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Parada dos Esportes completa 60 anos “no ar” em São José dos Campos

Foto: arquivo

Equipe recente do programa nasceu nas ondas do rádio em 1965 juntamente com a “era profissional do São José Esporte Clube”

Neste dia 1º de abril o Parada dos Esportes, mais tradicional programa esportivo de São José dos Campos, celebra 60 anos no ar levando diariamente as notícias do São José Esporte Clube e as transmissões dos jogos do time em todos os campeonatos em que a Águia do Vale participa desde 1965 – quando o clube iniciou sua participação em campeonatos profissionais.

A história do programa que há quase um ano virou uma webrádio está diretamente ligada a história do clube: além de ter transmitido todos os jogos do clube até hoje; em 1978, o hino oficial da Águia do Vale, composto por Otavio Assis e utilizado até os dias atuais, foi escolhido por meio de um concurso que nasceu no Parada dos Esportes, pela então Rádio Clube AM 1120.

O nome "Parada dos Esportes" surgiu de uma lista de sugestões apresentada pelo ainda garoto Alberto Simões, que tornou-se o grande líder e patrono da equipe. Falecido em 2016, aos 67 anos, Alberto se destacava pela simpatia e profissionalismo, seja como professor, historiador ou radialista.

O membro honorário do programa ainda foi o responsável por eternizar a história do clube em três diferentes obras literárias. Em 1995, Alberto publicou o livro “Esporte, Formigão e Águia”, que contava a história do clube desde a sua fundação em 1933; em 2010, o jornalista lançou o “Almanaque São José Esporte Clube”, que catalogou todos os jogos da equipe desde a era amadora; e por fim, em 2012, com a companhia do também historiador taubateano Moacir dos Santos escreveu o livro “A história de uma rivalidade”, que destaca o “Clássico do Vale” entre São José e Taubaté.

Representando o Parada dos Esportes, Alberto Simões ainda esteve presente na foto oficial do início da construção do estádio Martins Pereira em meados dos anos 60 e décadas mais tarde, fez parte da delegação do São José que excursionou pela Espanha, transmitindo os 9 jogos que a equipe joseense fez em gramados europeus.

Evolução - Para o jornalista Antônio Carmo, atual coordenador da equipe, o Parada é um programa tradicional e que sempre teve como carro-chefe a cobertura do São José Esporte Clube e que mesmo chegando aos 60 anos, evoluiu muito e acompanhou as transformações do rádio e do futebol.

“Participei pela primeira vez do Parada dos Esportes em 1982, mas antes já havia trabalhado numa transmissão de jogo em 1981, como plantão esportivo, ao lado de Beil Junior e a equipe que fazia o Parada na Rádio Clube.Me lembro bem que naquele tempo, o então redator Oswaldo Pascoal escrevia as laudas que o Alberto Simões, apresentador do programa, faria a leitura. De lá pra cá a evolução é gigantesca e temos tudo de forma digital, incluindo a participação das pessoas que nos ouvem e assistem por meio do chat no Youtube ou mesmo pelas mensagens de WhatsApp. Isso é extraordinário”, relata Carmo.

Ao longo destes 60 anos dedicados à cobertura diária e às transmissões dos jogos do São José, o Parada passou por emissoras como Rádio Clube, Rádio Bandeirantes, Rádio Cidade, Rádio Piratininga, Rádio CBN Vale e Rádio Metropolitana.

Desde 2020, em meio a pandemia da Covid-19, o Parada também está presente nas redes sociais e a cada ano se consolida como a principal referência para os novos torcedores que acompanham as informações do clube pelo Youtube, com mais de 2.400 inscritos e transmissões com visualizações que superam 18 mil visualizações.

Aliás, durante a pandemia os “Dinossauros do Rádio” encararam de frente o desafio de transmitir a campanha campeã do São José no Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2020. Por conta das restrições sanitárias, vários jogos fora de casa foram transmitidos de forma off-tube. Contudo, as emoções dos jogos finais, mesmo sem a presença de público no estádio Martins Pereira foram inesquecíveis e torcedor não ficou sem a cobertura dos jogos da Águia no radinho.

“Não há dúvidas em afirmar que o Parada dos Esportes é um programa que marca a história do rádio esportivo joseense pela sua credibilidade e longevidade, graças também a grande audiência e confiança que nós temos do torcedor do São José e todos os apaixonados por esportes na cidade”, destaca Antônio Carmo.

Equipe - Ao longo de seis décadas, inúmeros profissionais do jornalismo esportivo passaram pelos microfones deste programa. O mais antigo deles é o repórter Valtencir Vicente, que empunha o microfone do Parada como setorista do São José há 40 anos.

“Cheguei ao Parada em dezembro de 1984, mas já trabalhava na cobertura do dia a dia do São José desde 1980. Ao longo desses 40 anos vivenciei inúmeras jornadas inesquecíveis, principalmente com o São José. Pessoalmente gravo na memória as semifinais do Brasileirão da série B de 1989, quando eu e o Alberto Simões fomos para Alagoinhas, no interior da Bahia, e tivemos a oportunidade de transmitir ao torcedor joseense a partida que valeu a conquista do acesso ao Brasileirão de 1990”, revela Valtencir.


Além de Valtencir e Alberto, a lista dos craques que fizeram e fazem parte do Parada é extensa e contempla os seguintes profissionais: Benedito Matarazzo Filho, Jairo Carlos, Haroldo dos Santos, Roberti Costa, Edison Cyborg, Boueri Neto, Aurélio de Barros, Edson Fonseca, Paulo Roberto de Paula, Antônio Carmo, Paulo Roberto de Carvalho, Valmir Jorge, Lano Brito, José Carlos Guedes, Luís Galban, Dejair Barbosa, José Luiz Carvalho de Almeida, Osvaldo Pascoal, Roberto Montenegro, Valtencir Vicente, Fernando Carlos, Joan Penna Flores, Beil Junior, Cláudio Brasil, Cláudio Rodrigues, Dirceu Plenamente, Chagas Junior, Ronaldo Tumae, Alexandre Soledade, Aderbal de Oliveira, Celso Gomes, Vieira Junior, Antônio Faustino, Gilson Ricardo, Jovana Bobiniak, Angelica Prudente, Andressa Lopez, Dalvi Rosa Moreira, Luis Carlos Ribeiro, Luis Antonio Piedade (Piê), Cláudio Nicolini, Argentino Ferreira, Ribamar Câmara, Benê Carlos, Pedro Mariano, Minas Santos, Ignácio Rodrigues, Paulo Lima, Edson Ramiro, Maurício Salles, Ademir Lemos, Nei José, Émerson Tersigni, Gabriel Campoy, Pedro Coralia, João Gabriel e João Delfino.

Reconhecimentos - Pela longevidade e sua contribuição ao esporte de São José dos Campos, no ano de 2015, o programa foi homenageado pela Câmara Municipal com a Medalha Mérito Esportivo Ubiratan Pereira Maciel.

Já em 2020, o Parada recebeu o reconhecimento da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (ACEESP) pelos mais de 50 anos de dedicação ao jornalismo esportivo.

Luto! Morre Wilson Mattos, importante radialista do interior paulista

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: reprodução

Wilson Mattos estava com 90 anos

Com muito pesar, a Câmara de Marília informou o falecimento ocorrido neste domingo aos 90 anos do advogado, radialista e membro da Comissão de Registros Históricos da Câmara, Wilson Novaes Mattos, popularmente conhecido como Wilson Mattos.

Wilson estava internado na Santa Casa de Marília, onde teve uma parada respiratória, às 5h35 deste domingo. Ele deixa um legado de mais de 70 anos, prestados ao jornalismo mariliense, em especial no rádio.

Com atuações na Radio Clube de Marília e rádio 950, da qual era sócio, desde 1989, Wilson Novaes Mattos nasceu na cidade de Bebedouro, em 2 de setembro de 1933 mas foi registrado somente em abril de 1934. Era casado com Edi Basso Novaes Mattos. Ele deixa três filhos, Wilza Mattos, Wilson novaes Mattos Junior e Éderson Shimizo Mattos.


O radialista também deixa sete netos, Pedro, Hugo, Bruno, Júlia, Maria Eduarda, Kauã e Luca. O velório acontece na Sala Master do Velório Municipal a partir das 13 horas, e o sepultamento está marcado para às 10 horas desta segunda-feira, dia 11 de março.

Luto! Morre João Valdir de Moraes, repórter esportivo do rádio de Limeira

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: arquivo

João Valdir de Moraes tinha 72 anos

A crônica esportiva do interior paulista perdeu um importante personagem. Morreu João Valdir de Moraes, conhecido cronista que atuava na cidade de Limeira há mais de 40 anos. João Valdir estava com 72 anos e não vinha bem de saúde em razão de um AVC e dois infartos sofridos nos últimos anos, tendo falecido em Limeira nesta segunda-feira.

Na imprensa de Limeira, João Valdir de Moraes ficou conhecido como um criativo repórter que atuou nas emissoras de rádio da cidade, além de participar de programas da TV Jornal nos últimos 18 anos.

“Estou muito triste pela morte do João Valdir. Inesquecível, engraçado, boa gente e amigo de todos. Foi ele quem me deu a oportunidade de narrar meu primeiro jogo de rádio em Limeira, Inter x Corinthians, em 2001”, comenta, emocionado, Edmar Ferreira, referência na crônica esportiva de Limeira.

João Valdir de Moraes começou no rádio esportivo como “rádio escuta” da Rádio Bandeirantes de São Paulo (AM 840) e depois voltou para Limeira e trabalhou na Rádio Jornal onde teve as mais diferentes funções. Mas foi nas coberturas esportivas que se destacou como repórter, seja em jogos da Inter, seja em partidas do Independente.


“O rádio esportivo de Limeira sempre foi muito atuante e com grandes profissionais. Conhecia o João Valdir de Moraes desde os anos 1980. Sempre fiel, alegre, atento e bem informado. Além das atividades na cobertura de futebol, tinha uma presença marcante na imprensa de Limeira de uma maneira geral. Temos que lamentar seu precoce falecimento e reverenciar tudo de positivo que produziu na crônica esportiva e em sua vida”, declarou Artur Eugênio Mathias, presidente da ACEISP (Associação dos Cronistas Esportivos do Interior de São Paulo).

O cronista esportivo João Valdir de Moraes será sepultado na manhã desta terça-feira de carnaval no cemitério da Saudade, em Limeira.

Parada dos Esportes de casa nova a partir de 30 de janeiro: Rádio Metropolitana 1290AM

Foto: divulgação

Equipe do Parada dos Esportes

Perto de completar 59 anos no ar, o mais tradicional e premiado programa esportivo de São José dos Campos e região está de casa nova a partir da próxima terça (30/1). O Parada dos Esportes e as transmissões dos jogos do São José no Campeonato Paulista da série A2 poderão ser ouvidos pelo 1290 AM da Rádio Metropolitana.

O programa seguirá o mesmo horário: das 18h20 às 19h, de segunda a sexta. Desde outubro de 2022, o time de cronistas do Parada dos Esportes estava na Rádio Clube AM 1120 e por decisão da emissora o contrato não foi renovado com a equipe.

Ao longo das quase seis décadas de trabalho, dedicados à cobertura diária e às transmissões dos jogos do São José, o Parada passou por emissoras como Clube, Bandeirantes, Cidade, Piratininga e CBN. A história do programa está diretamente ligada a história do clube: em 1978, o hino oficial da Águia do Vale, composta por Otavio Assis e utilizado até os dias de hoje, foi escolhido por meio de um concurso que nasceu no Parada dos Esportes.

Pela longevidade e sua contribuição ao esporte de São José dos Campos, no ano de 2015, o programa foi homenageado pela Câmara Municipal com a Medalha Mérito Esportivo Ubiratan Pereira Maciel. Em 2020, o Parada recebeu o reconhecimento da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (ACEESP) pelos mais de 50 anos de dedicação ao jornalismo esportivo.


Desta forma, os cronistas Paulo Roberto de Paula, Antônio Carmo, Valtencir Vicente, Paulo Roberto de Carvalho, Dirceu Plenamente, Celso Gomes, Vieira Júnior e Pedro Coralia seguem para a nova emissora já com a transmissão do programa e da transmissão do jogo São José x Río Claro nesta quarta (31), direto do Estádio Martins Pereira, a partir das 18h.

Luto! Ex-narrador Pérola Negra morre em Monte Azul

Com informações da Agência Futebol Interior / Oscar Silva
Foto: reprodução

Vagnaldo Souza tinha 73 anos

Foi sepultado na manhã deste domingo, em Monte Azul Paulista, interior de São Paulo, o ex-radialista e narrador Vagnaldo de Souza, o Pérola Negra, como era conhecido. Vagnaldo, tinha 73 anos, era viúvo há três anos.

Pérola Negra deixa, na família, dois filhos, Thaisa e e Rodrigo, além de quatro netos: Maria Clara, Oto, Maria e Miguel. A causa de sua morte, segundo informações, deu-se por complicações no coração, rins e vesícula.



No ar - No rádio rio-pretense, Souza, trabalhou na extinta Rádio Independência, Rádio Brasil Novo, Onda Nova FM, ambos de São José do Rio Preto, entre outras emissoras, onde narravam os jogos do Rio Preto Esporte Clube e América Futebol Clube, respectivamente.

Já na cidade de Monte Azul Paulista, esteve na Rádio e TV Monte Azul Web, cobrindo os jogos do Azulão.

Voz do rádio campineiro, José Arnaldo morre aos 73 anos

Com informações da Hora Campinas
Foto: reprodução

José Arnaldo tinha 73 anos

O jornalista José Arnaldo, que teve atuação de destaque em Campinas, principalmente como comentarista esportivo, morreu na madrugada do sábado, dia 2, aos 73 anos. Seu falecimento ocorreu às 3h30, de acordo com informações nas redes sociais. José Arnaldo enfrentava um câncer.

José Arnaldo Canisim nasceu em Tupã, mas foi em Campinas que construiu sua trajetória. Comunicador de voz potente e opiniões contundentes na área esportiva e política e considerado uma referência no jornalismo, ele atuou por muito tempo em emissoras de rádio da cidade, entre elas a Bandeirantes e Central.

No Grupo Bandeirantes e na TVB (antiga filiada do SBT), também mostrou sua habilidade na tela. Na Band, ele intermediou mais de 20 debates eleitorais. Ainda se aventurou pela internet, apresentando o podcast “Agora Falamos Nós”, no YouTube. O último trabalho foi como comentarista do Jornal da Manhã da Rádio Joven Pan Campinas.

No papel de âncora de programas esportivos teve várias passagens de destaque, uma delas ao lado do lendário jornalista Brasil de Oliveira, que morreu em 1996. Junto com “Brasa”, como era conhecido, protagonizou curiosos debates sobre futebol.

Homenagens - “Por muitas vezes fui entrevistado por José Arnaldo, que era contundente nas suas indagações e excelente jornalista e âncora. Me solidarizo com a dor da família. A cidade perdeu um grande comunicador”, disse o prefeito de Campinas, Dário Saadi.


Amigos e admiradores prestaram homenagens a José Arnaldo nas redes sociais. “Um profissional sério, honesto e exemplo para os jornalistas. Mais uma perda irreparável para Campinas. Que Deus o receba em seus braços. Meus sentimentos à família e amigos”, escreveu o jornalista Odair Alonso.

“Profissional de rara qualidade, dono de um senso crítico forte e equilibrado, e de opiniões categorizadas, auxiliou com dedicação e empenho na construção do radiojornalismo campineiro”, manifestou o jornalista Luiz Roberto Saviani Rey.

Osmar Santos, o Pai da Matéria - 74 anos

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Osmar Santos nos anos 80

Um dos principais locutores e radialista esportivo do nosso país completa 74 anos hoje. Osmar Aparecido dos Santos, mais conhecido como Osmar Santos, nasceu em Osvaldo Cruz, em São Paulo, no dia 28 de julho de 1949, e construiu uma história belíssima nos veículos esportivos.

Osmar formou-se em Educação Física, Administração Pública pela FGV-SP e Direito. Conhecido como “O Pai da Matéria", ele teve uma carreira brilhante no meio da comunicação, cobrindo grandes momentos da história do futebol, como a principal competição mundial, a Copa do Mundo.

Osmar começou sua carreira como locutor esportivo na rádio da Jovem Pan em 1972. Com apenas 23 anos começou a fazer sucesso, mesmo com pouco tempo de experiência. Com o passar dos anos, o locutor foi evoluindo cada vez mais, chamando a atenção de outras emissoras.

Depois de quatros anos na Jovem Pan, Osmar acabou sendo contratado pela Rádio Globo, onde teve um dos seus principais momentos. Como locutor, o jovem conseguiu ter muito destaque, chamando a atenção do público, que parava para ouvi-lo.

Osmar fez muito sucesso na rádio, conseguiu se entrosar muito bem aos seus companheiros, fazendo grandes transmissões. O seu sucesso foi se expandindo, com isso, passou a apresentar um programa, junto com seu grupo, de variedades Balancê.

Com o sucesso na rádio, Osmar passou, também, a fazer parte dos programas de televisão. Na década de 80, o narrador teve participações importantes como locutor de comícios da campanha política de 1984 pelas Diretas Já. Por causa disso, Osmar recebeu convite para se candidatar-se a cargos políticos, mas recusou.

Em 1986 fez parte do grupo que narrou a Copa do Mundo daquele ano na Rede Globo, pela televisão. Osmar foi como primeiro locutor, narrando os jogos da Seleção Brasileira, mostrando toda a confiança que a emissora tinha sobre seu trabalho.

Após 11 anos na Rede Globo, Osmar acabou saindo, quando foi trabalhar na Record. Ficou pouco tempo na emissora, pois retornou à Globo. Em 1991, o narrador e apresentador voltou para a Globo, ficando até 1994, quando acabou sofrendo um trágico acidente.

Em 22 de dezembro de 1994, o narrador e apresentador sofreu um acidente rodoviário em uma viagem de Marília para a cidade de Lins. Um caminhão acabou atingindo, após o condutor bêbado perder o controle da direção. Por causa do grave acidente, Osmar teve traumatismo craniano do lado esquerdo, que é responsável pelo controle da fala, o que o impediu de continuar trabalhando.


Muito criativo, Osmar teve alguns bordões que marcaram época, como o famoso "Parou por quê, por que parou?". E suas expressões como: "Um pra lá, dois pra cá, é fogo no boné do guarda", "Sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho", "Rosemiro, o namoradinho da Rachel Welch", "No carocinho do abacate" "Vai mais, garotinho", "Vai, garotinho, porque o placar não é seu", em situações de marcação de impedimento soltava "Ele estava curtindo amor em terra estranha" e uma dos bordões de gol mais marcantes do rádio brasileiro, "Tiro-lirolá Tiro-lirolí, e que GOOOOOOOOOOOOL!!!".

Além disso, Osmar foi o criador da expressão “Animal”, que representou o atacante Edmundo, tornando marca registrada do jogador.

Luto! Morre, aos 76 anos, o jornalista esportivo Márcio Guedes

Com informações do Banda B
Foto: reprodução

Márcio Guedes estava com 76 anos

O jornalismo esportivo brasileiro está de luto: morreu na noite desta sexta-feira, dia 3 de março, o jornalista Márcio Guedes, aos 76 anos. Segundo o jornalista Wellington Campos, da Rádio Tupi, Guedes estava tratando de um câncer.

Márcio Guedes teve uma longa trajetória na imprensa escrita e na televisão. Levado para o jornalismo esportivo por José Trajano, com quem rompeu em 2020 por questões políticas, Guedes trabalhou principalmente no Jornal do Brasil, em um período que a editoria de esportes tinha nomes como o próprio Trajano, João Saldanha, Oldemário Touguinhó, Sandro Moreyra e Paulo César Vasconcellos. Depois, na imprensa escrita, passou por O Globo e O Dia.

Em 1978, Márcio Guedes começou a comentar partidas na televisão, primeiro na TV Bandeirantes. Foi contratado pela Rede Globo em 1982, para ser o titular nos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo ao lado de Luciano do Valle. Continuou na emissora por mais um ano e meio, fazendo dupla com Galvão Bueno.

Em 1983, teve uma passagem turbulenta em Curitiba. Durante a Taça de Ouro, como se chamava o Campeonato Brasileiro, ele chamou o Athletico de “timinho”. A reação da torcida rubro-negra e da imprensa foi intensa, a ponto de ele não comentar o jogo decisivo da semifinal entre o Furacão e o Flamengo no Couto Pereira. Até faixas foram colocadas no estádio contra Márcio Guedes.

Ao sair da Globo, Márcio Guedes foi contratado pela Rede Manchete, que formou seu núcleo de esportes com profissionais em sua maioria do Rio de Janeiro. Formou um trio com Paulo Stein e João Saldanha que seguiu por duas Copas do Mundo e só terminou com o falecimento de Saldanha, em plena Copa da Itália.

Anos mais tarde, retornou à TV pelas mãos de José Trajano, participando do Linha de Passe da ESPN ao lado de Milton Leite, Juca Kfouri, Paulo Vinícius Coelho, Tostão e Fernando Calazans, além do próprio Trajano.

Sua última emissora foi a TV Brasil, ligada ao governo federal, onde causou polêmica ao saudar, em transmissão de Peru 2 x 4 Brasil, o então presidente Jair Bolsonaro, o que foi alvo de críticas de diversos companheiros de profissão, muitos que trabalharam com ele nos vários anos de carreira, como José Trajano.


Em entrevista à Folha de S. Paulo, Guedes explicou o caso. “Eu disse uma coisa absolutamente neutra. E para o Trajano (José), quem fala isso é indigno. Isso é um patrulhamento indecoroso, estou revoltado. Se fosse outra pessoa até não daria bola, mas em relação ao Trajano é uma grande decepção, uma prova de intolerância total. Isso, para mim, é doença mental”, disse referindo-se a José Trajano, um dos seus críticos. Os dois trabalharam juntos na ESPN.

O velório acontecerá em General Severiano, na sede do Botafogo, que era o time de coração do jornalista, em horário a ser definido.

Ícone do rádio esportivo, Gilson Ricardo morre aos 74 anos

Com informações do Lance!
Foto: arquivo

Gilsão tinha 74 anos

O rádio brasileiro perdeu um pouco de sua graça na noite deste domingo (22). O comunicador Gilson Ricardo, com passagem por diversas rádios do Rio de Janeiro, morreu aos 74 anos. De acordo com a Rádio Tupi, o Gilsão não resistiu após sofrer um infarto em sua casa na Ilha do Governador, bairro carioca.

Gilson Ricardo iniciou sua trajetória em 1973, na Rádio Difusora de Petrópolis, cidade na qual nasceu. Depois de uma passagem pela Rádio Metropolitana, começou em 1977 sua trajetória na Rádio Globo.

O "Gilsão" se consagrou na emissora na qual ficou por 35 anos, onde foi apresentador de programas como Panorama Esportivo e Globo Cidade. Além disso, comandou transmissões de futebol nas quais era comentarista.

Depois de trabalhar na Bradesco Esportes, desde 2015 em sua rotina em jornadas esportivas na Rádio Tupi. Além disso, na televisão trabalhou em programas de esportes na CNT, no SBT e na Bandeirantes ao lado do narrador José Carlos Araújo e de Gerson, o "Canhotinha de Ouro".


O Flamengo, clube de coração do "Gilsão", lamentou a partida do radialista. "O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento do radialista, apresentador e grande rubro-negro Gilson Ricardo. Muita força aos familiares e amigos neste momento tão triste. Descanse em paz, Gilsão".

Na cobertura da Rádio Tupi da noite deste domingo, colegas como Washington Rodrigues e Eraldo Leite também manifestaram seu pesar.

Walter Abrahão - Um dos maiores locutores da história da crônica esportiva brasileira

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Walter Abrahão foi um dos maiores narradores da história do futebol brasileiro

Nascido em Piraju, no interior de São Paulo, Walter Abrahão, estaria completando 92 anos de idade neste quinta-feira, dia 5 de janeiro de 2023, se estivesse vivo. Durante a sua vida, ele se sagrou como um dos maiores locutores da história da crônica esportiva brasileira.

Filho de imigrantes árabes, Walter se formou em Direito, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no ano de 1958, e foi sócio de um importante escritório de advocacia. Por volta da década de 50 começou a carreira de radialista nas Emissoras Associadas de São Paulo, e não tardou para fazer sucesso na TV Tupi, trabalhando de locutor nas décadas de 60 e 70, onde também era o apresentador um programa esportivo, ao lado de Geraldo Bretas, Ely Coimbra Fernando Gaya Solera e Roberto Petri 

Na década de 80, prestou serviços à TVS, atualmente conhecida como Sistema Brasileiro de Televisão, a SBT, e também na Rede Manchete. Inclusive, nestas duas ele teve a oportunidade de participar das equipes de transmissão seis Copas do Mundo.

Até os dias de hoje, Abrahão é considerado o inventor do "replay" esportivo. Este recurso foi utilizado pela primeira vez em 1963, batizando as repetições de "bi-lance".


Walter veio a falecer no dia 8 de agosto de 2011, por conta de um câncer de pulmão. Em sua homenagem, foi lançada a TV Walter Abrahão, em 2020. O dono do canal é Walter Abrahão Filho, um dos três frutos que o locutor deixou aos 80 anos de idade.

Luto! Morre Renato Otranto, conhecido cronista esportivo de Campinas

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: arquivo pessoal

Renato Otranto estava com 71 anos

O cronismo esportivo do Estado de São Paulo perdeu neste sábado um personagem importante. Morreu, em Campinas, Renato Otranto, de 71 anos e que durante muito tempo foi o correspondente da Rádio Jovem Pan de São Paulo (AM 620) em assuntos relacionados ao futebol de Campinas.

Batizado Renato Medeiros Otranto, o cronista esportivo atuou durante várias décadas no Jornal Correio Popular de Campinas. Depois de uma passagem pela Rádio Educadora, hoje Bandeirantes de Campinas (AM 1170), ficou conhecido por ter sido o correspondente da Rádio Jovem Pan.

Na Pan, era quem passava as informações dos times de Campinas, Guarani e Ponte Preta, nos melhores momentos das duas equipes da cidade. Renato Otranto permaneceu na emissora da capital paulista até  o ano de 2013.


Afastado do cronismo esportivo nos últimos anos - Renato Otranto também atuou na Rádio Jequitibá de Campinas (AM 1230) em 1988. Atualmente aposentado, Renato Otranto estava afastado da imprensa esportiva.

Renato Otranto será velado neste domingo das 10h às 13h, no Cemitério da Saudade em Campinas, onde será sepultado.

Luto! Morre em Campinas Tony Lourenço, marcante plantão esportivo do rádio brasileiro

Com informações da Agência Futebol Interior e Milton Neves
Foto: arquivo

Tony Lourenço estava com 82 anos

A crônica esportiva brasileira perdeu uma voz marcante nesta quarta-feira. Morreu Tony Lourenço, icônico plantão esportivo da Rádio Bandeirantes de São Paulo (AM 840). A informação foi do jornalista Milton Neves.

Residindo em São José do Rio Pardo, Tony Lourenço, de 82 anos, não vinha bem de saúde nos últimos anos em razão do Alzheimer e esta semana teve que ser transferido para o Hospital da UNIMED, em Campinas, onde faleceu no início da tarde desta quarta-feira.

Tony Lourenço participou ativamente de um dos melhores momentos do rádio esportivo, atuando nas Rádios Bandeirantes e Gazeta, de São Paulo, nas décadas de 1970 e 1980. Voz marcante e inconfundível, Tony Lourenço era o “plantão esportivo”, informando resultados e loteria esportiva, atuando ao lado dos maiores nomes do rádio esportivo brasileiro.


Vereador em Rio Pardo - Depois de mais de 20 anos fazendo sucesso em São Paulo, Tony Lourenço, que também era bancário, aposentou e optou em retornar para São José do Rio Pardo, onde participava de programas na Rádio Difusora de São José do Rio Pardo (FM 107,3) e foi eleito vereador duas vezes, entre 1997 a 2004. O corpo de Tony Lourenço foi velado no Cemitério Municipal de São José do Rio Pardo, onde foi sepultado às 14 horas.

Museu do Futebol promove bate-papo sobre o futebol na Era de Ouro do Rádio

Foto: divulgação

Evento em comemoração ao centenário do rádio brasileiro acontece na próxima terça

Em 2022, é celebrado o centenário do rádio brasileiro. E para marcar a data, o Museu do Futebol realiza um bate-papo sobre a importância desta mídia na popularização da modalidade no século XX. O evento é gratuito e acontece na próxima terça-feira (4), às 19h, no auditório do museu, instituição do Governo do Estado de São Paulo.

Participarão do bate-papo o jornalista e escritor Paulo Rogério, o professor e doutor em comunicação Marcelo Abud, e a mediação será do radialista Marcus Aurélio. O objetivo é falar sobre a relação entre rádio e futebol, relembrando também histórias de grandes narradores futebolísticos, como Ary Barroso e Fiori Gigliotti, que marcaram a memória afetiva de milhares de brasileiros durante a Era de Ouro do Rádio.

O evento faz parte de uma programação relacionada à exposição temporária do Museu do Futebol “22 em Campo”, que está em cartaz desde julho e fala sobre Modernismo e Futebol. Vale a pena completar o passeio com uma visita às exposições, que, nesta terça-feira, ficarão abertas até às 21h, com entrada permitida até às 20h, e ingresso gratuito.

SERVIÇO

Bate-Papo sobre Futebol na Era de Ouro do Rádio
Data: 4 de outubro - Terça-feira
Horário: 19h
Local: Auditório do Museu do Futebol
Valor: Gratuito


Museu do Futebol

Praça Charles Miller, s/n - Pacaembu - São Paulo
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h)
Toda primeira terça-feira do mês, até as 21h (entrada até 20h)
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Crianças até 7 anos não pagam
Grátis às terças-feiras
Garanta o ingresso pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/67330
Estacionamento com Zona Azul Especial – R$ 5,75 por três horas

Fiori Gigliotti - Um dos maiores narradores da história do rádio brasileiro

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Há 94 anos, nascia Fiori Gigliotti

"Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo" essa é uma das frases eternizadas por um dos maiores locutores esportivos brasileiro. Fiori Gigliotti nasceu na Barra Bonita, em São Paulo, no dia 27 de setembro de 1928, e nos deixou no dia 8 de julho de 2006.

O grande narrador começou em 1947 e narrou dez Copas do Mundo, era um monstro e eternizou diversos bordões, que são usados até por outros narradores. Fiori é filho de imigrantes italianos Angelo Gigliotti e Maria Rosaria Palmisano, que se mudaram para o interior de SP.

Foi no interior que ele começou sua grande jornada profissional, quando iniciou na Rádio Clube de Lins, depois foi subindo para veículos superiores e ganhando mais visibilidade. Aos poucos o locutor ia ganhando notoriedade, principalmente narrando os jogos da seleção.

Além da rádio em Lins, Fiori foi depois para a Rádio Cultura de Araçatuba, mas não demorou muito para chegar em um veículo grande. Logo na sequência foi parar na Rádio Bandeirantes, ficou por lá muitos anos, foi onde ganhou mais notoriedades no esporte.

Depois Fiori foi para a Rádio Panamericana, que hoje é a Jovem Pan, depois foi para a Rádio Tupi e Rádio Record. O radialista ganhou alguns prêmios, foram mais de duzentos títulos de cidadão honorário, principalmente pelo interior de São Paulo.

O narrador era palmeirense, mas não deixava de lado seu fanatismo por Pelé, era um grande fã do jogador e sempre deixava isso claro. Mesmo cobrindo dez Copas do Mundo, o narrador afirmou que a melhor partida que participou foi a final do Mundial de Clubes, entre Santos e Benfica em 1962.

Fiore deixou diversos bordões conhecidos e que merecem o total conhecimento. Segue suas belíssimas frases; "Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo", "E o tempo passa…,torcida brasileira", "Tenta passar, mas não passa!", "Aguenta coração!", "Crepúsculo de jogo", "É fogo", "Agora não adianta chorar", "Torcida brasileira", "Uma Beleeeeza de Gol!", "Um beijo no seu coração" e "Fecham-se as cortinas e termina o jogo".


No dia 8 de junho de 2006, Fiori nos deixou depois de uma falência múltipla de órgãos. A sua morte foi um dia antes do início da Copa do Mundo e na abertura da competição, Galvão Bueno prestou homenagem falando um dos seus bordões no início da partida. "Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo".

Morre, aos 78 anos, o comentarista Silvio Lancellotti

Com informações da ESPN
Foto: reprodução

Silvio Lancellotti em uma de suas últimas aparições

Morreu nesta terça-feira Silvio Lancellotti, ex-comentarista dos canais ESPN e Bandeirantes, além de pioneiro do futebol italiano no Brasil, aos 78 anos. Silvio foi um dos principais jornalistas do Brasil. Fez parte da equipe que fundou a Revista Veja, ainda na década de 60, quando o país sofria com a censura em sua imprensa. Ainda fez parte dos principais jornais do país.

Mas foi na televisão onde ficou nacionalmente conhecido. Quem tem mais de 40 anos com certeza se lembra dos domingos. Antes da macarronada da mamma, era hora do futebol italiano na TV aberta. E era pela voz de Silvio Lancellotti que o Brasil ouvia as melhores histórias do Calcio. Do Napoli de Maradona e Careca ao Milan dos holandeses.

Em meio aos jogos, ainda brindava o público - e aos companheiros de redação – com as melhores receitas da culinária italiana. Nos canais ESPN, chegou no ano de 2003, convidado para comentar beisebol nos Jogos Pan-Americanos. E, claro, se tornou rapidamente o maior especialista da casa em futebol italiano. Nos abrilhantou com suas análises e histórias do Calcio por uma década, até sair da empresa em 2012, quando assumiu uma coluna no Portal R7.


Mas Silvio era mais que um jornalista brilhante. Ele se formou primeiro em arquitetura. Era também um exímio escritor. Fez muitos livros de culinária, seu grande hobby. Mas entre suas grandes obras está o livro “Honra ou Vendetta”, que fala sobre os braços da máfia italiana em terras brasileiras.

Silvio nos deixa aos 78 anos de idade. Mas as nossas lembranças dele serão eternas – e para sempre seremos gratos por ele nos fazer apaixonar pelo Calcio.

Cem anos do rádio no Brasil: as primeiras jornadas esportivas

Com informações da Agência Brasil
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O jogo amistoso entre as seleções do estado de São Paulo e do Paraná realizado no dia 19 de julho de 1931 cairia, com toda certeza, no esquecimento dos amantes do futebol se não fosse um detalhe: foi neste dia que a Rádio Educadora Paulista transmitiu, por meio de Nicolau Tuma, a primeira partida completa de futebol da história do Brasil com a identidade que conhecemos.

É fato que há registros datados da década de 1920 de transmissões esportivas no Rio de Janeiro. Porém, pesquisadores apontam que a narração de Tuma pode ser considerada como marco nas transmissões esportivas do Brasil por ser uma narração completa, lance a lance. Em depoimento veiculado em programa especial da Rádio MEC sobre 100 anos de rádio no Brasil, o próprio Nicolau falou da importância da data:

Havia transmissões, mas transmissões do que? Era uma reportagem feita no campo. Não com aquela rapidez, velocidade de acompanhamento da bola. Eu comecei isso em 1931, a reportagem "tim-tim por tim-tim", passe por passe, diretamente transmitida por imagem, com emoção de torcedor, de quem acompanha a bola e gol. O gol, então, é uma delícia.

"Imagine uma caixinha de fósforo ou um retângulo. Divida ao meio e teremos os dois lados do campo". Era essa a alusão utilizada pelo Nicolau Tuma para começar a narrar a partida, que terminou 6 a 4 para os paulistas”, conta o jornalista e pesquisador Bruno Micheletti. Foram com palavras como estas que o locutor fez com que a imagem de uma partida de futebol fosse criada nas mentes dos ouvintes no início dos anos 30.

O que basicamente se tinha nos anos de 1920, no rádio, eram notícias sobre os jogos, geralmente se fazia a leitura de telegramas que chegavam às rádios com informação sobre resultados. No Rio de Janeiro, Amador Santos é um nome que se destaca na história das transmissões esportivas. Esse narrador segundo relatos da época possuía um estilo calmo de narrar e enfrentou muita resistência por parte de dirigentes de clubes do Rio de Janeiro.

Essa resistência se deve ao fato de se temer que as transmissões por rádio fizessem com que o público deixasse de frequentar os estádios, o que traria prejuízo financeiro devido à queda de arrecadação na venda de ingressos. Há autores sobre a história do rádio no Brasil que creditam a Amador Santos a primeira transmissão esportiva do país que teria sido feita pela Rádio Clube do Brasil, o que teria acontecido ainda nos anos de 1920.

Porém, a autora Edileuza Soares no seu livro A Bola no Ar, demonstra, a partir de cuidadosa coleta de dados, que o pioneirismo cabe a Nicolau Tuma em São Paulo. Em 1931 Nicolau Tuma faz a primeira transmissão direta de futebol, uma transmissão de lance a lance do jogo. Ele é o primeiro locutor a transmitir durante 90 minutos uma partida de futebol diretamente do estádio. E assim é lançada essa possibilidade, construindo desse modo, no Brasil, a tradição de se transmitir jogos ao vivo. Tradição que obviamente foi se modificando à medida que novas técnicas narrativas e de transmissão radiofônica.

É possível que tenha havido outros locutores que tenham feito transmissões, antes de Nicolau Tuma, mas a diferença fundamental da transmissão feita por Nicolau reside no fato de ter narrado lance por lance de um jogo. O jogo em questão foi uma disputa entre as seleções dos estados de são Paulo e Paraná, ocorrido no campo da Chácara da Floresta, em São Paulo. Nicolau é um pioneiro na criação de uma técnica de se narrar futebol enquanto a partida era realizada.

Com limitações técnicas, Nicolau Tuma e outros locutores dos primórdios tiveram que realizar verdadeiros malabarismos para transmitir as partidas. Na época, as intempéries para quem queria transmitir um jogo de futebol não eram poucas.

“Não era fácil de conseguir uma linha telefônica para se fazer uma transmissão. Às vezes era necessário contar com ajuda da vizinhança ao redor dos estádios que pudessem ceder uma linha telefônica. Enfim, a gente estava longe de ter condições razoavelmente apropriadas para transmissão em um estádio”, conta a professora e pesquisadora de esporte Leda Maria da Costa.

Em alguns casos, sequer era permitido entrar nos estádios. A proibição gerou situações pitorescas. Ainda nos anos 1930, o locutor Amador Santos chegou a ter que transmitir uma partida de futebol (um clássico entre Flamengo e Fluminense), de acordo com o livro “Bastidores do Rádio: Fragmentos do Rádio de Ontem e de Hoje", do radialista Renato Murce, do telhado de um galinheiro dos arredores do estádio de São Januário, no Rio de Janeiro.

Na hora da locução, também havia obstáculos. O locutor não tinha a figura do repórter e do comentarista e não havia espaço para publicidade no meio das partidas. Essas limitações eram dribladas pela criatividade de quem transmitia e ajudaram Nicolau Tuma a moldar o estilo radiofônico que conhecemos hoje.

“A preocupação do Nicolau era que tinha que preencher todo o tempo da transmissão com palavras por que ele imaginava que qualquer momento de silêncio poderia fazer com que as pessoas desligassem o rádio ou mudassem de estação”, conta Leda Maria da Costa. O ritmo frenético chegava a 250 palavras ditas, de forma clara, por minuto.


O professor e pesquisador Márcio Guerra destaca o pioneirismo da forma de narrar do locutor, que a partir de 1932 passaria a se destacar na Rádio Record de São Paulo: “Foi o primeiro narrador a dar o ritmo que a gente conhece hoje nas coberturas esportivas pelo rádio. Foi por isso que recebeu o nome de speaker metralhadora”, diz.

O que era desconfiança no começo passou, mesmo com os contratempos, a cair no gosto das pessoas. O espaço esportivo passou (no período do início da profissionalização e autorização da publicidade radiofônica) a atrair anunciantes e, consequentemente, recursos. Nesta evolução, o ano de 1938 foi um marco.

Morre Roberto Carmona, uma lenda do rádio esportivo

Com informações do Esporte Paulista e Milton Neves
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Roberto Carmona tinha 86 anos

Luto na imprensa esportiva brasileira. Hoje, o microfone se despede de Roberto Carmona, uma lenda do rádio. Carmona tinha 86 anos e ainda estava na ativa na Rádio Transamérica. Ele passou recentemente por uma cirurgia na coluna, mas acabou sendo vítima também de uma infecção. Estava internado na UTI.

Natural de Presidente Bernardes, no interior paulista, mudou-se aos três anos para o Paraná. Incansável, torcedor do Atlético Paranaense, Carmona veio do Paraná para o rádio de São Paulo em 1963, para a equipe da rádio Record, que tinha Braga Junior, Orlando Duarte e Cláudio Carsughi como principais nomes.

Passou também na Jovem Pan, Gazeta, Bandeirantes, Excelsior, Nacional e Globo. Ainda nos anos 90, começou a trabalhar com Eder Luiz, primeiro na Band FM e depois na Transamérica FM, onde estava até hoje, participando normalmente dos seus programas e transmissões.

Carmona esteve em mais de dez Copas dos Mundo. Um dos causos mais interessantes na carreira de Carmona foi o dia que ele foi expulso de um jogo por parte do árbitro José de Assis Aragão. Um livro com a biografia e carreira de Roberto Carmona está disponível. Com título Senhor do Rádio, escrita por José de Assis Aragão, o livro pode ser adquirido pelo telefone 97820-1450 (WhatsApp).


Era o único repórter em São Paulo que trabalhava de bermuda por ter certa irritação de pele. Para isso, tinha autorização especial. Carmona era exemplo de longevidade, determinação, dedicação e educação na crônica esportiva brasileira.

Léo Batista 90 anos - Paixão pelo cronismo esportivo

Por Fabio Rocha
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Léo Batista comemora 90 anos

Um dos grandes cronistas esportivos do nosso país completa 90 anos hoje. João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, nasceu em Cordeirópolis, uma cidade pequena de SP, no dia 22 de julho de 1932. O cronista esportivo conseguiu se tornar um dos melhores na profissão, e mesmo com a alta idade, ainda não deixou a sua querida profissão.

Para começar a falar sobre sua belíssima vida, com suas grandes conquistas como profissional, temos que explicar o motivo do seu apelido Léo. A sua irmã Leonilda, era conhecida como Nilda, então João acabou "roubando" o Leo, e levou para a sua vida profissional.

A sua carreira começou ainda muito jovem, na sua pequena cidade, graças ao seu primo Toninho. Naquela época, as cidades do interior tinham os serviços altos-falantes, e seu primo que comandava na época. O jovem, com uma voz muito boa, acabou sendo convidado para um teste por Toninho e acabou indo, assim começou sua grande carreira.

Muito jovem, com apenas 15 anos, Léo já estava trabalhando como locutor, mas não ficou muito tempo nos serviços de alto-falantes. Seis meses depois, o jovem recebeu outro convite, dessa vez do senhor Domingos Lote Neto, que gostou muito da sua voz e quis levar o garoto para a recém criada Rádio Clube de Birigui, "a pérola do nordeste".

Ficou um tempo na rádio, mas logo depois deixou para ir para a Rádio Difusora de Piracicaba. Nessa época, o XV de Piracicaba tinha acabado de subir para a primeira divisão do Campeonato Paulista, por isso, começou a acompanhar os jogos de perto e narrar as partidas.

Logo depois, foi para o Rio de Janeiro, para narrar a Copa do Mundo de 1950, e participou de todas as copas até os dias atuais. Em 1952, Leo voltou ao Rio, mas dessa vez para concorrer a uma vaga na Rádio Clube do Brasil, mas ao invés disso, ele foi contratado pela Rádio Globo.

Léo Batista teve a sorte e a competência de narrar o primeiro jogo na carreira de Mané Garrincha, em 1953. Além disso, entrou para a história, após ser o primeiro a noticiar a morte de Getúlio Vargas, em 1954. O jornalista ficou trabalhando na rádio até 1955, quando veio a mais nova paixão.

Léo trocou a rádio pela Televisão. O jornalista foi trabalhar na extinta TV Rio, onde ficou por 13 anos comandando o Telejornal Pirelli, um dos noticiários de maior sucesso. Léo ficou lá até 1970, quando foi para a Globo como freelancer, para trabalhar na Copa do Mundo daquele ano.

Logo após a Copa, o jornalista já chamava atenção por seu jeito descontraído, e teve que substituir Cid Moreira em uma edição do Jornal Nacional. Léo foi muito bem, e após isso acabou sendo contratado em definitivo, chegando a apresentar o JN aos sábados.


Léo foi um dos criadores do Globo Esporte, que dura até hoje, e foi criado em 1978. Além disso, fez o primeiro programa do Jornal Hoje, participou do Globo Rural e narrou os gols da rodada no Fantástico. O jornalista também chegou a narrar as aventuras dos Heróis da Marvel, nos anos 80, quando transmitiam desenho animado.

Neste ano, Léo acabou perdendo sua querida esposa em janeiro, Leyla Chavantes Belinaso, que acabou falecendo no início deste ano. O cronista esportivo continua trabalhando, sempre faz alguns trabalhos especiais no Esporte da Globo e diz que não pensa em se aposentar tão cedo.

Luto! Morre Odilon Junior, o Locutor Vibração, aos 39 anos

Foto: arquivo

Odilon Junior tinha 39 anos

Faleceu na manhã desta segunda-feira, dia 18, o narrador da equipe de esportes da Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, Odilon Junior, de 39 anos. Ele lutava há cinco anos contra um câncer no cérebro e tinha se afastado dos trabalhos na emissora para o tratamento.

Odilon começou a carreira na rádio 107 FM, em Petrópolis, pela rádio Grande Rio, onde narrou os primeiros jogos esportivos. Ele passou também pela rádio Tropical nos início dos 2000 e, em seguida veio para a Rádio Tupi, numa primeira passagem, onde atuou como repórter até começar a narrar, em 2011.

Em uma segunda passagem pela Rádio Tupi, além da narração, ele também comandou o departamento de esportes da emissora.

Há cinco anos, o narrador anunciou que estava recuperado de um tumor no cérebro e retomou as atividades na Rádio Tupi. Em 19 de fevereiro, ele usou as redes sociais para anunciar que está se afastando da Rádio Tupi para retomar um tratamento contra um câncer, inclusive passando por cirurgia.


O seu último grito de gol foi no jogo entre Botafogo e Vasco, em fevereiro deste ano, pelo Campeonato Carioca, no Castelão, no Maranhão. A seu lado estava o ex-jogador Dé, que naquele dia era o comentarista da jornada esportiva.

Câmara aprova artigos para rádios pagarem direitos de transmissão de futebol

Com informações de Rodney Brocanelli / Só Esporte
Foto: reprodução

Se Lei for aprovada, emissoras de rádio terão que pagar direitos de transmissão de futebol

O rádio esportivo, como o conhecemos, está sob risco mais uma vez. A Lei Geral do Esporte, aprovada ontem na Câmara dos Deputados, tem dois artigos que caso sejam sancionados poderão fazer com que emissoras de rádio paguem para transmitir partidas de futebol.

Durante a votação, o deputado Victor Mendes (MDB-BA) chamou a atenção para o fato: “lamentamos o que nós acabamos de fazer. Acabamos de votar um projeto tão importante, que esse projeto de atualização da lei do esporte, mas estamos sacrificando a radiodifusão. No texto que acabamos de votar, no art. 159 e 160, os programa (sic) de rádio passarão a ser cobrados pela transmissão dos eventos esportivos. Nós acabamos de onerar mais ainda a radiodifusão no País”.

Eis o que diz os artigos:
Art. 159. A difusão de imagens e/ou sons captadas em eventos esportivos é passível de exploração comercial.

Parágrafo único. Os dados estatísticos decorrentes das partidas disputadas em competições integram o rol de direitos comerciais e, portanto, pertencem integral e exclusivamente às respectivas entidades de administração do desporto.

Art. 160. Pertence às organizações esportivas mandantes que se dedicam à prática esportiva em competições o direito de exploração e comercialização de difusão de imagens e/ou sons, consistente na prerrogativa privativa de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de evento esportivo de que participem.

(veja melhor aqui).
Em outro trecho de sua fala, Mendes fez até uma autocrítica: “votamos muito rapidamente, sem, talvez, ter conhecimento do substitutivo”.

A grande ironia lembrada pelo deputado é que o ano de 2022 marca a comemoração oficial dos 100 anos da primeira transmissão radiofônica no país. Um presente de aniversário bem indigesto, como disse o deputado Victor Mendes: “nós demos um presente de grego: mais uma cobrança na radiodifusão agora, com esse texto que acabamos de aprovar. Antes, somente a TV pagava por transmissão; agora, a rádio vai pagar também, graças ao relatório apresentado e à nossa votação”.

O narrador esportivo e jornalista paranaense Gabriel Carriconde alertou em suas redes sociais para o que poderá acontecer caso a Lei Geral do Esporte com seja aprovada com esses artigos específicos: “se essa medida passar, é o fim da latinha”.


Carriconde avança: “e qual é o nível de gravidade disso? Onerar de vez um meio de comunicação que não te cobra nada para transmitir partidas que muitas vezes, só pagando para ver. Enfraquece a imprensa esportiva, e prioriza a rádio dos clubes”.

Conforme a Agência Câmara de Notícias, a foi aprovada na forma do substitutivo do relator, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), para o Projeto de Lei 1153/19. A proposta teve origem no Senado e retornará para nova votação dos senadores, ainda sem data definida.
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