Há 10 anos, Cássio "fazia milagre" e Corinthians passava pelo Vasco na Libertadores do título

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Cássio fazendo o milagre no lance de Diego Souza

Dificilmente um título histórico fica marcado apenas pelo jogo decisivo. No texto de hoje vamos mostrar isso. Uma partida que é lembrada até hoje, seja por quem torceu pelo Corinthians ou por quem torceu contra ele. Após o empate de 0 a 0 em São Januário, Corinthians x Vasco voltavam a se enfrentar no Pacaembu, em 23 de maio de 2012, em um jogo onde Cássio entraria para a história do Corinthuans como heroi na vitória por 1 a 0.

O cenário do duelo era idêntico ao confronto com o Emelec. Quem vencesse, avançava. Um novo 0 a 0 levava para os pênaltis, e um empate com gols classificava a equipe carioca. Nos primeiros minutos de jogo, as equipes criaram chances na bola parada e chutes de longa distância. Aos 19 minutos, o Corinthians quase abre o placar. Após cobrança lateral, Danilo escora a bola de cabeça, Renato Silva e Éder Luis não conseguem domina-la, e ela sobra para Emerson Sheik, que finaliza. A bola resvala em Fagner e vai pra fora.

Aos 31', Danilo cruza da esquerda, Paulinho cabeceia, e Fernando Prass espalma. As equipes se alternaram nos ataques, mas o primeiro tempo terminou sem gols. No segundo tempo, o Corinthians ficou desfalcado do técnico Tite, que foi expulso após reclamações pra cima do árbitro Leandro Pedro Vuaden. O treinador foi para o setor das numeradas, de onde passou as instruções para sua comissão técnica.

Aos 17 minutos, o lance que marcaria não só a partida, mas a conquista corintiana. Alex manda a bola na área em cobrança de falta, e Fernando Prass espalma. No rebote, Alessandro faz o chute, Diego Souza intercepta a bola e dispara em contra-ataque, com toda a equipe corintiana no campo de ataque. Assistindo ao lance, sentado na minha cama, já estava conformado com o gol, antes mesmo dele sair.

Com apenas o Cássio em sua frente, Diego Souza chuta da meia-lua da área, à esquerda do goleiro. Com a ponta dos dedos, Cássio espalma pra fora: um milagre! Assisti incrédulo, tentando entender como ele havia conseguido perder o gol. O comentarista da Rádio Coringão, por onde ouvia o jogo, esbravejou: "Porra, Alessandro! Caralho!"

No lance seguinte, nova chance para o Vasco. Após cobrança de escanteio, Nilton cabeceia a bola na trave. O Corinthians cresce na partida e passa a criar mais chances. Aos 31', após briga pela bola dentro da área vascaína, ela sobra para Emerson, que chuta na trave. Aos 37', William recebe na entrada da área, limpa a marcação e chuta. Fernando Prass defende.


Até que aos 42', após cobrança de escanteio, Paulinho sobe sozinho e cabeceia para o gol. 1x0 Corinthians. Jogadores reservas invadem o campo para comemorar. Paulinho comemora com seus companheiros e sobe o alambrado do setor das numeradas. Um torcedor sobe junto e o abraça. Eu, sem poder comemorar como queria, com irmão e cunhada dormindo, me restou gritar com a cabeça no travesseiro.

Mas o Vasco não se abateu. Aos 44', Juninho cobra falta pela direita e Rômulo cabeceia pra fora. E após três minutos de acréscimo, o árbitro encerra a partida. Após 12 anos, o Corinthians voltava a uma semifinal de Libertadores. E o adversário só sairia no dia seguinte. Tal qual em 2000, o Corinthians enfrentaria um rival que era o atual campeão. A diferença era o clube: o Santos.
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