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Na Inglaterra, Bradford City conquista acesso com gol aos 51' do segundo tempo

Foto: divulgação / Bradford City

Comemoração do gol do acesso

Pela League Two, quarto escalão do futebol inglês, não faltou emoção no jogo onde o Bradford City venceu o Fleetwood, por 1 a 0, no sábado. O gol do triunfo, de Antoni Sarcevic, saiu aos 51 minutos do segundo tempo e garantiu o acesso da equipe para a League One.

O jogo foi truncado, com o Bradford City, que precisava vencer para garantir a terceira e última vaga de acesso para a League One, em cima, tentando marcar um gol desde o início. Mas, o Fleetwood se segurava como podia.

Mas o torcedor do Bradford City acreditou até o fim e foi premiado. Com seis minutos de acréscimos, George Lapslie chutou em direção ao gol. A bola bateu em Sarcevic e caiu no canto mais distante, dando ao Bradford City a tão sonhada vitória.


Ao apito final do árbitro, a festa foi gigantesca com ida do time para a League One. O campo ficou lotado de torcedores que comemoravam com os jogadores. O treinador Graham Alexander foi erguido no ar durante a comemoração.

Com a vitória, o Bradford City foi aos 78 pontos, um a mais que o Walsall, ficando com o terceiro lugar na League Two, conquistando o acesso junto com Port Vale, vice, e o campeão Doncaster Rovers. Confira abaixo o gol e a comemoração da torcida:

Imagens: divulgação / Bradford City

Mirandinha e sua passagem pelo Newcastle United

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Mirandinha jogou no Newcastle por dois anos

Francisco Ernandi Lima da Silva, o Mirandinha, ex-atacante, está completando 64 anos de idade nesta terça-feira, dia 2 de julho de 2024. No decorrer de sua carreira, o centroavante, que é um grande ídolo da torcida do Palmeiras, se tornou o primeiro jogador brasileiro a atuar no futebol inglês ao se transferir para o Newcastle United já no fim da década de 80.

Sua contratação pelo time britânico foi feita em 87, pouco tempo depois de marcar um gol com a camisa da Seleção Brasileira sobre a Inglaterra num jogo amistoso. Este fato trouxe muita confiança para os dirigentes da equipe, que encantados com o brasileiro, não viam muitas chances da negociação falhar.


A sua carreira no clube inglês, portanto, acabou não sendo de grande destaque. Ao todo, o artilheiro cearense disputou 60 partidas e marcou 20 gols pelo clube, de acordo com o site ogol.com.

Logo depois de deixar o Newcastle, o atacante retornou ao Palmeiras, e depois ainda jogou no Corinthians e no Fortaleza. Se aposentou em 92, após jogar no Shimizu S-Pulse, do Japão.

Paul Mariner e sua trajetória pelo Ipswich Town

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Mariner é um dos maiores ídolos da história do Ipswich Town

Paul Mariner, ex-atacante britânico, estaria completando 71 anos de idade nesta quarta-feira, dia 22 de maio de 2024, caso ainda estivesse vivo. No decorrer de sua carreira, o avançado inglês teve uma excelente passagem pela equipe do Ipswich Town entre a segunda metade dos Anos 70 e o começo da década de 80.

Revelado no Plymouth Argyle, o atleta inglês chegou ao clube de Portman Road em 76, depois de recusar ofertas de times como o West Bromwich e o West Ham United. Estreou nos Blues em setembro daquele ano e logo nos seis primeiros meses de casa nova, já mostrava um rendimento que atingia as expectativas e passou a ser convocado para defender a Seleção Inglesa a partir de 77.

Na sua segunda temporada pela equipe, ajudou os Tractor Boys a conquistar o título Copa da Inglaterra de 77/78. Alguns anos mais tarde, o Paul ainda ajudaria o clube a ganhar a Copa da UEFA em 80/81.

Permaneceu no Ipswich até 84, quando se transferiu para o Arsenal como um ídolo para os Blues. Ao longo de seus oito anos de clube, disputou 333 partidas e marcou 136 gols.


Na sequência de sua carreira ainda defendeu times como Portsmouth, Wollongong Wolves, Albany Capitals e se aposentou no San Francisco Bay Blackhawks em 93. Depois de pendurar as chuteiras, ainda veio a trabalhar como treinador.

Paul Mariner veio a falecer no dia 9 de julho de 2021. O ex-jogador foi vítima de um câncer no cérebro.

Jurgen Klopp foi muito além do que as palavras podem descrever no Liverpool

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/Liverpool FC

Klopp claramente sentia a despedida em Anfield

 O domingo do dia 19 de maio de 2024 fica marcado como uma das datas mais tristes da história do futebol inglês e do futebol mundial. Nesta tarde inglesa e brasileira, a Premier League se despediu de Jurgen Klopp, que treinou o Liverpool em sua última partida nesta vitória/empate/derrota para o Wolverhampton por X a X. Diante de um Anfield Road lotado, o jogo ficou em segundo plano para as lindas e justas homenagens de despedida a um sujeito que é quase um Bill Shankly da era moderna. Um ser humano que virou a personalidade estampada do Liverpool.

Jurgen chegou a Anfield num cenário devastado, numa situação parecida, guardada as várias devidas proporções, ao que Shankly enfrentara no início dos anos 1960, quando pegou um clube na segunda divisão com problemas estruturais graves. Se não estava na segunda divisão, os Reds que receberam Klopp em 2015 eram um clube com falhas estruturais agudas comparados aos rivais, com um elenco que não estava sequer próximo da envergadura da instituição. Era um trabalho de reconstrução, de, como tão sabiamente descreveu o alemão, transformar os desacreditados em otimistas. 

Ao seu estilo, Klopp foi conquistando uma das torcidas mais fiéis, fanáticas e também mais machucadas do futebol. A sua primeira temporada já mostrou o lado que seus times sempre tinham de colocar o coração no jogo, o que ocorreu principalmente e notavelmente nas vitórias de 5 a 4 sobre o Norwich, num jogo normal de Premier League que foi um cartão de visitas do que estava por vir e na classificação diante do Borussia Dortmund na Europa League com uma vitória por 4 a 3 que foi uma prévia de noites épicas continentais.

O título não veio, a campanha terminou em dor na final, mas os alicerces estavam sendo firmados. Aos poucos, Klopp deu ao time a cara que tornaria a melhor equipe do mundo dali a alguns anos. Chegou Mané, Firmino se acertou, chegou, já com uma classificação de Liga dos Campeões obtidas, Mohamed Salah, que seria o grande nome ofensivo da era Klopp e se tornaria um dos maiores da história do clube. Em meio ao épico da Liga dos Campeões da temporada 2017/2018, Coutinho foi embota, mas abriu espaço para Van Dijk. A dura derrota na final para o Real Madrid abriu a porta para Alisson e assim se formou a espinha dorsal de um dos maiores times da história do futebol.

A partir da temporada 2018/2019, vencer o Liverpool virou uma tarefa para pouquíssimos privilegiados. Na Premier League, incríveis 97 pontos não foram suficientes para o título, mas o território continental, estrada tão conhecida pelo clube, virou um caminho quase tranquilo. Uma vitória diante do Bayern dentro da Alemanha começou um mata-mata que passou por uma classificação tranquila diante do Porto e um épico diante do Barcelona, uma das maiores viradas da história, que tornou o título quase protocolar diante do Tottenham. A primeira taça foi só a Liga dos Campeões.

No ano seguinte, a Premier League veio com os Reds liderando de ponta a ponta, numa campanha que parecia uma espécie de resposta na força do ódio ao City. A Liga passou perto de novo em 2022, numa temporada que quase virou um épico de uma quadrupla, mas que terminou com duas enormes tristezas ao final da Premier League e da Liga dos Campeões. As dores também foram parte da era Klopp e elas engrandeceram esses nove anos tanto quanto as vitórias. A própria temporada de despedida foi cheia de tristezas.

Porque boa parte do que Klopp foi, é e sempre será também tem a ver com as dores que vieram nesses anos. As derrotas em finais, as duas temporadas abaixo em 2020/2021 e 2022/2023, as feridas dolorosas que tornaram tão especiais os momentos de alegria e que mostraram que Klopp era também um ser humano. Derrotas que são também normais no cotidiano de um time gigante, que são o tipo de decepção que uma instituição da envergadura do Liverpool tem que possuir, a dor de um vice-campeonato e não a decepcionante e latejante rotina do ostracismo.

O citado "ser humano" Klopp é na verdade o grande motivo deste sujeito ser tão amado por tanta gente, até não torcedora do Liverpool. Jurgen tem um carisma quase incompreensível num futebol tão pasteurizado, um genuíno ar de alguém que você adoraria sentar para um churrasco. Um sujeito que mostra em todas as atitudes o seu enorme coração, seja no claro modo como conquista seus atletas, na forma como deixa suas posições humanitárias claras. Jurgen Klopp é descrito por muitos como um ser humano melhor que um treinador de futebol e ele é um dos melhores treinadores do planeta.

Anfield se despediu de Klopp com muitas homenagens e lágrimas e tamanhas honrarias só são conquistadas pelos gigantes. O alemão foi uma espécie de Bill Shankly dos nossos tempos, um respiro de sentimento num futebol tão frio e matemático e foi um privilégio assistir seu time jogar, foi um privilégio torcer para que seus times vencessem. Foi uma incrível jornada que valeu cada segundo vivido. Ao fim disso tudo, só posso, assim como tantos, usar uma frase simples em seu idioma natal para resumir algo que as palavras não são suficientes para descrever: Danke, Jurgen! 


Matt Holland e sua passagem pelo Ipswich Town

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

O meia irlandês teve uma grande trajetória pelo Ipswich

O ex-meio campista irlandês Matthew Rhys Holland, popularmente conhecido apenas como Matt Holland, comemora o seu 50º aniversário nesta quinta-feira, dia 11 de abril de 2024. Entre o fim da década de 90 e o começo dos Anos 2000, o atleta teve uma brilhante passagem pela equipe do Ipswich Town da Inglaterra.

Sua ida aos Blues foi realizada no verão de 97, numa transferência que envolveu cerca de 800 mil libras investidas. Em sua primeira temporada, ajudou o Town a terminar em 5º e chegar nos playoffs pelo acesso à elite, mas por detalhes, o time acabou sendo eliminado nas semifinais pela equipe do Charlton Athletic perdendo os dois jogos por 1 a 0.

No seu segundo ano, continuou sendo peça fundamental e se tornando capitão da equipe. Novamente, contribuiu tanto para o clube que permitiu aos torcedores dos Tractor Boys voltarem a sonhar com a promoção à Premier League por conta da excelente campanha na Championship, terminando a competição na terceira posição. Porém, o Ipswich tornou a bater na trave, desta vez, despachado pelo Bolton Wanderers pelo critério do gol qualificado em um placar agregado por 4 a 4.

Foi na terceira tentativa de levar um time que vinha tentando retornar a primeira divisão inglesa a quatro temporadas seguidas, que Holland conseguiu enfim devolver o Town à elite após cinco anos na segundona. Em um primeiro momento, os Matt e companhia por muito pouco não conquistaram o acesso automático e tiveram de disputar a repescagem. Neste caminho, tirou o Bolton na revanche com dois jogos eletrizantes nas semifinais, e o Barnsley na decisão de acesso.


Nos anos seguintes, seguiu atingindo marcas importantíssimas com a camisa dos Blues, já que marcou gols em jogos decisivos e chegou a levar os Tractor Boys à uma Copa UEFA, torneio que o clube não disputava desde a temporada 82/83. Antes disso, em 2000/01, fez parte do elenco que fez o time de Portman Road a fazer a sua melhor campanha em uma edição de Premier League.

Mesmo com o rebaixamento para a Championship em 2002/03, o meia, que atuou pela Seleção Irlandesa na Copa do Mundo de 2002, chegou a rejeitar uma proposta de 4 milhões de libras do Aston para seguir no clube. Com a sua grande sequência de jogos disputados consecutivamente, chegou a marca de 313 partidas e 46 gols marcados, de acordo com o site o gol.com.

A história da famosa e polêmica comemoração de Robbie Fowler no Liverpool

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Fowler "cheirando a linha" de fundo de Anfield Road

Completando seus 49 anos neste dia 9 de abril, o ex-atacante Robbie Fowler, que ganhou o singelo apelido de Deus da torcida do Liverpool, é um dos melhores e mais célebres atacantes formados pela categoria de base dos Reds. Nascido na cidade de origem dos Beatles, o atacante é até hoje um dos grandes artilheiros da história vermelha, mas ficou muito conhecido no mundo todo por uma comemoração de gol que ganhou fama e até hoje é a primeira foto que aparece em pesquisas sobre o atacante, quando ele fingiu "cheirar" a linha de Anfield Road.

Fowler subiu das categorias de base de Kirkby na temporada 1993/1994 e já marcou gol logo em sua estreia, em uma partida diante do Fulham na Copa da Liga. Um verdadeiro fenômeno da função de camisa 9, Fowler já marcou 18 gols logo em sua temporada de estreia pelos Reds e no biênio seguinte já era o principal jogador da equipe que vivia o início de um dos períodos mais complicados de sua gigantesca história. O curioso era que Fowler era torcedor do Everton na infância.

A história da comemoração polêmica de Fowler cheirando a linha data de 1999, mais especificamente no dia 3 de abril daquele ano, no duelo diante do Everton, mas tem origens muito anteriores. A geração do Liverpool que formou no meio dos anos 1990 uma das melhores linhas ofensivas do futebol inglês, com Redknapp, Fowler, McManaman e mais tarde Michael Owen ficou conhecida como "Spice Boys" devido ao envolvimento de Fowler com a Spice Girl Emma Burton, só que o termo foi usado pejorativamente para se referir ao tridente pela sua suposta afeição a bagunça no extracampo. 

E o fato é que de certa forma, os jogadores Reds também não fugiam da fama que adquiriram. Em 1996, na final da FA Cup diante do Manchester United, os Spice Boys chegaram a campo vestindo ternos estilizados da Empório Armani (e acabaram perdendo o jogo). O comportamento desses jogadores se explicava muito pela ascensão salarial que a fundação da Premier League e de maiores patrocínios ao campeonato inglês rendeu. Jovens e no auge da forma física, os craques vermelhos aproveitavam também a vida fora de campo.

Haviam diversos tipos de notícias sobre o comportamento dos jogadores, principalmente do trio Fowler, McMaman e Redknapp. Dizia-se que o lema do vestiário era: "ganhando, empatando ou perdendo, ao bar para beber (depois do jogo). Além de métodos de apostas para ver quem pagava a primeira rodada, viagens para casas noturnas após jogos e, é claro, envolvimento com modelos, cantoras e mulheres de um alto escalão, que, segundo contava-se na época, antes não eram acessíveis ao futebolistas.


Nesse contexto de vida noturna e festas, a torcida do Everton provocava Fowler dizendo que o jogador do Liverpool era usuário de cocaína e foi nesse contexto que Fowler fez sua comemoração famosa, num clássico diante dos Toffees em 1999, no Anfield Road. O Liverpool venceria o jogo por 3 a 2 e Fowler comemorou seu primeiro gol, de pênalti, cheirando a linha de fundo na frente do setor visitante onde estavam os torcedores do Everton. 

Na época, ele ficou suspenso por quatro jogos devido a esse gesto, mas anos depois disse não se arrepender da celebração, pois silenciou as provocações dos torcedores rivais. Fowler permaneceria no Liverpool até 1999, quando foi negociado com o Leeds após a chegada de Houlier. Retornaria a Anfield em 2006, já em fim de carreira, sendo um reserva de luxo de um time que tinha uma boa linha ofensiva. É até hoje um dos maiores ídolos da torcida Red, não a toa sendo apelidado de Deus.

A vitória do AFC Wimbledon sobre o MK Dons é uma das grandes histórias do futebol em 2024

Por Lucas Paes
Foto: Getty

Vitória do Wimbledon sob o MK Dons

Um dos principais pontos negativos das transformações de clubes de futebol em SAFs e empresas é o risco que existe, no caso do clube ser simplesmente de uma empresa, dele simplesmente mudar de cidade como uma "franquia" do esporte americano. Um dos casos mais tristes e conhecidos desse tipo de situação ocorreu com o Wimbledon FC, time que foi realocado para a cidade de Milton Keynes, em Buckiganshire, após os donos não conseguirem realocar o time fora do antigo estádio de Plough Lane. Depois disso, foi fundado o AFC Wimbledon, que neste fim de semana venceu no finalzinho do jogo o próprio MK Dons e causou uma enorme festa de sua torcida.

O MK Dons é um dos times mais odiados, se não o mais odiado entre os torcedores mais antigos de futebol inglês. A mudança que acabou por terminar com a história do antigo Wimbledon FC nunca foi aceita pelos torcedores (basta perceber que eles fundaram o AFC Wimbledon) e a história toda soou muito mal com todos os torcedores do futebol local, já que a cidade de Milton Keynes existe graças a uma inciativa do governo britânico de tentar criar um "respiro" para o alto número de residências dentro de Londres e a ida do Wimbledon para lá ficou com a sensação de algo para "patrocinar" essa iniciativa.

Historicamente, o Wimbledon passou a maior parte de sua antiga história no sistema "non League", subindo para a quarta divisão em 1977 e vivendo uma ascensão simplesmente meteórica, que teve seu ponto mais alto na surreal vitória em cima do Liverpool na final da FA Cup de 1988. O time ficou por muitos anos na primeira divisão e inclusive esteve na temporada de fundação na Premier League, em 1992/1993. No final daquela década, enfrentou as crises que culminaram em seu "fim", ou, pelo menos para os torcedores, em seu renascimento. 

Os confrontos entre o MK e o Wimbledon não são novidade. Desde que o AFC ascendeu meteoricamente, inclusive com a maior série de jogos invictos do futebol inglês, com quase 80 partidas sem ser derrotado entre 2003 e 2004, as duas equipes se enfrentaram algumas vezes, mas nenhuma teve uma vitória com os requintes de crueldade que o Wimbledon fez neste final de semana, jogando em seu "novo" Plogh Lane. 


O jogo era equilibrado até o seu final, com as duas equipes criando e desperdiçando chances durante o duelo inteiro, até que no finalzinho, Curtis recebeu ótimo passe perto da pequena área, chutou com categoria e fez explodir o Plough Lane, com direito a comemoração de jogadores com a torcida e uma festa digna de um título. Festa de uma comunidade que se recusou a deixar o clube que ela levantou deixar de existir dentro de Wimbledon. 

No geral, a verdade é que nenhum dos dois clubes vive lá seu melhor momento. O MK Dons já esteve perto até de jogar a Premier League, mas hoje apenas luta por uma vaga nos playoffs da League Two, a quarta divisão, mesma situação do Wimbledon, que ocupa a 10ª colocação. Porém, nesta semana isso pouco importa para os torcedores dos Wombles, que festejarão muito a vitória no clássico e bom, seguem vivos na briga por uma vaga nos playoffs de acesso.  

O início de Gareth Barry no Aston Villa

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Barry jogou no Aston Villa por doze temporadas

Gareth Robert Barry, ex-volante e meio campista inglês popularmente conhecido apenas como Gareth Barry, está comemorando o seu 43º anos de vida nesta sexta-feira, dia 23 de fevereiro de 2024. No começo de sua carreira, o atleta britânico teve uma longeva trajetória no tradicional Aston Villa entre o fim da década de 90 e o término da primeira década dos anos 2000.

Sua chegada ao clube de Birmingham foi concretizada em 97, quando atuava nas categorias de base do Brighton & Hove Albion. Junto a ele, os Villans também trouxeram Michael Standing, ex-companheiro do jogador nos tempos de Seagulls.

Entretanto, as duas transferências deram polêmica judicialmente. Ao fim de todo o imbróglio, o meia pôde enfim estrear como profissionalmente no dia 2 de maio de 98, numa vitória sobre o Sheffield Wednesday por 3 a 1, fora de casa.

Com o tempo, Barry, que disputou um total de 441 partidas e marcou 52 gols pelo clube de acordo com o site ogol.com, foi conquistando o seu espaço e se tornou um jogador muito querido pela torcida do Villa. Sua moral cresceu tanto no decorrer de seus 12 anos vestindo a camisa dos Leões, que nas últimas temporadas, foi capitão.


Seu ciclo com o Aston Villa se encerrou no dia 2 de junho de 2009, quando assinou um contrato de cinco anos junto ao Manchester City. Sua ida aos citizens custou doze milhões de libras, valor equivalente a 14 milhões de euros. 

Posteriormente, o volante ainda veio a ser emprestado ao Everton, onde atuou entre 2013 e 2017, e depois rumou para o West Bromwich Albion, para pendurar três anos depois.

A passagem de Jari Litmanen pelo Liverpool

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Litmanen nos Reds

O Liverpool recentemente fez pela primeira vez em sua história um jogo onde colocou em campo 11 jogadores de 11 nacionalidades diferentes. Apesar do fato, que já ocorreu com outros times, ser inédito para o gigante vermelho, o titã inglês já teve vários jogadores de fora do Reino Unido em suas linhas, desde Grobelaar até os vários nomes atuais. Um desses foi o meia Jari Litmanen, que completa seus 53 anos neste dia 20 e foi contratado como estrela em 2001.

Ele chegou aos Reds na janela de inverno de 2001, em meio a uma temporada onde o Liverpool brigava em todas as frentes por uma quadruple (que ainda não ocorreu para o clube). A equipe estava na parte de cima da tabela da Premier League e nas fases decisivas da FA Cup, Copa da Liga e da Copa da UEFA (atual Liga Europa). Chegou ao clube vindo do Barcelona como uma grande contratação para um setor de meio e ataque que já tinha nomes como um jovem Gerrard, o ótimo Gary MacAllister, Emily Heskey e o na época craque Owen.

Estreou diante do Crystal Palace, em jogo da Copa da Liga em que ele entrou no segundo tempo e foi titular pela primeira vez numa vitória por 3 a 0 diante do Aston Villa no Villa Park, onde saiu no meio do segundo tempo. Seu primeiro gol veio em um jogo diante do Sunderland, que os Reds empataram fora de casa por 1 a 1. Acabou atuando em apenas 11 jogos naquela sua primeira temporada, marcando dois gols, perdendo boa parte do final dela devido a uma lesão. 

Sofreu muito mais na temporada 2001/2002, já que tinha enormes dificuldades para conseguir treinar e jogar devido a problemas no tornozelo. Marcou seu primeiro gol naquela temporada diante do Tottenham, em uma vitória dos Reds por 1 a 0. Fez várias participações naquela temporada, mas sofreu muito com problemas físicos, conseguindo jogar pouquíssimas vezes jogos inteiros. O próprio jogador não conseguia entender e se frustrava com seus poucos minutos em campo.


Sua última partida foi diante do Tottenham, fora de casa, pela penúltima rodada da Premier League, que terminou com o vice-campeonato dos Reds. Acabou retornando ao Ajax no início da temporada seguinte, sem conseguir se firmar de vez em Anfield. No total, segundo dados do excelente portal LFCHistory, foram 43 jogos com a camisa vermelha, com nove gols marcados e seis assistências.  

Maidstone United é o primeiro time amador a alcançar a quinta fase da Copa da Inglaterra

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: divulgação / Maidstone United

Jogadores do Maidstone United

Na manhã deste sábado, o Maidstone United, clube amador da Inglaterra, fez história após bater o Ipswich Town, da Segunda Divisão, e alcançar a quinta fase da Copa da Inglaterra. Nunca antes um time não profissional havia chegado tão longe na competição.

Atualmente, a equipe de Maidstone está na Sexta Divisão do futebol inglês. Da Quinta Divisão para baixo, o futebol inglês é chamado de "non-league" e os clubes que disputam são considerados amadores e semi-profissionais. Na terceira fase, o Maidsotne United já havia protagonizado um grande feito depois de vencer o Stevenage, da Terceira Divisão.

Mesmo sofrendo 38 chutes e sendo dominado por quase todo o jogo, o time amador conseguiu se defender e converter seus únicos dois chutes no jogo para vencer o adversário por 2 a 1. O Maidstone United é o único clube não profissional ainda vivo na competição.


Mesmo sendo amador, o time inglês conta com estrangeiros em seu elenco. Um dos exemplos é o goleiro brasileiro Lucas Colovan. Além de estar na equipe que venceu o jogo eliminatório, ele foi eleito o melhor jogador da partida.

Quem perde é o futebol - Klopp deixará o Liverpool em junho de 2024

Por Lucas Paes
Foto: Paul Ellis/AFP 

Klopp deixará o Liverpool em Junho

A profissão de treinador é certamente a mais ingrata do futebol. Em qualquer crise, o primeiro local onde a bomba explode é geralmente em quem treina o time, sendo que algumas vezes a culpa mal é de quem está comandando. Porém, o futebol também já criou relações entre treinadores e clubes que são tão fortes que é até difícil separar um do outro, casos como Telê Santana e São Paulo, Alex Fergunson e Manchester United, entre outras. O futebol tomou um de seus maiores golpes na manhã desta sexta, dia 26 de janeiro de 2024: Klopp e Liverpool anunciaram que em junho terminará uma das mais bonitas relações entre um treinador e um clube, já que o alemão deixará Anfield ao fim da temporada.

Klopp chegou a Anfield em 2015 e revolucionou completamente o maior clube da Inglaterra, a exemplo do que fizera Bill Shankly nos anos 1960. O alemão pegou um clube devastado por anos de campanhas abaixo do que sua história pedia e transformou essa equipe numa das mais fortes do mundo. Mais do que isso, reestruturou também o clube ao ponto de colocar a máquina vermelha de volta ao funcionamento. O anúncio do fim da relação cai na torcida como um luto, no nível do que foi a saída do próprio Shankly.

Klopp fez história treinando o Liverpool, mesmo que a quantidade relativamente "baixa" de títulos talvez faça alguns estranharem essa frase. O Alemão cumpriu o própósito que colocou no início de sua passagem, transformou os desacreditados em torcedores crentes que as coisas poderiam dar certo, transformou o clube. Mais do que isso, foi capaz de entender como poucos o "ethos" do que é o Liverpool, seja o clube ou a cidade, conseguiu como poucos criar uma ligação quase familiar com uma torcida, ao ponto de fazerem muitos sentirem que o fim iminente de sua passagem no clube cai como a perda de um ente querido. Ele ressignificou e ao mesmo tempo se encaixou como poucos no que todo e qualquer torcedor dos Reds pensa o que é de fato "ser Liverpool".

A música que a torcida criou para o alemão, hit das arquibancadas inglesas montado em cima da clássica Ticket to Ride, dos Beatles, mostra bem o que é essa relação: "Eu estou tão feliz que Klopp é um Red, eu estou tão feliz que ele entregou o que prometia". Ao mesmo tempo, numa relação tão visceral, tão forte, é normal que haja um desgaste pessoal enorme e é completamente compreensível que um cara que dá tudo de sí no trabalho como é Jurgen esteja cansado. 


O que foi possível conhecer do ser humano Jurgen Klopp explica muito do motivo desse final de relação. O alemão é, curiosamente diferente do que muitos entendem como o jeito de alguém deste país, um sujeito de grande coração que coloca todo o seu sentimento dentro do trabalho, um homem que toma muitas decisões baseados na sua família. Recentemente, Jurgen teve o nascimento de seu primeiro neto e aos 59 anos é possível entender que ele pense que há coisas que valem mais a pena do que a carreira no futebol. Nos resta respeitar uma decisão que parece motivada por algo muito maior que o esporte.

A este sujeito que vos escreve, que jamais escondeu que o Liverpool é um dos dois clubes que gosta na Europa, a notícia caiu como uma bomba. O único pedido que faço é que, caso exista alguma justiça nesse mundo tão cruel, então que o título da Premier League fique em Anfield Road, fechando com enorme justiça a passagem mais marcante que vivi de um treinador dentro de um clube. Você foi fantástico Jurgen, responsável direto por muitos dos jogos mais especiais que vi como um fã de futebol. 

O futebol, aliás, é quem mais perderá com o fim da era Klopp. O esporte bretão verá o fim de uma das maiores relações entre um treinador e um time que este maravilhoso jogo já gestou e restará a todos nós agradecer por sermos testemunhas do sujeito que desafiou a lógica, do único capaz de parar Pep Guardiola e do homem que se descreveu como "normal One". Danke, Jurgen.

Protesto querendo a venda do Reading e interrompem jogo na Inglaterra

Por Lucas Paes
Foto: Reprodução/BBC

Torcedores interromperam o jogo diante do Port Vale

Na Inglaterra, com o endurecimento das leis contra problemas causados por torcedores, não é mais comum ver cenas de violência ou mesmo invasão dentro dos estádios. Muitas vezes, quando invasões de campo ocorrem elas são motivadas por conquistas inéditas, inesperadas ou em casos onde o clube não ganhava aquele troféu há muito tempo. Outros casos ocorrem quando há massivos protestos contra donos de um clube, como já fez outrora a torcida do Manchester United. Neste último fim de semana, foi a vez dos torcedores do Reading protestarem.

O Reading é um dos mais antigos clubes do futebol inglês, sendo fundado em 1871. Porém, foi apenas em 1920 que o clube se colocou na Football League, passando boa parte de sua história perambulando entre a segunda e a quarta divisão inglesa. Nos anos 2000, a equipe finalmente chegou a Premier League, sendo campeão da Champioship de 2005/2006 com uma campanha histórica e permanecendo dois anos na principal divisão antes de cair, retornando só em 2013 e mais uma vez indo embora no mesmo ano. 

Os problemas no clube começaram mais recentemente. Comprado pelo Chinês Dai Yongge em 2017, o Reading desde então tem enfrentado problemas administrativos atrás de problemas administrativos e seguidas quebras de regulamento da EFL fizeram com que o clube fosse rebaixado na temporada passada depois de 10 anos na segunda divisão, tendo passado perto do acesso por duas vezes nesse período. O rebaixamento fez com que os protestos aumentassem ainda mais. Tudo isso levou aos eventos no jogo contra o Port Vale.

A partida já teve protestos de torcedores desde antes da bola rolar, com o início do jogo sendo atrasado devido a várias bolinhas de tênis serem jogadas em campo. Após o apito inicial, apenas 17 minutos de jogo aconteceram antes da massiva invasão de torcedores, que tomaram o campo com protestos contra Yogge, pedindo para que o chinês venda o clube. Não há ainda uma nova data para o jogo contra o Port Vale e não se sabe quais serão as consequências da invasão. 

Neste ano, os Royals vivem um tremendo tira e põe de punições da EFL e da própria FA, após diversos episódios de má conduta financeira por parte de Yongge, que está devendo desde salários a jogadores até impostos ao fisco britânico. Dentro de campo, a temporada também é caótica, com o time estando em 20º lugar, perigosamente perto da zona de descenso a quarta divisão e correndo o risco de sofrer mais punições ainda neste mês de janeiro. 

Segundo Ben Thomas, que é integrante de um podcast sobre o clube: "nós estivemos a um pênalti da Premier League há 5. 6 anos atrás e desde então estamos vivendo um gradual declínio, então fomos bem pacientes". Ele conta que os torcedores já sofreram o suficiente e que a invasão foi "completamente orgânica". O protesto, para ele, teve o objetivo de mostrar que os torcedores estão "desesperados para salvar o clube" e que ele foi uma espécie de "grito de socorro". 


A conclusão da entrevista de Ben a Sky Sports é que o maior medo dos torcedores é que o clube feche as portas se não for vendido. A situação vivida pelo Reading lembra um pouco o que passou o Bury, que só não fechou as portas pois os torcedores compraram o clube e ressuscitaram ele, inicialmente como Bury AFC e depois como Bury FC, herdando toda a história do antigo Bury. Quem também passou por coisa parecida foi o Glasgow Rangers, que virou Rangers FC depois de também ter enormes problemas financeiros e legais e oficialmente mudar de dono.

Restará acompanhar os próximos capítulos para entender qual será o futuro do Reading, que pode ser mais um clube que viverá um pesadelo devido a um dono que não consegue o administrar direito. Em meio a justa discussão sobre SAFs no Brasil, onde a maioria delas tem conseguido impacto positivo, é importante lembrar de clubes que quase tiveram seu legado e história destruídos por seus donos, o que talvez infelizmente aconteça ao Reading.  

Maidstone United segue escrevendo a grande história da FA Cup

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/FA Cup 

Treinador e atacante do Maidstone comemoram vitória na FA Cup

A Copa da Inglaterra é um dos maiores campeonatos de futebol que existem no futebol. A FA Cup permite a praticamente todo e qualquer time da Inglaterra chegar a um dia enfrentar um dos grandes do país. Em 2024, uma dessas histórias vai sendo escrita de uma maneira muito bonita, já que um time semi-amador da sexta divisão segue avançando e já arrancou da competição times da terceira e da quarta divisão que são profissionais. Se trata do Maidstone United, que eliminou o Stevenage, da terceira divisão e está na quarta fase da competição.

O Maidstone United é um time que é relativamente novo no cenário do futebol. A equipe é uma espécie de "filho" do antigo Maidstone United, que também se chamou durante um tempo Maidstone Invicta e que faliu ao final da era Football League no futebol inglês, dando origem ao atual Maidstone United, que surgiu como um clube de juvenis e depois foi avançando na pirâmide do futebol da cidade de Kent. Na verdade, a equipe tem dado passos bem interessantes até chegar no ponto atual, na sexta divisão.

Este ano, o time faz até boa campanha na sexta divisão, brigando ali para chegar na zona de disputa pelo acesso a National League e ficar mais um passo perto de conquistar uma vaga na pirâmide profissional do futebol inglês, mas ninguém esperaria que a equipe iria conseguir ir tão longe na FA Cup, que costuma ser muito indigesta para equipes do nível dos Stones, que não estão na pirâmide profissional do país. 

A equipe entrou na FA Cup já na segunda qualificatória, quando pegou o Steyning Town e goleou a equipe amadora por 4 a 1, depois a equipe tirou o Winchester City, que também é um time non-League, fora de casa, vencendo por 2 a 0. Na terceira classificatória, triunfo também por 2 a 0 sobre o Torquay United, que também é da sexta divisão. Depois, outro 2 a 0 no Chesham United e aí chegou o primeiro adversário onde qualquer um pensou que o Maidstone cairia: o Barrow, da quarta divisão.

Quarto colocado e dono de ótima campanha na League Two, o Barrow não foi páreo para o inflamado ambiente do Gallagher Stadium e sucumbiu numa derrota por 2 a 1, na primeira grande zebra protagonizada pelos Stones. Diante do Stevenage, o desafio era ainda maior, já que o time faz boa campanha na League One, que é a terceira divisão e inclusive está nas cercanias da zona de classificação aos playoffs. Pouco adiantou, pois o gol de pênalti de Sam Corne classificou o time da sexta divisão.


Agora, o Maidstone aguardará um adversário que pode ser ainda mais conhecido na FA Cup, sonhando com voos mais altos e já escrevendo uma linda página de sua "curta" história. A equipe jamais havia sequer chegado perto dessa fase, caindo na segunda rodada na temporada 2017/2018, em seu voo mais longo na competição. Agora, pode até ter um confronto contra um time da Premier League. 

Só o tempo dirá onde o sonho do Maidstone na Copa da Inglaterra vai terminar, sendo uma probabilidade muito grande disso acontecer já nesta fase. Mesmo assim, a história escrita nesse ano é uma das mais legais de um país marcado por aqui pelos gigantes ricos da Premier League, mas que possuí uma cultura de futebol gigantesca que está a mostra nos corredores da FA Cup. 

Geoff Hurst e seu começo no West Ham

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Geoff escreveu uma linda história nos Hammers

O lendário ex-atacante inglês Geoffrey Charles Hurst, campeão do mundo em 66, está comemorando 82 anos de vida nesta sexta-feira, dia 8 de dezembro de 2023. No começo de sua trajetória como jogador, o avançado escreveu uma belíssima história no West Ham United, clube onde atuou entre o fim dos anos 50 e início da década de 70.

Essa sua passagem pelos Hammers começou em 58, depois de jogar nas categorias de base dos Irons. Com seu espaço já conquistado no elenco, ajudou o time da capital a vencer os títulos da FA Cup em 1964 e da European Cup Winners' Cup no ano seguinte.

Suas grandes atuações lhe renderam, em meio à toda esta caminhada, um espaço na Seleção Inglesa. Logo no início de sua trajetória pelo selecionado, conquistou a Copa do Mundo de 66, sediada na Terra da Rainha. Inclusive, foi ele o grande responsável pelo único título Mundial do English Team, marcando um hat-trick na vitória por 4 a 2 sobre a Alemanha Ocidental, na grande decisão.


Ao todo, Geoff disputou pouco mais de 500 partidas pelo time londrino em todos estes anos. É, até os dias de hoje, um dos 10 jogadores que mais jogaram pela equipe.

Na sequência de sua carreira, Hurst ainda rodaria por clubes como Stoke City, Cape Town, West Bromwich, Cork Celtic e Seattle Sounders, até se aposentar em 1979, quando jogava no Telford United.

Tomas Brolin e sua passagem pelo Leeds United

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Tomas teve uma trajetória discreta no Leeds

O ex-meia atacante sueco Per Tomas Brolin, popularmente conhecido apenas como Tomas Brolin, celebra o seu 56 aniversário nesta quarta-feira, dia 29 de novembro de 2023. Ao longo de sua carreira profissional, o atleta nórdico teve uma passagem não muito memorável pelo futebol inglês, vestindo a camisa do Leeds United na segunda metade da década de 90.

Sua chegada a Inglaterra aconteceu em 1995, depois que o jogador já colecionava passagens por três clubes suecos, sendo eles o Näsvikens IK, o Sundsvall e o IFK Norrköping, além de um time italiano: o Parma. Inclusive, nos Ducali sofreu uma grave lesão que acabou o impedindo de voltar a jogar em alto nível como antes.

Apesar de apresentar um pouco mais de condições de jogar, não conseguiu ter uma boa trajetória em solo britânico. Isso porque, além de diversos problemas físicos, também se desentendeu com o técnico Howard Wilkinson, e com isso, não teve espaço no time. 

Esta série de fatores fizeram com que a diretoria do Leeds o colocasse a lista de transferências e ele acabou indo para o FC Zürich já que ninguém se habilitou para contratá-lo. Mesmo com seu insucesso na Suíça, George Graham, que assumiu o cargo técnico do Leeds United, solicitou o retorno de Brolin, porém o sueco recusou.


De acordo com o site ogol.com, Tomas disputou 22 partidas e marcou quatro gols pelos Whites. Após encerrar seu vínculos com a equipe inglesa anda tornou a defender o Parma e também jogou no Crystal Palace, antes de se aposentar em 1998, no Hudiksvalls ABK, da Suécia.

A passagem de Rio Ferdinand no Bournemouth

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Rio Ferdinand atuando no Bornemounth

O zagueiro Rio Ferdinand foi durante sua carreira no futebol um dos maiores nomes do futebol europeu na posição, marcando época atuando principalmente por Leeds United e Manchester United, onde é um dos grandes ídolos da história do clube. O ex-atleta, que completa seus 45 anos neste dia 7 de novembro, teve uma curta passagem por empréstimo pelo Bournemouth, ainda no início de sua trajetória profissional.

Ferdinand subiu aos profissionais do West Ham com 17 anos, em 1996, atuando na última rodada da Premier League daquele ano. Sem ter muitas chances no time profissional, devido a idade, Ferdinand acabou entrando na lista de empréstimo dos Hammers na temporada 1996/1997, sendo então emprestado ao Bournemounth ainda no início de temporada.

Na época, os Cherries, que hoje frequentam a Premier League com alguma curiosa constância, jogavam a terceira divisão nacional, um campeonato considerado bom no período para Ferdinand poder desenvolver seu potencial com mais minutos em campo. Desde seu início, virou uma das principais opções do clube durante o empréstimo. 


Jogou apenas alguns meses com a camisa do clube, chegando em novembro e saindo em janeiro, mas acabou por ter ótimo desempenho neste pouco tempo em que esteve no Bournemouth, ajudando a equipe a evitar o descenso na terceira divisão, que terminaria com o time no meio da tabela. Com boas atuações, acabou sendo chamado de volta ao West Ham já em janeiro e a partir de então passando a jogar com alguma constância.

No total, atuou em 11 partidas pelo Bournemouth, sem marcar nenhum gol pelo clube. Retornaria ao West Ham em janeiro, onde ficaria até 2000, quando acabou negociado com o Leeds United. Ferdinand esteve em atividade no futebol até 2015, quando pendurou as chuteiras jogando no Queens Park Rangers. 

Com início avassalador, Leicester mostra que queda para a Championship parece ter sido um acidente

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/Leicester City FC

O Leicester é líder da Championship

O Leicester City foi protagonista do que foi até o momento a maior zebra desportiva do século XXI, quando ganhou uma Premier League que ninguém esperava que fosse para os Foxes na temporada 2015/2016, mas aquele aguerrido e bom time venceu. Desde então, o time esteve bem em várias temporadas na Premier League, ficando inclusive próximo de ir para a Liga dos Campeões. Porém, depois da pandemia, a equipe entrou numa espécie de crise que se consumou com o surpreendente rebaixamento na temporada passada, que a julgar pelo início de temporada é apenas um acidente de percurso. 

A equipe manteve uma parte do elenco que era bem qualificado até para a própria Premier League e para a Champioship tinha um nível que já era esperado que a campanha fosse de briga pelo acesso. O início da campanha das raposas, porém, é digno do que City e Liverpool fazem na primeira divisão, vencendo 10 dos 11 jogos possíveis até aqui na competição. Agora, a expectativa é se o time vai além de tudo ser campeão da competição.

O início de temporada do Leicester é iluminado. A única derrota na Champioship foi para o Hull City no começo de setembro e a outra no todo da temporada foi para o Liverpool na Copa da Liga, em Anfield, em jogo onde realmente a equipe não era favorita. Na segundona inglesa, a equipe de Enzo Maresca, porém é praticamente imbatível e caminha a passos largos para voltar sem dificuldades para a primeira divisão novamente. 

Os destaques do time da cidade do "centro" da Inglaterra no momento são o meia Dewsbury-Hall, o zagueiro Faes, o atacante Iheanacho e o veterano e ídolo da torcida Vardy, que voltou a ter bom relacionamento com as redes na Champioship e divide a artilharia da equipe justamente com seu companheiro de ataque. Nomes como Winks e Ricardo Pereira não surpreendem, já que também iam bem na época da Premier League.


No que se refere a classificação, neste momento, o Leicester já abriu 10 pontos de distância em realação ao terceiro colocado Preston North End, uma distância muito boa mesmo num começo de competição. Quem acompanha de perto o ritmo das raposas é o também tradicionalíssimo Ipsiwch Town, que não joga a primeira divisão desde 2002. Se as coisas se mantiverem desta maneira até dezembro, as duas equipes devem fazer um duelo eletrizante no Boxing Day, em 26 de dezembro.

É provável que o campeão inglês de 2016 retorne a primeira divisão após apenas um ano de ausência, restará apenas ver se será com uma campanha histórica ou se a equipe oscilará e talvez nem seja campeã. Os Foxes já haviam entrado como favoritos ao acesso e ao título e vão honrando esse favoritismo a cada rodada. Ao fim da temporada, talvez, a Champioship tenha um novo maior campeão, já que o Leicester está empatado nessa posição com, veja só, o Manchester City. Pelo menos até maio.

George Weah e sua curta passagem pelo Chelsea

Por Fabio Rocha
Foto: Arquivo

George Weah em sua passagem pelo Chelsea

George Tawlon Manneh Oppong Ousman Weah, mais conhecido como George Weah, foi um grande atacante e atualmente é presidente da Libéria. Como jogador foi espetacular, batendo recordes, sendo o primeiro africano a ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo em 1995, pelo Milan, mas não teve o mesmo sucesso no Chelsea, na temporada 1999/2000.

O atacante nasceu na Monróvia, capital da Libéria, no dia 1 de outubro de 1966, e a sua carreira profissional no futebol começou 20 anos depois. George teve seu início no Mighty Barrolle, um clube de seus país, e depois rodou por outros clubes do seu continente. 

A sua carreira começou a alavancar em 1988, quando chegou para atuar no Mônaco. Lembrando que muitos jogadores são naturalizados franceses, por causa da proximidade, e tem o país europeu como uma grande porta de entrada das outras grandes equipes. 

George ficou durante quatro temporadas no clube, conseguindo se desenvolver e potencializar seu futebol. O atacante foi contratado pelo Paris Saint Germain em 1992, uma grande equipe do futebol francês, que na época contava com alguns grandes jogadores. 

Pela equipe conseguiu se destacar, e depois de três temporadas foi negociado com o Milan, uma das maiores equipes do futebol europeu. Em 1995 chegou ao clube, e rapidamente ganhou a vaga de titular na equipe, conseguindo se tornar uma grande estrela. 

Em pouco tempo ganhou a simpatia e o amor de todos no clube e na torcida, ajudando a equipe em diversos jogos. George era conhecido pelo domínio, as arrancadas e o chute fatal, mostrando que era um atleta completo. 

Em sua primeira temporada pelo clube ajudou na conquista do campeonato nacional, sendo a grande estrela do time, fazendo gols importantíssimos. Tanto que ganhou o prêmio de Melhor jogador do mundo pela FIFA, e a Bola de Ouro da France Football, sendo o primeiro e único afriacano a receber os prêmios. 


Depois de cinco temporadas pelo clube italiano, com diversas conquistas, o Milan resolveu emprestar o jogador para o Chelsea, para atuar no segundo semestre da temporada 99/00.

O jogador chegou ao clube em janeiro de 2000, ainda em uma época que o Chelsea não era milionário. A equipe não brigava muito por títulos, mas a chegada do atacante poderia mudar esse cenário, e o atacante conseguiu ajudar o clube a conquistar um título. 

George foi importante na conquista da Taça da Inglaterra, mas foi seu único troféu pelo clube. No fim da temporada de 99/00, o jogador acabou retornando ao Milan, mas não permaneceu no clube para a próxima temporada e foi vendido para o Manchester City.

A história de Harry Kewell com o Leeds United

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Kewell no Leeds

O Leeds United foi durante boa parte de sua história uma das forças mais significativas do futebol inglês. Os Whites chegaram a ser vice-campeões europeus e possuem alguns títulos do Campeonato Inglês em seu currículo, inclusive o último da antiga Football League em 1992. Nos anos 2000, o time teve um grande momento, que coincidiu com o ótimo início de carreira do ótimo Harry Kewell, que começou no clube e completa seus 45 anos neste dia 22 de setembro. 

Kewell nasceu em Sydney e acabou sendo chamado para testes no Leeds United aos 15 anos, depois de uma passagem boa pelo país com o time sub-14 do do Marconi Stallions. Seu pai tinha descendência inglesa, o que ajudou na questão da retirada do visto de permanência na Terra da (na época) Rainha para o jovem australiano. Foi avançando na equipe de base até estrear numa vitória diante do Southampton, em fevereiro de 1996.

Ainda rodando pelas equipes de base, onde inclusive ganha a FA Youth Coup de 1997, passou a ganhar mais tempo de jogo na temporada 1997/1998, quando inclusive marcou seu primeiro gol, em um jogo diante do Newcastle. Nos anos seguintes, seria o grande destaque da equipe na parte ofensiva. Na temporada 1999/2000, foi um dos grandes nomes do time que avançou até as semifinais da Copa da UEFA, além de terminar em terceiro na Premier League. Foi sua melhor temporada individualmente, quando marcou 17 gols ao longo do ano.

No biênio 2000/2001, foi muito atrapalhado por lesões no ano em que o Leeds fez uma campanha histórica na Liga dos Campeões, caindo nas semifinais para o vice-campeão Valencia. A partir dali, Kewell sofreria com vários problemas de lesão ao longo da carreira, apesar dos brilhantes momentos que viveu entre esses períodos. Nesse meio tempo, também brilhava na Seleção Australiana.


Suas duas últimas temporadas pelos Whites foram muito boas, sempre sendo um dos destaques do time dentro de campo. Depois de mais um biênio sensacional, com 16 gols na temporada 2002/2003, o Leeds não conseguiu mais segurar sua grande estrela. Com o clube já começando a enfrentar problemas financeiros, Kewell acabou negociado com o Liverpool, opção do jogador devido ao fato de torcer para os Reds na infância. 

No total, Kewell atuou em 242 partidas com a camisa do Leeds United, marcando 63 gols. Acabou não conquistando nenhum título pela equipe. Ele esteve em atividade até 2014, quando pendurou as chuteiras atuando pelo Melbourne City, do futebol australiano, aos 37 anos de idade. Atualmente, é auxiliar-técnico de Brendan Rodgers no Celtic, da Escócia. 

Liverpool escolhe correr riscos desnecessários no começo da temporada

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/Liverpool 

McAllister foi um dos reforços do Liverpool

O Liverpool era, até dois anos atrás pelo menos, uma das grandes forças do futebol europeu na briga pelos principais troféus e era considerado um dos melhores times do planeta. Os Reds já fizeram diversas campanhas históricas e conquistaram títulos sob a batuta de Klopp. A temporada 2023/2024, porém, era esperada para marcar o início de uma reconstrução do gigante vermelho, porém começa a preocupar a torcida devido a inação da equipe na janela de transferências para perder as várias perdas que o clube teve.

O time do Merseyside teve nas férias diversas perdas, algumas esperadas e outras nem tanto. Firmino, Milner, Ox e Keita já tinham construído sua história e saíram de maneira até esperada. O brasileiro até teve muitos pedidos pela permanência, mas decidiu encerrar sua história com as dignas honrarias de um gigante. Porém, a janela árabe dinamitou um já empobrecido setor de meio de campo com duas perdas completamente inesperadas: Henderson, que já seria reserva e o titular absoluto Fabinho. Chegaram apenas dois nomes e a renovação é baixa e preocupa.

Para começar a conversa, o Liverpool conta hoje em seu elenco com apenas 23 jogadores incluindo os quatro goleiros, um deles o jovem Pitaluga, de apenas 20 anos. O elenco é curto e a bem da verdade insuficiente para as necessidades do time. Preocupa pois não parece ser com esse número de jogadores que os Reds conseguirão desenvolver uma boa temporada. 

Existe um setor do time que está bem abastecido e a bem da realidade não precisa de reforços: o ataque. Na parte ofensiva, os Reds possuem nomes suficientes para fazerem a combinação que Klopp bem entender: Salah, um dos maiores da história do clube, Luís Diaz e Darwin Nuñes, com a ginga sudaca, o bom português Diego Jota, o polivalente Gakpo e ainda contará com o promissor Ben Doak, fora Szoboslai, outro reforço, que também pode jogar nas pontas. 

A defesa até tem nomes, mas preocupa por três serem bem propensos a lesões: o colosso Van Dijk, o jovem Konaté, Matip, que é ótimo, mas preocupa pelos problemas físicos e Joe Gomez, sujeito a chuvas e trovoadas, como comentava Mauro Cezar. O ideal seria trazer para o setor mais um jogador que fosse um titular constante de poucas lesões, ou mesmo um zagueiro (ou volante, como Fabinho) que pudesse atuar em mais de uma posição. As laterais possuem os já consagrados Arnold e Roberton e o bom reserva Tsimikas para a esquerda. Resta ver se Ramsay ou Bradley conseguirão ser bons reservas na direita.


O setor que mais preocupa, de maneira disparada inclusive, nos Reds, é o meio de campo. Outrora o setor mais cheio de opções do time, principalmente na temporada 2021/2022, o meio-campo agora tem desfalques assustadores, contando com o excelente, porém de físico preocupante, Thiago Âlcantara, os reforços McAllister e Szoboslai e vários jovens que terão de assumir uma responsabilidade grande, que são Tyler Morton, Stefan Bajcetic e os já mais experimentados Curtis Jones e Harvey Elliot. 

Se o time de Klopp pretende fazer uma temporada digna terá que contar com a boa vontade da FSG em abrir os cofres e trazer mais reforços. Para o meio, Lavia e André estavam na mira e o ideal seria que os dois chegassem, mas seria ideal mais um jogador experimentado, como o caro Caicedo, do Brighton. Na defesa, não deu para concorrer com o Manchester City por Gvardiol, que inclusive é declarado torcedor dos Reds, mas ainda há nomes bons no mercado. 

As movimentações do Liverpool neste final de janela, que será também o início da caminhada na Premier League serão determinantes para que se possa ver até onde o time poderá chegar na nova temporada. No momento, preocupa a falta de profundidade de um elenco que já foi um dia talvez o melhor do continente europeu (e do mundo). 
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