é um marco na história do São Vicente Atlético Clube. Há 10 anos, o Alvinegro do Bitaru, que hoje encontra-se licenciado do futebol profissional, vencia o Joseense, por 2 a 0, no Estádio Mansuetto Pierotti, e conquistava o acesso para o Paulistão A3 de 2013.

Antes do Campeonato Paulista da Segunda Divisão daquela temporada começar, poucos apontavam o São Vicente como candidato ao acesso à Série A-3. O Calungão, na verdade, sequer era cotado para ser o melhor time da Baixada Santista na competição. O "Patinho Feio", como dirigentes, comissão técnica e jogadores do próprio clube diziam que o time era intitulado, contudo, foi a equipe da região que mais brilhou na Segundona em 2012, conquistando o acesso à Série A-3 e voltando ao terceiro escalão do futebol do Estado de São Paulo após seis anos, já que tinha disputado o torneio em 2005 e 2006.

A campanha vicentina esteve longe de empolgar nas primeiras duas fases da Segundona. Na primeira delas, o São Vicente avançou apenas como um dos melhores quartos colocados, na bacia das almas. Na segunda fase, a classificação também veio na última rodada, outra vez no limite.

O Calungão só acordou a partir da terceira fase, quando o fator-casa passou a fazer a diferença a favor do time alvinegro: foram seis vitórias nas sete partidas seguintes da equipe atuando no Mansueto Pierotti - que nas duas últimas fases do Estadual, registrou uma média de público duas vezes maior que nas etapas iniciais do torneio. Enfim consistente, o São Vicente obteve a classificação à quarta fase com uma rodada de antecedência.

O São Vicente, na quarta fase, também foi linear e chegou na penúltima rodada com chances de conquistar o acesso. E com isto, naquele 26 de setembro de 2012, o Alvinegro do Bitaru não deu chances para o Joseense. Waguininho, hoje no Cruzeiro, aos 43' do primeiro tempo, e Leandrão, que saiu do banco de reservas para marcar aos 33' do segundo tempo, fizeram os gols do Calungão, que conquistava o acesso.

O time vicentino, além do acesso, conquistava, naquele dia, a vaga para a decisão da competição. É verdade que o título não veio, o Calungão até venceu o primeiro jogo em casa, por 1 a 0, mas a derrota para o Votuporanguense, por 2 a 0, tirou o título do São Vicente. Porém, o acesso ficou na memória de todos os envolvidos naquele time do Alvinegro do Bitaru.


Estrutura - O futebol do São Vicente, naquele 2012, era mantido pela Kourosport, empresa que deixou o clube logo após o acesso e foi para a Portuguesa Santista, onde até hoje atua, mas somente no Sub-15 e Sub-17 atualmente. O treinador era Cristiano Troisi, que hoje faz parte da Comissão Técnica da Briosa. Outro da estrutura que está no time Rubro Verde da vizinha Santos é Marcos Martiniano, gerente adminisrativo. Já o gerente de futebol do Calungão naquela temporada era Samuel Maninho, que em 2016 foi campeão da mesma divisão com a Portuguesa Santista e neste 2022 trabalhou no Jabaquara.

Há 10 anos, um antigo sonho corintiano se realizava. A Libertadores era do Timão!

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

O capitão Alessandro levantava a Taça Libertadores

"Se for pra chorar, que seja de alegria". Essa foi a frase que escrevi no Facebook no primeiro minuto daquele 4 de julho de 2012. O sentimento dos corintianos estava aflorado. E a prova disso, foram os rojões que se ouviram ao longo de toda aquela quarta-feira. "Parabéns, torcedor corintiano. A cidade está linda", declarou Mano, na abertura do Estádio 97.

E num momento histórico, não faltaram casos inusitados. Sem ingresso, alguns torcedores entraram no Pacaembu na parte da tarde e se esconderam nos banheiros químicos até a hora da partida. A Federação Paulista de Futebol recebeu um número recorde de pedidos de credenciamento.

Eu, que fiquei fora ao longo de todo o campeonato, decidi não ir. Primeiro pelo preço absurdo que estavam pedindo em um ingresso. Segundo, que achei que poderia dar azar ao clube, por só ir ao jogo decisivo. Como havia feito nos últimos três jogos, fui ao Camaleão.

Se no primeiro jogo contra o Santos o bar estava vazio, naquele dia não se andava dentro dele. Assisti do lado de fora, até pra poder fumar. E como fumei. E como havia prometido, não bebi. No Pacaembu, quase 38 mil presentes.

O primeiro lance de perigo corintiano foi aos 11 minutos. Alex arriscou de fora da área, Orion defende, a bola escapa e ele a segura de vez na sequencia. Aos 16, Emerson Sheik avança pela direita, entra na área escapando da marcação, e Sornoza afasta a bola pra fora.

O Boca Juniors sofre uma baixa aos 33', quando o goleiro Orion é substituído por Sosa Silva. As equipes até foram ofensivas nos últimos minutos, mas o primeiro tempo termina sem gols. Porém, no segundo tempo, não iria demorar muito para a bola balançar a rede.

Aos 8 minutos, em cobrança de falta pela direita, Alex manda a bola na área e Jorge Henrique desvia de cabeça. Após disputa aérea pela bola entre Danilo e Sosa, ela sobra para o meia corintiano, que toca de calcanhar para Emerson Sheik, que finaliza: 1 a 0 Corinthians.

Atrás no placar, o Boca Juniors parte para o ataque e quase empata aos 26'. Riquelme lança a bola na área, Erviti cabeceia e Cássio pula para fazer a defesa. Entretanto, segundos depois, Schiavi erra o passe e Emerson Sheik dispara com a bola, entra na área e chuta à esquerda de Sosa Silva: 2 a 0 Corinthians.

Enquanto o Camaleão vibrava, ajoelhava no chão da rua e agradecia com as mãos pra cima. Estava em extase. Vivendo um sonho. Uma moça que assistia ao jogo ao meu lado, disse uma frase que me marcou para sempre: "Já olhou pra lua hoje? São Jorge está lá!".

O jogo segue e Emerson Sheik e Caruzzo começam a se provocar, com o atacante corintiano chegando a dar cara para o adversário bater. Os minutos passavam e ambos continuavam se provocando. Até o momento em que o árbitro Wilmar Roldá separa os dois.

Na sequencia, Chicão cobra falta perigosa e bola vai pra fora. Aos 43, Santiago Silva avança pra área e faz um chute cruzado. Cássio defende. Após o lance, a tv mostra a mordida de Emerson Sheik nos dedos de Caruzzo. Minutos depois, o árbitro encerra não só a partida, mas o fim do calvário corintiano na competição.

Ao fim do jogo, eu entro em choque, sem esboçar reação alguma. A espera foi tão grande que custava a acreditar na hora. Só quando um vendedor de faixas passa na minha frente que eu começo a celebração. Diego, um antigo colega de escola, não gostava de futebol e acompanhava tudo de perto. Na catarse, pegou minha faixa e colocou nele. A Praça Silvio Romero lotava conforme os minutos passavam.


Certo momento encontrei Bruno, um conhecido do bairro. Em êxtase e alegre de bebida, disse que seu filho se chamaria Emerson. Ainda não é pai, mas hoje ele tem um cachorro chamado Sheik. Faltando três horas para acordar pra trabalhar, chego em casa.

Ainda é estranho pensar que sendo uma pessoa tão emotiva, não tenha chorado em nenhum momento. Mas lembro de tudo passados dez anos. Foi sem dúvidas um dos momentos mais emocionantes da minha vida. E tenho certeza que também foi de outros milhões de torcedores corintianos. Naquele 4 de julho, historicamente lembrando pela independência dos Estados Unidos, o Corinthians estava liberto. Era enfim, campeão da Libertadores.

Com Romarinho "iluminado", Corinthians empatava com o Boca há 10 anos em La Bombonera na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Lance do gol de Romarinho, que deixou o Corinthians mais perto do título

Há exatos 10 anos, em La Bombonera, em Buenos Aires, na Argentina, o Corinthians, pela primeira vez em sua história, iniciava uma decisão de título da Copa Libertadores. E com um gol de Romarinho, no final da partida, o Timão empatava com o Boca Juniors naquele 27 de junho de 2012 e ficava a uma vitória simples do seu primeiro título continental, que viria uma semana depois.

Era a final dos sonhos. Um dos principais clubes brasileiros atrás de um título inédito, contra o bicho-papão da Libertadores dos últimos anos. A decisão entre Corinthians e Boca Juniors teve a tão temida La Bombonera como o primeiro palco. Eu, novamente no Camaleão, ao ver aquela festa na entrada em campo do Boca, senti o peso daquela partida e lembrei de rivais que não conseguiram passar por eles. Resultado: bateu a tensão, resolvi beber do lado de fora e não assisti o jogo.

Logo no primeiro minuto, Riquelme cruza a bola pela esquerda e Schiavi cabeceia por cima do gol. Aos 7', Paulinho recebe a bola no meio de campo, avança e arrisca de fora da área. Orion pula pra esquerda e espalma. Aos 33', o Boca chega com perigo. Mouche recebe de Riquelme, cruza da direita e Santiago Silva finaliza de bicicleta. Alessandro afasta. O primeiro tempo termina 0 a 0.

No segundo tempo, o Boca tem sua primeira chance de gol aos 4 minutos. Riquelme recebeu na meia-lua e chuta por cima do gol de Cássio. Aos 16', nova chance do onze argentino. Riquelme avança na área, toca para Mouche, que chuta. Cássio defende. Até que aos 28', Mouche cobra escanteio. Santiago Silva cabeceia a bola desviada, Chicão afasta com a mão direita, e a bola vai para a trave. No rebote, Roncaglia finaliza. 1 a 0 Boca Juniors.

Já com bastante álcool na cachola, começo a chorar e falo sozinho, me convencendo que a Libertadores não era um campeonato pro Corinthians conquistar. Porém, quem acompanhava a partida tratou de me dar confiança, nas comemorações que vinham de dentro do bar. Aos 40', Paulinho avança com a bola, toca para Emerson Sheik, que toca para Romarinho entrando sozinho na área. O atacante chuta por cima de Orion e empata.

Vale lembrar que o então novato atacante corintiano tinha recém chegado ao Timão, vindo do Bragantino, mas já tinha mostrado o seu valor ao marcar dois gols contra o Palmeiras, dias antes daquele confronto contra o Boca Juniors em La Bombonera. Romarinho estava mesmo predestinado naquele período.


Ainda houve tempo do corintiano levar um susto. Aos 45', após cruzamento de Clemente Rodriguez pela esquerda, Viatri manda de cabeça a bola na trave. Na sobra, Cvitanich sozinho cabeceia de mal jeito pra fora. Já tinha até torcedores do Boca comemorando o gol. O jogo termina mesmo em 1x1. No dia seguinte, além da dor de cabeça, me doía o fato de ter perdido um jogo tão importante pra história do clube. Restou a mim, passar o dia vendo o feito histórico de Romarinho, além da promessa de não beber durante o segundo jogo, uma semana depois.

Há 10 anos, Corinthians empatava com o Santos e se garantia na final da Libertadores 2012

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Danilo marcou o gol que colocou o Corinthians na decisão

Em 20 de junho de 2012, portanto há 10 anos, o Corinthians conseguia pela primeira vez conquistar a vaga para a final da Copa Libertadores. Enfrentando o Santos de Neymar, campeão do ano anterior, no Pacaembu, o Timão buscou o empate em 1 a 1, o suficiente para cravar seu lugar na decisão, já que tinha vencendo o primeiro jogo por 1 a 0, na Vila Belmiro. O adversário na grande final seria o Boca e o final desta história, seria muito feliz!

Mas, naquele 20 de junho, no Pacaembu, o coração corintiano pulsando forte sendo retratado nas cadeiras laranja do Pacaembu, era o retrato perfeito de como estavam os corações dos corintianos naquele momento. Afinal, um empate separava o Corinthians de uma decisão inédita da Libertadores. Porém, do outro lado estava o Santos, que se vencesse marcando mais de dois gols, iria para sua segunda final consecutiva da competição. Em caso de 1 a 0, a vaga seria decidida nos pênaltis.

E os torcedores do alvinegro praiano também estavam confiantes. Como meu irmão, que reuniu os amigos em casa para assistir a partida. Já eu voltei ao Bar Camaleão, que deu sorte ao Corinthians uma semana antes. No jogo, o Santos faz a primeira finalização aos 4 minutos. Neymar cobra a falta e Cássio faz uma defesa tranquila. Aos 10', o Corinthians avança no contra-ataque, com troca de passes entre os jogadores, que fecha num chute fraco do Willian e na defesa de Rafael Cabral.

Aos 20', Alex faz cobrança de falta e Rafael Cabral faz uma grande defesa. Aos 29, foi a vez do Santos chegar com perigo. Neymar avança pela direita, cruza para Alan Kardec, que toca para Juan, que chuta. A bola desvia em Jorge Henrique e Cássio voa na bola para fazer a defesa. Aos 35', a ofensiva do Santos funciona. Neymar avança, toca para Alan Kardec à direita, que cruza. A bola desvia em Borges, bate na trave e Neymar conclui. Santos 1 a 0.

Mas o Corinthians não sentiu o gol. Aos 45' quase empata. Fábio Santos cruza, Jorge Henrique cabeceia e Rafael Cabral espalma pra fora. No intervalo estava preocupado. Mas sem deixar de perder a confiança. E já no segundo minuto do segundo tempo, um alívio. Alex cobra falta pela esquerda, Edu Dracena desvia a bola e ela sobra para Danilo, que chuta e marca o gol de empate. No decorrer do período, as equipes se alternaram no ataque, sem nenhuma chance clara de gol. E para a alegria dos mais de 35.000 corintianos presentes, a partida terminou 1x1.


"O sonho do Corinthians continua vivo", declara Cléber Machado ao fim do jogo. A Praça Silvio Romero, no Tatuapé, acostumada a receber os corintianos em conquistas de título, dessa vez era palco de uma celebração de classificação. E não era para menos. Em 102 anos de Corinthians, nenhum torcedor do havia visto o clube chegar tão longe na Libertadores. E o adversário da final, um cenário oposto. O Boca Juniors, da Argentina, brigaria pelo sétimo título da competição. Ao voltar da praça, encontro um antigo vizinho. Durante a conversa, lembrei da dor da eliminação de 2000, e comentei: "Esperei 12 anos por esse dia".

Há 10 anos, na Vila Belmiro, Sheik acertava um chutaço e deixava Timão perto da final da Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Sheik comemorando o único gol do jogo

Em 13 de junho de 2012, o Corinthians dava um grande passo rumo ao título da Libertadores daquele ano. Em plena Vila Belmiro, com um chute preciso de Emerson Sheik, no primeiro tempo, o Timão vencia o Santos de Neymar no jogo de ida da semifinal do certame.

Foram três semanas de espera e muita expectativa. Dois dos times que estavam em evidência no futebol brasileiro, entravam em campo para a decidir uma vaga na final da Libertadores. De um lado, o Santos então atual campeão da competição, que vivia o ano de seu centenário e contava com o melhor jogador do Brasil na época, Neymar. Do outro lado, o invicto Corinthians, que havia sido campeão brasileiro do ano anterior.

A Vila Belmiro ficou lotada para o clássico. Já eu assisti o jogo no bar Camaleão, perto de casa, junto com amigos. A tensão e a atenção no jogo era grande. Apenas as moças bonitas que passavam em frente a nossa mesa tiravam nossa concentração. Na primeira metade do primeiro tempo, as equipes arriscavam nos chutes de longa distância.

Aos 27 minutos, Paulinho recebe de Alex, avança, e toca para Emerson Sheik. O atacante ajeitou a bola, e num chute cruzado faz um golaço. Corinthians 1 a 0. O Santos parte para o ataque, e passa a ter o controle do jogo. Chegou com perigo aos 42', quando Juan recebe pela esquerda, toca para Elano, que finaliza. A bola bate em Fabio Santos, Durval pega o rebote e Leandro Castán afasta.

Na etapa final, o Santos começa melhor. Aos 4 minutos, Juan recebe a bola na área e tenta fazer o domínio. Ela sobra para Borges, que chuta à esquerda de Cássio, que faz a defesa. No minuto seguinte, Neymar cobra escanteio, Ralf desvia, e Durval chuta. Cássio manda pra fora.

A pressão santista continuou. Aos 10', Juan cruza, Alan Kardec toca de cabeça para Borges, que cabeceia para o gol. Cássio espalma por cima do gol. Aos 29', clima esquenta no jogo. Primeiro, uma dividida entre Paulinho e Adriano, seguida de uma dividida entre Leandro Castán e Alan Kardec, onde na sequencia Neymar deu uma entrada dura em Leandro Castán. Os jogadores começam uma discussão. Neymar levou amarelo pelo lance.


Aos 31', nova confusão entre os jogadores. Emerson Sheik faz falta em Neymar, toma o segundo amarelo e é expulso. Aos 35', o Santos quase empata. Após cobrança de escanteio, a bola sobra para Juan, que chuta, e Cássio espalma pra fora. No minuto seguinte, enquanto Alex chegava na área santista, parte dos refletores da Vila Belmiro se apagam. Indignado, eu reclamava com os amigos: "Se isso acontecesse no Pacaembu, amanhã já teria CPI em Brasília". A luz voltou depois de 18 minutos.

O Santos pressionou nos minutos que restavam, mas sem sucesso. Ao final, vitória corintiana por 1x0. O mesmo placar do sonho que tive da partida. Pela primeira vez o Corinthians teria a vantagem do empate jogando em casa. A partida da volta seria na semana seguinte, no Pacaembu.

Há 10 anos, Cássio "fazia milagre" e Corinthians passava pelo Vasco na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Cássio fazendo o milagre no lance de Diego Souza

Dificilmente um título histórico fica marcado apenas pelo jogo decisivo. No texto de hoje vamos mostrar isso. Uma partida que é lembrada até hoje, seja por quem torceu pelo Corinthians ou por quem torceu contra ele. Após o empate de 0 a 0 em São Januário, Corinthians x Vasco voltavam a se enfrentar no Pacaembu, em 23 de maio de 2012, em um jogo onde Cássio entraria para a história do Corinthuans como heroi na vitória por 1 a 0.

O cenário do duelo era idêntico ao confronto com o Emelec. Quem vencesse, avançava. Um novo 0 a 0 levava para os pênaltis, e um empate com gols classificava a equipe carioca. Nos primeiros minutos de jogo, as equipes criaram chances na bola parada e chutes de longa distância. Aos 19 minutos, o Corinthians quase abre o placar. Após cobrança lateral, Danilo escora a bola de cabeça, Renato Silva e Éder Luis não conseguem domina-la, e ela sobra para Emerson Sheik, que finaliza. A bola resvala em Fagner e vai pra fora.

Aos 31', Danilo cruza da esquerda, Paulinho cabeceia, e Fernando Prass espalma. As equipes se alternaram nos ataques, mas o primeiro tempo terminou sem gols. No segundo tempo, o Corinthians ficou desfalcado do técnico Tite, que foi expulso após reclamações pra cima do árbitro Leandro Pedro Vuaden. O treinador foi para o setor das numeradas, de onde passou as instruções para sua comissão técnica.

Aos 17 minutos, o lance que marcaria não só a partida, mas a conquista corintiana. Alex manda a bola na área em cobrança de falta, e Fernando Prass espalma. No rebote, Alessandro faz o chute, Diego Souza intercepta a bola e dispara em contra-ataque, com toda a equipe corintiana no campo de ataque. Assistindo ao lance, sentado na minha cama, já estava conformado com o gol, antes mesmo dele sair.

Com apenas o Cássio em sua frente, Diego Souza chuta da meia-lua da área, à esquerda do goleiro. Com a ponta dos dedos, Cássio espalma pra fora: um milagre! Assisti incrédulo, tentando entender como ele havia conseguido perder o gol. O comentarista da Rádio Coringão, por onde ouvia o jogo, esbravejou: "Porra, Alessandro! Caralho!"

No lance seguinte, nova chance para o Vasco. Após cobrança de escanteio, Nilton cabeceia a bola na trave. O Corinthians cresce na partida e passa a criar mais chances. Aos 31', após briga pela bola dentro da área vascaína, ela sobra para Emerson, que chuta na trave. Aos 37', William recebe na entrada da área, limpa a marcação e chuta. Fernando Prass defende.


Até que aos 42', após cobrança de escanteio, Paulinho sobe sozinho e cabeceia para o gol. 1x0 Corinthians. Jogadores reservas invadem o campo para comemorar. Paulinho comemora com seus companheiros e sobe o alambrado do setor das numeradas. Um torcedor sobe junto e o abraça. Eu, sem poder comemorar como queria, com irmão e cunhada dormindo, me restou gritar com a cabeça no travesseiro.

Mas o Vasco não se abateu. Aos 44', Juninho cobra falta pela direita e Rômulo cabeceia pra fora. E após três minutos de acréscimo, o árbitro encerra a partida. Após 12 anos, o Corinthians voltava a uma semifinal de Libertadores. E o adversário só sairia no dia seguinte. Tal qual em 2000, o Corinthians enfrentaria um rival que era o atual campeão. A diferença era o clube: o Santos.

Há 10 anos, Corinthians ficava no 0 a 0 com o Vasco na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Corinthians ficou no 0 a 0 com o Vasco em São Januário

Em 16 de maio de 2012, o Corinthians enfrentava o Vasco da Gama, em São Januário, no Rio de Janeiro, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores daquela temporada. O 0 a 0 daquela noite foi mais um capítulo do tão sonhado título continental do Timão, que está completando 10 anos.

O primeiro confronto entre Corinthians x Vasco aconteceu em São Januário. As únicas vezes que o Corinthians havia jogado as quartas de final da Libertadores até então tinha sido em 1999, contra o Palmeiras, e 2000, quando teve o Atlético Mineiro como adversário. O Vasco também vivia um bom momento. Em 2011, foi campeão da Copa do Brasil e disputou o título do Brasileirão com o Corinthians até a última rodada.

Nos primeiros seis minutos, três bolas paradas do Corinthians, todas cobradas por Emerson Sheik. Mas nenhuma com sucesso. Enquanto isso, no supletivo que fazia na época, era dia de apresentação de trabalhos. No fundo da sala, ouvia um jogo com os fones no ouvido. Eis que uma colega reclamou que não prestava atenção no trabalho de grupo dela. Não falei nada, e continuei ouvindo o jogo e com o capuz da blusa na cabeça.

Ao longo do período, o Vasco chegou ao gol adversário em diversas oportunidades. Porém, o placar permaneceu em 0 a 0. A chuva prejudicou o gramado de São Januário. Emerson Sheik saiu de campo com o uniforme extremamente sujo. A etapa complementar assisti num bar, já livre de qualquer bronca. E o Vasco começou melhor.

Aos 4 minutos, Diego Souza lança para Éder Luís, que chuta fraco, e Cássio defende. Aos 10', Alecsandro faz lançamento longo para Éder Luís, que invade a área e chuta pra fora. O Corinthians tem grande chance aos 14'. Após uma dividida de bola entre Jorge Henrique e Rodolfo dentro da área, a bola sobra para Alex, que cruza, Jorge Henrique cabeceia e Fernando Prass evita o gol com o pé. Ralf pega o rebote, chuta, e Rodolfo desvia.


Aos 25', após cobrança de escanteio, Diego Souza toca de cabeça para Alecsandro, que em posição de impedimento, cabeceia para o gol. A arbitragem anula o tento. No decorrer do jogo a equipe local é mais ofensiva. O Corinthians só arrisca aos 43', num chute de Douglas de fora da área. O placar ficou mesmo no 0 a 0. O jogo de volta seria na semana seguinte, no Pacaembu, em um dos capítulos mais fascinantes desta história.

Há 10 anos, Corinthians fazia 3 a 0 no Emelec e passava pelas oitavas da Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Comemoração em um dos gols do Timão naquela noite

2012 foi um ano especial para o Corinthians, pois o Alvinegro do Parque São Jorge conquistou a tão sonhada Libertadores. E em 9 de maio daquele ano, há exatos 10 anos, o Timão passava das oitavas de final da competição com uma vitória por 3 a 0 sobre o Emelec no Pacaembu.

Passada toda a bronca do confronto em Guayaquil, Corinthians e Emelec voltavam a se enfrentar, dessa vez no Pacaembu. Com o 0 a 0 do primeiro jogo, a partida iria para os pênaltis caso o placar se repetisse. O empate com gols dava a vaga para a equipe equatoriana, já que o regulamento da época beneficiava os gols das equipes visitantes.

Sabendo das dificuldades que teria, o Corinthians tratou de abrir o placar logo aos 7 minutos. Emerson Sheik avança pela esquerda, toca para Fabio Santos, que se livra da marcação e chuta para o gol. 1x0 Corinthians. Aos 21', o Corinthians quase amplia. Após cobrança de lateral pela direita, William tenta o domínio e Achilier desvia a bola. Ela sobra para Paulinho, que mata no peito e chuta. Dreer faz grande defesa.

O Emelec chega a pressionar, mas foi o Corinthians quem quase fez o segundo gol aos 40'. Emerson Sheik cruza da esquerda, Danilo toca de cabeça para Paulinho, que também de cabeça manda a bola na trave. Nos acréscimos, a última tentativa do Emelec. Pedro Quiñónez cobra falta pela esquerda e Cássio defende.

No primeiro minuto do segundo tempo, o Emelec quase chega ao empate. Em cobrança de falta na meia-lua, Pedro Quiñónez rola a bola para Valencia, e Cássio espalma pra fora. A partida estava equilibrada, até que aos 19', Chicão cobra a falta e Paulinho de cabeça marca o segundo gol corintiano.

O Emelec pressiona. Aos 24', De Jesus chuta na entrada da área e Cássio defende. Aos 28', após virada de jogo, Gaibor cabeceia e nova defesa de Cássio. O Corinthians cresce, até que aos 40', Emerson Sheik lança para Danilo à esquerda, que toca para Alex, que finaliza, marcando o terceiro gol corintiano, garantindo a classificação para as quartas de final da Libertadores, depois de 12 anos fora.


Após o jogo, uma parte da torcida do Corinthians acompanhou do telão do Pacaembu, a disputa de pênaltis entre Vasco e Lanús, da Argentina. O vencedor do confronto seria o próximo adversário corintiano. Quem também estava atento era o meia Alex, que assistiu as cobranças enquanto dava uma entrevista. E a equipe carioca levou a melhor. O primeiro confronto seria em São Januário. E mais uma vez acompanhei tudo de casa, com refrigerante, cigarro e twittadas.

Há 10 anos, Corinthians iniciava mata-mata da Libertadores do título com um 0 a 0 contra o Emelec

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Paulinho cercado por dois jogadores do time equatoriano

Em 2 de maio de 2012, há exatos 10 anos, o Corinthians iniciava o mata-mata da Libertadores, que daria o tão sonhado título, contra o Emelec, no Estádio Estádio George Capwell, em Guaiaquil. No fim, a partida terminou com o placar de 0 a 0, deixando tudo igual para a volta, uma semana depois, no Pacaembu.

Depois de terminar a primeira fase em primeiro lugar no grupo 6, com quatro vitórias e dois empates, o Corinthians teria o Emelec, do Equador, como adversário das oitavas de final. Fase essa que desde 2000 equipe alvinegra não conseguia sair vitoriosa, sendo eliminada em 2003, 2006 e 2010. 

O primeiro confronto foi no Estádio George Capwell, em Guayaquil. A grande novidade da equipe do técnico Tite foi o goleiro Cássio, que assumiu a titularidade após as falhas de Júlio Cesar contra a Ponte Preta, pelo campeonato Paulista.

A primeira metade do primeiro tempo foi equilibrado, com ambas as equipes criando chances de gol. O onze equatoriano teve oportunidades na bola parada. Aos 29 minutos, Emerson Sheik cobra escanteio e José Luis Quiñónez desvia pra fora. Aos 35', Emerson Sheik avança pela esquerda e finaliza, mas a bola vai pra fora.

No segundo tempo, o Emelec quase abre o placar aos 3 minutos. Giménez lança bola na área, Achilier escora de cabeça e Cássio espalma. Aos 6', nova chance corintiana. Após contra-ataque, Emerson Sheik chuta cruzado da linha de fundo e Dreer defende em dois tempos. 

No lance seguinte, Jorge Henrique faz falta em Gaibor, recebe o segundo amarelo e é expulso. Aos 17', nova chance do Emelec. Valencia cobra a falta e manda a bola na trave. A pressão equatoriana persistiu ao longo do período, com Cássio tendo grande atuação. Ao final, 0x0.

Após a partida, os ânimos estavam aflorados pelo lado do Corinthians, com as reclamações por conta da atuação do árbitro colombiano José Hernando Buitrago. "O que o árbitro fez aqui hoje é uma vergonha. A Conmebol tem que tomar uma providência. Porque querer que o Corinthians ganhe título dessa forma, é impossível" reclamou o então presidente do Corinthians, Mário Gobbi.


"Ele começou a inverter algumas faltas" declarou Chicão. Já Jorge Henrique afirmou: "O juiz, além de ser fraco, é caseiro". Já o técnico Tite lamentava: "Enquanto profissional, me senti envergonhado com a arbitragem". De casa, assistia a tudo tão indignado quanto. O confronto de volta seria na semana seguinte, no Pacaembu.

Há 10 anos, Corinthians encerrava fase de grupos da Libertadores do título com goleada

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Comemoração em um dos gols naquela noite

Em 2012, o Corinthians conquistava o seu grande "sonho de consumo" ao vencer a Libertadores. A caminhada para o título foi invicta e há exatamos 10 anos, em um 18 de abril, o Timão encerrava a fase de grupos goleando o Deportivo Táchira por 6 a 0 no Pacaembu.

O último compromisso na primeira fase da Libertadores levou quase 30 mil corintianos ao Pacaembu. O Corinthians enfrentou o Deportivo Táchira, da Venezuela. Se no jogo de estreia, a equipe do técnico Tite conquistou um ponto de forma heroica, neste jogo o enredo foi bem distinto.

Aos 17 minutos, após cobrança de falta pela esquerda, Danilo cabeceou e abriu o placar para o Corinthians. Aos 26', o segundo. Liedson e Paulinho avançam para a área trocando passes, e o volante completa para o gol: 2 a 0 Corinthians. A equipe alvinegra continuou no comando do jogo, enquanto o Deportivo Táchira se complicou após a expulsão de Rouga, por uma entrada dura em Danilo.

No segundo tempo, o Corinthians sobrou em campo. Aos 17 minutos, após troca de passes, Jorge Henrique chutou cruzado da direita e marcou o terceiro gol. Aos 24', mais um gol do Corinthians. Jorge Henrique cruza pela direita, Angel escora de cabeça e a bola sobra pra Emerson Sheik, que chutou de primeira para o gol.

Na sequencia, Emerson Sheik é empurrado dentro da área e a arbitragem marca pênalti. Liedson, que vivia um jejum de gols, vai para a cobrança. No chute, Rivas defende, o atacante aproveita o rebote, e marca o quinto gol corintiano. Aos 37', Liedson, em posição de impedimento, sofre a falta de Rivas. Mais um pênalti marcado. Na cobrança, Douglas marca mais um, fechando o placar em 6x0.


O Corinthians terminou a fase de grupos em primeiro lugar do grupo 6, com 14 pontos, seguido pelo Cruz Azul, do México, com 11 pontos. O adversário do Corinthians nas oitavas de final só saiu no dia seguinte, com todos os grupos da Libertadores já definidos: o Emelec, do Equador. Eu, que assisti a última partida em casa, fui dormir feliz com a goleada, e já na expectativa pelo mata-mata.

Há 10 anos, Corinthians batia o Nacional paraguaio, em Ciudad del Este, na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Jorge Henrique foi destaque no jogo

Neste 2022, completam-se 10 anos do tão sonhado título do Corinthians na Copa Libertadores. E em 11 de abril de 2012, em Ciudad del Este, o Timão conseguia sua primeira vitória no certame fora do país, fazendo 3 a 1 no Nacional paraguaio.

Em busca de sua primeira vitória fora de casa, o Corinthians entrou em campo contra o Nacional, do Paraguai, no Estádio 3 de Febrero, em Ciudad del Este. Uma vitória daria a equipe do técnico Tite a vaga para as oitavas de final.

Na primeira metade do período, as equipes alteranaram finalizações. Até que aos 28 minutos, o Corinthians abriu o placar. Após receber de Danilo, Jorge Henrique chutou na entrada da área. Corinthians 1 a 0.

Enquanto isso, saía do supletivo até um bar próximo da minha casa, onde a Rádio Coringão fazia a transmissão da partida. Aos 39', o Nacional quase empata. Numa bola parada, Miranda chuta de longa distância e atinge a trave.

No segundo tempo, o Corinthians ampliou aos 6 minutos. Edenílson avançou pela área se livrando da marcação. Emerson Sheik chegou na bola e finalizou. 2x0. Aos 13', o Nacional chegou perto. Mazacotte recebeu pela direita, limpa a marcação e chuta. Júlio Cesar espalmou pra fora.

O gol da equipe paraguaia aconteceu aos 23'. Torales recebe a bola na área e chuta. Júlio Cesar dá rebote e numa puxeta, Peralta manda o gol. Mas para o alívio corinthiano, o terceiro gol veio dois minutos depois, com Elton completando sozinho para o gol, após receber de Emerson Sheik.


No restante da partida, o Nacional foi quem teve mais oportunidades de gol, mas o placar ficou mesmo em 3 a 1. O Corinthians chegava aos 11 pontos e seguia líder do grupo 6, três a mais que o Cruz Azul, do México, segundo colocado. O Corinthians fecharia a participação na primeira fase na semana seguinte, contra o Deportivo Táchira, da Venezuela, no Pacaembu.

Há 10 anos, Corinthians batia o Cruz Azul, no Pacaembu, na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Timão venceu o Cruz Azul no Pacaembu

Em 21 de março de 2012, exatamente uma semana depois do empate no México, Corinthians e Cruz Azul voltavam a se enfrentar pela Copa Libertadores daquela temporada. Dessa vez, diante dos quase 30 mil corintianos presentes ao Pacaembu, o Timão venceu, por 1 a 0, e ficaria em primeiro lugar no Grupo 6, encaminhado a vaga para as oitavas, sendo mais um passo rumo ao título que completa 10 anos neste 2021.

Enquanto eu apresentava um trabalho de história no supletivo, o Corinthians criava sua primeira chance. Aos 8 minutos, após troca de passes com Paulinho, Alex chuta fraco de fora da área, pra defesa tranquila de Corona. Ao longo do período, o domínio corintiano prevaleceu.

O Cruz Azul quase abriu o placar aos 29', quando Omar Bravo cabeceou a bola na área e Leandro Castan desviou contra a própria meta. A bola passou rente a trave esquerda de Julio Cesar e foi pra fora. Aos 35', a fiel torcida explodiu no Pacaembu. Alex cobrou falta pela direita e Danilo cabeceou para a rede. 1 a 0 Corinthians.

Já em casa, consegui assistir o segundo tempo. A equipe do técnico Tite começa o segundo tempo pressionando. Aos 4 minutos, Paulinho chutou cruzado pela direita e Corona espalmou pra fora. Dois minutos depois, Fabio Santos recebeu de Alex, entra na área e chuta, pra novo desvio de Corona. Aos 14', nova chance corintiana. Jorge Henrique avançou pela esquerda, se livra de dois marcadores e chuta. Corona defende.


A equipe mexicana conseguiu se impor no jogo, mas se complicou com a expulsão de Pinto. Após a expulsão, o Corinthians voltou a pressionar. Próximo do fim, o Cruz Azul ficou perto do empate. Villa avançou pela esquerda e num chute cruzado, mandou a bola na trave. Em novo ataque, Maranhão chutou na estrada da área e Julio Cesar espalmou pra fora. A fiel respirou aliviada com o fim da partida e a vitória por 1 a 0.

Com a vitória, o Corinthians assumiu a liderança do grupo 6 com oito pontos, seguido pelo Cruz Azul com sete. O Corinthians voltaria a entrar em campo no dia 11/04, contra o Nacional, na Cidad del Este, no Paraguai.

Há 10 anos, Corinthians empatava com o Cruz Azul, no México, na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Timão ficou no 0 a 0 no México

Em 14 de março de 2012, o Corinthains enfrentava o Cruz Azul, na Cidade do México, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores daquela temporada, quando o Timão conquistou o tão sonhado título da Fiel e que neste 2022 completa 10 anos.

Era chegado o grande desafio da primeira fase. O Corinthians entrava em campo contra o Cruz Azul, do México, no Estádio Azul. Além da equipe mexicana, a equipe do técnico Tite teria uma outra adversária: a altitude de quase 3 mil metros da Cidade do México.

O Corinthians começou pressionando. Aos 5 minutos, a primeira finalização, num chute de Alex de fora da área. Aos 27', a primeira oportunidade do Cruz Azul. Maranhão se livrou da marcação de Edenilson, chuta, e Julio Cesar espalma. Aos 33' num chute forte de Gimenez, Julio Cesar mais uma vez espalmou a bola. A equipe alvinegra quase abriu o placar aos 42', quando após o cruzamento de Fabio Santos, Dominguez desviou para o próprio gol. Para sorte do Cruz Azul, Corona salvou a bola.

Na etapa final, o Corinthians começou melhor. Aos 10 minutos, Liedson recebeu pela esquerda e quase perde o domínio da bola. Deu uma bicicleta, e a bola sobrou para Paulinho, que chutou por cima do gol. Três minutos depois, após troca de passes, Paulinho chutou da meia-lua, à esquerda de Corona. O Cruz Azul cresceu no jogo ao longo do período, e criou chances na bola parada. Aos 44', a grande chance da equipe local. Maranhão cruzou pela esquerda, Omar Bravou cabeceou e Chicão usa o pé esquerdo para tirar a bola quase em cima da linha.


Fim de jogo, 0 a 0. O Corinthians chegou aos cinco pontos, sendo o vice-líder do Grupo 6, com uma vitória e dois empates. Já o Cruz Azul, com sete pontos, duas vitórias e um empate, liderava o grupo. Na semana seguinte, um novo confronto das equipes, dessa vez no Pacaembu. De minha parte, nenhuma lembrança clara desse dia.

Há 10 anos, Ricardo Teixeira deixava presidência da CBF ao ser alvo de denúncias

Com informações do G1.com
Foto: arquivo

Ricardo Teixeira ficou à frente da CBF por 23 anos

Em 12 de março de 2012, há exatos 10 anos, Ricardo Teixeira renunciava à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cargo que ocupava desde 1989. A decisão, na época, foi anunciada em carta enviada à entidade e divulgada nesta segunda-feira, em que também comunicava a saída do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, que foi disputada no Brasil.

"Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido", escreveu Teixeira, de 64 anos, em carta lida no dia da renúncioa por José Maria Marin, ex-vice-presidente da confederação para a Região Sudeste, que assumiu a entidade com a saída de Teixeira e passou a chefiar oficialmente a CBF até 2015.

"Presidir paixões não é uma tarefa fácil em nosso país. Futebol é associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos exaltam o talento, quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance, renunciei à saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias", acrescentou Teixeira.

Denúncias e polêmicas - Sem interlocução com a então presidente Dilma Rousseff nos preparativos do país para sediar a Copa do Mundo, Teixeira vinha sendo alvo de rumores sobre seu afastamento do comando do futebol brasileiro desde fevereiro daquele ano.

O dirigente também colecionou atritos com a Fifa, entidade que comanda o futebol mundial e da qual é membro do comitê executivo. Ele chegou a entrar em rota de colisão com o presidente da entidade, Joseph Blatter, ao sinalizar apoio ao candidato de oposição na eleição para o comando do órgão no ano passado.

Alvo de denúncias de irregularidades no comando do futebol brasileiro, Teixeira acabou sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de crimes de remessa ilegal de dinheiro ao Brasil e lavagem de dinheiro.

A denúncia se refere ao caso da falência da empresa de marketing esportivo ISL. Teixeira estaria entre dirigentes que supostamente receberam propina da empresa nos anos 1990 para garantir contratos lucrativos de direitos de TV e patrocínios de Copa do Mundo.

A ISL faliu em 2001. A Fifa prometeu em outubro divulgar os dados de um processo na Justiça suíça sobre o tema. Em 2000, Teixeira depôs na Comissão Parlamentar de Inquétito que investigou os contratos da CBF com sua patrocinadora e fornecedora de material esportivo Nike. À época, o relator da comissão era o então deputado federal e hoje ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Durante o período de Teixeira à frente da CBF, a seleção brasileira conquistou as Copas do Mundo de 1994 -a primeira em 24 anos- e de 2002. Foram ainda cinco títulos da Copa América, três da Copa das Conferedações, além de diversas taças conquistadas pelas seleções de base.


Escândalos após a saída de Teixeira - A CBF continuou marcada por denúncias e escândalos após a saída de Teixeira, que teve várias acusações após sair da confederação, quando ficou doente e emagreceu. Marin, o sucessor, ficou no comando da entidade até em 2015. Completou o mandato, sendo presidente na época doa Copa do Mundo no Brasil, mas saiu também com denúncias de corrupção e chegou a ser preso nos Estados Unidos.

Seu sucessor, Marco Polo del Nero também renunciou sendo alvo de corrupção. Após um mandato 'tampão' do Coronel Nunes, que ficou marcado por descumprir um acordo com a Conmebol e votar no Marrocos como sede da Copa do Mundo de 2026, ao contrário da ganhadora tríplice organização México-Canadá-Estados Unidos, assumiu a presidência Rogério Caboclo, que também deixou a presidência da entidade por denúncias, mas de assédio moral e sexual. Agora, a CBF é presidida interinamente por Ednaldo Rodrigues e uma eleição deve ser convocada.

Há 10 anos, Corinthians vencia o Nacional paraguaio na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: Gazeta Press

Danilo comemora um dos gols do jogo

Após três semanas da estreia e do pontinho heroico na Venezuela, o Corinthians voltava à campo pela Libertadores de 2012, a que veio o tão sonhado título, no dia 7 de março. O adversário era o Nacional, do Paraguai, que era considerado o confrono mais fácil da equipe alvinegra. A torcida compareceu em peso ao Pacaembu para a estreia corintiana em casa na competição sul-americana. Mais de 29 mil presentes.

Logo aos 3 minutos de jogo, a primeira finalização do Corinthians, num chute de Paulinho de fora da área. Aos 11', Alex também arriscou de longa distância, pra defesa de Ignacio Don. No minuto seguinte, Danilo recebeu de Liedson, se livrou de dois marcadores e Ignacio Don afastou com os pés a chance de gol corintiana.

Os alvinegros mantiveram o domínio do jogo, até que aos 38', Liedson chutou cruzado pela esquerda e Ignacio Don não segura a bola. Paulinho afastou a bola do goleiro, e ela sobrou para Danilo, que limpou a marcação e finaliza: 1 a 0 Corinthians. A equipe local chegou a criar outras chances de gol até o final do período, mas sem sucesso.

O segundo tempo começa com a primeira chance clara de gol do Nacional. Após cruzamento da direita, Angel cabeceou pra fora. No minuto seguinte, Angel arriscou de fora da área, e Julio Cesar espalmou pra fora. Aos 21 minutos, o Corinthians ampliou. Edenilson avançou pela direita após escapar de dois marcadores e cruzou para Jorge Henrique, que usou o ombro para finalizar e marcar o segundo tento corintiano.

Ao longo do segundo tempo, foi o Corinthians quem chegou mais próximo de marcar. Mas o placar ficou mesmo em 2 a 0. A equipe do técnico Tite conquistava sua primeira vitória, e chegava aos quatro pontos em dois jogos. Se o Nacional era considerado o adversário mais fraco, o próximo confronto seria mais complicado. Contra o Cruz Azul, do México, fora de casa, e com duas vitórias nos dois primeiros jogos.


Naquela época eu fazia supletivo e só consegui assistir em casa o segundo tempo. A única lembrança clara que eu tenho desse dia é ver de relance a TV de um restaurante passando o jogo, enquanto o ônibus passava em frente ao local. Conforme for lembrando dos próximos jogos, vou contando pra vocês.

Há 10 anos, Corinthians começava a caminhada rumo ao título da Libertadores

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: Arquivo

Ralf comemora o gol fora de casa

O tempo passa e até parece que foi ontem. Porém, neste 2022, vão completar 10 anos do título do Corinthians na Copa Libertadores, a tão sonhada conquista do Timão. E em 15 de fevereiro daquele ano, a caminhada rumo à cobiçada taça começava em San Cristóbal, na Venezuela, onde o Timão empatava em 1 a 1 com o Deportivo Táchira, no Estádio Polideportivo de Pueblo Nuevo.

Copa Libertadores. Torneio continental que com o passar dos anos se tornou o grande objetivo dos clubes brasileiros. Seja pela sua importância, ou pela vaga para o Mundial de Clubes da FIFA. Para o torcedor corintiano, a competição era a grande pedra no sapato, já que nunca havia sentido o prazer de ver seu clube levantando este troféu. E a cada tentativa mal sucedida, mais aumentavam as provocações de seus rivais.

Na edição de 2012, o Corinthians participava sendo o Campeão Brasileiro. Um ano antes, a grande tragédia corintiana na Libertadores. Enfrentando o Tolima por uma vaga na fase de grupos, empatou sem gols no Pacaembu e, derrota por 2 a 0 na Colômbia. Houve protesto dos torcedores e a cabeça de Tite foi colocada a prêmio. O então presidente Andrés Sanchez bancou sua permanência.

O Corinthians teve como adversários do Grupo 6 o Deportivo Táchira (VEN), Nacional (PAR) e Cruz Azul (MEX). A estreia aconteceu no estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, contra a equipe venezuelana. O Táchira abriu o placar aos 21 minutos do primeiro tempo. Após cobrança de lateral, Chourio desviou de cabeça. A bola bateu em Herrera que chegou junto de Chicão e encobriu Júlio César. 

O Corinthians não se abateu e criou duas oportunidades de gol na sequência. Aos 25’, Danilo cabeceou para a trave após cobrança de falta, e aos 28’, numa finalização de Emerson Sheik. No segundo tempo, Chourio mandou pra rede aos 17 minutos, após passe de Herrera. Seria o segundo do Táchira, se a arbitragem não tivesse marcado impedimento. Ao longo do período, ambas as equipes chegaram à área adversária. Mas o tento do Corinthians só foi alcançado aos 48’, no último lance da partida. 

Em cobrança de falta de Alex pela esquerda, Ralf cabeceou para o gol, pra alegria do técnico Tite, que comemorou demais o feito de seu volante. Este que vos escreve participava de uma reunião durante a partida e, ouviu comemorações do gol durante a volta pra casa. Soube do resultado quando cheguei em casa. Na internet, muitas comemorações dos corintianos, enquanto que os rivais provocavam, dizendo que era um exagero tanto alvoroço. O que ninguém imaginava era o tamanho do peso do gol do camisa 5 corintiano, ao final da competição.


Apesar de não ter vencido uma equipe venezuelana, mesmo fora de casa, ter trazido algumas desconfianças, o fato que o empate comovisitante já mostrava uma cara daquela equipe, de não ser derrotada. Após o jogo, a equipe voltava as suas atenções para o adversário seguinte, o Nacional do Paraguai, equipe que enfrentaria na segunda rodada, no Pacaembu, em 7 de março. Porém, esta história fica para uma outra oportunidade.

Jorge Tufão - Um dos maiores craques da teledramaturgia brasileira

Por Lucas Paes
Foto: Reprodução/TV Globo


Jorge Tufão terminou sua promissora carreira no Flamengo, em Avenida Brasil

O Brasil é dito como o país do futebol, mas já houve quem disse que o país é na verdade o da novela. Seja como for, em diversas vezes, se juntaram as duas maiores maiores paixões nacionais. Uma das mais famosas delas ocorreu em 2012, Avenida Brasil, cuja trama fez com que este que vos escreve, que mal assiste novelas, não perdesse um episódio. Um dos principais personagens da trama de João Emanuel Carneiro era um ex-jogador de futebol famoso, Jorge Tufão, interpretado por Murilo Beinício. A novela começou a ser repetida no Vale a Pena Ver de Novo desde a última segunda-feira, dia 7 de outubro.

A trama já se inicia com Tufão envolvido na história, já que o jogador de futebol acaba atropelando Genésio (Toni Ramos), marido de Carminha (Adriana Esteves), grande vilã da novela, com o qual ela havia se casado apenas para dar um golpe. A partir daí, Carminha vê a oportunidade perfeita para dar o mesmo golpe em Tufão, junto a seu amante Maxwell (Marcelo Novaes), abandonando Nina/Rita (Mel Maia/Débora Farabella) num lixão e trama se desenrola disso.


No que se refere a Tufão, ele é o maior jogador do Divino Futebol Clube, um time ficcional e de bairro do mesmo nome do Rio de Janeiro (vale lembrar que o clube é um dos núcleos da novela, com cenas de treinos, jogos e tinha até maria chuteira). Saindo de uma infância pobre para virar um fenômeno de popularidade, o jogador acabou por nunca abandonar suas raízes. No começo da trama, está em fim de carreira, jogando pelo Flamengo. Aliás, é na comemoração do titulo carioca onde atropela Genésio. 

No bairro do Divino, Tufão, um homem que valoriza bastante sua família e suas origens, vive numa mansão com seus dois filhos adotivos (Ágatha), sua esposa Carminha, seu cunhado Max, os filhos adotivos Jorginho e Ágatha, o pai Leleco e a mãe Muricy. Por sinal, Tufão é como uma divindidade do time laranja e preto do bairro, grande ídolo da equipe, de onde surgiu para o futebol, fazendo sucesso fora do Brasil e terminando seus dias como jogador já meio fora de forma no Flamengo. De certa forma, sua carreira é um comparativo com Ronaldo Fenômeno, ainda que o pentacampeão tenha terminado seus dias de jogador no Corinthians.

Falando sobre a trama, Avenida Brasil foi um imenso sucesso de audiência, tamanho que inclusive a Lupo, marca esportiva, chegou à patrocinar as "camisas" do Divino e inclusive vendê-las ao público. A novela voltou a ser exibida pela Rede Globo no Vale a Pena Ver de Novo, o que deixa no ar a questão se as camisas do Divino serão novamente vendidas. Tufão é um dos maiores "sucessos" da carreira de ator de Murilo Beinício, junto a Tião (América) e Lucas, Diego e Léo (O Clone). 

Encerramento de Avenida Brasil virou um "trend" popular 

A novela teve impacto enorme também na cultura popular, até entre os jovens. A imagem de encerramento virou inclusive um tema do Facebook para imagens de perfil, já que a imagem congelava no personagem e ficava preta e branca, á exemplo do vídeo acima. Além disso, diversos memes foram produzidos na época em cima dessas imagens. O Divino Futebol Clube virou um time extremamente popular entre os fãs de futebol, figurando inclusive em comunidades do Orkut na época, e é claro, dando nome a alguns times amadores.

Jorge Tufão é até hoje um dos personagens mais populares que a Globo já produziu e em tempos onde a internet é mais forte do absurdo que já era em 2012, é de se esperar que Avenida Brasil volte a popularidade de novo, quem sabe até ofuscando a "novela das nove". Independente de qualquer coisa, Tufão é com certeza um dos maiores boleiros das novelas e do entretenimento do Brasil, se não o maior.

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