Há 10 anos, Corinthians empatava com o Santos e se garantia na final da Libertadores 2012

Por Bruno Filandra Lopes
Foto: arquivo

Danilo marcou o gol que colocou o Corinthians na decisão

Em 20 de junho de 2012, portanto há 10 anos, o Corinthians conseguia pela primeira vez conquistar a vaga para a final da Copa Libertadores. Enfrentando o Santos de Neymar, campeão do ano anterior, no Pacaembu, o Timão buscou o empate em 1 a 1, o suficiente para cravar seu lugar na decisão, já que tinha vencendo o primeiro jogo por 1 a 0, na Vila Belmiro. O adversário na grande final seria o Boca e o final desta história, seria muito feliz!

Mas, naquele 20 de junho, no Pacaembu, o coração corintiano pulsando forte sendo retratado nas cadeiras laranja do Pacaembu, era o retrato perfeito de como estavam os corações dos corintianos naquele momento. Afinal, um empate separava o Corinthians de uma decisão inédita da Libertadores. Porém, do outro lado estava o Santos, que se vencesse marcando mais de dois gols, iria para sua segunda final consecutiva da competição. Em caso de 1 a 0, a vaga seria decidida nos pênaltis.

E os torcedores do alvinegro praiano também estavam confiantes. Como meu irmão, que reuniu os amigos em casa para assistir a partida. Já eu voltei ao Bar Camaleão, que deu sorte ao Corinthians uma semana antes. No jogo, o Santos faz a primeira finalização aos 4 minutos. Neymar cobra a falta e Cássio faz uma defesa tranquila. Aos 10', o Corinthians avança no contra-ataque, com troca de passes entre os jogadores, que fecha num chute fraco do Willian e na defesa de Rafael Cabral.

Aos 20', Alex faz cobrança de falta e Rafael Cabral faz uma grande defesa. Aos 29, foi a vez do Santos chegar com perigo. Neymar avança pela direita, cruza para Alan Kardec, que toca para Juan, que chuta. A bola desvia em Jorge Henrique e Cássio voa na bola para fazer a defesa. Aos 35', a ofensiva do Santos funciona. Neymar avança, toca para Alan Kardec à direita, que cruza. A bola desvia em Borges, bate na trave e Neymar conclui. Santos 1 a 0.

Mas o Corinthians não sentiu o gol. Aos 45' quase empata. Fábio Santos cruza, Jorge Henrique cabeceia e Rafael Cabral espalma pra fora. No intervalo estava preocupado. Mas sem deixar de perder a confiança. E já no segundo minuto do segundo tempo, um alívio. Alex cobra falta pela esquerda, Edu Dracena desvia a bola e ela sobra para Danilo, que chuta e marca o gol de empate. No decorrer do período, as equipes se alternaram no ataque, sem nenhuma chance clara de gol. E para a alegria dos mais de 35.000 corintianos presentes, a partida terminou 1x1.


"O sonho do Corinthians continua vivo", declara Cléber Machado ao fim do jogo. A Praça Silvio Romero, no Tatuapé, acostumada a receber os corintianos em conquistas de título, dessa vez era palco de uma celebração de classificação. E não era para menos. Em 102 anos de Corinthians, nenhum torcedor do havia visto o clube chegar tão longe na Libertadores. E o adversário da final, um cenário oposto. O Boca Juniors, da Argentina, brigaria pelo sétimo título da competição. Ao voltar da praça, encontro um antigo vizinho. Durante a conversa, lembrei da dor da eliminação de 2000, e comentei: "Esperei 12 anos por esse dia".
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