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Brasil vence Honduras e chega na semi do futebol masculino do Pan com 100% de aproveitamento

Foto: Lesley Ribeiro / CBF

Jogo foi no Estádio Sausalito, em Viña del Mar

A Seleção Brasileira ratificou o primeiro lugar do Grupo B dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e chega na semifinal com 100% de aproveitamento. Neste domingo, dia 29, no Estádio Sausalito, em Viña del Mar, a Canarinho ganhou por 3 a 0 de Honduras, com todos os gols saindo no segundo tempo.

O Brasil foi bem nas duas primeiras partidas, vencendo Estados Unidos, por 1 a 0, e Colômbia, por 2 a 0, e entrou em campo já garantido na semifinal. Já Honduras perdeu os dois jogos (2 a 0 para os colombianos e 2 a 1 para os norte-americanos) e não tinha mais chance de avançar.

Superior tecnicamente, o Brasil foi melhor nos 15 primeiros minutos de jogo. Porém, até por estar classificado, o time 'tirou o pé' e chegou a levar sufoco de Honduras em vários momentos da etapa inicial da partida. Assim, o primeiro tempo terminou com o placar de 0 a 0.

Na segunda etapa, a Seleção Brasileira voltou com outra postura e foi para cima e fez o marcador. Aos 5 minutos, Ronaldo fez o primeiro da Canarinho. Já aos 9', Gustavo Martins, em jogada aérea, conferiu e marcou o segundo.

A Seleção Brasileira continuou dominando as ações, pressionando Honduras, que não conseguia reagir, e fez o terceiro aos 34 minutos, com Thauan, em chute cruzado. Depois, o time canarinho só controlou as ações e garantiu o triunfo por 3 a 0.


Com o resultado, o Brasil ficou com a primeira colocação do Grupo B do torneio de futebol masculino dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e vai encarar o México na semifinal, segundo do Grupo A. O jogo será na quarta-feira, dia 1º, às 17 horas, no Estádio Elias Figueroa, em Valparaíso.

O início de David Suazo no Olimpia de Honduras

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Suazo foi revelado pelo Olimpia de Honduras

Óscar David Suazo Velázquez, ex-atacante hondurenho, está completando 43 anos de idade neste sábado, dia 5 de novembro de 2022. Apesar de ter maior parte da sua carreira atuando no futebol italiano, no começo de sua carreira, ele atuou pelo Olimpia de Honduras já no fim dos anos 90.

Nascido em San Pedro Sula, cidade localizada em Honduras, Suazo começou atuando nas categorias de base do Marathón. Posteriormente, continuou sua trajetória na Liga Bancária de San Pedro Sula. Indicado por seu primo, Maynor Suazo, que também era jogador, foi levado à Seleção Sub-20 de Honduras. 

Como profissional, 'El Rey David' debutou no dia 18 de abril de 1999, pelo Olimpia. Apesar de ter deixado a sua marca uma vez, David não chegou a conquistar a vaga na equipe titular. Quando recebeu oportunidades tempo, balançou as redes adversárias em outras quatro oportunidades em 10 jogos até o fim da temporada.

Foi se apresentando na Seleção Hondurenha na Copa do Mundo Sub-20 de 1999, disputado na Nigéria, que Suazo acabou chamando a atenção de Oscar Washington Tabárez, conhecido por ser um experiente treinador uruguaio. Foi justamente ele que recomendou a contratação do hondurenho para Massimo Cellino, que era o presidente do Cagliari na época.


Depois de atuar pelos Rossoblú, David Suazo ainda jogou em outros clubes na Europa, como o  Internazionale, Benfica e Genoa. Encerrou a sua carreira como jogador de futebol profissional no Calcio Catania, no ano de 2012.

Denilson Costa e sua forte relação com o futebol hondurenho

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Denilson Costa durante a passagem pelo Olímpia de Honduras

Hoje é o aniversário de um dos grandes jogadores que passaram por Honduras e se tornaram importantes no país. Denilson Costa de Oliveira nasceu em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, no dia 10 de junho de 1968. Atacante, Denilson Costa saiu do Brasil com 21 anos para se tornar jogador profissional na Costa Rica.

O atacante ficou dois anos na atuando pelo Limonense, na Costa Rica, e logo depois se transferiu para Honduras, onde foi jogar no Olimpia. A partir desse momento, a vida do jogador começaria a mudar no país, Denilson Costa começou a se destacar e se tornando uma peça fundamental na equipe.

Denilson Costa começou a ter grandes atuações e fazer muitos gols pela equipe, com isso começou a se tornar importante para a instituição. O jogador chegou em 1991 e ficou durante quatro temporadas no time, o seu começo foi espetacular e se mantinha a cada jogo.

Em 1992-93, o atacante após algumas temporadas conseguiu ganhar seu primeiro título no país, ajudou a equipe a ser Campeão da Liga Profissional de Honduras. Na campanha o jogador foi muito importante e fez gols decisivos para ajudar sua equipe a levantar o troféu.

No início de 1995, a sua passagem acabou sendo encerrada pela equipe e novamente o jogador voltou ao futebol da Costa Rica, mas dessa vez para atuar no Belén. Denilson não ficou muito por lá, ainda no mesmo ano voltou para Honduras para jogar no Motagua.

Pelo Motagua o jogador ficou duas temporadas e continuou fazendo grandes atuações na equipe. Em 1997, voltou para a equipe que ele já era ídolo e tinha uma grande conexão com a torcida e a diretoria. Na sua volta conseguiu conquistar mais títulos e ajudou mais ainda o time.

A sua segunda passagem foi muito vitoriosa e entrou mais ainda para a história da equipe. Em 1998-99, Denilson foi novamente Campeão da Liga Profissional de Honduras, em 2000-01 e 2002-03 foi Campeão do Apertura da Liga Profissional de Honduras.

Mas não parou só nisso, o jogador conquistou mais títulos e fazendo cada vez mais gols, ajudando seu time a ser cada vez mais vitorioso. Em 1999 e 2000, o atacante foi Campeão da Copa Interclubes da UNCAF.

Denilson já era um dos maiores ídolos do clube e com atuações fantásticas pela equipe, mas no final de 2002 decidiu deixar a equipe para atuar no Marathón, outro grande clube de Honduras. Em 2003 quando chegou no clube novo, sua vida acabou mudando um pouco, Denilson se naturalizou hondurenho e, ainda no mesmo ano, estreou por sua seleção contra Bolívia. Com essa participação, se tornou o primeiro jogador naturalizado a defender o país, justamente com o compatriota Marcelo Ferreira.


Denilson não conseguiu ter o mesmo desempenho na seleção e, por isso, atuou apenas em 5 jogos, sem marcar gols. Mas mesmo assim continuava a jogar muito em seu clube e logo quando chegou continuou conquistando títulos, sendo importante para a sua equipe.

Em 2002-03 foi Campeão da Clausura da Liga Profissional de Honduras e em 2004-05 foi Campeão do Apertura. Em 2005 deixou a equipe e começou a rodar por outros clubes menores do país, já em uma fase final de carreira. Denilson passou por Platense, Heredia, Atlético Olanchano e Necaxa. Em 2007, aos 38 anos se aposentou do futebol e deixou uma história enorme em Honduras, é o segundo maior artilheiro da competição nacional, com 155 gols, atrás apenas de Wilmer Velásquez, que tem 196.

Alemanha abandona o campo em amistoso com Honduras após caso de racismo

Com informações da Agência Estado
Foto: divulgação

Seleção Alemã se prepara para a Olímpiada

Mais um triste episódio de racismo abalou o futebol mundial, agora nas categorias de base e em preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Restavam três minutos para o fim do amistoso contra Honduras, quando a seleção olímpica alemã abandonou o campo, em Wakayama, no Japão, neste sábado, alegando insultos raciais contra seu zagueiro, Jordan Torunarigha.

O defensor teria sido ofendido por um hondurenho em campo, já que o jogo era disputado com portões fechados. O confronto estava 1 a 1 e o defensor ficou bastante irritado com o que ouviu. A seleção, então, optou por se solidarizar com um de seus atletas e não terminar o amistoso. Ainda fez questão de noticiar o ocorrido em suas redes sociais, acusando o oponente de desrespeito racial.

“Quando um de nossos jogadores é abusado racialmente, continuar jogando não é uma opção”, disse o técnico Stefan Kuntz. Enquanto o grupo prestou solidariedade ao zagueiro, ele não escondia sua decepção e deixou o campo irritado, bastante triste, e com uma toalha azul tapando o rosto, envergonhado.

Primeira adversária do Brasil na Olimpíada, a Alemanha fazia seu último amistoso antes da estreia marcada para quinta-feira, às 8h30 (de Brasilia), em Yokohama. Apesar de todo o descontentamento com o ocorrido, os alemães viram os hondurenhos tratarem o caso como um “mal-entendido.”


Também pelas redes sociais, a federação adversária negou a acusação de racismo dos alemães. “A partida terminou aos 87 minutos por abandono devido ao fato de um jogador alemão ter alegado um suposto insulto racista por parte de um integrante da seleção hondurenha. A @FenafuthOrg expressa que a situação passa por um mal-entendido dentro de campo”, se defendeu Honduras.

Honduras e México são as últimas classificadas para o Futebol Olímpico masculino

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

Jogadores do México celebram a classificação

As seleções de Honduras e México ficaram com as duas últimas vagas do futebol masculino na Olimpíada de Tóquio, remarcada para este ano. O time hondurenho surpreendeu na madrugada deste domingo ao vencer os Estados Unidos e selar sua classificação olímpica. Já o México superou o Canadá.

As duas semifinais do Pré-Olímpico da Concacaf foram disputados no estádio Jalisco, em Guadalajara, no México. O título da competição será decidido entre hondurenhos e mexicanos na terça-feira, no estádio Estadio Akron, em Zapopan. Mas as duas equipes já estão garantidas nos Jogos Olímpicos.

A seleção de Honduras venceu os EUA por 2 a 1, após abrir 2 a 0 no placar, com gols de Juan Carlos Obregon e Luis Palma. Jackson Yueill marcou o único gol dos americanos. Com a eliminação, o time dos EUA perderá uma edição da Olimpíada pela terceira vez consecutiva - não disputa a competição desde os Jogos de Pequim-2008.

Já Honduras vai disputar a Olimpíada pela quarta edição seguida. No Rio-2016, foi até as semifinais, quando foi goleada por 6 a 0 pela seleção brasileira, que veio a conquistar a medalha de ouro, e perdeu o bronze para a Nigéria.

Mais cedo, o time mexicano derrotou o canadense por 2 a 0, com gols de Uriel Antuna e Johan Vasquez. Assim, México e Honduras vão representar a América do Norte, Central e o Caribe na Olimpíada, no fim de julho. O Pré-Olímpico da Concacaf estava agendado inicialmente para março de 2020, mas acabou adiado em razão da pandemia.


As 16 classificadas - Além de México e Honduras, estão classificados para o torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio o Japão (país sede), Alemanha, Espanha, França, Romênia, Nova Zelândia, Egito, Costa do Marfim, África do Sul, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Austrália, Argentina e Brasil (atual campeão).

Brasil 0 x 2 Honduras - O que aconteceu com quem jogou

Por Lucas Paes
Foto: Antonio Scorza/AFP

Jogadores de Honduras celebram gol diante do Brasil

Há exatos 19 anos, em 23 de julho de 2001, o Brasil passaria por um dos maiores vexames sofridos pelos canarinhos na Copa América. Ainda no início dele, Felipão teve seu trabalho já questionado com uma derrota por 2 a 0 para Honduras, em Manizares, na Colômbia, que eliminou os brasucas da competição nas quartas de final. Alguns jogadores permaneceram no grupo de Felipão e outros acabaram tendo sua carreira na seleção mais abreviada por aquele dia.

Marcos: o goleiro que na época jogava no Palmeiras e seguiria no Verdão até o fim da carreira foi um dos que manteve-se no grupo de Scolari. Marcos foi um dos grandes destaques do quinto título mundial do Brasil em 2002. Ídolo absoluto da torcida palmeirense, permaneceu no clube até 2012, quando se aposentou. Na Seleção Brasileira, ainda ganhou a Copa das Confederações de 2005, como reserva de Dida.

Juan: o na época ainda muito jovem zagueiro do Flamengo acabou não indo a Copa de 2002. Porém, Juan se firmou como titular da Seleção Brasileira nos anos seguintes e jogou as Copas de 2006 e 2010, foi também campeão da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações também duas vezes, em 2005 e 2009. Além do Flamengo, ainda jogou por Bayer Leverkusen, Roma e Internacional de Porto Alegre, numa carreira consolidada.

Luisão: outro que teria carreira muito consolidada, Luisão acabou não indo a Copa do Mundo de 2002, mas se firmou na Seleção Brasileira nos anos seguintes e acabou por ganhar a Copa América de 2004  e duas vezes a Copa das Confederações (2005 e 2009). Jogou a Copa do Mundo de 2006 e esteve no grupo de 2010. Por clubes, jogou por Juventus da Mooca, Cruzeiro e Benfica, onde é um dos maiores ídolos da história do clube.

Cris: companheiro de Luisão no Cruzeiro em 2001, Cris foi campeão da Copa América de 2004 pela Seleção Canarinho e esteve no grupo da Copa do Mundo de 2006. Acabou não sendo convocado por Felipão para 2002. Além do Cruzeiro, jogou ainda por Corinthians, Bayer Leverkusen, Lyon, onde é ídolo, Galatasaray, Vasco e Grêmio

Belletti: o hoje comentarista e na época atleta do São Paulo se manteve convocado por Felipão e jogou a Copa do Mundo de 2002. Curiosamente não teve mais nenhuma conquista com a amarelinha depois do Mundial. Por clubes, atuou ainda por Cruzeiro, Atlético Mineiro, Villareal, Barcelona, onde fez o gol do título europeu de 2006, Chelsea e Barcelona. 

Emerson: atleta da Roma na época, foi convocado inicialmente para a Copa do Mundo em 2002, acabou cortado por lesão. Já experiente em 2001, seria inicialmente o capitão no ano seguinte. Ainda foi campeão da Copa América de 2005 pela Amarelinha, onde também havia conquistado a Copa América de 1999. Jogou o mundial de 2006. Por clubes atuou ainda por Grêmio, Bayer Leverkusen, Juventus, Real Madrid, Milan, Santos e Miami Dade. 

Eduardo Costa: revelação gremista na época, o meio-campista não jogaria a Copa do Mundo de 2002 e na verdade deixaria de ter uma carreira pela seleção ainda muito cedo. Por clubes, atuou ainda por Bordeaux, Marseille, Espanyol, Grêmio, São Paulo, Mônaco, Vasco e Avaí. 

Alex: um dos craques brasileiros da meia-cancha, Alex é considerado por muitos como injustiçado pela não convocação para a Copa do Mundo de 2002. Nunca jogou uma Copa do Mundo pela Seleção Canarinho, o que é considerado por muitos uma enorme injustiça. Ganhou duas Copas Américas pela seleção principal. Por clubes, atuou por Coritiba, Cruzeiro, Palmeiras, Flamengo, Parma e Fenerbahçe, onde é praticamente uma entidade divina para a torcida.

Junior: lateral de grandíssima qualidade que também atuava de meia, ala e até ponta, Júnior não só foi convocado como fez gol na Copa do Mundo de 2002, curiosamente no único jogo que atuou. O baiano, que em 2001 era atleta do Parma, fez 22 jogos com a amarelinha. Atuou ainda por Vitória, Palmeiras, Siena, São Paulo, Atlético Mineiro e Goiás, sendo uma marca de sua qualidade o fato de ser imensamente respeitado por são-paulinos e palmeirenses, quiçá ídolo nos dois clubes.

Denílson: atleta do Bétis, Denílson já havia jogado a Copa do Mundo de 1998 e jogaria de novo em 2002, quando ficaria marcado pela histórica imagem de quatro turcos correndo atrás dele na semifinal. Jogou 61 jogos e fez 8 gols pelo Brasil. por clubes, ainda jogou por São Paulo, Flamengo, Bordeaux, Al-Nassr, Dallas, Palmeiras, Hai Pong e Kavala. 

Guilherme: bom atacante, Guilherme teve sua carreira na seleção abreviada pela enorme concorrência em sua época. Jogou seis jogos e fez um gol com a amarelinha. Por clubes, o na época jogador do Atlético Mineiro atuou ainda por Corinthians, Marília, São Paulo, Rayo Vallecano, Grêmio, Vasco, Cruzeiro, Al-Ittihad, Cruzeiro e Botafogo.


Juninho Pernambucano: na época a caminho de ir para o Lyon, Juninho acabou não convocado para 2002, mas se firmou depois na seleção e jogou a Copa do Mundo de 2006, além de conquistar a Copa das Confederações de 2005. Jogou ainda por Sport, Vasco, Lyon, ambos clubes , Al-Gharafa e New York Red Bulls. 

Juninho Paulista: ao contrário do "xará" pernambucano, o na época jogador do Vasco jogou a Copa do Mundo de 2002, seu segundo título pela Canarinho, já que havia ganho a Copa América de 1997. Atuou com a amarelinha até 2003. Além do Vasco, jogou por diversos clubes, sendo ídolo do Middlesbrough e tendo boas passagens por São Paulo, Ituano, Palmeiras e Atlético de Madrid.

Jardel: Um dos matadores da época, Jardel atuava pelo Galatasaray em 2001, mas jogaria no Sporting após a Copa América. Teve suas chances abreviadas na Seleção Brasileira pela enorme concorrência no período. Camisa 9 de grande qualidade, atuou por vários clubes, com destaque também para as passagens por Porto, Grêmio, Vasco e já mais velho no Flamengo do Piauí.

Guerra do Futebol - Quando o esporte gerou um conflito armado

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Em 1969, o futebol gerou um conflito entre Honduras e El Salvador

O futebol é um esporte que muitas vezes salva. O jogo bonito já parou guerras, já gerou trégua de natal no maior conflito da história da humanidade e sempre será um fio de esperança para uma criança em situação ruim, às vezes salvando vidas de famílias e comunidades inteiras. Mas, o esporte também pode ser cruel, seja nas brigas entre torcedores, nas tristes histórias de corrupção ou mesmo gerando guerras. Em 14 de julho de 1969, alguns dias após jogos entre Honduras e El Salvador, se iniciou um conflito entre os países conhecido como a "Guerra do Futebol".

Obviamente, as motivações da guerra não foram necessariamente os resultados dos duelos entre as duas seleções, eles foram apenas um pequeno catalisador. Os dois países viviam tensões econômicas e sociais já há algum tempo. No início da década de 1960, a população salvadorenha aumentou vertiginosamente, deixando o país sem muitas terras para trabalhadores camponeses. As manifestações dessa parcela da população eram frequentemente reprimidas com violência, o que gerou uma fuga em massa de camponeses para Honduras. O que foi bem visto por empresários dos EUA, donos de terras para produção de banana. A população de ambos os lados não tinha grande rivalidade, com ambos os lados próximos em costumes e na língua. Porém, as relações diplomáticas eram péssimas.

Tudo começa a piorar quando Honduras tem um golpe militar em meio à uma crise politica e econômica. Primeiro, em 1962, os hondurenhos aprovam uma lei que só permite a nativos possuirem terras produtivas. Quando o Coronal Osvaldo Arellano assumiu o poder, em um golpe de estado no ano de 1963, aumentam a crise econômica e a corrupção e o governo usa os salvadorenhos como bode expiatório, passando a assassinar e perseguir tal população através de braços armados, aumentando a temperatura na panela de pressão que se formava.

As tensões eclodiram em três partidas sequenciais que definiriam um classificado para a final das eliminatórias da CONCACAF para a Copa do Mundo de 1970. No dia 8 de junho, em Tegucigalpa, vitória hondurenha por 1 a 0. A torcida local não deixou os jogadores visitantes dormirem, se reunindo em frente ao hotel e jogando rojões, pedras, além de muita cantoria, rojões entre outras coisas. O cansaço da Seleção de El Salvador foi nítido e o gol veio só no finalzinho. No outro lado da fronteira, vendo o jogo pela TV e decepcionada, a estudante Amelia Bolaños, de apenas 18 anos, se matou com o revólver de seu pai.

Um dos jogos entre as duas equipes

Na segunda partida, no dia 15, em San Salvador, vitória dos salvadorenhos por 3 a 0. Nesse dia, houve um ódio absurdo aos visitantes, sejam torcedores ou jogadores, com inclusive um ataque ao hotel onde estava a delegação salvadorenha de forma muito mais violenta. Carros de torcedores visitantes foram queimados e um torcedor morto. A tensão era imensa e a torcida além de toda a vaia em cima dos salvadorenhos, fez questão de derrubar a bandeira do país, num jogo que tinha um clima de ódio muito maior que qualquer clássico do futebol

Na partida decisiva e ponto de ebulição do conflito, em 27 de junho, na Cidade do México, outra vitória para El Salvador, por 3 a 2, que definiu a classificação salvadorenha. Nesse dia, a futura sede do mundial fez um enorme esquema de segurança para evitar problemas nesse jogo, que acabou sendo mais pacífico, apesar da emoção do gol decisivo na prorrogação. Porém, os problemas na fronteira entre El Salvador e Honduras já eram não solucionáveis.

Então chegamos ao pós duelos pela classificação ao mundial de 1970. Em 14 de julho, menos de um mês depois do duelo decisivo na capital mexicana, com o rompimento de relações diplomáticas, a guerra acaba declarada. Um resultado claro dos problemas quase diários ocorrido na fronteira entre os dois países. O conflito envolve civis e militares e consegue ser extremamente curto, porém extremamente sangrento. Em quatro dias, tempo necessário para a Organização dos Estados Americanos negociar um cessar-fogo, foram 6 mil mortes, entre civis e militares, outros milhares de feridos e um prejuízo inimaginável em questão socioeconômica. Serviu de consolo para El Salvador a classificação para a Copa do Mundo, diante do Haiti.


Apesar do cessar-fogo quatro dia depois, um tratado de paz entre os dois países só foi assinado em 1980. Os resultados econômicos e sociais do conflito demoraram anos a serem melhorados e os resultados dessa guerra ainda podem ser vistos em ambos os lados. Fica na história o registro de uma vez onde o futebol foi catalisador de um conflito. Em 2019, 50 anos depois da guerra, o confronto entre El Salvador e Honduras na Copa Ouro foi até tranquilo. A surpreendente goleada hondurenha eliminou os rivais da competição, mas nas arquibancadas os torcedores conviviam em paz. Já as relações políticas entre os países seguem estremecidas, ainda que sequer serem próximas das que geraram um dia uma guerra.

Argentina goleia Honduras e ganha o Ouro do Futebol Masculino do Pan

Foto: divulgação AFA

A Argentina deslanchou no segundo tempo e goleou Honduras, conquistando o ouro

A Argentina é a dona da Medalha de Ouro do Torneio de Futebol Masculino dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. A conquista veio com uma goleada sobre Honduras, por 4 a 1, na noite deste sábado, dia 10, no Estádio San Marcos, na capital peruana. Este é o sétimo título argentino na história do torneio.

Para chegar à decisão a Argentina, na primeira fase, foi a segunda colocada do Grupo A, tem vencido o Equador (3 a 2) e Panamá (3 a 1) e perdido para o México (2 a 1). Na semifinal, a Argentina bateu o Uruguai por 3 a 0. Já Honduras também foi segundo colocado de seu grupo na primeira fase, o B, onde venceu a Jamaica (3 a 1), empatou com o Peru (2 a 2) e perdeu para o Uruguai (3 a 0). Na semifinal, Honduras bateu o México nos pênaltis, por 4 a 2, depois de empate em 1 a 1 no tempo normal.

O jogo começou com os argentinos dominando. O time hondurenho nem parecia que estava em uma decisão de medalha de ouro. A Albiceleste aproveitou e abriu o marcador aos 7 minutos, com Augustín Urzi. O gol deu mais ânimo aos argentinos. Porém, Honduras reagiu e passou a equilibrar as ações, pressionando em busca do empate. Os hondurenhos chegaram à igualdade aos 42', com Douglas Martinez. Assim, o primeiro tempo terminou com o placar de 1 a 1.

O segundo tempo ficou pegado, com muita catimba, e a arbitragem teve que intervir. Aos 13', a Argentina fez o segundo, com Carlos Valenzuela, em chute cruzado de dentro da área. Dois minutos depois, em vacilo da defesa hondurenha, a Albiceleste marcou o terceiro, com Lucas Necul. Os gols abateram os hondurenhos e a Argentina aproveitou para ampliar. Aos 19', Fausto Vera, de cabeça, fez o quarto. Depois, com Honduras abatida, a Albiceleste só controlou o jogo até o apito final. Medalha de Ouro para a Argentina!

Bronze - Na preliminar, México e Uruguai, seleções que fizeram a final da edição de 2015, com a Celeste sendo campeã, disputaram a medalha de bronze e os mexicanos levaram a melhor, vencendo por 1 a 0. O gol da vitória foi de Yrizar, aos seis minutos de partida.

Futebol Masculino do Pan terá Honduras e Argentina na decisão do Ouro


Honduras e Argentina farão a grande final do Torneio de Futebol Masculino dos Jogos Pan-Americanos de 2019, que estão sendo realizados em Lima, capital do Peru. A definição veio com os jogos semifinais, que foram realizados nesta quarta-feira, dia 8, no Estádio San Marcos. Os hondurenhos avançaram vencendo o México nas penalidades, depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal. Já a Albiceleste fez 3 a 0 no Uruguai. Os perdedores decidirão a medalha de bronze.

Honduras 1 x 1 México (4 a 2 nas penalidades) - A primeira semifinal do dia foi entre Honduras, segundo colocado do Grupo B, e México, primeiro do A. Os mexicanos começaram melhor o jogo, pressionando o adversário, mas só abriu o marcador aos 40 minutos, com Venegas.

Na segunda etapa, Honduras foi para cima, em busca do empate, enquanto os mexicanos apostavam nos contra-ataques. Aos 34 minutos, os hondurenhos igualaram o marcador, com Reyes. O jogo foi para a prorrogação, onde a rede não foi balançada, e a decisão da vaga na final foi para as penalidades.

Honduras passou pelo México nas penalidades

Nas cobranças, Vásquez e Macías marcaram para o México, mas Solorzano e López perderam as suas penalidades. Como Honduras, com Martínez, Vuelto, Reyes e Maldonado, acertou todas as cobranças, conquistou a vaga na decisão por 4 a 2.

Argentina 3 x 0 Uruguai - Já a segunda semifinal colocou frente a frente a Argentina, segunda colocada do Grupo A, e Uruguai, primeiro do B, única seleção que estava com 100% de aproveitamento e atual campeã. Apesar da campanha da Celeste, os argentinos fizeram um grande jogo e ao fim do primeiro tempo já venciam por 2 a 0, com gols de Gaich, aos 6 minutos, e Valenzuela, aos 29', de pênalti.

O Uruguai foi para cima no segundo tempo, tentando reverter a contagem contrária. Porém, deixou o contra-ataque para a Albiceleste, que chegava com perigo desta forma. A Argentina "matou" o confronto de vez aos 41 minutos, com o segundo gol de Gaich na partida e 3 a 0 no placar.

Argentina bateu o Uruguai por 3 a 0

Decisão do ouro e bronze - Os jogos que definirão as medalhas vão acontecer no sábado, dia 10, no Estádio San Marcos, em Lima. Às 17h30 (19h30 no horário de Brasília), o México encara o Uruguai pela disputa da medalha de bronze. Já o tão sonhado ouro será definido a partir das 20h30 (22h30 de Brasília), na partida entre Argentina e Honduras.

A Argentina vai em busca da sétima Medalha de Ouro Pan-Americana de sua história, enquanto Honduras, que tem uma prata, ganha em 1999, vai em busca da primeira. Já em relação ao Bronze, o México já conquistou duas vezes, enquanto o Uruguai uma.

Futebol Masculino do Pan 2019 tem semifinais definidas


México x Honduras de um lado e o Clássico Sul-americano Uruguai e Argentina do outro. Estas são as semifinais do Torneio de Futebol Masculino dos Jogos Pan-Americanos de 2019, que estão sendo realizados em Lima, na capital do Peru. A definição dos confrontos saiu depois das partidas realizadas neste domingo, dia 4, pela última rodada da primeira fase da competição.

As primeiras definições no Estádio San Marcos aconteceram no Grupo A. E a primeira seleção a se garantir, no dia, nas semifinais foi a Argentina, que venceu Panamá por 3 a 1. Gaich, aos 4', e Lomonaco, aos 14', abriram 2 a 0 para a Albiceleste, mas Aguilar diminuiu para o Panamá no último minuto da primeira etapa. Porém, Valenzuela, aos 35' do segundo tempo, fechou o marcador a favor dos argentinos, que avançaram.

Depois, foi a vez do México cravar de vez o seu lugar nas semifinais e ainda passando como o primeiro colocado da chave. A La Tri venceu o Equador, que ainda tinha chances de avançar, por 2 a 0. Vásquez, aos 25 minutos do primeiro tempo, e Lainez, já nos acréscimos da etapa complementar, fizeram os gols da classificação mexicana.

Vitória sobre o Panamá garantiu a Argentina na semifinal
(Foto: divulgação AFA)

Com os resultados, o México fechou o Grupo A em primeiro, com sete pontos, seguido da Argentina com seis, sendo que as duas equipes avançaram à semifinal. Panamá, que marcou dois pontos, e Equador, que fez apenas um, se despediram do torneio.

Grupo B - O primeiro jogo do Grupo B envolvia o já classificado Uruguai e Honduras. Um empate garantiria a liderança para os uruguaios e a classificação para os hondurenhos, mas a Celeste Olímpica não quis saber de "jogo de compadres" e aplicou um belo 3 a 0: Arriaga, contra, aos 35', abriu o placar. Na segunda etapa, Ramírez, aos 30', de pênalti, e Fernández, aos 39', fecharam o marcador.

A derrota de Honduras por 3 a 0 deixou o Peru com chances de classificação, bastando vencer a eliminada Jamaica por dois gols de diferença, mas o jogo foi nervoso. Sentindo a pressão, os peruanos não fizeram um bom primeiro tempo, que terminou com o placar de 0 a 0. A situação para o time da casa piorou no segundo tempo. Beckford, aos 10' e aos 15', fez 2 a 0 para os jamaicanos. O resultado acabou classificando os hondurenhos.

Uruguai fecha a primeira fase com 100% de aproveimento
(Foto: divulgação AUF)

Com os resultados, o Uruguai fechou o Grupo B em primeiro, com nove pontos, única seleção com 100% de aproveitamento, e em segundo ficou Honduras, com quatro pontos. Os dois times avançaram. Jamaica, com três pontos, e Peru, com apenas um, foram eliminados.

Semifinais - As semifinais do Torneio de Futebol Olímpico estão marcadas para a próxima quarta-feira, dia 7, com os jogos sendo realizados no Estádio San Marcos. Às 17h30 (19h30 em Brasília), o México encara a seleção de Honduras. Já às 20h30 (22h30 em Brasília), haverá o clássico Uruguai e Argentina. Os vencedores disputarão o ouro e os perdedores o bronze, no sábado, dia 10.

Uruguai se classifica antecipadamente para a semi do Futebol Masculino do Pan

O Uruguai se garantiu nas semifinais, antecipadamente, ao vencer a Jamaica por 2 a 0
(foto: divulgação AUF)

Foi realizada nesta quinta-feira, dia 1º de agosto, a segunda rodada do Torneio de Futebol Masculino dos Jogos Pan-Americanos de 2019, que está sendo realizado em Lima, capital do Peru, com as partidas no Estádio San Marcos. No Grupo A, os resultados deixaram a classificação embolada, com todos os times com chance de avançar à semifinal. Já pelo Grupo B, o Uruguai venceu o seu jogo e já se garantiu na próxima fase.

Os primeiros jogos foram pelo Grupo A. Abrindo a rodada, o Panamá encarou o Equador. Os panamenhos começaram melhor na partida e abriram o marcador aos 27 minutos, com Zuñiga. Na segunda etapa, os equatorianos cresceram na partida e empataram aos 8', com Campana. No fim, o placar apontou 1 a 1.

Na segunda partida do dia, ainda pelo Grupo A, México e Argentina fizeram um grande embate. Os mexicanos saíram na frente, com Venegas, de pênalti, aos 13 minutos, mas a Albiceleste empatou ainda na primeira etapa, com Gaich, aos 39'. Na segunda etapa, a La Tri foi para cima e garantiu a vitória com outro gol de pênalti, desta vez marcado por Godínez, aos 35', fazendo 2 a 1.

No primeiro jogo válido pelo Grupo B, o Uruguai garantiu a classificação ao bater a Jamaica pelo placar de 2 a 0. Depois de um primeiro tempo de poucas emoções, a Celeste Olímpica resolveu "jogar" na segunda etapa e construiu o marcador com dois gols de Fernández, aos 16' e aos 27'.

México venceu a Argentina

Fechando a rodada, o Peru, equipe da casa, encarou Honduras. Os peruanos, diante de sua torcida, abriram 2 a 0, com gols de Quevedo, aos 15 minutos do primeiro tempo, e Guivin, aos 17' da segunda etapa. Porém, quando parecia que a vitória do time da casa estava garantida, Honduras buscou o empate já nos acréscimos. Vuelgo, aos 46', e Maldonado, aos 51', deixaram o placar apontando 2 a 2.

Com os resultados de hoje, o Grupo A tem o México liderando, com quatro pontos, seguido da Argentina, com três, Panamá, dois, e Equador, um ponto. Todas as equipes podem se classificar na última rodada. Já no Grupo B, o Uruguai, com seis pontos, já está classificado, seguido por Honduras, com quatro, e Peru, com um ponto. A Jamaica, zerada, não tem mais chance de chegar à semifinal.

Na última rodada da primeira fase do Torneio de Futebol Masculino dos Jogos Pan-Americanos 2019, a Argentina encara o Panamá e o México enfrenta o Equador, pelo Grupo A, e Honduras terá pela frente o Uruguai e o Peru joga contra a Jamaica, pelo Grupo B. As partidas serão realizadas no domingo, dia 4, no Estádio San Marcos, em Lima.

A bola já rolou no torneio de Futebol Masculino dos Jogos Pan-Americanos 2019

Atuais campeões, o Uruguai estreou vencendo o Peru, dono da casa, por 2 a 0
(foto: divulgação AUF)

Se no domingo, dia 28, teve início o torneio de Futebol Feminino dos Jogos Pan-Americanos de 2019, que está sendo realizado em Lima, no Peru, nesta segunda-feira, dia 29, a bola rolou no Masculino. Nos jogos realizados no Estádio San Marcos, pela primeira rodada da competição, os destaques ficam para Equador, Honduras e Uruguai, que venceram seus duelos.

Apesar da expectativa do início do Futebol Masculino, que nos Jogos Pan-Americanos o regulamento prevê uma competição Sub-22, com a permissão de três jogadores acima da idade, o primeiro jogo foi uma 'ducha de água fria' nos presentes ao Estádio San Marcos. Em confronto válido pelo Grupo A, México e Panamá fizeram um jogo fraco, com poucas emoções e que terminou com o placar zerado.

Os gols no Grupo A só saíram no segundo jogo e acabou 'compensando' a primeira partida. A Argentina enfrentou o Equador e as duas seleções fizeram um grande embate. Com gols de Valenzuela, aos 33', e Gaich, aos 40', a Albiceleste abriu 2 a 0 no primeiro tempo. Rezabala, aos 30' da segunda etapa, diminuiu para os equatorianos, mas novamente Gaich ampliou um minuto depois. O Equador ainda fez o segundo, com Naula, aos 44', mas a partida terminou com os argentinos vencendo por 3 a 2.

O primeiro jogo do Grupo B colocou frente a frente Jamaica e Honduras. O primeiro tempo foi fraco tecnicamente e terminou com o placar de 0 a 0. Porém, na segunda etapa, o jogo melhorou bastante e os jamaicanos abriram o marcador logo no primeiro minuto, com Beckford. Porém, os hondurenhos reagiram e viraram o marcador: Vuelto, aos 26', Martínez, aos 33', e novamente Vuelto, aos 35', deram a vitória para Honduras por 3 a 1.

A Argentina bateu o Equador por 3 a 2

Fechando a primeira rodada, pelo Grupo B, os donos da casa, o Peru, encararam o Uruguai, atual campeão do Torneio de Futebol Masculino dos Jogos Pan-Americanos. Apesar de todo o apoio da torcida, os peruanos não conseguiram segurar o ímpeto da Celeste, que com gols ainda no primeiro tempo de Núñez, aos 6', e Fernández, aos 36', fizeram 2 a 0 e iniciaram com o 'pé-direito' a busca pelo bicampeonato.

Com os resultados, a Argentina lidera o Grupo A, com três pontos, seguida de Panamá e México, com um ponto cada, e Equador, que está zerado. Já no Grupo B, Honduras lidera com três pontos, três gols marcados e dois de saldo, contra os mesmos três pontos e dois de saldo do Uruguai, que marcou dois gols. Peru e Jamaica não pontuaram.

A próxima rodada está marcada para a quinta-feira, dia 1º de agosto, no Estádio San Marcos, em Lima. Pelo Grupo A, o Panamá encara o Equador, enquanto a Argentina terá pela frente o México. Já pelo Grupo B, a Jamaica enfrenta o Uruguai, enquanto o Peru desafia Honduras.

Brasil 0 x 2 Honduras - Em 2001, um dos maiores vexames da Seleção

Foto: Getty Images

Hondurenhos comemoram com Júnior desolado: derrota nas quartas da Copa América

Apesar de ter uma das seleções mais vitoriosas do futebol, se não for a maior, o Brasil coleciona alguns fracassos e vexames ao longo de sua história. É claro que a derrota por 7 a 1 para a Alemanha em uma semifinal de Copa do Mundo jogando em casa é praticamente insuperável, mas alguns resultados anteriores à este colocaram em pauta muitas críticas, como a derrota por 2 a 0 para Honduras, no dia 23 de julho de 2001, pelas quartas da Copa América que foi realizada na Colômbia.

Para aquela competição, o técnico Luiz Felipe Scolari, que só tinha feito um jogo frente à Seleção (derrota por 1 a 0 para o Uruguai, pelas Eliminatórias), resolveu poupar alguns titulares do time que vinha entre altos e baixos e fez algumas experiências. Com jogadores como Roger, Guilherme, Jardel e Denilson (este voltando à Seleção), a delegação brasileira partiu para uma problemática Colômbia, que vivia às turras com problemas se segurança, e sem Mauro Silva, que não se apresentou com medo por causa dos problemas.

Na primeira fase, o Brasil esteve no Grupo B e estreou com derrota para o México, por 1 a 0, em Cáli, no dia 12 de julho. No dia 15, com gols de Guilherme e Denilson, o time canarinho vencia o Peru pelo placar de 2 a 0. Já 18 de julho, Alvarenga abriu o placar para o Paraguai, mas Alex, Beletti e Denilson fizeram os gols da virada brasileira, que se classificaria para as quartas como primeiro colocado da chave.

No mata-mata, o Brasil iria encarar Honduras, que pela primeira vez jogava uma Copa América. E o convite veio de forma inusitada, já que a Argentina desistiu da competição, alegando insegurança, e às vésperas do início do torneio, os hondurenhos aceitaram jogar e correram para montar a equipe, que foi a segunda colocada do Grupo C, perdendo para a Costa Rica, na estreia, por 1 a 0, e vencendo Bolívia, por 2 a 0, e Uruguai, por 1 a 0.

Emerson na disputa de bola

Com isto, no dia 23 de julho de 2001, no Estádio Palogrande, em Manizales, Brasil e Honduras faziam o último jogo das quartas da competição, já que México, Uruguai e Colômbia já tinham se garantido nas semifinais, eliminando, respectivamente, Chile, Costa Rica e Peru. Antes do jogo, nem o torcedor brasileiro mais pessimista imaginaria que seria uma noite de pesadelos para o time canarinho.

A seleção brasileira começou a partida jogando muito mal. Denílson, destaque da vitória sobre o Paraguai, começou o jogo como titular, mas passou todo o primeiro tempo apagado. O primeiro lance de perigo do Brasil aconteceu aos 3min, com Guilherme. O atacante do Atlético-MG caiu na área, mas o árbitro paraguaio Ubaldo Aquino mandou a jogada seguir. Aos 9min, o meia Alex chutou de longe e o goleiro Valladares se atrapalhou para fazer a defesa. Quatro minutos depois foi a fez de Denílson tentar o gol, mas a bola passou à esquerda do gol hondurenho.

Honduras só chegou com perigo ao gol brasileiro aos 27min. O meia León fez uma grande jogada e obrigou o goleiro Marcos a fazer uma boa defesa. Aos 30min, Denílson driblou um zagueiro hondurenho e concluiu mal. Na finalização, o jogador do Bétis chutou por sobre o gol. Aos 37min, Alex desperdiçou outra chance, após pegar um rebote na área.

No segundo tempo, Felipão tirou Luisão e Alex para colocar Juninho Pernambucano e Juninho Paulista. Com isso, mudou o esquema tático: 3-5-2 para o 4-4-2. Logo no primeiro minuto, a mudança pareceu dar resultado: Juninho Paulista fez ótima jogada e quase marcou o gol. Dois minutos depois, o mesmo Juninho chutou e o goleiro Valladares fez a defesa.

Aos 12min, Honduras chegou ao gol que abriu caminho para a classificação às semifinais. León fez boa jogada na direita e cruzou. Martinez se antecipou ao goleiro Marcos e tocou de cabeça. A bola bateu na trave e em Belletti antes de entrar. O gol desestabilizou completamente a seleção brasileira. Com isso, a seleção hondurenha passou a controlar o jogo. Aos 17min, os hondurenhos marcaram novamente. Entretanto, o trio de arbitragem decidiu anular o tento, indicando que a bola saiu no cruzamento para a área.

Reportagem da Rede Globo sobre a partida

O Brasil não conseguia chegar ao gol hondurenho e ainda corria risco nos contra-ataques. Aos 29min, Cris falhou e León quase marcou para Honduras. Nos últimos minutos, a seleção brasileira foi no desespero para o ataque, mas não conseguiu marcar. A maior chance aconteceu aos 40min, quando Guilherme, Jardel e Belletti perderam a oportunidade para colocar a bola dentro do gol. Com a equipe inteira no ataque, a seleção brasileira ficou vulnerável aos contra-golpes de Honduras. E, aos 48min, exatamente num contra-ataque, Martinez marcou o segundo gol hondurenho, selando a vitória da equipe.

Honduras perderia o jogo semifinal para a Colômbia, que seria a campeã do torneio, por 2 a 0, mas ainda ficaria com o terceiro lugar ao derrotar o Uruguai nas penalidades, após 2 a 2 no tempo normal. Já o Brasil voltou execrado, teve dificuldades para garantir sua vaga na Copa do Mundo de 2002, mas no ano seguinte, com alguns jogadores que estiveram naquela Copa América, conquistou o título mundial.

No último teste antes da Copa América, Brasil goleia Honduras

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Gabriel Jesus marcou dois dos sete gols brasileiros na partida

Neste domingo (9), a Seleção Brasileira disputou o último amistoso antes da Copa América e mostrou que está preparada para a estreia na competição continental. No Beira-Rio, o time comandado por Tite goleou Honduras por 7 a 0, com gols de Gabriel Jesus (duas vezes), Thiago Silva, Philippe Coutinho, David Neres, Roberto Firmino e Richarlison.

A Seleção Brasileira já começou a partida atacando. Logo no primeiro minuto, Gabriel Jesus recebeu passe de Arthur, driblou o goleiro e finalizou com uma bomba, que explodiu na defesa. Não demorou para a rede balançar. Aos cinco minutos, após ótima tabela entre Richarlison e Daniel Alves, o lateral cruzou para Gabriel Jesus cabecear e abrir o placar.

A jogada ainda foi analisada pelo VAR e confirmada logo depois. Aos 12, Philippe Coutinho cobrou escanteio, e Thiago Silva subiu para desviar de cabeça e fazer 2 a 0. Com mais posse de bola e criando boas chances, o Brasil marcou o terceiro aos 36, com Coutinho, de pênalti. O camisa 11, inclusive, teve atuação destacada na primeira etapa, com bom toque de bola, boa marcação e ainda acertando a trave duas vezes.

Com a boa vantagem construída no primeiro tempo, o técnico Tite promoveu as entradas de Éder Militão, Fernandinho e Roberto Firmino na volta do intervalo. E as mudanças surtiram efeito já no primeiro minuto, quando Fernandinho lançou para Richarlison, que ajeitou de cabeça para Gabriel Jesus marcar o quarto gol brasileiro.

Depois, aos dez, David Neres recebeu assistência de Filipe Luís, ganhou na corrida e finalizou com categoria para marcar seu primeiro gol com a camisa do Brasil, o quinto do time no amistoso. Dominando completamente as ações da partida, a Canarinho ainda marcou mais. Aos 19, Firmino ficou na cara do gol e tocou na saída do goleiro López para fazer 6 a 0. Pouco depois, aos 24, Everton avançou pela esquerda e cruzou para Richarlison empurrar para o fundo das redes e aumentar a goleada.

Após este último teste, o Brasil, que hoje jogou com Alisson, Daniel Alves, Marquinhos (Éder Militão), Thiago Silva (Miranda) e Filipe Luís; Casemiro (Fernandinho), Arthur (Alan) e Philippe Coutinho (Everton); Richarlison, David Neres e Gabriel Jesus (Roberto Firmino), sob o comando de Tite, estreia na Copa América na próxima sexta-feira (14), contra a Bolívia, às 21h30, no Morumbi. Pelo Grupo A da competição, a Canarinho ainda enfrenta Venezuela e Peru.

José 'El Chepo' Fernandes no Sport


Em 1999, o Sport vinha de um bom desempenho no ano anterior, onde chegou ao play-off do Campeonato Brasileiro. Para reforçar a equipe, o clube pernambucano ousou nas contratações indo até a América Central para buscar dois jogadores de seleção: o atacante Velásquez e o tema deste texto, o lateral José Fernandes, o 'El Chepo'.

Os dois atletas eram ídolos no Olimpia de Honduras, clube mais popular do país, e eram, na época, presenças constantes no selecionado local. Com isso, o Sport apostou nos jogadores para que pudessem fazer sucesso no futebol brasileiro.

Apesar de artilheiro em Honduras, Velásquez não foi bem no time pernambucano, ficando em branco em sua passagem pela Ilha do Retiro (sim, o artilheiro hondurenho não marcou gol com a camisa Rubro Negra). Mas Chepo, então com 29 anos, apesar da limitação técnica, virou uma espécie de xodó do torcedor.

O clássico onde Chepo marcou

Ele disputava posição com Saulo e se destacava pela raça em campo. Não desistia facilmente das jogadas, pelo contrário. Para abrilhantar ainda mais sua passagem pelo Sport, que na época defendia uma longa série invicta, Chepo marcou um golaço de falta, onde a bola bateu no travessão e no goleiro antes de entrar, em um clássico contra o Náutico, no Estádio dos Aflitos, que terminou com o placar de 3 a 3.

Apesar de ser forte fisicamente, ter boa velocidade e um chute forte, Chepo era fraco tecnicamente, para o nível do futebol brasileiro, e, além disso, sempre ia treinar depois de confusão. Ou era com a esposa ou no trânsito. Com tudo isso ele não ficou muito tempo em Recife e acabou saindo do Sport. Porém o folclórico jogador ficou guardado eternamente na lembrança do torcedor do Rubro Negro.

Suíça 3 x 0 Honduras - Suíços fazem belo jogo na Amazônia

Domínio da Suíça durante todo o jogo

* por Victor Gabriel Sena de Sousa

Meu nome é Victor Sena, de Manaus, e a minha história talvez seja um pouco diferente das outras, pois não começa com o anúncio da Copa do Mundo. No final de 2013, eu estava recém-desempregado, mas com uma certeza absoluta: ver os jogos nos estádios. Em 2014, sem saber como fazer isso, tranquei o curso de graduação e fui à procura de empregos para juntar dinheiro. Em meio à essa busca, fui indicado a fazer o processo seletivo da Act3, empresa responsável pela organização e execução dos eventos da Adidas.

O processo seletivo aconteceu em fevereiro e acompanhei os sorteios dos ingressos sem perspectivas de comprá-los, pois continuava à procura de uma renda que me proporcionasse isso e a espera de uma resposta que talvez não viesse. Em junho, primeiro dia do mês e a chance que teria de ver os jogos da Copa do Mundo quase se apagando, chega o e-mail informando que eu e mais quatro pessoas foram selecionadas para participar da equipe Act3. A fagulha de fé se manteve acesa!

Foi um mês de alto nível, graças a invasão cultural. Manaus foi bombardeada de sotaques e estilos muito distintos, como a diversão dos ingleses, o patriotismo dos americanos e a beleza das suíças, chamando minha atenção de quem nunca pôde sair do Brasil.

Presença marcante dos suíços nas arquibancadas

Apesar de deter algum conhecimento para participar dos eventos, ainda tinha 20 anos. Impulsivo e fora de controle, não tinha guardado dinheiro algum para assistir aos jogos. Tinha muita vontade e estava confiante de que veria os jogos, independente da condição que estava.  

Adquiri os ingressos poucas horas antes dos jogos começarem graças ao meu cargo temporário.  Estava na loja oficial da Adidas quando fui convidado a assistir ao jogo de abertura na Cidade. Não tive tempo de ir em casa, não tive tempo de carregar meu celular e nenhum conhecido meu sabia que eu fui ao jogo Itália e Inglaterra.

Mas isso é outra história, pois o jogo mais emocionante sem dúvida foi Honduras e Suíça, realizado no dia 25 de junho. Fui convidado, dessa vez, no dia anterior a assistir o jogo no anel inferior.  Dessa vez, acompanhado do meu irmão Thiago e mais quatro amigos que conheci pelo ‘freela’ com a Adidas.

A viagem até o estádio foi bem mais tranquila, ao contrário do primeiro jogo que fui. O clima na cidade tinha um ar de despedida, mas as pessoas passavam um sentimento muito bom fora do estádio, como se o resultado naquele dia fosse o menos importante.

Suíça no ataque: cena comum durante a partida

Pude ver um jogo bem mais aberto que Itália e Inglaterra. Os suíços e hondurenhos trocavam passes rápidos e a torcida que foi ao estádio, pelo espetáculo, respondia a cada jogada, com olas e muito barulho.

Shaquiri foi o nome do jogo. O número 23 tinha passado em branco na Copa até aquele dia, mas marcou os três gols do jogo. No primeiro, ele foi trazendo a bola pela direita, se livrou da marcação puxando pro meio e mandou um belo chute no ângulo direito do goleiro. No segundo gol, ele recebeu no meio da área e sozinho chutou sem chance para o arqueiro hondurenho. Já o último foi mais trabalhado que os primeiros, já que o número 19 veio trazendo a bola desde o meio campo e fez uma linda jogada pela direita, deixando a pelota para Shaquiri, que mais uma vez sozinho recebeu no meio da área e não perdoou.

O resultado condizia com o espetáculo. A emoção daquele dia era tão grande quanto a fé que eu precisei para chegar naquele dia, porque não foi algo que fiz sozinho. E além de realizar um sonho, ter a oportunidade de levar o meu irmão comigo foi melhor ainda.

A Copa do Mundo foi bem mais que um espetáculo, representou a imensa gratidão que eu tenho com a vida até hoje, um evento único em que tive a oportunidade de trabalhar. E nunca vou me esquecer do que vivi no ano de 2014, o ano em que ganhei no mês do meu aniversário uma Copa do Mundo.


* Victor Gabriel Sena de Sousa (o primeiro), 22 anos, é relações públicas e empreendedor, mora em Manaus-AM e torce para o São Paulo FC. Atualmente trabalha com fotografia e marketing multinível.

Equador 2 x 1 Honduras - O dia de ‘El Hombre Honduras’ na fria Curitiba

Equador ganhou de virada

* por Victor de Andrade

Sensacional! Esta palavra resume o que é estar em uma partida de Copa do Mundo, seja o jogo que for. Porém, quase que não realizo esse sonho de criança, pois quando a inscrição para o sorteio a venda dos ingressos foi aberta eu não me cadastrei, devido ao meu corrido tempo. Mas quis o destino que eu me fizesse presente na Copa do Mundo.

Faltando poucos dias para a abertura, consegui comprar no site da Fifa o ingresso para Brasil e Croácia, o único que contei com a companhia de minha esposa Elis Rebouças. Logo em seguida, também pelo método oficial, garanti minha presença em Uruguai e Inglaterra. E foi durante esta partida que começa a história da minha ida ao jogo Honduras e Equador.

Victor, Luiz e 'El Hombre Honduras'

Empolgado com o jogo de 19 de julho e toda a festa, resolvi tentar ir a mais jogos. Era feriado prolongado, uma grande chance de ir a alguma sede fora de São Paulo. Moro em Cubatão-SP e, quando eu descia a serra, já planejava entrar no site da Fifa para ver qual ingresso conseguiria.

Chegando em casa, tive sorte. Estavam disponíveis para a venda ingressos para a partida entre hondurenhos e equatorianos, em Curitiba, na noite do dia seguinte. Não vacilei e comprei! Com as milhas que eu tinha, comprei a passagem de ida para a capital paranaense e, como não achei voo de volta, adquiri uma passagem de ônibus. Com tudo garantido, liguei para o amigo Luiz Gustavo Folego, que também iria a este jogo, e marquei de nos encontrarmos em Curitiba.

Na manhã do dia 20 de junho, em meio ao feriado de Corpus Christi, fui até Congonhas com a camisa da Portuguesa Santista junto, como em todos os jogos que fui, e embarquei para Curitiba. Cheguei no aeroporto Afonso Pena antes da hora do almoço e peguei um ônibus para o Shopping Estação, onde me encontrei com o amigo Luiz Gustavo Folego, Murilo Moreno, que mora na cidade, e ‘El Hombre Honduras’, um sujeito usando uma ‘roupinha mutcho loca’, que era nada mais, nada menos que Renato Rocha, o Gene Simmons da alegria!

Honduras e Equador fizeram uma bela partida na fria Curitiba

Escolhemos um restaurante para almoçar e fomos todos matar a fome. Cerca de 40 minutos depois, chegaram Fernando Martinez e sua esposa Vânia. O papo variava entre futebol e rock and roll, além de acompanhar pela televisão o jogo entre a surpreendente Costa Rica e a Itália. Neste momento, muitos pediam para tirar fotos com ‘El Hombre Honduras’, que respondia educadamente com um espanhol ‘fluente’, fruto de sua poção mágica, uma bebida a base de cevada, conforme pude comprovar (risos), que ele tomava sem parar.

Ao final do bate papo, Fernando e Vânia foram deixar suas bagagens na casa de um parente e Luiz, ‘El Hombre Honduras’ e eu pegamos carona com Murilo, que nos deixou muito próximos à Arena da Baixada, local da partida. Mas antes de ir ao estádio, mais uma parada para que ‘El Hombre Honduras’ pudesse tomar mais uma boa dose de sua poção mágica.

Na fila para entrar na Arena, mais fotos e reportagens com ‘El Hombre Honduras’, que esbanjava seu ‘fluente’ espanhol. Ao entrar no estádio, cada um procurou seu lugar e esperamos a partida começar. Eu tive sorte, pois fiquei muito próximo ao campo. Por ironia do destino, encontrei uma ex-vizinha minha e amiga de minha irmã Erica Turci, que estava morando na capital paranaense.

Dois hondurenhos, Victor, Luiz, Fernando e Vânia

O jogo, apesar de ser de duas seleções não tradicionais, foi muito bom. Honduras e Equador procuraram o gol a partida inteira, esquentando a disputa na noite em que fazia 12ºC, o dia mais frio da Copa do Mundo. Honduras abriu o marcador com Costly, aos 31 minutos de jogo. Mas a alegria dos hondurenhos durou pouco, já que 180 segundos depois, Valencia empatou para o Equador. As duas equipes voltaram para o segundo tempo dispostas a ganhar a ‘peleja’. Mas quem teve mais competência foi o Equador. Aos 20, Valencia marcou novamente, garantindo a primeira vitória dos equatorianos no Mundial.

Ao fim do jogo, me encontrei com Luiz, Fernando e Vânia. ‘El Hombre Honduras’ demorou a chegar ao local, pois exagerou na poção mágica e os efeitos colaterais já agiam. Mas isso não o impediu de mostrar seus superpoderes. Dançou, deu uma de DJ e ainda quis fazer a política da boa vizinhança com um norte-americano, que não gostou muito da ideia de trair Capitão América, Super-Homem ou o Batman.

Após a festa, Fernando e Vânia foram descansar na casa do parente deles. Eu, Luiz e ‘El Hombre Honduras’ pegamos um táxi, deixamos o super-herói, que estava totalmente baqueado pela alta dose da poção mágica, na casa de Murilo e rumamos para a Rodoviária de Curitiba. Meu ônibus saiu por volta da meia-noite e às 5h30 eu já estava chegando em casa, onde pude descansar sem antes dar um beijo em minha esposa. Naquele momento, achava que era minha última participação ‘in loco’ na Copa do Mundo. Porém, mal sabia que ainda teria mais um capítulo nesse evento que foi tão fascinante.


* Victor de Andrade, 36 anos, é jornalista, mora em Cubatão-SP e torce para a Portuguesa Santista. Victor é responsável pelo blog O Curioso do Futebol.

França 3 x 0 Honduras - Jogo sonolento, mas com clima perfeito!

O famoso gol onde usaram o detector pela primeira vez

* por Ju Poloni

Quando anunciaram que a Copa do Mundo no Brasil, pensei que queria ser rica para poder estar em todos os jogos. Mas minha realidade financeira está longe disso e, então, me contentei em tentar ingressos para todos os jogos em Porto Alegre, cidade onde moro. Copa do Mundo mexe muito comigo e eu não esperava um Mundial tão maravilhoso como foi esse. Foi sensacional!

Para comprar ingressos, tentei todos os sorteios possíveis e não consegui nada. Na sexta-feira, antes do jogo França e Honduras, que foi no domingo, dia 15 de junho de 2014, eu passei o dia atualizando a página da Fifa de ingressos e consegui comprar. O ingresso para Holanda e Austrália, outro jogo em que pude ir, foi do mesmo jeito: na segunda-feira, passei o dia fazendo a mesma coisa e consegui o ingresso para o jogo que se realizou na quarta.

Clima fora do estádio era de confraternização e alegria

Chegado o dia do jogo, me preparei para ir ao local do espetáculo. Moro relativamente perto do Beira-Rio, então fui almoçar com a família de uma amiga no Centro, de onde partia o Caminho do Gol, transporte especial para os jogos da Copa, até o estádio. No almoço, já conferimos o grande movimento, pois havia muitos hondurenhos por lá e eles eram muito animados! Vi torcedor jogando capoeira, vinham cantando, tentando conversar com todo mundo. Para ir ao estádio de lá, peguei um ônibus que me deixou perto do Beira-Rio. Bem tranquilo.

Vou ser sincera: dentro de campo, a partida foi bem sonolenta. Achei que a França iria jogar bem melhor, mas estava jogando para o gasto, não se desgastando. Os ‘Le Bleus’ jogaram o necessário para ganhar por 3 a 0. Lembro bem que quem apitou o jogo foi o Sandro Meira Ricci, árbitro que não conta nem um pouco com a minha simpatia.

O primeiro gol foi do Benzema, assim como os outros dois, e foi de pênalti. O próximo foi bonito: uma bola cruzada na área e o atacante colocou a bola bem junto à trave oposta ao lado dele. O goleiro ainda tirou a bola de dentro do gol, mas o tira teima feito pela primeira vez na história, mostrou que o chip da bola e ela, consequentemente, haviam ultrapassado a linha, ou seja, gol válido.

Hondurenho tentando jogar capoeira

O jogo era só ataque francês e a defesa de Honduras se defendendo como podia, com o goleiro fazendo algumas intervenções boas. Os atacantes franceses erraram o gol em vários momentos. Até que o Benzema resolveu fazer o terceiro gol e matar de vez a partida.

Ressalto que me lembro de ter achado uma palhaçada não ter tocado os hinos. Porém, foi bonito ver a torcida de Honduras, que estava perto de mim, cantando o hino de seu país a capela mesmo. Foi uma das poucas bolas fora de toda a Copa do Mundo.

O clima dentro e fora do estádio era maravilhoso! Todo mundo tentava conversar, ajudar e passar informações. Muita gente brincando e torcidas rivais comemorando juntas. Um clima inesquecível e de celebração do melhor esporte de todos.

Entrada das equipes

Aproveitei e conversei com várias pessoas. Eu fui ao jogo com camisa do Grêmio e muitas pessoas de fora pediam pra tirar fotos. A sensação foi incrível por saber que era um jogo da Copa, pois o jogo em si, não foi nada muito emocionante. Porém, ver tanta gente diferente, de outros países, com a mesma paixão que a sua é algo muito incrível.

Eu queria conversar com todo mundo pra saber como era ir aos jogos em outros lugares. Cheguei a falar o francês mais enrolado da minha vida, nunca falei tanto em inglês e meu portunhol foi muito utilizado. Isso sem contar coisas incríveis, como ver que alemães são extremamente amigáveis, ao contrário do que pregam, assim como franceses.  Os sul-americanos, então, nem preciso comentar. É uma experiência realmente única.

Em minha opinião, todo mundo deveria ter a experiência de estar em um jogo de Mundial alguma vez na vida. O ano de 2014 foi o melhor da minha vida por causa de uma Copa do Mundo.


* Julia Wagner Poloni, a Ju Poloni, 26 anos, é diretora de arte, mora em Porto Alegre e torce para o Grêmio. Ju Poloni também é colaboradora do site Grêmio Libertador, além de ter feito parte da equipe que fez uma ação com os jogadores mais caricatos do Rio Grande do Sul para a cerveja Polar, como Perdigão, Sandro Sotilli e Dinho, chamando de Seleção Gaúcha, a seleção mais forte do mundo. Confira abaixo:

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