Léo Batista 90 anos - Paixão pelo cronismo esportivo

Por Fabio Rocha
Foto: reprodução

Léo Batista comemora 90 anos

Um dos grandes cronistas esportivos do nosso país completa 90 anos hoje. João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, nasceu em Cordeirópolis, uma cidade pequena de SP, no dia 22 de julho de 1932. O cronista esportivo conseguiu se tornar um dos melhores na profissão, e mesmo com a alta idade, ainda não deixou a sua querida profissão.

Para começar a falar sobre sua belíssima vida, com suas grandes conquistas como profissional, temos que explicar o motivo do seu apelido Léo. A sua irmã Leonilda, era conhecida como Nilda, então João acabou "roubando" o Leo, e levou para a sua vida profissional.

A sua carreira começou ainda muito jovem, na sua pequena cidade, graças ao seu primo Toninho. Naquela época, as cidades do interior tinham os serviços altos-falantes, e seu primo que comandava na época. O jovem, com uma voz muito boa, acabou sendo convidado para um teste por Toninho e acabou indo, assim começou sua grande carreira.

Muito jovem, com apenas 15 anos, Léo já estava trabalhando como locutor, mas não ficou muito tempo nos serviços de alto-falantes. Seis meses depois, o jovem recebeu outro convite, dessa vez do senhor Domingos Lote Neto, que gostou muito da sua voz e quis levar o garoto para a recém criada Rádio Clube de Birigui, "a pérola do nordeste".

Ficou um tempo na rádio, mas logo depois deixou para ir para a Rádio Difusora de Piracicaba. Nessa época, o XV de Piracicaba tinha acabado de subir para a primeira divisão do Campeonato Paulista, por isso, começou a acompanhar os jogos de perto e narrar as partidas.

Logo depois, foi para o Rio de Janeiro, para narrar a Copa do Mundo de 1950, e participou de todas as copas até os dias atuais. Em 1952, Leo voltou ao Rio, mas dessa vez para concorrer a uma vaga na Rádio Clube do Brasil, mas ao invés disso, ele foi contratado pela Rádio Globo.

Léo Batista teve a sorte e a competência de narrar o primeiro jogo na carreira de Mané Garrincha, em 1953. Além disso, entrou para a história, após ser o primeiro a noticiar a morte de Getúlio Vargas, em 1954. O jornalista ficou trabalhando na rádio até 1955, quando veio a mais nova paixão.

Léo trocou a rádio pela Televisão. O jornalista foi trabalhar na extinta TV Rio, onde ficou por 13 anos comandando o Telejornal Pirelli, um dos noticiários de maior sucesso. Léo ficou lá até 1970, quando foi para a Globo como freelancer, para trabalhar na Copa do Mundo daquele ano.

Logo após a Copa, o jornalista já chamava atenção por seu jeito descontraído, e teve que substituir Cid Moreira em uma edição do Jornal Nacional. Léo foi muito bem, e após isso acabou sendo contratado em definitivo, chegando a apresentar o JN aos sábados.


Léo foi um dos criadores do Globo Esporte, que dura até hoje, e foi criado em 1978. Além disso, fez o primeiro programa do Jornal Hoje, participou do Globo Rural e narrou os gols da rodada no Fantástico. O jornalista também chegou a narrar as aventuras dos Heróis da Marvel, nos anos 80, quando transmitiam desenho animado.

Neste ano, Léo acabou perdendo sua querida esposa em janeiro, Leyla Chavantes Belinaso, que acabou falecendo no início deste ano. O cronista esportivo continua trabalhando, sempre faz alguns trabalhos especiais no Esporte da Globo e diz que não pensa em se aposentar tão cedo.
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