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Nova Fonte Nova celebra 10 anos e já tem muita história para contar

Foto: divulgação

A Fonte Nova reformulada foi entregue em 7 de abirl de 2013

Palco do esporte, do entretenimento e muito mais, a Arena Fonte Nova celebra seus dez anos nesta sexta-feira, 7 de abril, com muita história pra contar. Desde a sua inauguração em 2013, foram muitos momentos inesquecíveis vividos por baianos e turistas neste equipamento. Foram realizados inúmeros shows nacionais e internacionais e eventos diversos, consolidando-se como uma das principais estruturas esportivas, de entretenimento e turismo do estado.

Para celebrar a data, foi organizada uma exposição itinerante com fotos e curiosidades marcantes desta primeira década de história. A exposição será inaugurada na própria Arena e depois vai percorrer diversos pontos da cidade em cronograma a ser divulgado.

Com múltiplas possibilidades, uma estrutura diferenciada e poder atrativo para grandes eventos, a Arena tem sido fundamental para impulsionar a economia na capital, com contribuição direta e indireta. Além das receitas geradas no estádio, a programação constante e diversa estimula diferentes setores da economia local como a rede hoteleira, agências de viagem, bares e restaurantes. Para se ter uma ideia, em 2019, a Arena gerou mais de R$ 500 milhões em negócios para a economia baiana, segundo dados do IMIC.

Um levantamento recente do Google Trends mostrou que a Arena Fonte Nova foi a segunda atração turística mais buscada de Salvador. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), Luciano Lopes, reforça o importante papel para o incremento na área. “A Arena conseguiu atrair para a cidade grandes eventos, além de ser um moderno estádio de futebol, capacitado para receber grandes jogos, como foi a Copa do Mundo, as Olimpíadas, tudo isso trouxe para um público muito relevante, que fomenta a nossa taxa de ocupação dos hotéis e colabora diretamente com a economia da cidade”.

Fonte de gols - Desde a sua inauguração, foram realizados 346 eventos esportivos na Arena Fonte Nova. Única arena do Norte e Nordeste a sediar todas as principais competições internacionais de futebol, sendo cinco no total. Foi eleita a melhor na Copa das Confederações 2013 e na Copa do Mundo 2014. Recebeu jogos das Olimpíadas Rio 2016, foi uma das sedes das Eliminatórias da Copa do Mundo (2018) e da Copa América, em 2019, e partidas dos campeonatos locais e nacionais. Em jogos, já recebeu cerca de 5 milhões de torcedores.

Palco de grandes emoções - Como se não bastasse ser o templo do futebol, paixão nacional, a Arena oferece muito mais. Nestes dez anos, já foram realizados 425 eventos não esportivos. Destaque para os grandes shows internacionais como Paul McCartney, Elton John, Roger Waters, A-ha e David Guetta, além de grandes artistas nacionais, como Ivete Sangalo, Roberto Carlos, Sandy e Junior, entre outros. Em 2019, realizou a primeira edição do Carnavalito, sucesso de público que trouxe o Carnaval de Salvador para dentro do estádio. No mesmo ano, foi transformada em uma imensa catedral para a realização da primeira missa em solo baiano em ação de graças pela canonização de Santa Dulce dos Pobres. Recebeu também cultos e eventos evangélicos, com participação de milhares de pessoas.

Para o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Eventos (Abape), Moacyr Villas Boas, a Arena Fonte Nova é o grande palco da Bahia. “É um ícone e um cartão postal da nossa cidade. Sua importância ultrapassa os limites do esporte, na medida em que ela também tem relevância estratégica do ponto de vista turístico e cultural. É onde os maiores eventos do estado acontecem e ajuda a colocar a Bahia num lugar de destaque para o Brasil e para o mundo”.


Serviços à população - A Arena cumpre também um papel de serviço à população. Durante a pandemia, foi um dos maiores locais de vacinação da cidade, em parceria com a Prefeitura de Salvador, e em parceria com o Governo do Estado, foi instalado um Hospital de Campanha, além de funcionar como uma base descentralizada do SAMU, sendo a única arena do Brasil onde funcionaram, simultaneamente, três serviços voltados à saúde da população.

“Temos um trabalho intenso e comprometido em trazer as melhores experiências para os torcedores, foliões e todos que participam dos eventos da Arena. Somos geradores de diversão, emprego e renda, e estamos à disposição para apoiar em serviços à população. Em 2023, nossa celebração será com eventos grandiosos para o público. Já começamos o ano com os dois maiores ensaios de Xanddy Harmonia, nos consolidando como um espaço atrativo para o verão de Salvador, em março tivemos a despedida emocionante do Skank, e já temos confirmados o Samba e Sofrência, Titãs, Tardezinha e outros que serão anunciados em breve”, destaca o presidente da Arena Fonte Nova, Dênio Cidreira.

Há 34 anos, o Bahia ia rumo ao título Brasileiro com o maior público da história da Fonte Nova

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Jogo marcou o recorde de público da Fonte Nova

Há 34 anos, no dia 2 de fevereiro de 1989, a Fonte Nova recebeu seu maior público, que foram privilegiar um dos maiores times da história do Bahia. A partida era decisiva, pois era o jogo de volta da semifinal do Brasileirão de 1988, que acabou se expandindo para o ano seguinte.

O Bahia tinha um grande time e conseguiu fazer uma boa campanha, conseguindo a última vaga para o mata-mata, pois o Vasco da Gama já tinha garantido a classificação no primeiro turno e, por isso, acabou surgindo mais uma vaga, que foi para a equipe que tinha mais pontos nos dois turnos.

A classificação deu mais ânimo para a grande equipe baiana. Nas quartas de finais jogou contra o Sport, um grande clássico nordestino, e o tricolor conseguindo ficar com a vaga para a semifinal, quando enfrentou o Fluminense, outro grandíssimo confronto.

Na primeira partida, que ocorreu no Maracanã, o tricolor baiano conseguiu segurar a forte equipe carioca, tirando todo o ímpeto do rival atuando em casa. O Bahia conseguiu voltar do Rio de Janeiro com o empate em 0 a 0 na mala, dando mais expectativas aos seus torcedores.

A torcida abraçou a equipe e foi em peso para a Fonte Nova, colocando 110 mil pessoas no Estádio, o maior público do local e do estado da Bahia. A partida começou frustrando os torcedores, pois logo aos 2 minutos, o Fluminense abriu o placar com Washington.

O tricolor carioca teve chance de ampliar o placar e fazia um grande começo de jogo, deixando todos os torcedores baianos nervosos. Mas aos 20 minutos, Bobô subiu mais que todo mundo, em uma cobrança de falta, e empatou a partida, para a explosão dos 110 mil torcedores.

Já na etapa final, o Fluminense novamente voltou melhor, criando boas chances de voltar a frente do placar, mas não conseguia aproveitar para sorte dos baianos. Em um rápido contra-ataque, Paulo Robson tentou cruzar, mas a zaga do Flu tirou, porém a bola sobrou para Gil, que chutou forte para fazer o segundo gol do Bahia.


O tricolor baiano ainda teve chance de fazer o terceiro, mas não conseguiu aproveitar, e a partida terminou em 2 a 1, para a comemoração de todos que estavam no Estádio. A vitória deu a vaga para a decisão contra o Internacional, quando o Bahia se consagrou campeão, vencendo por 2 a 1, na Fonte Nova, e segurando o empate no Beira Rio.

Raudinei - O heroi do título do Bahia no BaVi decisivo do estadual de 1994

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Raudinei marca o gol de empate do Bahia

Neste dia 18 de julho completa 57 anos um dos grandes nomes da história do Bahia nos anos 1990, o atacante Raudinei. Apesar de ter jogado pouco tempo no Tricolor de Aço, que foi um dos vários clubes que o atacante passou ao longo de sua carreira, o atleta paulista nascido na pequena Echaporã marcou um dos gols mais importantes da história do clube, quando decidiu o Campeonato Baiano de 1994 marcando no último minuto diante do Vitória, num jogo que ficou conhecido como "Final de Raudinei". 

Aquele jogo era válido pela fase final daquela edição do Campeonato Baiano. Bahia, Vitória e Camaçari faziam o triangular final e naquela última rodada os dois times mais tradicionais do estado decidiam o campeonato numa espécie de final. A Fonte Nova recebia mais de 100 mil torcedores, naquela ensolarada tarde do dia 7 de agosto de 1994. O empate favorecia o tricolor, então o Vitória precisava vencer.

Apesar de ser o Leão que precisava do resultado, quem foi para cima no primeiro tempo foi o Bahia, parando diversas vezes em Roger e perdendo uma chance incrível quando Wesley e Zé Roberto cometeram uma série de erros ao ficar frente a frente com o goleiro rubro-negro. Sem conseguir marcar, o tricolor viu o Vitória chegar lá com Dão, que aproveitou sobra de uma bola aérea em cobrança de falta para fuzilar e abrir o placar no finalzinho do primeiro tempo.

O homem que seria o herói daquela final entrou no intervalo. Raudinei foi a campo e viu o segundo tempo começar com chances dos dois lados, com a melhor delas sendo perdida por Fabinho, que perdeu frente a frente com Jean, que fez uma defesaça. Fato que se repetiu já na parte final do jogo, com Fabinho outra vez exigindo de Jean grande intervenção. Alex Alves perdeu ótima chance já aos 40 minutos, mais uma vez parando em Jean e desperdiçando a chance de garantir o troféu ao rubro-negro. Pouco depois, uma enorme confusão se inicia após falta cometida por Raudinei e ele leva amarelo. 


Quando a partida volta, o Bahia vai para o abafa do tudo ou nada. O relógio já marcava 46 minutos quando uma bola alçada ao ataque sobrou para o camisa 15 livre, entre os dois zagueiros do Vitória e ele finalizou com violência, rasteiro, no meio do gol, para estufar as redes do goleiro Roger. Gol do empate, gol da festa da torcida do Bahia. 

O empate deu o bicampeonato ao Bahia, conquistando o título pela segunda vez seguida. Raudinei ficou no Bahia até o final daquele ano e segundo números do portal Ogol marcou 12 gols em 44 jogos com a camisa tricolor, entre estes gols está, é claro, o do título de 1994.

Santos fecha Brasileirão perdendo para o Bahia na Fonte Nova

Por Lucas Paes
Foto: Ivan Storti/SFC

Santos e Bahia duelaram na Arena da Fonte Nova

O Santos fechou o Brasileirão com derrota. O Peixe foi até Salvador e acabou derrotado pelo Bahia por 2 a 0 na Arena da Fonte Nova. O duelo ocorreu na tarde desta quinta-feira, dia 25, com um alvinegro desfigurado e com garotos não sendo assistido por quase ninguém diante da rodada decisiva do campeonato. O resultado colocou o Bahia na Copa Sul-Americana.

O Santos vinha de um empate com o Fluminense na Vila Belmiro por 1 a 1 que garantiu vaga na Libertadores de 2021 devido a uma combinação de resultados. O Bahia vem de uma goleada sobre o Fortaleza fora de casa que garantiu a permanência na Série A do Brasileirão.


Mais pronto e melhor escalado, o Bahia teve a primeira chance aos 10 minutos com Gilberto. Aos 12' Rossi chutou em cima de João Paulo. Pouco depois, o Tricolor abriu o placar com Rossi, num chutaço de voleio. Aos 21', Nino Paraíba quase fez o segundo, mas parou num chute para fora. Logo depois, Douglas fez uma defesaça numa cabeçada de Vinicius Balieiro após boa jogada de Ângelo.

Aos 28', Jean Mota chutou de fora da área parou em Douglas. Pouco depois, Bruno Marques cabeceou por cima do gol. Aos 34', Gilberto quase marcou o segundo gol baiano, mas chutou para fora. Na chance derradeira do Santos no primeiro tempo, Balieiro parou novamente em Douglas em uma cabeçada.


Na etapa final, a primeira chegada foi santista, com um chute de Gabriel Pirani para fora. Aos 7', Jean Mota tentou finalizar e foi travado. Aos 13', Rodriguinho tentou de fora da área e parou em João Paulo. Aos 16', Bruno Marques teve outra chance de cabeça, mas mandou por cima. Aos 20', Matheus Bahia perdeu ótima chance de marcar. Aos 25', a falta de Gilberto parou nas mãos de João Paulo. A partir daí, o jogo deu uma esfriada. Aos 45 do segundo tempo o Bahia ampliou com Alesson, fechando o marcador e decretando a vitória em Salvador.

Agora, o Peixe volta a campo já pelo Paulistão, no dia 28, próximo domingo, contra o Santo André, no Bruno José Daniel, as 19h. O Bahia joga no mesmo dia, as 18h, contra o Salgueiro, fora de casa, pela Copa do Nordeste.

Bahia 2 x 1 Fluminense - Em 1989, o maior público da história da Fonte Nova

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

O Bahia venceu o Fluminense na semifinal do Brasileirão de 1988

Há quase 32 anos, no dia 12 de fevereiro de 1989, a Fonte Nova estava simplesmente abarrotada para receber um jogo decisivo para um dos melhores times da história do Bahia. Com grande campanha, o Tricolor de Aço disputava naquele ensolarado inicio de noite de domingo em Salvador a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1988, que invadiu o ano seguinte. Nas arquibancadas, 110 mil pessoas se amontavam para torcer pelo tricolor, o maior público da história do estádio (e do estado da Bahia). 

Na primeira partida, disputada no Maracanã, os tricolores de Salvador haviam segurado o ímpeto do Fluzão e saíram com um excelente 0 a 0 de um Maracanã que não recebeu naquele dia um grande público. Tudo caminhava para que Bobô, Charles e cia levassem de novo o Tricolor de Aço à uma final de um campeonato nacional, quem sabe para repetir o feito de 1959.

Curiosamente, no início do jogo, o Fluminense não se intimidou com a massiva presença de torcedores do Bahia, num estádio que ainda tinha uma multidão na parte de fora sem conseguir entrar. Logo aos 2 minutos, Washington aproveita a bobeira da defesa do Bahia e gira para marcar o primeiro gol. O time carioca segue buscando o ataque e até chega perto de marcar o segundo, mas vê, aos 20 minutos, Bobô empatar o duelo em uma cabeçada mortal após linda cobrança de falta de Tarantini. Explosão da maioria dos 110 mil presentes no estádio. 

Na etapa final, quem quase chegou ao gol primeiro foi o Fluminense, num cruzamento despretensioso de Romerito em que Ronaldo acabou falhando. Paulinho chutou em cima de Tarantini, que adicionava um "gol defensivo" à sua incrível assistência no gol de Bobô. Pouco depois, num rápido contra-ataque, o Bahia chegou ao segundo. Paulo Robson tentou cruzar e acabou parado pela defesa carioca, mas o rebote sobrou nos pés de Gil, que soltou um petardo rumo as redes para explodir a Fonte Nova. Ainda houveram chances para o terceiro, mandando inclusive uma bola na trave, mas o placar de 2 a 1 bastou para a classificação.


Ao final do jogo, ficou a festa da torcida do Bahia, que assistia o time se classificar à final da competição. Na decisão, o Tricolor de Aço bateria o Inter, vencendo por 2 a 1 na Fonte Nova e segurando o zero no Beira Rio, ficando com o título daquele Campeonato Brasileiro, surpreendendo muitos que esperavam uma conquista colorada. 

O imbróglio que decidiu o Campeonato Baiano de 1999 no tribunal

Por Lucas Paes

Jogadores do Vitória foram para o Barradão para jogar a decisão
(foto: Arquivo)

O ano de 1999 marcava mais uma decisão de Campeonato Baiano entre Vitória e Bahia. Os dois eternos rivais estaduais decidiam um campeonato onde as duas equipes vinham bem, com o Vitória tendo um bom time liderado pelo meia Petkovic e o Bahia lutando em pé de igualdade e conseguindo parar o rival nos clássicos. A final, porém terminaria fora de campo devido a uma polêmica relacionada ao local da segunda partida da decisão.

A final envolveria naquele ano os campeões do primeiro e do segundo turno da competição, que acabaram vencidos por tricolores e rubro-negros respectivamente. O problema começou com a decisão do local do segundo jogo da final, depois de na primeira partida, na Fonte Nova, o tricolor ter batido seu rival por 2 a 0 e levado a vantagem. O segundo jogo teria mando dos rugbro-negros.


Só que aí entrou a polêmica. O Vitória, tendo uma campanha melhor na competição, tinha por direito o mando de campo e poderia escolher onde jogar. Mas, uma ação popular movida por diretores tricolores pedia que a final fosse transferida para a Fonte Nova, pois teoricamente o Barradão não teria condições de receber o jogo decisivo entre as duas equipes. O juiz Clésio Rosa concedeu a liminar de mudança de local ao Bahia.

Bahia da a saída em jogo sem adversário na Fonte Nova
(Foto: Reprodução/Youtube)

Assim ocorreu toda a polêmica. No dia da decisão, um 13 de junho como hoje, o Vitória foi com sua delegação ao Barradão, enquanto o Bahia movimentou-se para a Fonte Nova. As torcidas foram cada uma para um estádio e a arbitragem foi para a Fonte Nova, onde foi autorizado o inicio do jogo e o campeão brasileiro de 1988 marcou um gol em um campo adversário vazio, sendo declarado vencedor por WO. Do outro lado, houve a alegação de que não havia chegado nenhuma notificação judicial nas mãos do Leão.


A partir daí, começou o problema, que foi parar na justiça. De início, os tricolores foram declarados campeões. Em 2002, porém, a Federação Baiana de Futebol voltou atrás e declarou que o torneio não tinha vencedores. A decisão final veio apenas em 2005, dividindo a conquista entre as duas equipes, terminando portanto o campeonato com dois campeões. Em 1999, o Leão ainda venceria a Copa do Nordeste e faria uma belíssima campanha no Brasileirão, caindo na semifinal. Os tricolores não conseguiram subir na Série B, mas acabaram voltando a divisão principal do Brasileirão na polêmica da Copa João Havelange.

Muitos anos depois, em 2018, os tricolores reconheceram ter agido de forma errada naquela decisão em meio a outro imbróglio judicial no torneio estadual. A diretoria alegou que aquela era uma mancha na história do clube, em meio a uma nota crítica com a decisão tomada pelo tribunal na ocasião de uma confusão no jogo entre as duas equipes durante o estadual daquele ano. Apesar disso, não houve mudança nas decisões relacionadas ao título da edição de 1999, que segue dividido entre os dois clubes.

Uruguai tem três gols anulados com VAR e é eliminado pelo Peru nos pênaltis

Foto: divulgação AUF

O Uruguai não conseguiu marcar um gol legal no tempo normal e o Peru passou nos pênaltis

O Peru é a última seleção a se garantir nas semifinais da Copa América de 2019, que está sendo realizada no Brasil. Em partida realizada na Fonte Nova, em Salvador, na tarde deste sábado, os peruanos eliminaram, nos pênaltis, o Uruguai, que teve três gols anulados após consulta ao VAR no tempo normal. Na próxima etapa do torneio, o Peru terá pela frente o Chile.

Para chegar às quartas, o Uruguai conquistou o primeiro lugar do Grupo C, vencendo o Equador, por 4 a 0, empatando com o Japão em 2 a 2 e passando pelo Chile pelo placar de 1 a 0. Já o Peru foi o terceiro do Grupo A, tendo estreado com um empate sem gols contra a Venezuela, depois venceu a Bolívia por 3 a 1 e foi goleado pelo Brasil por 5 a 0.

Esta talvez tenha sido a partida mais fraca tecnicamente das quartas da competição. O Uruguai até mostrou mais futebol que o adversário e chegou a ter um gol anulado, após consulta ao VAR, marcado por De Arrascaeta, e ainda chegou a ter grande chance com Cavani. O Peru só foi finalizar a primeira vez aos 40 minutos. Tudo isto debaixo de uma forte chuva que atingiu Salvador na hora do jogo.

Os primeiros minutos do segundo tempo mostraram uma seleção peruana mais atrevida e ocupando com mais frequência o campo ofensivo. Só que durou pouco. Num piscar de olhos, o Uruguai retomou o controle do jogo. Godín chutou por cima em grande chance, e Cavani e Suárez chegaram a balançar as redes, mas estavam em posição de impedimento, em ambos os lances confirmados pelo VAR. O vislumbre de levar a decisão para os pênaltis passou a ser o objetivo do Peru, que se fechou na defesa e fez os últimos minutos se arrastarem.

Suárez foi o responsável por abrir as cobranças, mas bateu à meia altura no canto esquerdo e facilitou a defesa de Gallese. Depois daí, todos os jogadores converteram a cobrança. Em sequência: Guerrero, Cavani, Ruidíaz, Stuani, Yotún, Bentancur, Advíncula e Torreira. E coube a Flores, na última cobrança, classificar o Peru para as semifinais.

Com a classificação do Peru, temos definidos os confrontos das semifinais da Copa América. Brasil e Argentina se enfrentam na próxima terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Mineirão; enquanto Chile e Peru jogam na quarta, na Arena do Grêmio, também às 21h30.

Cuéllar marca e 'mistão' da Colômbia vence Paraguai

Foto: divulgação FCF

Cuéllar marcou o único gol da partida

A Colômbia confirmou o 100% de aproveitamento na primeira fase da Copa América 2019. Mesmo já com o primeiro lugar do Grupo B já garantido e jogando com uma equipe quase toda reserva, a Seleção Cafetera encarou o Paraguai na tarde deste domingo, na Arena Fonte Nova, em Salvador, e venceu pelo placar de 1 a 0, com o gol sendo marcado por Cuéllar, jogador do Flamengo.

Os colombianos entraram em campo neste domingo já classificados para as quartas e também com o primeiro lugar do Grupo B já garantidos, graças as vitórias sobre Argentina (2 a 0) e Catar (2 a 0). Já o Paraguai não perdeu, mas também não venceu: empates com o Catar (2 a 2) e Argentina (1 a 1). Por isto, a vitória da Albirroja garantiria a passagem para o mata-mata.

Mesmo começando melhor o jogo, o Paraguai parecia não estar com vontade de garantir a classificação. Até por isto, aos poucos, a Colômbia, que jogava com vários reservas, foi equilibrando as ações e abriu o marcador aos 30 minutos. Após saída errada do Paraguai, Arias tocou a bola para Cuéllar, que chutou rasteiro e Gatito não pegou a bola defensável: 1 a 0 para os cafeteros. E assim terminou o primeiro tempo.

Na segunda etapa, o jogo não mudou de cenário. O Paraguai parecia até não ter mais chances de classificação ou que já estava garantido na próxima fase do torneio, pois era um time apático. Os colombianos passaram a controlar o jogo, para que o tempo passasse. Assim, ao final dos 90 minutos, os cafeteros venceram por 1 a 0.

Com o primeiro lugar da chave, a Colômbia joga na sexta-feira, dia 28, na Arena Corinthians, em São Paulo, contra o segundo lugar do Grupo C, que será definido apenas nesta segunda-feira, dia 24. Já o Paraguai foi ultrapassado pela Argentina, que venceu o Catar, e agora torce por um empate no jogo entre Equador e Japão, também nesta segunda. Se houver um vencedor, a Albirroja estará eliminada.

Chile vence Equador e garante classificação antecipada para as quartas

Foto: divulgação La Roja

A vitória do Chile sobre o Equador, por 2 a 1, classificou a La Roja

Depois da Colômbia, o Chile é a segunda seleção 100% garantida nas quartas da Copa América de 2019, que está sendo realizada no Brasil. A classificação antecipada veio na noite desta sexta-feira, dia 21, na Arena Fonte Nova, em Salvador, onde os chilenos enfrentaram os equatorianos e venceram pelo placar de 2 a 1.

O Chile estreou no torneio enfrentando o Japão, no Morumbi, na última segunda-feira, dia 17, e venceu pelo placar de 4 a 0. Já o Equador não teve um bom primeiro jogo, já que perdeu para o Uruguai, por 4 a 0, no Morumbi, no último domingo, dia 16.

Embalado pela vitória contra os nipônicos, o Chile começou o jogo dominando as ações, tanto que aos 7 minutos abriu o marcador. Aránguiz cruzou na grande área do Equador, Pulga cabeceou, mas a bola explodiu na marcação. Em seguida, a 'pelota' sobra no meio da área e Fuenzalida encheu a bomba no canto de Domínguez, que não teve chances de defesa.

O gol, porém, deixou os chilenos relaxados e eles perderam o controle da partida. O Equador melhorou e marcou aos 25'. Jhegson Méndez aproveitou a bola sobrada na grande área, chegou primeiro que Arias e sofreu o pênalti do goleiro chileno. Enner Valencia foi para a cobrança e bateu alto, no meio do gol, com Arias caindo para o lado direito: 1 a 1. Depois, o jogo entrou em um marasmo e o primeiro tempo terminou empatado.

Na segunda etapa, o Chile voltou em busca de voltar a ficar na frente no marcador e fez o segundo aos 5 minutos. Aránguiz cruzou a bola na área e Sánchez pegou de primeira do outro lado. O atacante não pegou em cheio, mas chutou de chapa no canto esquerdo de Domínguez, que não conseguiu evitar a rede ser balançada: 2 a 1 para os chilenos.

Depois do segundo gol chileno, a partida voltou a ficar em ritmo lento. O Chile controlava as ações e o Equador não conseguia buscar o empate. Para piorar, o time equatoriano teve o zagueiro Achilier expulso. Ele deixou o cotovelo no rosto do chileno Vidal e levou um cartão vermelho direto. Com isto, a vitória ficou com a La Roja: 2 a 1.

As duas seleções voltam a campo na próxima segunda-feira, dia 24, às 20 horas, pela terceira e última rodada do Grupo C. O Chile encara o Uruguai no Maracanã, no Rio de Janeiro, enquanto o Equador enfrenta o Japão no Mineirão, em Belo Horizonte.

Com VAR sendo destaque, Brasil fica no 0 a 0 com a Venezuela

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Arthur tentando passar pela marcação venezuelana

A Seleção Brasileira entrou em campo nesta quinta-feira, dia 18, para o segundo compromisso na Copa América. Após dominar praticamente do início ao fim, o Brasil acabou empatando por 0 a 0 com a Venezuela, na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela segunda rodada do Grupo A. O VAR foi acionado em duas vezes que o time canarinho balançou as redes e anulou ambos os lances por impedimento corretamente.

Na rodada anterior, brindo a Copa América no Morumbi, em São Paulo, na última sexta-feira, dia 14, o Brasil venceu a Bolívia por 3 a 0, com todos os gols saindo no segundo tempo. Já a Venezuela estreou no sábado, dia 15, quando empatou com o Peru, em 0 a 0, em partida realizada na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

O Brasil tomou conta do primeiro tempo na Arena Fonte Nova. Durante boa parte, chegou a ter 82% de posse de bola sobre os venezuelanos. O zero no placar não refletiu de fato a realidade em campo. A primeira chance de abrir o placar foi aos 15 minutos: Arthur acionou David Neres na esquerda. O camisa sete chegou batendo cruzado e tirou tinta da trave de Fariñez. No minuto seguinte foi a vez de Richarlison aparecer pela direita, invadir a área e chutar cruzado para defesa de Fariñez.

O único momento de perigo do adversário na etapa inicial foi aos 18 minutos, quando Rondón ganhou de Marquinhos no alto e cabeceou rente à trave direita de Alisson. Quase no fim, aos 37, Firmino chegou a balançar as redes, mas o árbitro Julio Bascuñan marcou a falta do atacante brasileiro no lance.

Antes do início do segundo tempo, o técnico Tite promoveu a primeira substituição: colocou Gabriel Jesus no lugar de Richarlison. E o camisa nove por pouco não alterou o placar aos 15 minutos. Começando em ritmo forte, ele até estufou as redes, mas, após auxílio do VAR e revisão no monitor, Julio Bascuñan anulou o gol de Jesus, alegando posição irregular de Firmino, autor do passe.

Mais cedo, aos 13 minutos, Tite já havia feito outra alteração, ao trocar Casemiro por Fernandinho. Logo depois, o treinador realizou sua última mudança: tirou David Neres para a entrada de Everton. Mas foi novamente com Gabriel Jesus que a Seleção quase tirou o zero do placar. Na marca dos 30 minutos, Everton cruzou rasteiro pela direita, Jesus apareceu para finalizar, mas acabou caindo.

Já nos minutos finais, a Canarinho teve mais um gol anulado com o auxílio do árbitro de vídeo. Com 43 minutos, Everton fez bela jogada individual pela esquerda, deixou dois marcadores para trás, foi à linha de fundo e cruzou para o meio. Coutinho apareceu e mandou para o gol. Porém, a arbitragem entendeu que Firmino, que desviou a bola antes dela entrar, estava em posição de impedimento e anulou outro gol brasileiro. No último lance, Coutinho cobrou escanteio e Fernandinho foi lá no alto e cabeceou forte. Mas a bola foi rente à trave direita de Fariñez

A última rodada do Grupo A será realizada no sábado, dia 22, às 16 horas. O Brasil, com quatro pontos, encara o Peru, com a mesma pontuação, na Arena Corinthians, em São Paulo. Já a Venezuela, que fez o segundo ponto, terá pela frente a Bolívia, que ainda está zerada, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Salvador vê Colômbia bater a Argentina na Copa América

Foto: @GolCaracol

James Rodriguez comandou a Colômbia na vitória contra a Argentina

A Colômbia começou com tudo a Copa América de 2019, vencendo nada menos a Argentina. A Seleção Cafetera encarou a Albiceleste na noite deste sábado, dia 15, na Arena Fonte Nova, em Salvador, impôs o seu jogo e fez o placar de 2 a 0. Os gols marcados por Róger Martínez e Duván Zapata saíram no segundo tempo.

A partida começou equilibrada, com as duas equipes se estudando. As primeiras aproximações foram chegadas de um lado e outro, mas que foram controlados por cada um dos arqueiros e um bom trabalho da zona defensiva. Radamel Falcao Garcia, James Rodriguez e Roger Martinez eram as melhores opções para a equipe colombiana. Já Sergio Agüero e Lionel Messi foram os que mais tentaram alcançar o arco de David Ospina. Porém, o primeiro tempo terminou com o placar de 0 a 0.

Na segunda etapa, a situação pendeu para o lado colombiano. Aos 26', saiu o primeiro gol colombiano. Róger Martínez apareceu para abrir o placar após uma grande jogada individual, e Franco Armani não podia fazer nada.

A Argentina foi para o tudo ou nada, em busca do empate. Porém, aos 41' veio a gota d'água. Duván Zapata apareceu na área depois de uma grande jogada para marcar o segundo gol da noite e decretar a vitória contra colombiana contra os albicelestes.

As duas seleções voltam a campo na próxima quarta-feira, dia 19. Às 18h30, a Colômbia encara o Catar no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Já às 21h30, a Argentina terá pela frente o Paraguai, em jogo marcado para o Mineirão, em Belo Horizonte.

Brasil em Salvador na Copa América de 1989 - É o fim da Picada!

Por Lucas Paes

Na verdade, era uma campanha de combate à dengue, mas representou bem o futebol da Seleção
(foto: Sérgio Sade/Revista Placar)

Em 2019, depois de 30 anos, a Copa América volta a ser jogada em solo brasileiro. Com jogos em estádios modernos e usados na Copa do Mundo, como Arena Corinthians, Fonte Nova e Maracanã, a também moderna Arena do Grêmio e o tradicionalíssimo Morumbi, a competição já tem boa parte dos ingressos dos jogos do Brasil esgotados. Uma popularidade que apesar de tudo não diminui. Em 1989, na última vez que a competição foi jogada aqui, a primeira fase virou um pesadelo para a Seleção Brasileira por causa de um ídolo do Bahia, Charles, e sua não convocação para a competição, desempenho ruim da equipe dentro de campo e até uma foto icônica por causa de uma frase de duplo sentido.

Naquele ano, o Brasil figurava ao lado de Peru, Paraguai, Colômbia, e Venezuela, no Grupo A da copa. A chave jogada em praticamente sua totalidade na cidade de Salvador, mais precisamente na lendária Fonte Nova. E uma decisão tomada por Sebastião Lazaroni, treinador da época, antes da disputa, fez o Brasil viver um inferno nas terras baianas que quase comprometeu a campanha da seleção brasileira na competição.

Antes da Copa América, Lazaroni convocou mais do que os 22 jogadores permitidos e decidiu fazer cortes após o periodo de preparação. Entre os atacantes estava Charles, destaque do campeão brasileiro, o Bahia, que fora herói no título de 1988 com gols decisivos e passou a figurar no time titular. O destaque do Tricolor, porém, acabou preterido por Lazaroni, o que causaria um inferno para a Seleção em Salvador.

Charles na época de jogador pelo Bahia

Antes da competição, o Brasil fez uma série de amistosos e uma mini-excursão pela Europa. Charles foi bem nos amistosos e não tão bem na excursão. A definição sobre sua entrada no time para a estreia da competição, em Salvador, foi protelada até os momentos finais e causou confusões feitas entre o presidente do Bahia, Paulo Maracajá e a delegação brasileira, já que Paulo tirou Charles da concentração arrastando-o pelos braços. A crise acabou não contida antes do jogo.

A abertura foi um fiasco para uma Fonte Nova às moscas. Um estádio que suportava até 90 mil torcedores tinha apenas 13 em suas arquibancadas. O Brasil estreou com vitória tranquila diante da Venezuela em Salvador, mas nem isso foi suficiente para acalmar a torcida, enfurecida pela ausência de Charles. O Brasil foi vaiado do inicio ao fim do jogo, sofreu com protestos do torcedor, que trazia faixas de protestos contra os dirigentes da CBF. Houve até gente queimando a bandeira nacional. Além disso, os jogadores não relacionados e até a comissão técnica tomaram laranjadas nas arquibancadas, fora rojões nos reservas. Bebeto, baiano, num dia em que tudo praticamente deu errado, machucou o tornozelo no pesado gramado da Fonte Nova. O Brasil venceu por 3 a 1, mas este um venezuelano aparecia pela primeira vez na história. Maldonado, que depois jogaria no Fluminense, marcou o primeiro gol da história da Vinho Tinto no time Canarinho.

A reação negativa obviamente causou polêmica e reações negativas por parte da seleção. Renato Gaúcho chegou a chamar a Bahia de "terra de índios" e diversos outros jogadores criticaram as cenas que o povo baiano causou. O fato é que o Brasil nunca havia sido tão mal recebido dentro de seu país. A imprensa, inclusive fora do Brasil, destacava a pergunta de como o campeão brasileiro, que tinha um baita time, não emplacava ninguém na seleção nacional. E tinha um outro problema: o gramado da Fonte Nova estava terrível, quase impraticável.

Faixas de protesto no jogo em Salvador

No segundo jogo, um empate sem gols diante do Peru, Renato Gaúcho acabou levando ovadas ao entrar em campo. O time teve um desempenho sofrível e um momento histórico acabou capturado pelas lentes da imprensa, quando o placar, em campanha de combate à dengue, exibia os dizeres "É o fim da picada" junto à o placar sem gols entre brasileiros e peruanos. Era, realmente, o fim da picada, porque o Brasil empatou também sem gols o jogo seguinte e se complicou na competição. As vaias agora seriam justas pelo péssimo desempenho da Canarinho. Já se viam inclusive faixas pedindo por Telê Santana de novo.

Depois, o time verde e amarelo ainda empataria em 0 a 0 com a Colômbia, em mais um dia de fúria da torcida baiana em Salvador. O Brasil só voltou a vencer naquela competição quando foi jogar em Recife, no Mundão do Arruda, diante do Paraguai, em partidaço de Bebeto. A partir dali, a seleção engrenou no quadrangular final, realizado no Maracanã, venceu Argentina, novamente o Paraguai e rumou ao título contra o Uruguai. Curiosamente, Charles poderia até voltar a equipe na fase final, já que o regulamento da Copa América permitia trocas. Ficou, porém, a marca da péssima recepção que o Brasil teve em terras baianas, o que fez com que a seleção só fosse desfilar seu futebol pela Bahia só em 1995. 

Hoje os tempos são outros e as convocações pela Copa América causam mais problemas que orgulho, principalmente para times que tem estrangeiros no elenco (o Santos, este ano, sofre com isso.). Se o Brasil levar vaia hoje será pela impaciência do torcedor paulista, exigente semre com a seleção e não pela ausência do destaque do campeão brasileiro, que aliás, esse ano, também não foi convocado, já que Dudu está fora dos 23. Porém, sua não convocação jamais será capaz de causar algo sequer semelhante a rejeição que a não convocação de Charles causou, já que os tempos hoje são outros. Fica registrada a história, mais uma de tantas no futebol brasileiro.  

10 a 2! Em 2002, uma sonora goleada do Bahia no Confiança pelo Nordestão

O Bahia que conquistou o Nordestão 2002: um 10 a 2 sobre o Confiança na campanha vitoriosa

Em 2002, o Bahia fez um grande Campeonato do Nordeste, conquistando o título em cima do rival Vitória na decisão. Porém, durante o certame, o Tricolor teve vitórias marcantes e uma delas aconteceu em 14 de abril daquele ano. Na Fonte Nova, a equipe aproveitou-se da fragilidade e aplicou um sonoro 10 a 2 no adversário. Esta é, até hoje, a maior goleada da história da competição, seja na fase Copa ou Campeonato.

Só na etapa inicial, o Bahia fez sete gols. O primeiro, aos 7 minutos, com Sérgio Alves, completando cruzamento na medida de Alan, que voltava ao time após quase um mês de fora, por causa de uma contusão na coxa. O tento fez Sérgio Alves assumir a artilharia isolada do Nordestão, com 12 gols. Aos 19 minutos, o Tricolor ampliou – Alan deu uma passe perfeito, que deixou o Nonato livre na área, para bater cruzado e fazer o segundo.

Começando a imprimir seu ritmo alucinante, o Bahia faz o terceiro, quatro minutos depois – Sérgio Alves cruzou, Mantena cabeceou no travessão e Kena, no rebote, fez o seu. Aos 33 minutos, Mantena tabelou com Nonato e tocou na saída do goleiro para fazer o quarto. Três minutos depois foi a vez de Acioly aproveitar cobrança de escanteio para cabecear para o fundo das redes, fazendo seu primeiro gol em sua estréia no time profissional do Bahia. Nos últimos três minutos do primeiro tempo, o Bahia ainda arranjou fôlego para fazer mais dois. Aos 43, Bebeto deu um drible desconcertante no zagueiro e fez um golaço. Aos 46, Nonato se aproveitou da escorregada do zagueiro, invadiu a área e tocou no canto esquerdo de Fábio.

Os gols do Bahia na partida

O Bahia começou o segundo tempo como terminou o primeiro – fazendo gols. Aos 14, Kena recebeu lançamento na esquerda e tocou para Nonato, livre no meio da área, fazer o oitavo. Com 8×0 no placar, o Bahia diminuiu um pouco o ritmo, afroxou a marcação e permitiu que o Confiança diminuísse, com Joécio e Neto. Depois da relaxada, o Tricolor voltou a mandar no jogo e fechou a goleada, com Luís Alberto, outro que fez seu primeiro gol na equipe profissional; e Nonato, que fez seu quarto gol na partida e foi a oito na tábua de artilheiros da competição.

Este foi a sexta vez que o Tricolor fez 10 gols em uma partida, as outras foram: 10 a 2 sobre o Brasil/SSA, em 19/06/1936; 10 a 2 sobre o Vitória da Bahia, em 20/11/1938; 10 a 1 sobre o Vitória da Bahia, em 8/12/1939; 10 a 0 sobre o São Cristóvão, em 07/07/ 1960; e 10 a 0 sobre Amarantim, em 24/04/1964.

Após despedida, Pelé voltava a vestir a camisa do Santos FC em 1975

Com informações do site oficial do Santos FC
Foto: arquivo Santos FC

Pelé voltava a vestir a camisa do Santos em jogo contra o Bahia, em 1975

No dia 7 de dezembro de 1975, atendendo a um pedido do então presidente do Santos FC, Modesto Roma, o Rei Pelé voltava a vestir a camisa do Alvinegro Praiano, após sua despedida dos gramados no ano anterior. E o adversário foi o Bahia.

A volta do eterno Rei do futebol aconteceu um empate contra o Tricolor Baiano, em 1 a 1, na Fonte Nova no Torneio Governador Roberto Santos em Salvador. O gol do time do Rei foi marcado por Brecha. O técnico Olavo mandou a campo a seguinte formação: Willians; Tuca, Bianchi, Vicente e Fernando; Clodoaldo e Léo Oliveira; Babá (Mazinho), Cláudio Adão, Pelé (Brecha) e Toinzinho. Na equipe baiana o goleiro era o ex-santista Joel Mendes que viu o atacante Cláudio Adão perder um pênalti mandando a bola na trave.

O Santos FC acabou conquistando o título do torneio ganhando a taça Cidade de Salvador, e esse foi o último título que o Rei acrescentou em sua relação de conquistas jogando pelo Peixe. Incrível como mesmo depois da despedida, Pelé continuava conquistando títulos com a camisa do clube.

Depois dessa volta, o Rei ainda jogou mais uma partida pelo time do seu coração, no dia 01 de setembro de 1977 no encerramento de sua gloriosa carreira, na derrota santista pelo placar de 2 a 1 diante do New York Cosmos nos Estados Unidos, quando atuou o primeiro tempo pelo time americano marcando um gol de falta no goleiro Ernani e, no segundo tempo, jogando pelo Alvinegro, despediu-se numa grande festa preparada pelos organizadores do evento. Com a camisa do Peixe foram 1116 partidas jogadas.

Bahia 0 x 7 Cruzeiro – A maior goleada de um visitante na história do Brasileirão

Por Lucas Paes

Alex foi o grande nome da partida marcando cinco gols (foto: arquivo Cruzeiro EC)

O Cruzeiro de 2003 é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores times já montados na história do futebol brasileiro. Sem sombra de dúvidas o melhor dos pontos corridos. A equipe cruzeirense encantou o país, fez um verdadeiro passeio no Brasileirão e ganhou o campeonato com facilidade, inclusive vencendo o concorrente ao título, o Santos de Diego e Robinho, duas vezes na competição. Um dos momentos marcantes desse time foi quando o Cruzeiro, já campeão, desceu sete gols em cima do Bahia, em atuação magistral do carequinha Alex, dentro da Fonte Nova, no dia 14 de dezembro daquele ano. A maior goleada de um visitante no Brasileirão. 

Naquela altura do campeonato, o Cruzeiro já havia ganhado o título há algum tempo. Os celestes chegaram a Salvador já consagrados campeões e com uma marca de vitórias que passava dos 30 triunfos, numa época em que o campeonato tinha 46 jogos. O Bahia cairia como lanterna naquele ano, começando uma derrocada que o levaria até a Série C. O Tricolor de Salvador já havia levado 7 gols do Santos, por exemplo, também dentro de Salvador.

Mesmo caçado, o meia do Cruzeiro dominou o jogo

A Fonte Nova, praticamente só com cruzeirenses presentes, viu o Cruzeiro abrir o placar logo aos 12 minutos, quando Maurinho sofreu pênalti bem batido pelo camisa 10 do time mineiro. Cinco minutos depois, outro pênalti, outro gol de Alex e já ia se consumando um verdadeiro passeio em Salvador. Ainda com chances de escapar, o Bahia ia sucumbindo diante do esquadrão azul de Minas Gerais. Aos 23’, outro pênalti, claríssimo, em cima de Mota, outro gol de Alex: 3 a 0. O Tricolor não aprendia a lição, fez outro pênalti, dessa vez num chute de Chiquinho no jogador cruzeirense e, bom, digamos que foram os quatro gols mais fáceis da vida de Alex. 

O primeiro tempo já terminou com o Bahia rebaixado. Porém, a demolição da Raposa continuou no segundo tempo. Aos 10’, numa belíssima jogada coletiva, Alex lançou Felipe Melo (sim, este mesmo que você está pensando) na cara de Emerson e o volante chutou bem para marcar o quinto. O gol de Felipe Melo foi o centésimo do Cruzeiro naquele brasileirão. Dez minutos depois, Alex recebeu cara a cara com Emerson, driblou o goleiro baiano e mandou para as redes. O 6 a 0 acontecia sem grandes dificuldades. Alex chegava ao recorde de ser o maior artilheiro cruzeirense em uma única edição do Brasileirão.

Preto e uma das poucas chegadas do Bahia ao ataque

A goleada foi fechada com lance que seria polêmico, caso o Bahia tivesse alguma força para reclamar da jogada. Mota saiu cara a cara com Emerson, encobriu o goleiro e o zagueiro tricolor até tirou a bola, porém o bandeira disse que ela havia entrado. Gol do Cruzeiro, caixão fechado, 7 a 0. A goleada, com requintes de crueldade, rebaixava o Tricolor de Aço, dava um recorde ao Cruzeiro, como o time mais artilheiro da história do Brasileirão (batido pelo Santos no ano seguinte) e fechava com chave de ouro o espetacular campeonato cruzeirense. 

O Bahia amargaria anos terríveis dali para a frente, indo inclusive até a Série C. O Cruzeiro não conseguiria repetir o bom desempenho em 2004, tendo o time até desmontado. Porém, o time azul não viveu anos críticos como o Bahia. Acabou demorando 10 anos para conquistar outro título brasileiro, numa campanha também tranquila em 2013.

Os melhores momentos da partida

Ficha Técnica
BAHIA 0 X 7 CRUZEIRO 

Data: 14 de dezembro de 2003
Local: Estádio Fonte Nova, em Salvador (BA) 
Público: 25.682 pagantes 
Renda: R$ 135.835,00 
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR) 

Cartões amarelos: 
Bahia: Paulinho, Valdomiro, Emerson e Preto 

Gols 
Cruzeiro: Alex, aos 13, aos 17, aos 23 e aos 38 minutos do primeiro tempo. Felipe Melo, aos 10 minutos, Alex, aos 21 minutos, Mota, aos 23 minutos do segundo tempo. 

Bahia: Emerson; Valdomiro, Gustavo Castro e Accioly; Paulinho (Ramos), Otacílio, Preto, Elias (Gilberto) e Chiquinho; Cláudio (William) e Didi - Técnico: Edinho Nazareth

Cruzeiro: Gomes, Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Augusto Recife (Felipe Melo), Maldonado, Wendel (Zinho) e Alex; Mota e Márcio Nobre (Alex Dias) – Técnico: Vanderlei Luxemburgo 

Marcos Assunção fazendo três de falta pelo Santos em 1998

Em 1998, em um jogo em Salvador, Marcos Assunção marcou três de falta

Um grande cobrador de falta! O volante Marcos Assunção marcou época no futebol brasileiro com suas batidas na bola. Em todos os clubes onde passou, sempre quando havia uma bola parada, os torcedores tinham a esperança de bola na rede, tudo por conta do agora ex-jogador. Ele era tão preciso neste tipo de jogada que chegou a fazer três gols de falta em uma mesma partida.

O fato que contamos aconteceu no dia 24 de março de 1998, na Fonte Nova, em Salvador. Recém negociado em uma troca por empréstimo com o Flamengo, Marcos Assunção fazia seu último jogo da primeira passagem dele pelo Santos FC (ele teria mais duas). O Peixe encarava o Bahia, pela primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil daquele ano.

O jogo começou e o Alvinegro, que tinha um bom time, partiu para cima do adversário. Aos 13 minutos, falta para os santistas. Marcos Assunção foi para a cobrança, bateu colocado, sem chances para o goleiro Jean: Santos 1 a 0.

Mesmo em vantagem, o Peixe não sossegou e continuou em cima do Bahia, que não esboçava reação. Outra infração próxima da área, desta vez aos 36'. Novamente o volante do Alvinegro Praiano foi para a cobrança e não deu chances ao arqueiro do Tricolor: 2 a 0 para o Santos.

Veja os gols da eletrizante partida

O Bahia acertou o time para a segunda etapa, passou a evitar faltas dentro da área e buscou o empate, com gols de Branco, aos 12', e Róbson Luís (que defenderia o próprio Santos no segundo semestre daquele ano), dois minutos depois. No ritmo em que o Tricolor jogava, o Peixe parecia abatido, pronto para tomar a virada.

Porém, o panorama modificou novamente aos 30 minutos. O time baiano fez uma falta da intermediária e ninguém acreditava que Marcos Assunção acertaria um chute daquela distância, já que as outras duas cobranças fora colocadas. E não é que ele acertou um petardo, sem chances para Jean? O Santos voltava a ficar na frente do marcador.

Mas o Peixe não ganhou aquele jogo, já que Marquinhos, aos 40', deixou o placar empatado em 3 a 3. O Santos eliminaria o Bahia no jogo de volta (ganhou por 5 a 2), mas já não contava com o volante, que foi para o Flamengo, junto com Caio e Arinélson, em uma troca que envolveu Lúcio Bala e Athirson para o Alvinegro. Marcos Assunção voltaria ao clube em 1999, onde depois foi vendido para a Roma, e teria sua última passagem em 2013. Porém, aquele 24 de março de 1998 ficou marcado pela façanha.
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