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O início de Molina no Envigado

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Molina no Envigado

Conhecido no Brasil pela sua passagem pelo Santos, onde se tornou uma espécie de herói de um período curto de anos ruins do Alvinegro Praiano, ficando cultuado pela sua dedicação ao clube, o colombiano Molina, que completa seus 44 anos neste dia 30 de abril, passou por diversos clubes ao longo de sua carreira, tendo um longo período no futebol sul-coreano. Sua trajetória começou no Envigado, modesto clube da Colômbia.

O Envigado é durante a maior parte de sua história um clube que vaga entre a primeira e a segunda divisão do futebol colombiano. Nascido em Medellín, Melina chegou as categorias de formação do clube jovem e aos 16 anos já era relacionado para jogos do time profissional. Desde a estreia, Molina se mostrava diferenciado de jogadores que geralmente passavam pelo Envigado.

Seu bom futebol apareceu em pouco tempo como titular do time. Em pouco tempo se tornou o grande destaque dos Naranjas e virou o principal jogador do time em suas primeiras temporadas. Na época, o Envigado ficava essencialmente na metade para a parte debaixo da tabela e Molina não necessariamente conseguiu mudar esse panorama, mesmo que fosse o principal jogador do time já em seu começo no clube. 


A partir do final dos anos 1990 seu bom futebol já passa a chamar atenção de outras equipes colombianas. Marcando gols e dando assistências, vira um dos principais jogadores jovens do país. Em 2000, consegue ajudar Julián Vasquez a se tornar vice-artilheiro do Campeonato Colombiano, com 23 gols, numa temporada onde os Naranjas conseguem um ótimo oitavo lugar. 

Em 2001 acaba finalmente sendo negociado com um dos maiores times da Colômbia, se transferindo ao Independiente de Santa Fé. No total, em seus anos atuando pelo Envigado, entrou em campo, segundo números da Wikipedia, em 94 partidas pelo clube, marcando vinte e seis gols ao longo de sua passagem. Molina esteve em atividade até 2017, quando pendurou as chuteiras jogando no Independiente de Medellín. 

O início de Fabián Vargas no América de Cali

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Fabián Vargas no América

O futebol colombiano foi, é e seguirá provavelmente sendo por muito tempo um formador ímpar de talentos para os mais diversos níveis do esporte bretão. Hoje, se destacam em times grandes jogadores como Luís Diaz e Lerma, na Premier League e outros como Mojica e Mosquera em La Liga, além de diversos que militam em times grandes da América do Sul. Completa 44 anos neste dia 17 um dos grandes talentos formado no país: o ótimo meia Fabián Vargas, que começou sua trajetória no América de Cali.

Vargas surgiu para o futebol profissional no final da década de 1990, após passar alguns anos nas categorias de formação dos Diablos Rojos. Natural de Bogotá, chegou ao América jovem e foi avançando nas categorias de formação do clube. Acabou subindo como um volante que tinha muita qualidade no passe e até na finalização, começando a transitar pelo time principal em meados de 1998.

Chamou a atenção pela sua qualidade técnica desde muito cedo e aos poucos foi assumido um grande protagonismo no time, se tornando uma das principais peças do América de Cali ainda muito jovem. Já em 1999 consegue ajudar os Diablos Rojos na conquista da Copa Merconorte, o primeiro título de sua carreira. Marcou inclusive um de seus raros gols nesta competição. 

Em 2000, foi um dos destaques na conquista do Campeonato Colombiano pelos Rojos. Caia nas graças do torcedor como um dos principais jogadores do time no período, numa época onde o América também fazia campanhas na Libertadores, apesar de distar das históricas trajetórias dos anos 1980 e 1990, quando foi vice-campeão da competição em quatro oportunidades. Seria campeão nacional de novo em 2001.


Em julho do ano de seu segundo título colombiano, recebe a primeira convocação para a seleção. Estreia num jogo diante do Chile, pela Copa América. Em 2002, conquista mais um título colombiano com o América. Seu bom futebol começa a chamar a atenção de outras equipes sul-americanas. Ainda permanece até a metade de 2003 no América de Cali, quando acaba sendo contratado pelo Boca, se despedindo do time de Cali.

No total, somando todos os anos em que esteve no América, atuou em 187 partidas com a camisa roja, marcando um total de nove gols. Vargas esteve em atividade até 2018, quando pendurou as chuteiras jogando pelo La Equidad. 

A passagem do goleiro argentino Julio César Falcioni pelo América de Cali

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Falcioni no América de Cali

Julio César Falcioni nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 20 de julho de 1956, sendo um bom goleiro e, atualmente, é técnico de futebol. Como jogador, teve passagens por alguns clubes, porém, teve mais sucesso na Colômbia, no América de Cali, onde passou grande parte da sua carreira.

A sua carreira começou em 1976, quando estreou no Vélez Sarsfield, da Argentina. O goleiro conseguiu se destacar rapidamente, se tornando titular da equipe, fazendo grandes partidas, ainda muito jovem, com apenas 20 anos, chamando a atenção de alguns clubes.

Na equipe Argentina, o goleiro passou praticamente cinco temporadas, sendo titular na grande maioria. Seu bom desempenho chamou a atenção de outros clubes no futebol sul-americano, recebendo algumas propostas.

O América de Cali foi um dos clubes que fez proposta pelo goleiro e, na época, o time era bancado pelo Cartel de Cali. Com uma boa oferta, o goleiro acabou aceitando ir jogar no futebol Colombiano, e chegou com boas expectativas, já que foi contratado para ser titular. Em 1981 ele chegou no clube e, rapidamente, se tornou titular, mostrando todo seu potencial. O goleiro passava uma grande confiança para seus companheiros, pois tinha firmeza no gol.

Além da boa atuação individual, a equipe estava muito bem, vivendo uma grande fase, tendo ótimos jogadores, com grandes resultados. No campeonato nacional, o clube teve um hegemonia por alguns anos, sendo o principal time, e sendo o grande protagonista.

O América de Cali foi pentacampeão nacional (1982-86), com campanhas incríveis, e passando por cima dos seus adversários. O clube tinha um elenco maravilhoso, com peças importantes, e não deu trabalho só no seu país, a equipe conseguiu fazer belíssimas campanhas internacionalmente.


O goleiro chegou a disputar três finais de Libertadores pelo clube, mas, infelizmente, acabou saindo derrotado em todas elas. A equipe perdeu para o Argentino Juniors, River Plate e Peñarol. Falcioni entrou para a história do clube, com um dos grandes ídolos.

O jogador saiu da equipe em 1989, após oito temporadas, com campanhas e títulos maravilhosos. Falcioni decidiu retornar ao futebol Argentino, quando foi atuar no Club de Gimnasia y Esgrima La Plata. Ele encerrou a carreira em 1992 defendendo outro time colombiano, o Once Caldas.

Luto! Colombiano Andrés Balanta, volante do argentino Tucumán, morre após mal súbito

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: divulgação CA Tucumán

Balanta tinha apenas 22 anos

Uma tragédia marcou o futebol argentino nesta terça-feira. O volante colombiano Andrés Balanta, de apenas 22 anos, sofreu um mal súbito durante um treinamento do Atlético Tucumán e chegou a ser socorrido. Ao dar entrada no hospital da cidade, não resistiu. As causas da morte estão sendo investigadas.

De acordo com o jornal La Gaceta, de Tucumán, o jogador participava do segundo dia de treinamentos da pré-temporada do Atlético Tucumán quando desmaiou em campo. Balanta chegou a ser levado ao hospital Centro de Salud, na cidade argentina, mas morreu ao dar entrada. As causas da morte serão investigadas.

Com diversas passagens pela seleção de base da Colômbia, o jogador de 22 anos, chegou ao clube argentino em julho deste ano, após ser negociado junto ao Deportivo Cali, da Colômbia.

Quando no clube colombiano, segundo o jornal La Gaceta, da Argentina, Andrés Balanta sofreu um desmaio durante os treinamentos, chegando ficar internado. Na época, o Deportivo Cali informou que a causa foi a queda do nível de glicose e fizeram monitoramento no atleta.


O vice-presidente do clube, Gabriel Alperovich, conversou com a imprensa da argentina sobre o ocorrido e lamentou a morte do jogador. “Estamos todos muito mal. Ele desmaiou, tentaram reanima-lo, mas ele faleceu, O que aconteceu é terrível, não posso acreditar” disse.

Gol Contra: Série conta a história real dos anos dourados e perigosos do futebol colombiano

Com informações de A Odisséia
Foto: divulgação Netflix


A Copa do Mundo começa neste domingo e se você quiser entrar no clima do maior evento de futebol do planeta, pode olhar pra trás e entender algumas histórias desse torneio. Histórias essas, que vão muito além do esporte e embarcam na vida das pessoas, impactando no sentimento, em ações e reações da sociedade.

Uma dessas histórias é Gol Contra, série colombiana que narra a história de um dos jogadores mais memoráveis da Colômbia: Ándres Escobar, morto dias depois da eliminação da seleção colombiana na copa do mundo de 1994, nos Estados Unidos.

A primeira coisa que precisamos saber é que a série foi descrita como um show fictício, inspirado apenas na vida de Escobar. Gol Contra é estrelada pelo colombiano Juan Pablo Urrego, que será um dos responsáveis por cobrir os acontecimentos mais importantes da vida do zagueiro, incluindo seu assassinato em 1994.

A seleção colombiana ficou no meio do caminho durante a Copa do Mundo, após dar grandes sinais que iria longe no torneio, já que teve uma geração de jogadores que lhes permitiu sonhar que iriam longe no torneio.  Infelizmente, os companheiros sul-americanos foram eliminados após um gol contra de Andrés Escobar contra os Estados Unidos, selando a participação na Copa e, infelizmente, seu destino, dias depois.

Elenco - Além de Urrego, o elenco de Gol Contra conta com John Alex Castillo como Francisco Maturana, Fernando Bocanegra como Bolillo Gómez, Andrés Mauricio Pizarro como René Higuita, Brayan Andrés Arboleda como Leonel Álvarez, Brain Vélez como Quique Vélez, Laura Archbold como Pamela Cascardo e Patricia Tamayo como Leonor Aparicio.


Sinopse oficial - Gol Contra é uma minissérie da Netflix sobre a ascensão e queda do futebol colombiano e Andrés Escobar, de 1987 a 1994. As situações e decisões difíceis que nossos ídolos tiveram que enfrentar partida após partida, pois são despedaçados no meio de um pesadelo de violência. Mas, acima de tudo, o sonho de um país e uma equipe que serão lembrados para sempre.

A série foi filmada em Medellín e Bogotá pelo Dynamo. A produtora ganhou fama por ser uma das principais aliadas da Netflix em trazer histórias da América Latina para o serviço de streaming, como Narcos (Netflix), Distrito Selvagem (Netflix), Falco (Amazon), O Caso Collini (Netflix), entre outros.

O inicio de Faustino Asprilla no Cúcuta Deportivo

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Asprilla iniciando a carreira no Cúcuta

Faustino Hernán Asprilla Hinestroza, mais conhecido apenas como Faustino Asprilla, nasceu em Tuluá, na Colômbia, no dia 10 de novembro de 1969, e se tornou um grande atacante. O jogador passou por grandes clubes, nacionais e internacionais. Seu início de carreira foi no Cúcuta Deportivo.

O jogador começou sua carreira em seu país, ainda muito jovem, com 18 anos, iniciou no Cúcuta. A equipe era pequena, não disputava títulos, tinha um elenco humilde, mas dava muitas oportunidades a jogadores da base, e Asprilla foi oportunidade.

Logo quando subiu em 1988, atuou e ganhou a posição de titular da equipe, mostrando seu grande potencial. O atacante era alto e veloz, conseguindo se desmarcar facilmente e com tranquilidade finalizando para marcar seus gols. Suas atuações chamaram muito a atenção de grandes clubes.

O jogador estava em uma equipe humilde, mas mesmo assim conseguiu se destacar e fez grandes atuações, decidindo alguns grandes jogos para a equipe. A cada partida o atleta evoluía e estava mais próxima da sua saída do clube, para um clube grande.

As propostas já começavam a chegar e a diretoria do Cúcuta já sabia que ia ter que liberar o atleta pois não tinha dinheiro para inventos na permanência do atacante na equipe. Ele era o grande jogador do time, o cara que chamava a responsabilidade e decidia vários jogos.


Ao final da temporada, o atleta acabou aceitando a proposta do Atlético Nacional, que é um dos principais times do país. O jogador deixou o Cúcuta com 36 jogos e 17 gols marcados e se tornou um dos maiores jogadores colombianos da história, tendo jogado duas Copas do Mundo e ainda tendo uma carreira sólida na Europa.

A passagem de Carlos Valderrama pelo Montpellier

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Valderrama jogou no Montpellier por três temporadas

Carlos Alberto Valderrama Palacio, bastante conhecido por ser um dos maiores jogadores da história do futebol colombiano, está completando 61 anos de idade nesta sexta-feira, dia 2 de setembro de 2022. Enquanto atuava dentro das quatro linhas, ele chegou a jogar na França, para defender as cores Montpellier HSC por três temporadas.

Nascido em Santa Marta, cidade localizada na Colômbia, El Pibe começou jogando bola nas categorias de base do Unión Magdalena de 80 a 81, mesmo clube onde se profissionalizou e permaneceu até 83. No ano seguinte se transferiu para o Millionarios e posteriormente, atuou no Deportivo Cali entre 85 e 87. Valderrama foi para o Montpellier durante a temporada 87-88.

O fato curioso é que essa transferência aconteceu justamente em um período em que os clubes franceses não tinham o costume de recrutar atletas da Colômbia. Além disso, o time do MHSC conseguiu vencer a concorrência de várias outras equipe que tinham interesse contar com o futebol do jogador.

Reforçou um setor que já era muito forte no Montpellier e ao final da Ligue 1, havia marcado 68 gols ao final do campeonato nacional. Isso fez com que o time terminasse a principal competição do futebol francês com o melhor ataque. Na sua primeira temporada no clube de Hérault, o colombiano disputou um total de 24 partidas da Ligue 1 e contribuiu com apenas um gol.

O ponto mais alto desta sua passagem aconteceria no seu segundo ano de Montpellier. Isso porque, apesar de não poder jogar a final, viu sua equipe conquistar uma Copa da França.

A sua última temporada no time de Hérault aconteceu depois da Copa de 90, o craque contribuiu para que a equipe terminasse o Campeonato Francês na 7ª colocação na tabela de classificação. Foi um dos grandes destaques do time, tendo uma atuação notável em uma goleada por 4 a 0 aplicada em cima do Paris Saint-Germain.


Além disso, Valderrama também ajudou o MHSC a fazer a sua melhor campanha em uma competição de âmbito internacional ao levar o seu time às quartas de final da temporada 90-91 da Taça dos Vencedores das Taças.

Depois do Montpellier, o craque colombiano ainda jogou em clubes como Real Valladolid, Independiente Medellín, Junior Barranquilla, Tampa Bay Mutiny, Miami Fusion e também no Tampa Bay Mutiny, dos Estados Unidos. Pendurou as chuteiras em 2002, após defender as cores do Colorado Rapids.

Antony de Ávila - O pequeno gigante artilheiro do América de Cali

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

De Ávila é um gigante na história dos Diablos Rojos

O América de Cali é um dos grandes clubes do futebol colombiano. O time vermelho e branco, conhecida pela incômoda escrita de vários vices na Libertadores, tem em sua história diversas páginas de sucesso e muitas delas foram vividas com o baixinho Antony de Ávila, maior artilheiro e provavelmente maior jogador da história do clube, que completa 59 anos neste dia 21 de dezembro. 

No começo de sua carreira, de Ávila, que era das categorias de bases Rojas, despontou já fazendo muitos gols em 1982. Rapidamente se tornou grande destaque do América e foi parte essencial do time pentacampeão de maneira seguida do Campeonato Colombiano. Naquele período, os americanos também chegaram por duas vezes à final da Libertadores, perdendo as decisões de 1985 e 1986. Permaneceu no campeonato do seu país apesar do assédio de vários clubes. Acabou deixando o América em 1987, para jogar na Argentina, pelo Unión de Santa Fé.

Jogou apenas uma temporada em terras argentinas antes de retornar novamente ao América em 1988. Na época, faria parte de um dos times mais fortes da história dos Diablos Rojos, que chegava constantemente longe em Copas Libertadores. Foi artilheiro do Campeonato Colombiano pela primeira vez em 1990, quando levou o América à mais um título nacional com seus gols. 

Viveria em 1996 um de seus maiores desempenhos individuais. Foi artilheiro da Copa Libertadores, com 11 gols, numa edição onde o América fez grandíssima campanha e chegou a decisão, porém, assim como em 1986, perdeu a final para o River Plate. Seu desempenho despertou o interesse do futebol dos Estados Unidos, sendo contratado pelo MetroStars, da recém-nascida MLS na época. Deixou novamente Cali em 1996.


Depois de passar pelos EUA e pelo Barcelona de Guayaquil, onde foi novamente destaque e ajudou a equipe à chegar em mais uma final de Libertadores, que viu seu time perder para o Vasco, decidiu se aposentar. Curiosamente, retornaria em 2009, aos 46 anos, para ajudar os Rojos à voltarem a primeira divisão, encerrando de vez sua trajetória no clube com 208 gols em 492 jogos, que o tornam o maior artilheiro da história do América de Cali. Recentemente, de Ávila foi preso na Itália devido a uma condenação por tráfico de drogas. 

O início de Victor Aristzábal no Atlético Nacional

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Aristzábal começou no Atlético Nacional em 1990

Ídolo das torcidas de São Paulo e Cruzeiro, o colombiano Victor Aristzábal, que chega aos 50 anos neste dia 9 de dezembro, foi dentro de campo um dos grandes do futebol colombiano. Artilheiraço, com enorme faro de gol, o atacante iniciou sua trajetória no esporte bretão no que é provavel e indiscutivelmente o maior time de futebol de seu país, o Atlético Nacional.

Cria da base Verdaloga, que inclusive é historicamente produtora de enormes talentos históricos, Victor começou a jogar no profissional do time e já muito rapidamente foi destaque enorme na equipe campeã colombiana de 1991, onde contribuiu com gols, velocidade e assustando adversários. Aquele time ainda tinha parte da geração de ouro campeã da Libertadores dois anos antes, numa época onde o promissor atacante já treinava com os profissionais.

A partir do ano seguinte, já se tornou rapidamente um dos destaques do time. Marcava muitos gols e dava assistências e sua qualidade começava a chamar atenção já do futebol europeu. Foi assim que acabou deixando o time Verdaloga ainda muito jovem, em 1993, para passar uma temporada jogando pelo Valencia, da Espanha, onde não conseguiu se adaptar, retornando então ao Atlético Nacional em 1994.

Após voltar, terminou sua maturação como atleta e então foi destaque absoluto do time campeão colombiano em 1994. Marcou 15 gols com a camisa verde naquela campanha, sendo essencial para que o time levasse mais um campeonato colombiano. Em 1995, novamente fez outro grande ano, jogando o suficiente para que chamasse atenção do futebol brasileiro, indo então jogar no São Paulo, em 1995. Faria história jogando por aqui.


A ligação de Aristzábal com os Verdalogas não parou no seu início, já que teve outras passagens pelo clube, onde inclusive encerrou sua carreira em 2007. Ídolo histórico, é até hoje o maior artilheiro da história do clube, com 207 jogos em 379 jogos, nas passagens entre 1990 e 1993, 1994 e 1995, 2000 e 2005 a 2007. Conquistou cinco títulos colombianos, duas Copas Interamericanas e uma Copa Merconorte pelo clube.

A passagem de José Luis 'Tata' Brown pelo Atlético Nacional

Por Ricardo Pilotto
Foto: arquivo

'Tata' Brown em seus tempos de Atlético Nacional

Neste dia 11 de novembro de 2021, José Luis Brown, também conhecida como Tata, estaria completando 65 anos de idade nesta quinta-feira se ainda estivesse vivo. Por este motivo, vamos relembrar a passagem do zagueiro argentino campeão do mundo em 1986 pelo colombiano Atlético Nacional, de Medellín, entre 1983 e 1984.

Após ser revelado pelo Estudiantes de la Plata e jogar no time argentino por oito anos, Tata chegou ao clube verde e branco no ano de 1983. Sua vinda ao clube colombiano aconteceu para dar continuidade ao 'Processo Zubeldíano', ex-treinador da equipe que havia falecido em janeiro de 1982. A partir daquele momento, o atleta se juntava a uma equipe que já tinha grandes nomes.

Vale lembrar que o clube já contava com jogadores como Lorenzo Carrabs, Guillermo La Rosa, Sergio Santín, Pedro Sarmiento, César Cueto, Sapuca e Hernán Darío Herrera. Comandado pelo treinador uruguaio Luis Cubilla, este elenco era considerado como o time dos sonhos.

Um fato que ajudou o argentino a se dar bem no futebol colombiano foi de não ter demorado para se adaptar com a cidade, seu time e nem com seus companheiros de equipe. Mostrava muita força, disposição, garra nos 90 minutos de jogo e muita concentração. Além ajudar se companheiros com grandes atuações na defesa, houve momentos em que José Luis era colocado no ataque para dar uma força no setor ofensivo.

Em uma partida que acontecia na cidade de Bogotá diante do Santa Fe, o Atlético Nacional estava perdendo pelo placar de 2 a 0. O treinador Cubilla fez uma alteração que mudou até a função de Tata. Com a entrada de Luis Fernando Suárez no lugar de Guillermo La Rosa, o zagueiro passou a jogar mais avançado e no final, o resultado foi positivo. Jose Luis marcou um gol e deu duas assistências para Sapuca, levando seu time a uma heroica vitória pelo placar 3 a 2 de virada.

As suas descidas ao campo ofensivo eram sempre perigosas, mesmo que fosse um defensor. Sempre que seu time tinha um lance de bola parada, era motivo de muitas expectativas, já que era um de seus pontos mais fortes. Outro ponto que fez o atleta se destacar com a camisa dos Verdolagas era o fato de impor muito respeito aos rivais, que sentiam a tamanha disposição e determinação de Tata ao disputar uma bola, mesmo em jogadas mais difíceis de conseguir ter êxito.

Enquanto esteve na Colômbia, honrou a camisa verde e branca. Acabou não conseguindo conquistar nenhum título nesse período em que defendeu o Rei de Copa, mas sempre mostrou que todas as suas virtudes poderiam ajudar a equipe constantemente, principalmente nos clássicos contra Millionários e Santa Fe.

Assim que encerrou o seu vínculo com o Atlético Nacional de Medellín, atuou em clubes como Boca Juniors, Deportivo Español, Brest e Murcia. Encerrou a sua carreira como jogador de futebol profissional após defender as cores do Racing em 1989. Entre todas estas passagens, José Luis Brown fez parte da Seleção Argentina comandada por Maradona em toda a campanha do título da Copa do Mundo de 1986, disputada no México.


Continuou trabalhando com futebol por mais alguns anos e treinou times como Almagro, Blooming, Atlético Rafaela, Ben Hur, Ferro Carril e a Seleção Argentina. Terminou sua trajetória futebolística depois de estar no comando técnico do Ferro Carril pela segunda vez em 2013.

Foi então, que no dia 12 de agosto de 2019, José Luis Brown veio a falecer. Tata foi diagnosticado com Alzheimer, doença que afeta a memória. Chegou a ser internado em uma clínica localizada em La Plata, mas acabou não resistindo e morreu aos 62 anos de idade.

O começo de Valderrama pelo Unión Madalegna

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Valderrama no Madalegna

Virando um "sessentão" neste dia 2 de setembro, o colombiano Valderrama é um dos maiores nomes da história do futebol sul-americano. Um dos craques de uma das maiores gerações da história do futebol colombiano, o cabeludo, de técnica e habilidade apuradas, é considerado o maior jogador da história do país. A trajetória do craque começou num modesto e pouco conhecido clube colombiano, o Unión Madalegna. 

Nascido em Santa Marta, Valderrama passou algum tempo nas categorias de formação do Ciclón Bananero antes de subir ao time profissional. Muito cedo ficou claro que era diferenciado, quando ainda muito jovem ajudou o Unión de Madalegna à alcançar a primeira divisão nacional. Ficou claro já em sua primeira temporada que se tratava de um jogador diferenciado, pois ele já mostrava talento desde muito novo. 

Em sua primeira temporada na divisão principal de seu país, ajudou o Unión a conseguir uma boa posição no meio de tabela, sem muitos sofrimentos ao longo da competição, porém também sem alçar maiores inspirações. Em 1983, a equipe fez novamente um campeonato tranquilo, ficando de novo numa posição intermediária na classificação, ainda sem aspirações maiores. 

O futebol de "El Pibe", porém, começava a chamar atenção dos principais clubes do país e era difícil para que o modesto Unión de Madalegna conseguisse manter sua jovem estrela no elenco. Já em 1983, foi pela primeira vez convocado para defender a seleção nacional, ganhando ainda mais fama dentro do país. Em 1984, ele acabou finalmente negociado, passando a jogar então pelo Millonários, um dos grandes times colombianos.


Pelo Madalegna, Valderrama atuou em 94 partidas e marcou cinco gols. Da sua saída para os Millonarios, veio a se tornar um dos grandes jogadores do país, passando ao longo de sua carreira por diversos clubes. Ele esteve em atividade até 2002, quando encerrou a carreira na Major League Soccer, dos Estados Unidos, jogando pelo Colorado Rapids. 

A passagem de Rincón pelo América de Cali

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Rincón jogou por três anos em Cali

O colombiano Freddy Rincón, que completa 45 anos neste dia 14 de agosto, foi durante sua carreira profissional um dos grandes volantes no futebol sul-americano. Dono de categoria imensa e de boa visão de jogo, além de imposição física, o ídolo corintiano teve várias passagens interessantes ao longo de sua carreira dentro das quatro linhas, seja no Brasil ou até na Europa, onde chegou a atuar por Napoli e Real Madrid. Nos anos 1990, jogou por três anos no América de Cali, de seu país natal.

Rincón começou sua trajetória profissional no Atlético Buenaventura e chamou a atenção do Santa Fé, que o contratou no final da década de 1980. Depois de jogar bem pelo Santa Fé, Rincón acabou contratado a peso de ouro pelos Diablos Rojos no ano de 1990. Na época, o tradicional time de Cali era "patrocinado" pelo cartel do tráfico de drogas local, sob a batuta dos irmãos Rodríguez Orejuela, num período onde a própria liga de futebol colombiana virou uma plataforma de lavagem de dinheiro dos cartéis.

Dentro de campo, Rincón rapidamente se encaixou dentro do América, se tornando quase que instantaneamente um dos grandes nomes da equipe nas competições disputadas pelo Diablo. Em seu primeiro ano, já foi crucial na conquista do Campeonato Colombiano, que acabou sendo o primeiro grande título de sua carreira como atleta de futebol. Fazia parte do time que chegou as quartas de final da Libertadores em 1991.

Seguiu como titular nos anos seguintes em 1992 foi novamente um dos destaques de uma conquista nacional pelos Rojos. Também era um dos destaques da equipe nas ótimas campanhas continentais de 1992 e 1993, anos em que o Diablo Rojo só foi parado nas semifinais da Copa Libertadores, sempre figurando junto aos rivais do Atlético Nacional como forças do país na América do Sul, ainda que sem chegar a decisão.


Acabou chamando a atenção do futebol brasileiro, mais especificamente do endinheirado Palmeiras da Parmalat, que o tirou do América em 1994. Fechou sua passagem pelos Diablos Rojos com ótimos números, marcando 54 gols ao longo de 177 jogos vestindo a camisa vermelha.

Jonny Mosquera, volante colombiano, é o novo reforço do Oeste

Foto: divulgação Oeste FC

Jonny Mosquera assinando contrato com o Oeste

O volante colombiano Jonny Mosquera, 30 anos, novo reforço do Oeste, foi registrado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF nesta segunda-feira (8). Mosquera está à disposição do técnico Roberto Cavalo, para o duelo desta quarta-feira, quando o Oeste recebe o Taubaté, pela terceira rodada, do Campeonato Paulista Série A2.

O volante já está treinando em Barueri, realizou os exames médicos e assinou contrato com o Rubrão. Será a terceira experiência internacional do jogador, que foi revelado pelo Envigado da Colômbia, Jonny Mosquera atuou pelo Livorno, da Itália, entre 2013 a 2015, na temporada 2019, defendeu as cores do Avaí, onde conquistou o título estadual daquela temporada. Mosquera tem no currículo passagens pelo América de Cali e Rio Negro Águilas.

Jonny Mosquera vem com muita vontade para ajudar o Oeste, disse estar pronto para estreia. "Uma honra em estar atuando no futebol brasileiro novamente, mais precisamente no Oeste, uma equipe estruturada e muito organizada pelo técnico Roberto Cavalo, temos desafios para atual temporada, espero que dentro de campo juntamente de meus companheiros conquistar os objetivos", afirma.


A equipe do Oeste lidera o Campeonato Paulista da Série A2, com seis pontos, e volta a campo nesta quarta-feira, dia 9, às 19 horas, quando enfrenta o Taubaté, na Arena Barueri. O jogo terá transmissão pelo aplicativo Paulistão Play.

Portuguesa anuncia 'pacotão' colombiano

Com informações da Portuguesa
Foto: divulgação Portuguesa

Os três jogadores colombianos anunciados pela Lusa nesta quinta-feira

A Portuguesa anunciou nesta quinta-feira, dia 4, um novo passo dentro do planejamento traçado pela diretoria. De olho em mercados emergentes, a Lusa trouxe da Colômbia três novos jogadores para seu elenco, que disputa o Campeonato Paulista da Série A2 de 2021.

Wilmar Jordan, Yan Mosquera e Jheiner aguardam apenas a regularização de suas situações documentais para ficar à disposição do técnico Fernando Marchiori. Vale lembrar que a Lusa estreou empatando em 2 a 2, fora de casa, com a Portuguesa Santista, na estreia do Paulistão A2.

Os jogadores - Com 30 anos, Wilmar é o mais experiente dos três. Centroavante revelado pelo Atlético Nacional, tem passagens pelo futebol europeu e asiático, em clubes como Gyeongnam (COR), Litexs Lovech (BUL), CSKA Sofia (BUL), Tianjin Teda (CHI), Chaves (POR) e Famalicão (POR).

Zagueiro, Yan Mosquera tem 25 anos e já defendeu clubes Quarteirense (POR) e Armacenenses (POR), além do Deportivo Pasto onde foi revelado.

O mais jovem deles é o volante Jheiner de apenas 20 anos, jogador da seleção Sub20 da Colômbia, revelado pelo Millionarios (COL), clube que estava antes de vir para o Brasil.


Próximo jogo - A Portuguesa de Desportos volta a campo pelo Paulistão A2 2021 neste sábado, dia 6, quando enfrenta o Atibaia, às 19 horas, no Canindé, em São Paulo. A partida terá transmissão do Paulistão Play, plataforma da FPF em conjunto com o MyCujoo.

Heleno de Freitas jogando pelo Junior Barranquilla na Liga Pirata Colombiana

Por Kauan Sousa
Foto: arquivo

Cena rara: Heleno defendendo o Junior Barranquilla

Neste dia 12 de fevereiro de 2021, completa-se 101 anos do nascimento do gênio e temperamental Heleno de Freitas. Falecido em 8 de novembro de 1959, com 39 anos, o ex-jogador, defendeu o Atlético Junior de Barranquilla, entre 1949 e 1950, na época da Liga Pirata Colombiana.

Nascido em Minas Gerais, Heleno de Freitas, é considerado um dos maiores ídolos do Botafogo, time em que fez 233 jogos e marcou 204 gols. Além do Fogão, o ex-jogador, conhecido por ser nervoso dentro de campo e boêmio fora dele, atuou em equipes como o Vasco, Boca Juniors, Santos e America, fora o clube colombiano.

Em março de 1950, Gilda, apelido dado a Heleno, foi contratado pelo Atlético Junior Barranquilla para disputar a Liga Pirata colombiana. E assim partiria o gênio(so) atacante para a sua segunda aventura futebolística no exterior.

A Liga Pirata Colombiana foi criada no fim da década de 1940, em revelia a FIFA e as demais federações do continentes. Essa liga atraiu os melhores e mais rebeldes jogadores do continente, incluindo a maioria dos jogadores que atuaram na Seleção Argentina na década, considerada a melhor do mundo na época. Além disso, como não tinha ligação com a FIFA, os jogadores recebiam altos salários, já que os clubes não precisavam pagar os passes dos atletas.

Na equipe colombiana, Heleno já chegou atormentado pela Sífilis terciária, responsável por corroer os seus nervos, mas mesmo assim encantou o jornalista Gabriel Garcia Márquez, com seu estilo de jogo brasileiro, com movimentos rápidos e surpreendentes, sendo comparado com o autor de romances policiais.


Após sua passagem pelo clube colombiano, o polêmico jogador, voltou ao Brasil, chegou a ser contratado pelo Santos, mas não fez jogos oficiais, e depois foi para o America, onde fez o seu único jogo no Maracanã, mas não teve o mesmo sucesso de antes. Em 1954 quando seu estado de saúde piorou, por conta da Sífilis, ele foi internado em Barbacena, onde faleceu em 8 de novembro de 1959, aos 39 anos.

Por ser um dos maiores ídolos do futebol sul-americano, ter personalidade forte, além de ser conhecido como boêmio, mulherengo e ter levado sua vida de uma maneira, considerada por muitos, autodestrutiva, Heleno de Freitas, teve sua trajetória sendo ilustrada em um longa metragem (Heleno), estrelado por Rodrigo Santoro e dirigido por José Henrique Fonseca.

Faustino Asprilla no Palmeiras

Foto: arquivo

Asprilla no Palmeiras: marcado por ter perdido pênalti contra o Boca Juniors

Neste 10 de novembro de 2020, um dos maiores jogadores da história do futebol colombiano está completando 51 anos. Faustino Asprilla foi um dos expoentes de uma das gerações mais talentosas da seleção cafeteira, teve grandes momentos na Europa e com 30 anos aportou no Brasil, onde defendeu dois clubes, sendo o primeiro o Palmeiras.

Faustino Asprilla surgiu jovem na Colômbia, defendendo o Cúcuta Deportivo. Depois, foi para o Atlético Nacional, em 1990, equipe que dominava o futebol local, com o dinheiro do narcotráfico. Em 1992, ele foi negociado com o Parma, através da Parmalat, e virou a nova sensação da Seleção do país, tendo sido um dos grandes nomes da célebre vitória sobre a Argentina, por 5 a 0, no Monumental de Nuñez, em 1993, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994.

Porém, a Colômbia fracassou na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos, e, a partir de então, Faustino Asprilla passou a ter altos e baixos no futebol europeu. A Parmalat chegou a emprestá-lo para o Newcastle. Nem a participação no Mundial de 1998 fez o colombiano voltar a crescer no futebol. Então, a empresa de laticínios italiana resolveu mandá-lo de volta à América do Sul, para defender outra equipe na qual eles tinham uma parceria: o Palmeiras.

E a contratação de Faustino Asprilla foi festejada no Verdão. A equipe havia acabado de conquistar a Copa Libertadores de 1999, na final contra o Deportivo Cali, e queria uma equipe forte para encarar o Manchestes United, na final do Mundial Interclubes.

O Alviverde levou o segundo semestre de 1999 meio que "nas coxas", dando prioridade ao Mundial Interclubes. Mesmo não tendo disputado a Libertadores, Asprilla foi titular no jogo contra o Manchester Ciy, em 30 de novembro daquele ano. O colombiano não fez uma boa apresentação e foi substituído aos 11 minutos do segundo tempo, dando lugar a Oseias. No fim, o Palmeiras perdeu por 1 a 0 e ficou sem o título.


No ano seguinte, Asprilla foi um dos principais nomes do Palmeiras que conquistou o Torneio Rio-São Paulo e vinha apresentando um bom futebol naquele primeiro semestre de 2000, ajudando o Verdão a chegar na decisão da Copa Libertadores da América novamente. Era a chance de conquistar o bi e ainda tentar, de novo, o tão sonhado título mundial.

Aí veio a 'gota d'água' de Faustino Asprilla no Palmeiras. O título, contra o Boca Juniors, foi decidido nas penalidades, no Morumbi e o colombiano foi um dos jogadores que perdeu a cobrança para o Verdão. Assim, o time argentino ficou com o título e o colombiano acusado de ter sido um dos culpados pela derrota.

Asprilla ainda conquistaria a Copa dos Campeões pelo Palmeiras, mas logo em seguida foi negociado com o Fluminense, onde ficou cerca de 1 ano. O colombiano ainda defenderia o Atlante, do México, voltaria ao Atlético Nacional e ainda jogou por Universidad de Chile e o argentino Estudiantes, onde encerrou a carreira em 2004.

Alfredo Di Stéfano no Millonarios

Foto: Arquivo Histórico Millonarios

Di Stéfano com a camisa do Millos: defendeu a equipe entre 1949 e 1953

O 4 de julho é uma data especial para o mundo do futebol, já que nesta data, no ano de 1926, nascia em Buenos Aires, na Argentina, Alfredo Stéfano Di Stéfano Laulhé, um dos maiores jogadores da história do futebol. Ídolo no River Plate e também no Real Madrid, o argentino também defendeu o Huracán, de sua terra natal, e o Espanyol, de Barcelona, onde encerrou a carreira. Porém, vamos falar da passagem dele pela Colômbia, onde defendeu o Millonarios de Bogotá.

Di Stéfano chegou ao clube de Bogotá em 1949, depois de atuar quatro anos pelo River Plate, com uma passagem rápida pelo Huracán, por empréstimo, juntamente com o ídolo Pedernera e seu ex-colega de River Néstor Rossi. A liga colombiana havia se transformado em um verdeiro Eldorado, atraindo os jogadores do continente que, embora fossem atletas profissionais, não costumavam ser bem pagos em seus países. O dono do Millonarios, Alfredo Senior, havia resolvido lucrar com o esporte, aliciando os melhores atletas sul-americanos para jogar em sua equipe a fim de atrair grandes públicos, o que naturalmente repercutiu negativamente no exterior. Além disso, o clube era intimamente ligado ao poder local, sendo atraente para quem tivesse pretensões políticas.

Os demais clubes colombianos em geral tomaram medidas similares: os peruanos se concentraram nas equipes de Cali e Medellín, os paraguaios em Cúcuta, alguns brasileiros, como Heleno de Freitas e Tim, em Barranquilla. Mesmo jogadores britânicos (um deles, Charlie Mitten, deixou o Manchester United para jogar no Independiente Santa Fe), iugoslavos, italianos e húngaros foram atraídos. Os dirigentes locais queriam implantar o profissionalismo no futebol do país, enquanto a federação prezava pelo amadorismo; além disso, o futebol colombiano ainda vivia apenas de competições regionais. Muitos clubes se desfiliaram então de federação para organizar um campeonato nacional, que acabaria banido pela FIFA por desrespeitar regulamentos da entidade no que dizia respeito a diretrizes de transferência e limite de estrangeiros, embora ironicamente modelos similares se tornassem comuns na Europa meio século depois.

Por outro lado, o banimento abriu uma brecha para que os clubes colombianos não precisassem pagar multas rescisórias às equipes estrangeiras onde buscavam jogadores (pois a liga pirata encontrava-se fora da jurisdição da FIFA), o que naturalmente também irritou as outras federações sul-americanas. Para Senior, bastava oferecer um salário melhor e uma passagem apenas de ida para a Colômbia. O próprio governo colombiano, que vivia momento político conturbado, viu no futebol uma boa forma para tirar tal foco da sociedade, além de passar uma imagem positiva local e externamente.

Na liga pirata, Di Stéfano logo foi campeão do campeonato colombiano, que conquistaria ainda em 1951 e 1953, integrando o chamado Ballet Azul. Na Colômbia, onde a liga vinha sendo um grande sucesso de público, ele aprimorava-se como jogador, passando também a defender e passar a bola com maestria. Além de Pedernera e Rossi, Di Stéfano jogou ainda ao lado de Julio Cozzi (que relatou que certos espectadores do Millonarios esperavam por uma partida vespertina desde a noite da véspera), Antonio Báez, Reinaldo Mourín e Hugo Reyes, também argentinos expatriados, assim como o técnico Carlos Aldabe. O time contava ainda com dois uruguaios de destaque: Schubert Gambetta, campeão da Copa do Mundo de 1950, e Héctor Scarone, também campeão mundial, mas da Copa de 1930, que foi outro treinador do elenco.


Aborrecidas com a contínua investida da liga colombiana sobre os jogadores do continente e sem nada receber pelas saídas deles, as federações vizinhas fizeram um acordo em 1951: permitiriam que tal situação perdurasse por mais dois anos, quando então os jogadores estrangeiros deveriam ser todos devolvidos a seus clubes de origem. O Millonarios decidiu aproveitar o tempo que tinha e lucrar o máximo com amistosos ao redor do mundo. Em um deles, em 1952, a equipe foi chamada para jogar uma partida contra o Real Madrid, que celebrava o aniversário de cinquenta anos deste clube. Em pleno Chamartín, Di Stéfano marcou duas vezes na vitória por 4 a 2 dos sul-americanos. O craque argentino iria defender justamente o rival do Millos neste jogo, o Real Madrid.

O argentino deixou o Millonarios em 1953 como o maior artilheiro da história do time, totalizando 267 gols em 292 partidas. Além de títulos e artilharias na Colômbia, venceu com o clube também a Pequena Taça do Mundo de 1953, chegando a marcar dois gols em um 5 a 1 sobre sua ex-equipe do River na competição. Com Di Stéfano, o clube também abriu larga vantagem em títulos colombianos cujos efeitos ainda perduram, sendo a equipe mais vencedora do campeonato nacional mesmo não o conquistando desde 1988. Apenas em 2008 foi igualado pelo América de Cali. Vale lembrar que ele chegou a defender a Seleção Colombiana em quatro oportunidades.

O título da Libertadores de 2004 do Once Caldas

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/Conmebol

O Once Caldas ganhou a Libertadores de 2004

O ano de 2004 teve algumas das zebras mais marcantes do futebol mundial. As maiores ocorreram nas duas principais competições continentais de clubes do futebol mundial: enquanto na Europa, um bom time do Porto comandado por José Mourinho surpreendeu a todos na Liga dos Campeões, há exatos 16 anos, no primeiro dia do mês de julho de 2004, o Once Caldas levou o título da Copa Libertadores da América daquele ano, com uma vitória diante do Boca.

Comandado por Luiz Fernando Montoya, o Once Caldas tinha como grandes destaques o goleiro Henao e o bom meia Valentierra, além da ótima defesa e o treinador Montoya, grande mentor daquela equipe. Na primeira fase, os Albos, que haviam quebrado o jejum de títulos nacionais de cinco décadas no Apertura de 2003, caíram num grupo com Maracaibo, da Venezuela, Fênix, do Uruguai e o Vélez, time mais forte da chave. Nas três primeiras partidas, duas vitórias, por 3 a 0 contra o Fênix e 2 a 1 contra o Maracaibo e uma derrota para o Fortín na Argentina por 2 a 0, devidamente devolvida no returno no Palogrande. O triúnfo contra o Maracaibo, em casa, na penúltima rodada, basicamente garantiu o Once Caldas na segunda fase, com a primeira fase sendo fechada com um empate fora de casa contra o Fênix. Com 13 pontos, os Merengues saíram na primeira posição.

Nas oitavas, ninguém prestou muita atenção na classificação até tranquila do Once Caldas diante do Barcelona de Guayaquil, com um empate sem gols no Equador e uma vitória por 2 a 0 na Colômbia. Nas quartas, porém, os colombianos chamaram a atenção: enfrentando o Santos de Diego e Robinho, conseguiram buscar o empate por 1 a 1 na Vila Belmiro, já no finalzinho do duelo e venceram por 1 a 0 em Manizares, eliminando um dos favoritos da competição. Nas semis, veio o São Paulo e outra surpresa: os colombianos seguraram o 0 a 0 no Morumbi e num duelo eletrizante buscaram a vitória por 2 a 1 já nos acréscimos em casa, com gol de Agudelo. A zebra havia chegado a decisão.

O adversário na final era um titã sudaca, uma verdadeira entidade conhecida pelo nome de Boca Júniors de Bianchi. Na Bombonera, Tevez e seus colegas partiram pra cima do Once Caldas, que se segurou como pode e saiu da Argentina com um ótimo 0 a 0. Na volta, no primeiro dia de julho daquele ano, num Palogrande lotado, logo aos 6 minutos, um gol de Viáfara tornou o sonho libertador mais real que nunca para o time de Manizares, mas Burdisso empatou aos 8' do segundo tempo e levou a decisão para os pênaltis.


Nas penalidades, Valentierra, artilheiro do time, começou errando, parando em Abbondanzieri, mas Schiavi também errou, mandando a bola nas nuvens. Soto marcou na segunda cobrança dos donos da casa e Cascini parou em Henao. Ortegon parou no goleiro argentino novamente, mas Burdisso parou no travessão. O gol de Agudelo, que bateu bem demais seu pênalti, deu a chance do título ao Once Caldas. Cangele, nervoso, bateu mal, parou em Henao e a taça foi para a Colômbia apenas pela segunda vez na história.

A façanha do Once Caldas só não foi maior porque também nos pênaltis os blancos perderam o mundial para o Porto. O título libertador do clube de Manizares representou o exorcismo do apavorante Boca Juniors de Bianchi, que teve seu fim naquela noite. Os Xeneizes só voltariam a ganhar "La Copa" com Miguel Russo em 2007. O campeão da Libertadores de 2004 voltou a assustar o continente em 2011, quando era o pior classificado da fase de grupos e eliminou um Cruzeiro que vinha em estado de graça na competição, mas o Santos de Neymar despachou qualquer chance de outra zebra para o espaço em seu caminho para a consagração continental. Aquela foi a última grande aparição do clube em torneios sul-americanos, mas o time de 2004 jamais será esquecido pela torcida.

Os argentinos da Liga Pirata Colombiana

Por Lucas Paes

Equipe do Millonarios que tinha Di Stefano, Cozzi, Reyes, Baéz, Mourín e Pedernera

A Liga Pirata Colombiana seria um dos maiores exemplos de marketing da história do futebol, não fosse o fato de ser um campeonato não reconhecido pela FIFA em sua época. Em 1948, 10 clubes tiveram a ideia de criar a primeira liga profissional do futebol colombiano, em uma época onde em muitos lugares o profissionalismo no futebol engatinhava. A Colômbia tinha a liga Adefútbol, que tinha apoio da federação local e da FIFA e a Dimayor, vulgo liga pirata, que funcionava sem a chancela de confederações, mas pagava muito dinheiro aos jogadores. 

A ideia foi de Alfonso Senior, presidente do Millonarios, aproveitando-se de perturbações no futebol sul-americano. Tanto argentinos quanto uruguaios estavam em greve nos seus países devido as condições do futebol local, tanto a lei do passe da época, que prendia um jogador a uma equipe após esse realizar cinco jogos por ela, quanto os salários baixíssimos pagos. Alfonso viu nisso uma enorme oportunidade de ganhar dinheiro e fazer o futebol explodir e virar popular na pátria cafetera. 

É preciso entender o contexto: na época, havia uma grande briga das ligas nacionais, verdadeiras detentoras do poder do futebol na América do Sul, para manter condições quase amadoras no futebol, principalmente em Argentina e Uruguai. A Colômbia se aproveitou disso para ignorar toda e qualquer regra de transferências e trazer jogadores de diversos locais do continente. O país vivia quase uma guerra civil naquele ano, em conflitos violentos entre Liberais e Conservadores que deixariam 200 mil mortos e o futebol era visto pelo governo como distração e por isso não havia muita regulamentação. Foi o cenário perfeito para a “pirataria”, por falta de um melhor termo. 

Assim começa a história do “El Dorado” da Liga Dimayor. O Millonarios foi direto na Argentina e seduziu os jogadores com salários absurdamente altos. Pedernera, como já explicado em texto aqui no site, era um dos líderes da greve e foi seduzido pelo Millonarios, levando junto Alfredo Di Stefano, um jovem formado no River Plate que já era um dos melhores jogadores do time e o xerifão Rossi. Quem ficou a ver navios foi o Huracán, clube em que Pedernera jogava e o próprio River. 

Não só os jogadores do River foram seduzidos pelos dólares colombianos. A questão do completo desprezo da AFA (Associação de Futebol Argentina) e dos clubes com os direitos trabalhistas fez com que vários jogadores migrassem para a Colômbia. O campeonato não atraiu só argentinos, já que até o brasileiro Heleno de Freitas chegou a jogar no país no período do El Dorado, mas os albicelestes eram maioria absoluta. 

Só o Millonarios tinha, além de Pedernera, Rossi e Di Stefano, o ponta Hugo Reyes, o meia Antonio Baéz, o goleiro Julio Cozzi e o ponta Reinaldo Morin. O Idependiente de Santa Fé, que contava com os ingleses Mitten e Franklin, tinha também Pontoni, o atacante Hector Rial, o matador Mario Fernández e o arqueiro Eusébio Chamorro. Esses são apenas alguns nomes, já que também tivemos jogadores que desconhecidos na Argentina, acabaram virando heróis na Colômbia, como Alfredo Castillo. 

Não é preciso dizer que o torneio foi um sucesso de público, que gerou ganhos financeiros imensos aos envolvidos. Não foi só em campos locais, já que as equipes colombianas passaram a fazer várias excursões ao redor do globo, faturando ainda mais dinheiro para os cofres dos clubes. Foi numa dessas que o Real Madrid observou Di Stefano, inclusive. O futebol, esporte ainda incipiente no país cafeteiro, se popularizou rapidamente com os jogos incríveis da Liga Dimayor. Naquele período, o Millonarios ganhou quatro títulos nacionais e excursionou pela Europa.

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Obviamente, a situação causou protestos das federações argentina e uruguaia. A FIFA, após desfiliar a Colômbia e proibir os jogadores que estavam por lá de jogar por suas seleções, acordou com os colombianos um prazo para a devolução dos jogadores a seus clubes de origem. Foi assim que o “El Dorado” chegou ao fim, no ano de 1954. Para alguns clubes, a situação foi catastrófica e gerou até encerramento de atividades, mas muitos conseguiram aproveitar os frutos. 

A semente plantada acabou gerando frutos. Argentina e Uruguai tiveram que melhorar suas condições trabalhistas aos jogadores, sob o risco de sofrer novo assalto. Na Colômbia, começou a popularização do esporte que geraria bons frutos no futuro, com o futebol se fortalecendo e o país passando a formar ótimos jogadores, principalmente a partir dos anos 1970 e 1980. A Seleção Cafetera é até hoje conhecida por seu jogo veloz e ofensivo, um legado que bebe dessa época. 

A relação entre argentinos e o Campeonato Colombiano não se encerrou por ali. Mesmo depois da profissionalização, jogadores do país passaram pelo futebol de lá ao logo de toda a história. O campeonato tem em sua lista de artilheiros históricos diversos jogadores argentinos e todos eles foram ao país após a Liga Pirata. O maior goleador da história do torneio é o argentino Sérgio Galvan Rey, que jogou por lá entre 1996 e 2011. Apesar dos poucos anos, o legado da Liga Pirata é enorme e é eterno seja pelas histórias ou pelas conexões criadas ou seja pela semente plantada que um dia germinou em Higuita, Valderrama, Aristzabal, Rincon, James Rodriguez, Cuadrado e cia ilimitada.

1950 - O título colombiano do Deporte Caldas, um dos antecessores do Once Caldas

Por Lucas Paes


O time do Once Caldas campeão em 1950

O Once Caldas, da Colômbia, é um time conhecido pela enorme zebra que causou na Libertadores de 2004, ao vencer a competição eliminando nomes como Santos e São Paulo e ainda vencendo o Boca Júniors na final. O time de Manizares completa, neste dia 15, 59 anos desde a fusão que deu origem ao Once Caldas. Antes o clube era chamado Deporte Caldas. Naquele ano, houve a junção com o Once Deportivo. Porém, foi com o nome Deporte Caldas que Los Albos conquistaram seu primeiro título colombiano.

Em 1950, o ainda novo Deporte Caldas tinha como treinador Alfredo Cuezzo, um argentino. Era do país albiceleste, também, o grande jogador daquele time, o atacante Júlio Ávila, artilheiro do time com 24 gols na competição. Para ser campeão, os comandados de Cuezzo venceram 20 jogos, empataram cinco e perderam cinco em 30 partidas disputadas. Com a qualidade mostrada, a equipe ganhou o apelido de El Relojito Cuezzo. Foram 91 gols marcados e 48 sofridos.

O começo do Deportes não foi lá tão bom. Foram dois empates nos dois primeiros jogos, contra o Deportivo Pereira e o Cucuta. Na terceira rodada, a vitória por 4 a 1 pra cima do Júnior Barranquilla pareceu animar o grupo, mas logo depois veio um balde de água fria com outro empate, dessa vez contra o Santa Fé. Ainda com certa instabilidade, o Deportes Caldas só foi embalar na 11ª partida, depois de golear o Atlético Municipal por 5 a 1. Depois, vieram quatro vitórias seguidas, mas o turno se encerrou com outro empate, contra o Deportivo Cali.


No segundo turno, nove vitórias nos primeiros nove jogos colocaram os tricolores na disputa. Na décima partida, derrota para o timaço do Millonarios, de Di Stefano e cia. Por 3 a 2. Só que depois disso, quatro vitórias nos últimos cinco jogos garantiram o título, que veio com apenas dois pontos de vantagem pra cima do ótimo time do Millonarios. O Deportivo Caldas fazia história e a festa tomou contra de Manizales.

Depois disso, demorariam mais de 50 anos para que o Once Caldas, já com nove nome, voltasse a conquistar um troféu. Viria crise, fusão com o Once Deportivo, novo nome, antes que viesse o título colombiano de 2003. A partir daí, o resto é história, ainda que o Once Caldas pareça um cometa que brilhou e sumiu no céu noturno. Porém, toda a história que um dia levou a uma noite Libertadora começou em 1950, com um título colombiano.
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