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João Gabriel tem contrato estendido com o Calcio Como 1907, da Itália, até julho de 2028

Foto: divulgação / Calcio Como

João Gabriel chegou à equipe em setembro de 2024, após passagens por Roma-ITA e Corinthians

Zagueiro brasileiro em ascensão no futebol italiano, João Gabriel estendeu seu vínculo com o Calcio Como até julho de 2028. A mudança é válida por mais uma temporada e reforça a confiança do clube no potencial do defensor, que começará seu segundo ano na categoria Sub-19 na temporada 25/26.

"É um sentimento de gratidão e motivação. Desde que cheguei ao Como 1907 fui muito bem recebido por todos. Essa extensão contratual mostra que estou no caminho certo e seguirei trabalhando para evoluir ainda mais e conquistar meus objetivos com essa camisa", afirmou João Gabriel.

O defensor, que atua na equipe sub-19, já realizou treinamentos com Cesc Fàbregas na equipe profissional e espera ter mais oportunidades assim nesta nova temporada, inclusive, tendo feito parte da pré-temporada 2024/2025 com a equipe profissional.

João Gabriel não veio para o Brasil nas férias e ficou na Itália se aprimorando fisicamente para a nova temporada. O defensor segue preparando-se para as competições em 25/26, quando a categoria disputa o Primavera 2(o campeonato italiano Série B sub-19) e a Coppa Itália. O foco da diretoria, comissão técnica e atletas contratados será colocar o Como 1907 na 1ª divisão do U-19 nesta temporada.


Carreira - Natural de São Paulo, João Gabriel construiu boa parte da sua formação no Brasil. Após iniciar no Nacional-SP e Osasco Audax, foram quatro anos e meio vinculado ao Sport Club Corinthians Paulista. Ao fim de sua passagem pela equipe alvinegra, consolidou empréstimo às categorias de base da AS Roma, antes de chegar ao futebol do norte da Itália e se firmar como uma das promessas defensivas do Como 1907. Na AS Roma, inclusive, também fez treinamentos na equipe profissional, sob olhares de José Mourinho. 

Além de tudo isso, João Gabriel é faixa marrom em Kung Fu, tendo em sua galeria títulos paulistas e nacionais, e também poliglota, por falar português, inglês, espanhol e italiano.

Campeã em 1991, Sampdoria é rebaixada à 3ª divisão na Itália

Com informações da Placar
Foto: Divulgação/U.C. Sampdoria

Torcida tentou 'empurrar' o time

Campeã italiana em 1991, a Sampdoria vive um verdadeiro calvário em sua história. Rebaixada à segunda divisão nacional em 2023, a equipe da região da Ligúria sofreu mais um duro golpe nesta terça-feira, 13, ao ser rebaixada para a Série C, equivalente a terceira divisão. O novo descenso foi confirmado com o empate sem gols com a Juve Stabia em confronto atrasado pela 34ª rodada, o último do campeonato.

Com apenas 41 pontos somados, o time terminou o torneio na 18ª colocação, ficando como o primeiro entre os rebaixados, ao lado de Cittadella, 39, e Cosenza, 34.

Jogando fora de casa, a Samp escaparia da queda caso vencesse sua partida ou mesmo os concorrentes diretos tropeçassem. As vitórias de Salernitana, Frosinone e Brescia espantaram a possibilidade.


A campanha teve apenas oito vitórias em 38 jogos disputados, além de 17 empates e 13 derrotas, um aproveitamento de apenas 35,9% dos pontos. Nos últimos seis jogos, o time foi dirigido por Alberigo Evani, ex-auxiliar técnico da seleção italiana e treinador das seleções de base desde 2011.

Além da Serie A em 1991, a Sampdoria tem no currículo quatro títulos de Copa da Itália e uma Supercopa da Itália. A equipe ainda chegou a uma final da Liga dos Campeões, em 1992, vencida pelo Barcelona por 1 a 0.

Carlos Augusto fala sobre ida para a Inter de Milão na TNT Sports

Foto: reprodução / TNT Sports

Carlos Augusto é lateral da Inter de Milão

Na última quarta-feira (29), o lateral-direito da Inter de Milão, Carlos Augusto, participou do programa De Placa, da TNT Sports, após ser campeão do Campeonato Italiano e erguer o troféu no domingo (26). Na ocasião, Carlos falou sobre sua chegada na Europa.

“Como eu fiz a base, fiz minha vida inteira no Corinthians, e na época que eu virei titular do Corinthians eu acabei saindo pro Monza, pra Série B Italiana. Eu lembro que muitos comentavam que era uma decisão difícil, porque você sai de um time “top” assim no Brasil e acaba indo pra Série B Italiana. Eu acho que foi bom para eu me adaptar com o futebol de lá e eu fiz toda a história no Monza também. Subi pra primeira divisão, que foi a primeira vez na história deles e cheguei na Inter esse ano e graças a Deus aí fui comprado. Agora é aproveitar esse momento”, contou o jogador.

Ao sair do futebol brasileiro e ir para o futebol italiano, Carlos se deparou com algumas diferenças tanto no estilo de jogo quanto na sua função dentro de campo. O lateral direito teve que se adaptar à versatilidade que lhe foi exigido atuando na Europa.

“Você vê que o futebol italiano é muito tático, trabalha muita parte defensiva, então na Série B [Monza] você via muito isso, que era muito difícil atacar esses times, e quando eu cheguei na Série A [Inter de Milão] deu pra ver a diferença total de ritmo, ainda mais quando eu era do Monza e jogava contra os grandes clubes, era muito nítido a diferença. Então você sente bastante esse ritmo. É claro que a Premier League é um ritmo bem mais intenso, mas na italiana também é alto e também é muito tático. A parte defensiva é muito bem trabalhada também”, explicou Carlos.

Quando Carlos Augusto chegou na Inter de Milão outros desafios foram aparecendo para o jogador. A chegada do lateral na equipe italiana aconteceu no dia 15 de agosto de 2023, naquele período a Internazionale já havia disputado a Champions League e tinha o elenco titular já formado.

“Quando você chega no time encaixado, e ainda mais que no ano anterior eles foram para a final da Champions League, é bem difícil você entrar no grupo. Eu acho que o mais difícil foi mesmo entender o método de jogo do treinador, mas acabei aprendendo bastante rápido, porque é um grupo muito unido, parecia mesmo uma família, e isso acabou ajudando na nossa temporada. Eu consegui me adaptar bem ao estilo de jogo e consegui ter uma sequência boa de jogos, jogar praticamente quase todos os jogos”, disse o jogador.

Como consequência de suas boas atuações, Carlos Augusto, no dia 6 de outubro de 2023, foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, quando a Amarelinha estava sob o comando de Fernando Diniz. Na ocasião, Carlos chegou a atuar nos dois jogos da data Fifa, na derrota para a Argentina, Colômbia e Uruguai. Na entrevista, o lateral negou que tenha recebido um novo contato de Dorival Júnior.



“O momento em que acabei indo para a Seleção não era um dos melhores. É claro que como eu tinha ido para a Europa há muito tempo e acabei indo para a Serie B, não é bastante conhecido também por torcedores e isso acaba pesando um pouco. Eu acho que eu fui bem tranquilo, nas oportunidades que eu tive eu tentei dar o meu melhor. É claro que acabar não vencendo a partida, é um pouquinho diferente, mas esse é o principal objetivo, é continuar, pegar uma sequência na Seleção, pegar mais minutos na Inter e vamos ver o que promete essa nova temporada. [...] Não, não teve não [Contato do Dorival], mas eu estou super tranquilo, estou torcendo para a Seleção fazer o melhor na Copa América, para estar no topo do mundo de novo” encerrou.

Após o final do Campeonato Italiano, de férias, Carlos Augusto aguarda a próxima temporada para iniciar a trajetória em seus novos desafios. Carlos Augusto ainda falou sobre ter boas expectativas para a Champions League e anunciou que está na torcida para o título do Real Madrid na final da competição que acontece neste sábado (1), às 16h (de Brasília).

A complicada passagem de Sorín pela Lazio

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Sorín atuando pela Lazio

O lateral argentino Sorín é um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro. Dono de grande qualidade técnica e também de uma raça incomparável em campo, o defensor se destacou em várias passagens pelo clube azul celeste mineiro, mas sua carreira não se resume ao Cruzeiro, já que passou por outros clubes ao longo da carreira. Uma das passagens foi uma complicada estadia na Lazio, no início da década de 2000.

Sorín nasceu no dia 5 de maio de 1976 e começou a jogar futebol de maneira mais séria na base do Argentino Juniors, onde chegou em 1992 e onde se profissionalizou em 1994. Depois passou por Juventus, onde apenas esteve por algum tempo e depois foi ao Cruzeiro, onde se tornou ídolo, antes de chegar na Lazio, logo após a disputa da Copa do Mundo de 2002, onde a sua Argentina aliás decepcionou muito. 

Sorín estreou na Lazio diante do Chievo, na segunda rodada da Série A de 2002/2003. O jogo terminou em 3 a 2 para os amarelos de Verona. Depois de algum tempo começou a sofrer com um contexto que foi uma verdadeira praga em sua passagem pelas Áquilas, as lesões. Sorín perdia muitos jogos por lesões que até não o tiravam muito tempo de ação, mas acabaram encurtando seu número de jogos pelos laziales. 


Acabou permanecendo em Roma até o final da primeira metade da temporada europeia. Seu último jogo com a camisa da Lazio ocorreria em 19 de janeiro de 2003, numa partida diante diante da Udinese, que foi vencida pelo time romano. Ele acabou saindo no meio do segundo tempo, sendo substituído curiosamente pelo compatriota (e hoje um dos maiores treinadores do futebol mundial) Diego Simeone, que era um jogador de volância e defesa. 

Acabou deixando a equipe italiana rumo ao Barcelona, para onde foi no início daquele ano de 2003, ficando até o final da temporada europeia nos Blaugranas, onde teve mais sorte em relação ao físico. Pelas águias, foram 11 jogos realizados por Sorín, sem nenhum gol marcado pelo argentino nesta passagem.

Carlos Augusto comenta título do Italiano com a Inter

Foto: divulgação / Inter

Carlos Augusto comemorando o título

Campeão italiano com a Internazionale na segunda-feira (22), Carlos Augusto esteve no programa ESPN FC e falou sobre ter vencido o Milan, sobre o título antecipado, sobre a participação na Seleção Brasileira e sobre sua relação com o treinador Simone Inzaghi. O momento do título para o lateral foi especial, segundo ele o Italiano foi seu “o primeiro título importante”. 

“A gente estava com a cabeça tranquila. Se não acontecesse naquele jogo, poderia ser no próximo. Mas todo mundo queria que fosse nesse jogo, porque é diferente, é uma sensação especial e eu estou muito feliz, porque é um campeonato difícil. Querendo ou não, é o primeiro título importante pra mim. Foi um dia bastante especial. Quando teve o apito final ali, mesmo jogando fora de casa, teve bastante torcedor nosso. Então deu pra comemorar bastante dentro do campo”, contou. 

Tão importante quanto estar bem fisicamente é o apoio e o auxílio do treinador, e para a temporada de 2024, Carlos Augusto tem escutado diversos conselhos de Simone Inzaghi. A versatilidade do lateral da Inter tem sido uma característica crucial na hora de ser escolhido pelo treinador, além do entrosamento do brasileiro com o restante do grupo.

“Essa minha versatilidade ajudou bastante, tanto como zagueiro, como ala…Ele me deu bastante conselhos, porque eu fui contratado para fazer aquele quinto, aquele ala e ele me colocou pelas características como terceiro, então ele me ajudou bastante, deu bastante dica. Ele consegue manter o grupo unido e fazer entender, fazer os jogadores entenderem como é o estilo de jogo, aqueles que chegaram novos. Então acho que ajudou bastante, além do grupo ser maravilhoso, todo mundo quer o bem do outro que ajudou a construir essa campanha”, explicou.

Carlos Augusto atualmente é o único brasileiro da equipe e o primeiro brasileiro a vencer o Campeonato Italiano com a camisa da Internazionale após 14 anos. Porém, para jogar fora do país e conquistar títulos, esforços são necessários. O lateral pontuou que sua rápida adaptação se deu também por já saber se comunicar com seus companheiros.

“Aqui tiveram bastante brasileiros que fizeram história, mas eu sou o único do grupo. Eu até brinco com o pessoal. “Podia ter mais um aí pra puxar a resenha”, mas acho que o que facilitou também com o grupo é que eu já tava na Itália e já sabia a língua. Então acho que facilitou bastante. Os sul-americanos aqui não tem rivalidade. Dentro do clube eu falo bastante com o Lautaro, que me ajudou bastante quando eu cheguei. Que é o nosso capitão, ele ajuda bastante. Então foi bom demais”, contou Carlos. 

Na entrevista o lateral ainda deixou claro seus objetivos na temporada, que já foram alcançados, e projetou com quer seguir. O jogador ressaltou novamente sua versatilidade e disposição em fazer parte do elenco da Inter de Milão.

“Antes de começar essa temporada, eu coloquei como objetivo jogar a Champions League e a Seleção. Então, sou muito grato por conseguir alcançar esses objetivos. Daqui para frente, eu quero continuar na Inter e ajudar ao máximo. Independente da posição, eu quero ajudar a equipe. A Seleção tem me ajudado bastante, estou ganhando cada vez mais minutos. Acho que a Seleção é consequência. Se eu fizer um bom trabalho aqui, espero ser chamado algum dia e aproveitar a oportunidade ao máximo”, disse.


Na seleção brasileira, Carlos Augusto foi convocado após Renan Lodi ser cortado por lesão, por lá o jogador atuou nas Eliminatórias da Copa do Mundo ao lado de Fernando Diniz. Carlos Augusto comentou sua participação e a memória que tem dos jogos que esteve em campo.

“O Fernando me deu bastante liberdade pra mim do jeito que eu jogo. Ele falou: “É só jogar do jeito que joga na Inter”, ele deu bastante confiança, bastante liberdade. É claro que vinha em um momento ruim, jogos difíceis. A experiência poderia ser muito melhor se a gente acabasse vencendo os jogos, mas jogar um Brasil x Uruguai, um Brasil x Argentina, fica na história de qualquer jogador, que é um sonho de todos, jogar e representar o país. É lógico que com a derrota é diferente, mas eu acho que foi uma experiência bem legal pra mim e me ajudou bastante a crescer como jogador também”, revelou.

A boa passagem de Rubén Sosa na Internazionale

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Rubén Sosa na Inter

O sucesso de jogadores sul-americanos na Série A italiana não é algo necessariamente novo. Jogadores dos países da região fazem sucesso na bota há muitos anos e os exemplos vão desde gigantes antigos como Jair, atacante da grande Inter até pilares atuais como Lautaro na Inter e Danilo, o dono da defesa da Juve. Um dos grandes nomes do continente que fez sucesso em terras italianas foi o atacante uruguaio Rubén Sosa, que completa seus 58 anos neste dia 25 e teve uma boa passagem pela Internazionale na primeira metade dos anos 1990.

Recém campeã italiana, a Inter não vivia seus melhores dias durante aquela década, que à exceção de títulos na Copa da UEFA seria um período "perdido" para os nerazzurri. Na época, a Beneamata ficou para trás diante do sempre presente sucesso da Juventus e da ascensão meteórica do Milan de Berlusconi. Foi nesse contexto que Rubén Sosa chegou a Appiano Gentile, depois de quatro temporadas de sucesso na Lazio.

O cartão de apresentação de Sosa foi quase imediato. Já em sua estreia, marcou seu primeiro gol pela Beneamata e se tornou rapidamente o principal jogador interista na temporada. Ele foi o grande nome de uma campanha que levou os nerazzurri ao vice-campeonato na Série A, perdendo o titulo para o Milan, que terminou quatro pontos na frente. Foram 22 gols do Principito na temporada. Um belo cartão de visita aos torcedores da Inter e números muito bons para um atacante cuja função era ser o apoio do camisa 9 principal.

Sua segunda temporada pelo clube se deu em um contexto esquisito. Naquele biênio, a equipe levaria o único título que Rubén teria como interista, quando foi campeã da Copa da UEFA em cima do Casino Salzburg. Ao mesmo tempo, porém, a Beneamata viveu uma trajetória infernal na Série A, onde a despeito do bom elenco que tinha, acabou brigando contra o descenso após uma queda absurda no final do temporada, que viu o descenso não vir apenas por um ponto, que por sinal pode ser atribuído a Rúben Sosa, numa virada crucial diante do Parma puxada por ele.


Sua terceira e última temporada pela Inter seria mais uma vez de protagonismo por parte do uruguaio, que marcou seus 11 gols ao longo do ano, mas de um desempenho fraco por parte dos nerazzurri em praticamente todas as competições. A relação entre ele e Bergkamp não era boa e tais problemas refletiram no desempenho do time. Ao fim daquele biênio, acabou negociado com o Borussia Dortmund, em meio a mudanças que a Inter passou após a chegada de Massimo Moratti a presidência.

No total, em três anos atuando pela Beneamata, Rubén Sosa  esteve em campo em 104 partidas, marcando 50 gols pelos nerazzurri. Ele ainda atuaria por Dortmund, Logroñes, Nacional, Shangai Shenua e Racing (do Uruguai) antes de pendurar as chuteiras, já com bastante idade, em 2006, aos 40 anos. 

Carlos Augusto é campeão do Campeonato Italiano com a Internazionale

Foto: Divulgação/Internazionale

Carlos Augusto defende a Internazionale

“É campeão!” é a frase que ecoa ao redor de Carlos Augusto nesta segunda-feira (22) e nos próximos dias. O lateral esquerdo da Inter de Milão, juntamente com toda sua equipe, sagrou-se campeão do Campeonato Italiano de forma precoce. Ao vencer o Milan pelo placar de 2 a 0, a Internazionale conquistou 86 pontos e já não pode mais ser alcançada na classificação da competição.

A tarde desta segunda-feira (22) teve um sabor especial apenas para um lado, o que veste azul e preto na Itália. Após duas temporadas a Internazionale voltou a ficar com o título e Carlos Augusto, por sua vez, se tornou o primeiro brasileiro a vencer o Campeonato Italiano após 14 anos, sendo Júlio César, Lúcio, Maicon e Mancini os últimos a vencerem, na temporada de 2009/2010 também com a camisa da Inter.


O brasileiro de 25 anos deixou em campo toda a garra, vontade e suor para sair vitorioso no duelo com seu principal adversário da competição. Com uma carreira vitoriosa até aqui e sempre lembrado por onde passa, Carlos Augusto deixa seu nome marcado na história da Inter de Milão.

Na temporada até aqui, o lateral esteve em campo em 40 oportunidades e contribuiu com sua equipe marcando um gol e servindo seus companheiros com três assistências.

Quinta vaga na Champions é o sinal de que a Série A Italiana está voltando aos bons tempos

Por Lucas Paes
Foto: REUTERS/Guglielmo

Atalanta eliminou o Liverpool na Liga Europa

Pode ser que você que é mais novo e esteja lendo este texto sequer tenha noção, mas durante muito tempo o "Olimpo" do futebol mundial, o maior campeonato do planeta era a Série A da Itália. Diversos fatores que serão explicados aqui neste texto fizeram com que o tradicional torneio despencasse, que os times do país perdessem força e de certa forma isso ainda precisa ser recuperado na Liga dos Campeões, que não tem um vencedor italiano desde 2010. Porém, nesta quinta ficou determinado de vez que o Calcio terá cinco vagas na Liga dos Campeões, já que ele simplesmente assumiu a ponta do ranking de torneios da UEFA, passando inclusive a Premier League.

O cálculo de pontos das competições da UEFA é uma complicada soma de pontos dos times de um país que competem em competições europeias, mas a maneira mais simples de resumir é que ele soma o desempenho nas três competições principais da Europa hoje. O futebol italiano, ainda numa época onde só havia Champions League e Liga Europa começou a perder posições e caiu de maneira crítica e muito disso se deve as transformações que a liga viveu pós-Calciopoli.

O Calciopoli foi um escândalo de corrupção envolvendo times italianos como Juventus, Milan, Fiorentina e Lazio numa situação onde a Inter escapou como o time honesto prejudicado na história. Na época, as equipes foram acusadas e consideradas culpadas num esquema de manipulação de resultados envolvendo árbitros e equipes. O escândalo caiu como uma bomba naquele que era o maior campeonato do mundo e destruiu um dos maiores times da história da Juve, além de implodir de certa forma toda o alicerce do futebol italiano. 

Os efeitos não foram imediatos, já que Milan e Inter ganharam Liga dos Campeões nos anos seguintes, mas aos poucos todos os times italianos foram perdendo protagonismo, nível técnico e o país despencou no raking de ligas da UEFA. O campeonato perdeu força, viu a Premier League virar o suprassumo do esporte e dali a alguns anos só a Juventus fazia frente a elite europeia, enquanto outros times sequer chegavam ao mata-mata. Inter e Milan ficaram anos e anos no ostracismo e só agora estão se recuperando. A Roma foi quem chegou a fazer algumas campanhas interessantes também.

Mas, esse panorama claramente tem mudado nos últimos anos. Cada vez mais equipes italianas chegam longe em competições europeias e o melhor termômetro para essa medição talvez sejam as competições menores. Se não sobrou nenhum time da Bota na Liga dos Campeões, na Copa da UEFA Atalanta e Roma estão na semifinal. Na Conference, a Fiorentina é semifinalista e talvez seja a grande favorita. Ano passado, a Inter fez com que o City tivesse que suar sangue para conquistar sua primeira Liga dos Campeões. Fiorentina e Roma foram finalistas na Conference e na Liga Europa na temporada passada. Tudo isso somado colocou a Série A de volta no topo do ranking de ligas da UEFA.

É claro que este caminho não é "irreversível", mas também indica uma tendência de volta. Um dos melhores times do mundo, a despeito da dolorida eliminação nas oitavas da Liga dos Campeões, é a Inter. A Roma é uma constante nos campeonatos menores e a Atalanta está pedindo passagem para alguma conquista grande a anos. Mais do que isso, o Campeonato Italiano hoje possuí jogos com muitos gols, vários tipos de táticas diferentes e jogadores de diversos estilos fazendo sucesso por lá. Não é a toa que a Azzurra foi campeã da Euro (e não a toa também decepcionou em não ir a Copa).

Restará agora acompanhar como esse crescimento italiano se consolidará nos próximos anos. No que se trata de Liga dos Campeões, a Inter, grande força do país hoje, já deixou claro que a competição será a prioridade do time na próxima temporada (este ano foi a Série A e os nerazzurri talvez sejam campeões nesta segunda-feira). A Juventus, aos trancos e barrancos, monta um time cada vez melhor e mais provável de voltar ao topo. O Milan quase chegou numa final na temporada passada. Roma, Atalanta e a grata surpresa Bologna também prometem algo para o futuro. Além, é claro, de Napoli, Fiorentina e Lazio. 


Acompanhando a Itália no ranking esta a Alemanha, que colocou dois times nas semifinais da Liga dos Campeões, o colosso Bayern de Munique, que parece carta marcada em semifinais da competição e a surpresa Borussia Dortmund e também tem o Bayer Leverkusen como favoritaço na Liga Europa. O desempenho bom recente de times do país nas competições menores também garantiu que ultrapassasse a Premier League, que não desempenha em campeonatos menores como desempenha (as vezes) na Liga dos Campeões, a exceção do West Ham na Conference passada e do Aston Villa nessa.

Aos poucos, mesmo que não possa voltar a ser o Olimpo do esporte, a Itália volta a ser um dos seus grandes palcos e essa talvez seja a grande notícia do futebol europeu nesses últimos anos, pois o Calcio forte fez muita, mas muita falta para quem gosta do futebol europeu. 

Zagueiro sofre mal súbito e interrompe partida entre Udinese e Roma pelo Italiano

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

Ndicka passou mal durante jogo do Italiano

O zagueiro Evan Ndicka, da Roma, sofreu um mal súbito neste domingo durante o duelo com a Udinese, pela 32ª rodada do Campeonato Italiano. O jogador caiu no gramado e foi atendido por paramédicos, que o direcionaram até o hospital. Com isso, o jogo acabou sendo suspenso.

“Após um mal súbito sofrido por Evan Ndicka em campo, Udinese x Roma foi suspenso. O jogador está consciente e foi transportado ao hospital para exames. Vamos Evan, estamos todos com você”, publicou a Roma em suas redes sociais.

Segundo a “Sky Sport”, o primeiro eletrocardiograma apresentou um quadro preocupante, que fará com que o jogador continue internado em Udine. Ainda segundo o jornal, a delegação da Roma está se organizando para permanecer na cidade para dar apoio ao zagueiro.

Evan Ndicka caiu no gramado aos 27 minutos do segundo tempo, quando foi rapidamente socorrido pelos médicos da partida. De acordo com o “Corriere Dello Sport”, o pedido para o jogo ser suspenso partiu do técnico De Rossi, após o mesmo ver o estado do seu atleta no vestiário. A Udinese aceitou o pedido prontamente, assim como a equipe de arbitragem.


Ainda segundo as informações, o pronto atendimento foi essencial para que o zagueiro deixasse o estádio lúcido e fazendo um sinal positivo. Evan Ndicka aguarda os resultados dos próximos exames para definir os próximos passos de sua carreira.

O início de Nicola Berti no Parma

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Berti atuando no Parma

Completando seus 57 anos neste dia 13 de abril, o meia Nicola Berti foi um dos maiores nomes da posição formado no futebol italiano entre os anos 1980 e 1990. Dono de grandiosa qualidade, sendo considerado um verdadeiro craque. Ele se tornou um dos maiores ídolos da história da Internazionale e também foi crucial na fuga do rebaixamento que o Tottenham protagonizou em 1999, além do título da Copa da Liga. O início dessa gigantesca trajetória se deu no Parma, numa época onde os Gialloblu eram um time modesto.

Berti subiu das categorias de base num Parma que ainda distava muito do time de imenso sucesso que a equipe do Parma experimentou durante as décadas de 1990. Berti subiu numa equipe que ainda era apenas um time que rodada entre a terceira e a segunda divisão italiana e foi, durante a maior parte dos seus primeiros anos no clube, um reserva que apenas treinava com a equipe. Também pudera, já que foi alçado aos profissionais com apenas 15 anos.

Viveu a maior parte do seu tempo no Parma como reserva, sem entrar muito na equipe já que era um adolescente que já tinha conquistado muito por ser parte do elenco. Quando finalmente consegue entrar na equipe titular tinha seus 17 anos e era parte de um time que de novo tentaria ajudar o Parma a permanecer na Série B, durante a temporada 1984/1985. 


Naquele ano, Berti foi titular durante a maior parte do tempo na equipe gialloblu, mas não conseguiu ser eficiente em evitar o descenso para a Série C1 novamente. Ainda que não fizesse gols, seu futebol foi o suficiente para chamar a atenção da Fiorentina, que não perdeu tempo e o contratou para a temporada 1985/1986, encerrando assim a trajetória de Berti no Parma.

Segundo o World Football Statistics, Berti fez 31 partidas pelo Parma, sem conseguir marcar gols pelo clube. A partir da passagem pela Fiorentina, o italiano caminharia para se transformar num verdadeiro fenômeno, impressionando principalmente a partir do momento que chegou na Inter. Berti se aposentou em 2002, no futebol australiano. 


A boa passagem de Branco pelo Genoa

Por Lucas Paes
Foto: Aquivo

Branco jogando no Genoa

Um dos principais nomes da Seleção Brasileira que conquistou o título da Copa do Mundo de 1994, o ex-lateral Cláudio Ibrahim Vaz Leal, que ficou conhecido pelo apelido de Branco, foi um dos grandes nomes da lateral esquerda formado no futebol brasileiro durante os anos 1980 e 1990. Já experiente quando campeão do mundo, o canhoto, que completa seus 60 anos neste dia 4 de abril, teve ótima passagem pelo Genoa.

A chegada de Branco aos Rossoblu se deu em meio a uma trajetória de bastante sucesso do brasileiro dentro do futebol europeu. Tendo atuado primeiro em terras europeias pelo Brescia, numa época onde a Série A só permitia três estrangeiros e era considerada o melhor campeonato de futebol do planeta, o brasuca teve uma ótima passagem pelo Porto e estava em meio a temporada 1990/1991 quando foi levado de volta a Série A, para jogar pelo Genoa.

Titular desde sua chegada ao solo italiano, foi peça chave na campanha do Genoa que levou a equipe a um honroso quarto lugar na disputa daquela Série A, que seria vencida pela arquirrival Sampdoria. Ele foi o grande nome da equipe e inclusive teve um gol importantíssimo em uma vitória no clássico diante da Doria, que encerrou um jejum de 11 anos em que o Genoa não vencia clássicos locais, sendo um lindo gol de falta.

No ano seguinte, foi crucial na ótima campanha do Genoa na Copa da UEFA, onde a equipe foi até as semifinais e sucumbiu diante do Ajax. Branco marcou um golaço que ajudou o time genovês a vencer por 2 a 0 o Liverpool, que terminaria eliminado pelos italianos com direito a outro triunfo diante do lendário Anfield Road, numa época onde a velha KOP ainda pulsava. 


Seguiu na equipe no ano seguinte, onde não conseguiu ajudar numa temporada muito conturbada, que viu várias trocas de treinadores e uma campanha muito ruim na Série A, onde os Rossoblu inclusive temeram o descenso. O biênio 1992/1993 acabaria sendo seu último no Luigi Ferraris, já que acabou se despedindo do Genoa ao fim da temporada, encerrando uma passagem de três anos e retornando ao futebol brasileiro.

No total, em três anos jogando com a camisa dos Grifone, Branco foi a campo 86 vezes, marcando onze gols, um número excelente para um lateral. O histórico integrante do tetra pendurou as chuteiras em 1998, no Fluminense. 

A passagem de Marco Ballotta na Internazionale

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Balotta atuando na Inter

Conhecido por ter sido o jogador mais velho a jogar uma partida da Série A e também deter esse recorde na Liga dos Campeões, o italiano Marco Balotta, que completa seus 60 anos neste dia 3, tem um longo histórico jogando como goleiro, principalmente reserva em muitas equipes, dentro do futebol italiano. Um dos times onde Balotta atuou foi a Internazionale, equipe pela qual jogou no começo dos anos 2000.

Balotta já era um jogador bastante experiente quando chegou a Beneamata. Na época, o time de Milão buscava um goleiro para surprir a perda de Pagliuca, que havia saído para o Bologna no começo da temporada 1999/2000. Reserva da Lazio, Balotta foi incluindo na negociação por Peruzzi, que veio na época para ocupar a função de titular na Inter (e duraria apenas aquela temporada na equipe). Chegou a Inter no início da temporada 2000/2001.

Viveu uma temporada que foi caótica para os Nerazzurri. Sem contar com o lesionado Ronaldo, a equipe ainda precisou esperar a volta de Vieri e esteve longe de fazer uma grande Série A ou um grande campeonato no geral. Reserva, Balotta foi utilizado principalmente em jogos da Supercopa e da Copa Itália, entrando em alguns jogos na Série A já no fim da temporada.


Foi empresatado ao Modena na temporada 20001/2002, ajudando a equipe a conseguir um acesso para a Série A como goleiro titular. Acabou permanecendo por lá depois disso, encerrando sua curta passagem na Internazionale. Curiosamente, acabou sendo capitão da equipe numa das poucas partidas em que esteve em campo pela equipe nerazzurri.

No total, Balotta entrou em campo em 11 oportunidades para defender o gol interista. Acabou tendo apenas duas partidas sem sofrer gols nestes jogos, sendo inclusive o goleiro que levou 6 a 1 do Parma naquela edição da Copa Itália. Ele pendurou as chuteiras na Lazio, em 2007. Curiosamente, chegou a voltar a jogar na oitava divisão italiana em 2008, jogando como atacante.

A passagem de Batista na Lazio

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Batista atuando num derby de Roma

A Série A Italiana já foi um dia uma espécie de Olimpo do futebol, tendo a posição que hoje a Premier League ocupa como o campeonato de futebol mais badalado do planeta. A competição hoje é imensamente aberta a jogadores estrangeiros, tendo inclusive campeões com escalações inteiras sem jogadores italianos, como a Internazionale de 2010. Nos anos 1980 havia um limite de apenas três estrangeiros por time e foi nesse período em que o ex-volante brasileiro Batista, que completa seus 69 anos neste dia 8, passou pela Lazio.

Batista chegou a Lazio em 1983, como uma espécie de resposta dos laziales a contratação de Falcão pela rival Roma. O brasuca havia jogado a Copa do Mundo de 1982 pela Seleção Brasileira e desembarcou na capital no início da temporada 19831/984, buscando se tornar o destaque da equipe laziale durante a competição, numa época muito negativa para a equipe laziale, que ainda sofria os reflexos do escândalo Totonero, que a rebaixou no ano de 1980.

Chegou ao time e se tornou logo capitão do time, mas estava numa equipe das Áquilas que não conseguia nem de perto de fazer uma campanha digna. Com Batista sofrendo ao longo da temporada devido ao fato de além de não apresentar bom futebol, ser conhecido por frequentar a vida noturna e ser pouco profissional naquele momento. A Lazio se salvou na última rodada do rebaixamento com Batista fazendo algumas atuações importantes.


Na temporada seguinte, o brasileiro decaiu junto com o time laziale rumo a Série B. A equipe venceu apenas dois jogos durante a campanha inteira, empatando outros 11 e perdendo 17 jogos, ficando na penúltima colocação. Sem conseguir apresentar bom futebol, o brasileiro foi considerado um dos responsáveis pelo rebaixamento. Fez um gol ao longo daquele biênio e pouco conseguiu contribuir.

Se apresentou para permanecer para a temporada seguinte, mas acabou sendo cedido ao Avellino. No total, Batista atuou em 53 partidas pela Lazio e marcou três gols. Ainda passaria pelo Avellino, Belenenses e pelo Avaí antes de pendurar as chuteiras, em 1989.  

O futebol da Internazionale não pode mais ser ignorado

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/Inter de Milão

A Inter venceu a Juve e abriu boa vantagem na Série A

Existem alguns times que são chavões quando se fala nos que jogam o melhor futebol no planeta atualmente. O City de Guardiola não deixará de ser citado nessa questão enquanto ele existir, o Real Madrid da juventude impressiona pela rapidez com que consegue destroçar adversários, o Bayer Leverkusen é a sensação do momento na Europa. Existe, porém uma equipe que lidera seu campeonato nacional, uma das grandes ligas, com uma campanha de 18 vitórias, três empates e apenas uma derrota em 22 jogos e está no mata-mata da Liga dos Campeões e ainda assim é ignorada pelos analistas. Não dá mais pra fingir que a Inter não é um dos grandes times e um dos grandes favoritos a fazer grandes coisas na Europa.

O time de Simone Inzaghi foi na temporada passada um colosso na Liga dos Campeões. Em meio a uma Série A claudicante, a Inter usou sua forte defesa para bater adversários e chegar a decisão da orelhuda, perdendo a final para o City jogando melhor que a "oitava maravilha do mundo" em Istambul. Neste ano, saídas como Lukaku e Skriniar não foram sentidas, já que a Beneamata reforçou seu time, montou um forte elenco e passou a, além de ter a força defensiva característica, encontrar diversas maneiras de atacar e engolir seus adversários. Passou a ser portanto um time muito mais perigoso.

Na Série A, os nerazzurri não permitem a nenhum adversário o sonho de alcançá-los praticamente. A Juventus, que sonhava em ainda buscar o Scudetto, perdeu por 1 a 0 neste domingo em San Siro em jogo onde o placar justo seria de pelo menos uns 3 a 0 para a Inter e viu a diferença de pontos subir para quatro com um jogo a menos da líder da competição. O Milan, oito pontos atrás, sequer aspira alcançar o topo. O problema é que além da diferença a Inter não dá sinais de que baixará a guarda e está um degrau acima dos outros times italianos. 

Na Liga dos Campeões a equipe italiana terá um difícil confronto contra o Atlético de Madrid, pois bobeou e perdeu a liderança da chave para a Real Sociedad, mas coletivamente é mais time que os Colchoneros. Porém, se for eliminada, será algo inesperado devido a diferença do futebol praticado pelos dois times. A tendência é que a dona da liderança da Série A avance para fazer mais uma boa campanha na Liga dos Campeões e não é exagero sonhar com o título. Exagero é quem ignora a Inter entre os favoritos.


O time de Inzaghi não só se defende bem como enche também os olhos atacando, já que consegue tanto engolir seus adversários com a posse de bola quanto feri-los em jogadas rápidas. Seja com a redonda rodando o meio extremamente técnico formado por Barella, Calhanoglu e Mikhtaryan ou nas várias inversões que Pavard e Bastoni conseguem fazer para Dimarco e Dumfries (ou Darmian). Lá na frente, Thuram é um tanque lutador e Lautaro Martinez vive uma forma que o credencia como um dos melhores jogadores do mundo atualmente. O elenco, equilibrado como é, ainda possuí opções como Klassen, Aslani, Frattesi, Carlos Augusto, Cuadrado, Sanchez, entre outros. 

A surpresa com o excelente desempenho da Inter nesta temporada é apenas de quem não acompanha o futebol italiano e não havia percebido as ótimas movimentações que o clube fez no mercado. Não é mais possível ignorar que a Inter é sim hoje um dos melhores times do planeta e que a possibilidade desse time sair da temporada com um Scudetto e um quarto título europeu está longe de ser um devaneio. 

O racismo não pode mais ter a complacência do futebol europeu

Por Lucas Paes
Foto: EFE/EPA/Gabriele Menis

Maignan foi vítima de mais um caso de racismo na Itália

Em pleno 2024, é um absurdo indescritível que ainda precisamos discutir racismo dentro da sociedade e do mundo e o futebol não consegue, infelizmente, escapar disso. Diversos lugares do mundo tem conseguido pelo menos combater esse crime nojento através de ações mais fortes contra quem comete esse ato, mas o futebol europeu e a sociedade europeia como um todo ainda tem um problema enorme com o racismo, incluindo lugares que nem consideram isso um crime (muito ainda dão espaço ao neonazismo e neofacismo.). Neste fim de semana, o excelente goleiro Maignan foi mais uma vítima desse absurdo em um jogo do Milan, mais uma vez na Itália.

A primeira coisa a se dizer é que a Itália é um dos países que trata esse assunto de maneira muito leve e isso, queira você ou não, seja você de esquerda ou direita, tem a ver com a política local, já que o partido que hoje governa o país tem em suas colunas descedentes diretos de Mussolini. A Bota, a despeito das várias qualidades que possuí, inclusive de seu povo, jamais levou o racismo como um problema sério como deveria. Há poucos anos, Lukaku sofreu represálias da própria Curva Nord da Inter após sofrer um ataque deste tipo e a Liga Italiana pouco faz de eficiente contra isso.

O goleiro francês fez um imenso desabafo nas redes sociais, acusando a todos que se omitem de ação nesse momento de cúmplices e está correto. A falta de ação da Itália, da Espanha e de vários outros países, principalmente mais ao Leste Europeu é cúmplice do racismo que ainda acontece naquele continente, de uma postura nojenta de um lugar onde vários países são culpados diretos pelo inferno que vive a população preta africana, sul-americana e de todo mundo até os dias atuais. 

Infantino, que é italiano e preside a FIFA declarou que é a favor de derrota automática em casos do tipo e talvez essa medida seja necessária para que pelo menos nos estádios o racismo pare de ser algo aceito, mas para mudar uma sociedade como um todo a FIFA não tem muito o que fazer. Dentro do futebol, porém, a derrota automática já seria uma ação imensamente grande diante desse tipo de ato. Quem reclamasse dessa direção de certa forma já se revelaria como um colaborador do racismo. 

No continente europeu como um todo os países que melhor combatem o racismo são, de longe inclusive, Inglaterra, de certa forma Reino Unido como um todo e Alemanha. No que se refere a terra do Rei Charles, a tolerância da Premier League com esse tipo de situação é zero e os casos não acontecem a anos. Vale o mesmo para divisões inferiores e para a Scottish Premier League e a Northern Ireland Football League. A Alemanha também trata casos desse tipo com tolerância zero na sociedade como um todo e isso acaba por se estender ao futebol. 

Fora do futebol, o problema do racismo provavelmente vai existir enquanto o mundo existir, restando lutar e combater essa ação inaceitável no dia a dia. No futebol, porém, passou da hora desse tipo de coisa acabar, não mais existir e não ser aceito. Se um país quer aceitar esse tipo de coisa, ele deveria tomar sanções, mas essa é outra discussão, mas dentro do futebol isso não pode mais ser aceito.

Goleiro do Milan deixa o campo após gritos racistas em jogo contra a Udinense

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

Mike Maignan sofreu ataques racistas

O francês Mike Maignan, goleiro do Milan, saiu de campo neste sábado depois de ser alvo de gritos racistas de torcedores da Udinese, no estádio Friuli, em Údine, em jogo da 21ª rodada do Campeonato Italiano. A partida ficou paralisada por cinco minutos, foi retomada e terminou com a vitória milanista por 3 a 2, com o gol da vitória marcado nos acréscimos da segunda etapa.

No primeiro tempo, o Milan vencia a Udinese por 1 a 0 (gol de Loftus-Cheek) e tinha um tiro de meta a seu favor. Antes da cobrança, Maignan sinalizou para os companheiros, caminhou até o árbitro e depois para a linha lateral. Os jogadores do Milan conversaram com Maignan, que tirou as luvas e desceu o túnel para o vestiário. O goleiro também contou ao árbitro sobre torcedores imitando macacos no início da partida, o que gerou um anúncio no estádio pedindo que as ofensas parassem.

“Não há absolutamente nenhum lugar para o racismo em nosso jogo: estamos horrorizados”, publicou o Milan nas redes sociais com uma foto de Maignan conversando o árbitro. “Estamos com você, Mike.”

O time do Milan voltou ao campo, e Samardzic empatou antes do fim do primeiro tempo. A Udinese virou no início do segundo tempo com Thauvin. O Milan chegou ao novo empate aos 38 minutos, com Jovic, que tinha entrado sete minutos antes. O gol da vitória saiu aos 48 minutos com Okafor.


Com a vitória, o Milan chegou aos 45 pontos e está em terceiro lugar. O time volta jogar no sábado que vem, contra o Bologna, em Milão. Já a Udinese, que deve ser punida pelo episódio de racismo, enfrenta a Atalanta, também no sábado. A Udinese está na 16ª posição, com 18 pontos, e pode terminar a rodada na zona de rebaixamento.

A história de Fabrizio Ravanelli na Juventus

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Ravanelli na Juve

Considerada por muitos como o maior clube da Itália, a Juventus já foi protagonista em todas as décadas da Série A de times impressionantes e a coisa não está sendo diferente nessa temporada, onde tudo indica uma briga boa com a Inter pelo Scudetto. Nos anos 1990, o time de Turim viveu um dos maiores períodos de sua história, constantemente montando times fortíssimos e inclusive conquistando a Europa. Um dos maiores nomes dessa década vestindo bianconero foi o atacante Fabrizio Ravanelli, que completa 55 anos neste dia 11 de dezembro.

Ravanelli foi rastreado pela Juve após ótima temporada jogando pela Reggina, onde foi o principal jogador da modesta equipe. Pretendido por diversas equipes maiores do futebol da Bota, ele chegou a Juve no início da temporada 1992/1993, num período onde o time bianconero tinha em suas linhas diversos jogadores de primeira prateleira. Era uma oportunidade de ouro para o jovem Ravanelli. 

No começo, sob a batuta do histórico Trapattoni, Ravanelli sofreu muito. Sofria pesada concorrência de nomes como Vialli e Baggio na parte ofensiva de um time que possuía um elenco assustadoramente bom. Reserva na maior parte dos jogos naquele primeiro biênio, só foi marcar o primeiro gol diante do Anorthosis, em sua sétima partida pela Juventus, em um jogo válido pela Copa da UEFA, atual Liga Europa. Foram nove gols em sua primeira temporada pelo clube.

Passa a se destacar mais a partir da temporada 1993/1994. Atua muito mais vezes como titular ao longo daquele biênio, onde além de fazer mais gols, vira peça chave em jogadas ofensivas, seja fazendo pivô ou combinando com Del Piero ou Baggio. Apesar do desempenho melhor, aquele biênio passa em branco pela Juventus, que não obtém nenhum troféu na temporada. 

Seu auge com a camisa bianconera chega na temporada 1994/1995. Em forma infernal, o Pena Bianca, apelido que ganhou devido aos cabelos precocemente grisalhos, simplesmente estraçalha defesas por toda a Série A. Vira o principal artilheiro do time na temporada, com gols importantes em todas as competições, mas principalmente decisivos na Copa Itália, onde marca na final e na Copa da UEFA, onde é peça chave para levar a Juve a decisão, onde ela acaba derrotada. Termina o biênio com 30 gols e o doblete de Série A e Copa Itália.


Sua última temporada pelo clube vem em 1995/1996. Apesar de não ter uma temporada prolificamente artilheira como a anterior, sendo inclusive atrapalhado por lesões, Ravanelli foi peça chave para a campanha que bota a Juventus na final da Liga dos Campeões e acaba por marcar o gol dos bianconeros na final, que termina vencida pelos italianos nos pênaltis após o empate por 1 a 1 no tempo normal. Fecha aquele ano com 18 gols. 

Ao final daquela temporada, acaba negociado com o Middlesbrough por 7 milhões de Libras, um valor altíssimo a época, numa Premier League que engatinhava para virar o campeonato multibilionário que é hoje. No total, em quatro anos de Juve, marcou 69 gols em 159 jogos, sendo considerado um dos ídolos da história bianconera. 

A apagada passagem de Lehmann no Milan

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Lehman atuando no Milan

A Alemanha teve e segue tendo uma enorme tradição na formação de excelentes goleiros em sua história no futebol. Caminhando de Sepp Mayer até o gigantesco Neuer, os germânicos já formaram vários nomes que fizeram história e mudaram a forma de como se jogava na posição. Entre os vários nomes que os tedescos criaram está o de Jans Lehmann, que completa 54 anos neste dia 10 e teve grande história no esporte tanto por clubes como pela seleção. Entre todos os clubes, a única passagem que ficou aquém da história do arqueiro foi a pelo Milan. 

Lehmann chegou ao Milan depois de um começo histórico no Schalke, onde foi muito bem durante os anos que iniciou sua trajetória no futebol. Foram quase 300 jogos pelo clube de Gelsenkirchen antes de desembarcar no Rossonero, que na época vivia uma espécie de crise na posição. Foi uma das grandes contratações do time italiano antes da temporada 1998/1999, no que na época era o campeonato mais badalado do planeta. 

Só que o começo no Milan não foi nada positivo. Não convenceu nas vitórias diante da Salernitana e do Bologna, mesmo sem ter sofrido gols diante do time de Salerno. Acabou na reserva para Rossi diante do Torino na Copa Itália e viveu um particular inferno astral na partida diante da Fiorentina, quando tomou três gols de Batistuta com direito a um onde cometeu falta após pegar um recuo com a mão. 


A pá de cal em sua curta passagem pelo Rossonero veio em uma derrota diante do Cagliari fora de casa, onde foi substituído ainda no primeiro tempo após cometer um pênalti bobo que gerou o gol do time da Sardenha. Passou a reserva depois e julgou que não teria mais chances com o Diavolo, o que fez com que pedisse a transferência na janela de inverno. Acabou encerrando sua passagem por Milanello já no início de 1999, se transferindo curiosamente para o Borussia Dortmund, arquirrival do Schalke, onde havia começado.

No total, Lehmann atuou em apenas seis partidas pelo Rossonero, deixando o clube para atuar pelo Dortmund a partir de 1999. Apesar disso, é creditado como um dos campeões da Série A daquele ano, já que atuou na competição, inclusive. O alemão ainda faria história atuando pelo Arsenal, tendo passado também pelo Stuttgart antes de pendurar as luvas. O Milan, por sua vez, se encontraria na posição alguns anos depois, com um tal de Dida chegando e virando um dos maiores goleiros da história do Milan. 

Zagueiro emprestado pelo Corinthians ao Sub-18 da Roma dá primeira assistência na Itália

Foto: @martinacutrona

João Gabriel arrancou do meio de campo, driblou dois e passou de calcanhar dentro da área

Recentemente, o Corinthians acertou o empréstimo de uma de suas joias da base para um dos principais palcos do futebol europeu: a Itália. O nome negociado foi o de João Gabriel, zagueiro de 16 anos que chegou no Timão em 2019 e fez um total de 63 jogos pelo clube (sendo 56 como titular), passando pelas categorias sub-14, sub-15, sub-16 e sub-17.
 
O jogador foi emprestado à Roma por um período de um ano e seis meses, com possibilidade de compra ao fim do contrato. Por possuir passaporte italiano, João pôde mudar para a Itália antes mesmo dos 18 anos e, inclusive, já fazendo duas partidas no Campeonato Italiano pela categoria sub-18. No último final de semana, o zagueiro contribuiu com sua primeira assistência pela Roma após arrancar do meio de campo, driblar dois jogadores e passar de calcanhar dentro da área. 


Antes de migrar para a Europa, porém, o Corinthians concretizou a assinatura do primeiro contrato profissional do defensor, visando não perder o atleta de graça no futuro. Enquanto esteve no clube paulista, João Gabriel foi campeão da Copa Votorantim, uma das mais importantes competições de categorias de base do Brasil. O feito ocorreu em 2022, onde atuou em seis partidas (todas como titular), e liderou uma defesa que passou 50% dos jogos sem ser vazada, com apenas três gols sofridos.

Além da vida de atleta de futebol, João Gabriel prática Kung-Fu. Ele está na faixa marrom ponta preta e possui diversas medalhas por competições estaduais e brasileiras. A próxima “graduação” dentro da modalidade é a de faixa preta. Além disso, de forma extracurricular, fala inglês, italiano e espanhol.

A passagem de Júlio Cruz no Bologna

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Júlio Cruz atuando no Bologna

Mais um dentro da safra de vários bons e ótimos atacantes que a Argentina produziu durante sua história, o centro-avante Júlio Cruz, que completa 49 anos neste dia 10, era, dentro de campo, um jogador que tinha um bom faro de gol e principalmente sabia associar bem fora da área. Além de passagens no futebol holandês, o Jardineiro tem uma grande história no futebol italiano, que começou no início da década de 2000, quando chegou ao Bologna.

Ele veio ao time da Emília-Romagna trazido direto do Feyenoord com algumas críticas dos torcedores devido ao número não tão alto de gols. Esse foi um problema que enfrentaria na sua primeira temporada no clube. Na época foi trazido ao Bologna pelo treinador Francisco Guidolin, que acreditava no seu futebol e pensava em um papel importante taticamente para o clube. Curiosamente, foi expulso em sua estreia e marcou seu primeiro gol com apenas dois minutos em campo no seu terceiro jogo, diante do Napoli.

Foi a partir da segunda temporada dele em Bologna que caiu nas graças dos torcedores, principalmente devido a sua capacidade de executar pivôs bem feitos e armar jogadas para que outros atacantes viessem de trás e tivessem oportunidades de marcar gols. Marcaria 12 vezes em seu segundo ano no clube, sendo essencial para a boa campanha dos Rossoblu naquela Série A. 


Em sua terceira temporada por lá, ajudou o Bologna a fazer mais uma temporada de meio de tabela, marcando 11 gols ao longo do ano, sendo 10 deles na Série A e outro em um jogo da antiga Copa Intertoto da UEFA, uma das competições mais bizarras que já existiu. Seu bom futebol chamou atenção da Inter, que o contratou no início do verão de 2003 para ser parte do ataque da Beneamata, que na época fora vice-campeã nacional.

Fechou sua passagem pelo Bologna com 30 gols marcados em 98 jogos pelo clube, ao longo dos 3 anos em que esteve por ali. Ficaria até 2009 na Internazionale, sendo negociado com a Lazio, onde pendurou as chuteiras no ano de 2010. Jogou a Copa do Mundo de 2006 pela Seleção Argentina, inclusive batendo um dos pênaltis na eliminação para os alemães. 
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