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Ídolo do Papa Francisco, René Pontoni foi campeão pela Lusa

Fotos: arquivo

René Pontoni, jogador histórico do San Lorenzo, defendeu a Portuguesa nos anos 1950

Não era segredo a relação do Papa Francisco com o futebol. E podemos falar que o pontífice, torcedor fanático do San Lorenzo, tinha uma ligação indireta com a Lusa. Isso porque o grande ídolo do Papa no futebol foi campeão com a camisa da Portuguesa na década de 1950.

Estamos falando do ex-atacante René Pontoni, líder do San Lorenzo campeão argentino em 1946 e tricampeão sul-americano com a seleção da Argentina nos anos 1940. Em 1952, após se recuperar de uma grave lesão no joelho direito, foi contratado pela Lusa, a convite do técnico argentino Jim López. 

Ele integrou o elenco campeão do Torneio Rio São Paulo em 1952, considerado até hoje o melhor time da história do clube, seguindo na Rubro Verde até o ano seguinte. Ao todo foram 17 jogos oficiais e cinco gols marcados.


Em entrevista ao UOL em 2021, o Papa Francisco contou que seu avô, também torcedor do San Lorenzo, chegou a ir a um jogo da Lusa em São Paulo para ver Pontoni em campo.

“Quem conheceu meu avô sabia que ele usava o futebol para fazer amizades e viajar o mundo. Era o que hoje chamam de ‘espírito livre’, sempre com muita gente ao redor, muitos amigos, até dos times adversários. De São Paulo, lembro quando ele falava que o time (da Portuguesa) era muito bom e que a cidade era muito gostosa”, afirmou à época.

Além da Lusa e do San Lorenzo, René Pontoni também defendeu as cores de Newell´s Old Boys, da Argentina, Independiente Santa Fé e Deportes Quindío, ambos da Colômbia.

Lusa em 1952. Em pé: Lindolfo, Djalma Santos, Nena, Brandãozinho, Hermínio e Ceci
Agachados: Julinho Botelho, René Pontoni, Nininho, Pinga I e Simão

O início de carreira do argentino Jorge Maldonado pelo Platense

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Jorge Maldonado quando defendia o Platense

Jorge Alberto Maldonado foi um dos grandes defensores da história do futebol argentino, construindo uma carreira belíssima pelo Independiente e é considerado um dos grandes ídolos do clube. A sua carreira começou na base do Platense, quando ganhou destaque e chamou a atenção de todos. 

O jogador nasceu em Buenos Aires, da Argentina, no dia 5 de maio de 1929, e na época o desenvolvimento dos jovens no futebol era completamente diferente da atualidade. A categoria de base era praticamente amadora, e muitos pulavam essa etapa. 

Maldonado começou a atuar na base da equipe do Platense, uma equipe mediana da argentina, mas foi graças a equipe que conseguiu ganhar destaque para se tornar um dos maiores de seu país. 

O defensor era muito bom, tinha muita garra e força física, ganhando praticamente todas as disputas com os atacantes. Maldonado foi ganhando experiência no seu início de carreira, fazendo grandes jogos e se aperfeiçoando a cada partida, e rapidamente algumas pessoas começaram a ficar de olho no atleta.


O seu desempenho foi muito bem visto por todos e depois de alguns jogos na base do Platense, o jogador acabou sendo levado para o Independiente, onde construiu uma história belíssima e ganhou muito destaque em sua profissão, tornando-se um dos maiores. 

A sua história pessoal e profissional foram descritas em um livre que conta sua história, isso mostra a relevância da carreira de Maldonado. O defensor foi importantíssimo para o futebol nacional, tendo os seus melhores momentos na virada da década de 50 para 60.

Tim, um grande ídolo do Fluminense

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Tim è um dos grandes ídolos da história do Flu

Elba de Pádua Lima, ex-atacante renomado do futebol brasileiro, popularmente conhecido apenas como Tim, completaria o 108 anos de vida nesta terça-feira, dia 20 de fevereiro de 2024, caso ainda fosse vivo. No decorrer de sua jornada como atleta, ficou marcado na história por ter feito parte do elenco do Fluminense que tomou conta do futebol carioca entre o fim da década de 30 e começo dos anos 40.

Revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, o avançado começou a sua trajetória no Tricolor das Laranjeiras em 37, depois de passar pela Portuguesa Santista, onde fez sucesso e foi convocado para a Seleção Brasileira. Chegou ao clube carioca após receber uma oferta de cerca vinte contos de réis e mais um valor por mês.

Foi no Flu, que Tim viveu o seu auge. Jogou ao lado de Romeu Pellicciari, compondo "uma das duplas mais famosas do futebol brasileiro", de acordo com a Folha de S.Paulo. Entre 37 e 38, viveu momentos gloriosos com os títulos cariocas em 37 e 38.

Seu grande rendimento o rendeu a convocação para disputar a Copa do Mundo de 38, sediada na França. Posteriormente, retornou ao Rio de Janeiro e foi mais uma vez bicampeão Estadual em 40 e 41. Ao longo de seus anos defendendo o Fluminense, marcou 71 gols em 226 partidas.

Em 42, ainda participou da Copa América pela Amarelinha, e suas grandes apresentações o fizeram retornar com um prestígio ainda maior, mesmo com a terceira colocação no torneio. Após 16 partidas disputadas pela Seleção Brasileira, o atacante se aposentou da Seleção Brasileira, e deixou sua vaga para Jair Rosa Pinto dois anos depois.


Naquele mesmo ano, optou por trocar o Fluminense, onde marcou 71 gols em 226 partidas ao longo dos 11 anos de passagem, pelo São Paulo. Após pendurar as chuteiras, voltou ao Flu para ocupar o cargo de treinador em 64 e permaneceu até 67. No comando, conquistou o Campeonato Carioca em 64 e a Taça Guanabara em 67.

Tim veio a falecer em 84, em decorrência de uma insuficiência hepática seguida de hemorragia gástrica. A fatalidade veio a acontecer menos de três anos depois da histórica campanha feita com a Seleção Peruana nas Eliminatórias da Copa Mundo de 82.

A carreira de De Sordi no São Paulo

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

De Sordi um dos ídolos do São Paulo

Nílton De Sordi foi um dos grandes jogadores do futebol brasileiro no século passado , conquistando o título mundial pelo Brasil em 1958. Atuou apenas em três clubes em toda sua carreira, e construiu uma linda história no São Paulo, transformando-se em um grande ídolo. 

O lateral-direito nasceu em Piracicaba, em São Paulo, no dia 24 de agosto de 1931, e começou a sua carreira no XV de Piracicaba aos 18 anos de idade. Surgiu no profissional da equipe em 1949, começando a sua brilhante carreira no futebol, começando a ganhar destaque. 

Após três temporadas no XV de Piracicaba, o jogador conseguiu destaque e foi contratado pelo São Paulo, que era um clube recém formado e estava em um momento de construção. A equipe estava tentando chegar ao patamar de outros times, para poder brigar por títulos. 

Assim que chegou em 1952, De Sordi conseguiu se consolidar na posição, fazendo grandes atuações. Já na sua segunda temporada, ajudou o time a conquistar o Campeonato Paulista, que era a competição mais importante daquela época, mostrando a importância. 

O jogador se transformou em um líder e foi muito importante para a história do clube, passando pela construção do tricolor paulista. Por conta das suas grandes atuações, De Sordi começou a ser convocado para a Seleção Brasileira a partir de 1955.

Pelo tricolor, conquistou mais um título apenas, que foi o Campeonato Paulista de 1957. O seu outro título foi pela Seleção Brasileira, quando conquistou a Copa do Mundo de 1958, sendo titular em todos os jogos, mas acabou ficando de fora da final por um corte médico. 


De Sordi ficou no São Paulo até 1965, mas sem conquistar mais nenhum título e em toda a sua passagem não marcou nenhum gol, fato curioso para a vida do jogador. Foram 544 jogos pelo tricolor, dois títulos e nenhum gol, mas entrou para a história do clube como um dos grandes ídolos. 

Depois de 1965 foi para o União Bandeirante, mas no ano seguinte se aposentou do futebol. Infelizmente, o grande jogador nos deixou no dia 24 de agosto de 2013, vítima de uma falência múltipla nos órgãos.

Baltazar, o 'Cabecinha de Ouro' - Um grande ídolo do Timão

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Baltazar se tornou um ídolo na história do Timão

Oswaldo Silva, ex-atacante popularmente conhecido somente como Baltazar, o 'Cabecinha de Ouro', estaria celebrando 98 anos de vida neste domingo, dia 14 de janeiro de 2024, caso ainda estivesse vivo. Ao longo de sua carreira como atleta profissional, o avançado teve uma trajetória marcante pelo Corinthians entre metade da década de 40 e o fim dos Anos 50, sendo um dos maiores ídolos história do clube.

A estreia do atacante pelo clube alvinegro do Parque São Jorge aconteceu no dia 15 de novembro de 45, quando o Timão empatou em 5 a 5 coma equipe do Jabaquara, num amistoso disputado no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. Naquela ocasião, o jovem de 19 anos iniciou a partida no banco de reservas.

Lembrado por ser um exímio cabeceador, o atacante fez cerca de 71 dentre os 269 gols que marcou pelo Timão deste mesmo jeito e por isso, ganhou o apelido de Cabecinha de Ouro. Se sagrou artilheiro do Torneio Rio-São Paulo de 50, tendo marcado nove gols e do Campeonato Paulista de 52, anotando 27 tentos. 

Estes excelentes números pelo Coringão o levaram a ser convocado para a Seleção Brasileira. Inclusive, teve a oportunidade de defender a Amarelinha na Copa do Mundo de 50, além das Eliminatórias e o próprio Mundial que viria a acontecer quatro anos depois.

No seu último jogo com a camisa do Time do Povo, o Alvinegro sofreu uma goleada de 5 a 2 para a Portuguesa, pelo Torneio Rio-São Paulo de 57, no Pacaembu. Desta vez, o já veterano Baltazar, com seus 31 anos de idade, iniciou a partida entre os titulares.


O avançado disputou 404 jogos pelo clube e marcou 270 gols com a camisa corintiana de acordo com o site MeuTimão.com. No decorrer de sua trajetória pelo clube, ainda se tornou o 20º jogador que mais defendeu o clube, o terceiro atacante com mais jogos, o 15º atleta que mais jogou pelo time durante o Século XX, o segundo maior goleador do Coringão, o segundo avançado que mais fez gols pelo Timão e o 26º jogador que mais levantou troféus no Timão.

15 anos sem Friaça

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Friaça faleceu no dia 12 de janeiro de 2009

Nesta sexta-feira, dia 12 de janeiro de 2023, se completam 15 anos da morte do ex-atacante Albino Friaça Cardoso, que enquanto jogador, fez história vestindo a camisa do Vasco da Gama entre as décadas de 40 e 50. Além de estar presente em conquistas marcantes do Cruzmaltino ao longo de sua carreira, o avançado também chegou a defender as cores da Seleção Brasileira.

Desde o início de sua trajetória no futebol, Friaça foi um centroavante que tinha velocidade, pontaria e potência nas finalizações, além de também ser versátil e cumprir qualquer função na linha ofensiva. Por conta de tudo isso, acabou se tornando um dos maiores artilheiros do Vascão, clube onde colecionou três em um período de onze anos, fez mais de cem gols e em quase duzentas partidas disputadas pela equipe de São Januário.

A primeira vez que o jovem Friaça deixou o Rio de Janeiro foi na década de 30, quando rumou à Carangola (MG), para estudas. Foi defendendo o Ipiranga num amistoso do Município diante do Vasco em 43, que ele chamou a atenção do Gigante da Colina e no fim acabou sendo contratado pelo treinador Ondino Vieira. 

Nas suas primeiras temporadas, Friaça jogou mais pelo Expressinho, apelido dado ao time misto do Vasco, que jogava amistosos por todo o território nacional, além de disputar e conquistar campeonatos como o Torneio Relâmpago e Torneio Municipal. Até porque, em 47, o atacante ganhou a titularidade no 'Expresso da Vitória', revezando com Dimas, que também era jovem e considerado muito promissor, já que também vinha se destacando. Assim, foi um dos grandes destaques na conquistas do Torneio Municipal de 46 e 47, do Torneio Relâmpago de 46, do Campeonato Carioca de 47 e do Campeonato Sul-Americano de Clubes de 48 - os dois últimos como invicto.

Em 49, Friaça se transferiu para o São Paulo. Logo que chegou, foi campeão paulista e artilheiro do campeonato. Depois de jogar na Ponte Preta em 50, voltou ao Vasco no ano seguinte e foi mais uma vez campeão carioca. Sua terceira e última passagem pelo Vascão ocorreu após um breve período emprestado ao Guarani.

Autor do único gol do Brasil no fatídico Maracanaço no Mundial 50, Friaça explorou sua velocidade e força nos chutes. Depois de se aposentar, o ex-atacante ainda foi dono de uma loja de materiais de construção, mas quem administrava eram seus filhos. 


Mesmo se mostrando uma pessoa de constante bom humor, ficou completamente debilitado por conta da morte de um de seus filhos, que acabou se envolvendo num acidente de asa delta durante a metade dos Anos 90. 

Após esse trágico momento, não se privou de fumar cigarro e consumir bebidas, itens que acabaram comprometendo o seu quadro de saúde. Enfim, no dia 12 de janeiro de 2009, Friaça acabou tendo uma falência multipla dos órgãos no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna (RJ), onde e veio a falecer após uma internação que durou 45 dias.

Waldemar Fiúme - Um ídolo histórico do Palmeiras

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Waldemar Fiúme foi histórico no Verdão

Waldemar Fiúme é um dos maiores ídolos da história do Palmeiras, fazendo parte de um time centenário, conquistando diversos títulos importantes para o clube, principalmente a Copa Rio, em 1951. O jogador teve passagem apenas pelo alviverde em toda a sua carreira.

O jogador nasceu em São Paulo, no dia 12 de outubro de 1922, e começou jogar futebol na várzea, mas ao mesmo tempo trabalhava na gráfica da família, pois seu pai não queria que Waldemar seguisse a sua carreira no esporte, mas não teve jeito.

Waldemar chegou nos gramados da Várzea do Glicério, que na época era um celeiro de craques para o futebol paulistano. O jogador chegou no final da década de 30, onde conseguiu se desenvolver melhor e começou a chamar atenção dos grandes clubes do estados.

Da várzea, o jogador foi para o Palmeiras em 1941, uma grande oportunidade para a sua carreira. Waldemar começou atuando no meio-campo, mais como um meia a direita, sendo muito alto, rápido e habilidoso. Rapidamente tornou-se titular do alviverde, que na época ainda era chamado de Palestra Itália.

Em 1942 já ganhou os seus primeiros títulos, ajudou a equipe a conquistar o Campeonato Paulista, o Torneio Início Paulista e a Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo. Waldemar foi muito importante nas conquista do alviverde e começou a ter um carinho imenso da torcida.

Com o passar do tempo foi ganhando cada vez mais destaque, e acabou mudando de posição, passando a atuar como volante. Em 1944 voltou a conquistar o Campeonato Paulista, e no ano seguinte venceu a Taça Cidade de São Paulo, título inédito para o jogador.

Em 1946 conquistou mais títulos, dessa vez foram a Taça Cidade de São Paulo e Torneio Início Paulista. No ano seguinte, ganhou novamente o Campeonato Paulista e a Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo.

Porém, o clube passou por dois anos sem conquista, acabou passando por um momento de reformulação e sofreu nas competições. Mas, em 1950, voltou a conquistar os títulos, foram o Campeonato Paulista e a Taça Cidade de São Paulo. 

A temporada seguinte foi muito importante para a história do clube, pois a equipe foi disputar a Copa Rio, que é polêmica até os dias atuais, mas os jornais da época davam como um “Campeonato Mundial”. A equipe foi campeã após vencer a Juventus no Maracanã.

Além desse importante título, a equipe ganhou o Torneio Rio-São Paulo e a Taça Cidade de São Paulo. Foi um dos principais anos de Waldemar no clube, se não, o melhor de todos.

Mas depois dessa grande temporada, o clube acabou sofrendo um pouco e passou alguns anos sem nenhuma conquista. Já na reta final de carreira, Waldemar começou a atuar como quarto zagueiro, e foi apelidado de “O Pai da Bola”, por ter passado por várias posições e ter competência em todas elas.


Em 1958 acabou se aposentando do futebol e deixando o alviverde como um dos maiores ídolos. Quando saiu do clube era o jogador com mais jogos pelo Palmeiras, tendo entrado em campo 601 vezes, mas depois foi passado por Ademir da Guia, Emerson Leão e o volante Dudu. 

Porém, em 1959, o jogador decidiu voltar a atuar, e foi jogar a segunda divisão do Campeonato Paulista pelo Bragantino. Waldemar ajudou o clube a ficar com o vice-campeonato e depois voltou a encerrar a sua carreira.

Mauro Ramos de Oliveira - O capitão do bi

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Mauro levantando a Taça do Mundo no Chile, em 1962

Um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro, conquistando o bicampeonato da Copa do Mundo, e em uma delas sendo capitão da equipe, completaria 93 anos neste 30 de agosto de 2023 se estivesse vivo. Mauro Ramos de Oliveira construiu uma grande trajetória no futebol, com passagens pelo São Paulo, Santos e Toluca.

O zagueiro que nasceu em Poços de Caldas, em Minas Gerais, no dia 30 de agosto de 1930, começou sua carreira no futebol paulista, atuando pelo São Paulo. Com um porte físico impressionante, sendo alto e forte, o jogador era muito firme no sistema defensivo.

Dentro de campo passava medo aos adversários, pois era muito forte e sabia utilizar sua força ao seu favor. Além disso, era muito importante no jogo aéreo, utilizando muito bem o seu tamanho, tendo uma forte cabeçada, marcando diversos gols pelos clubes que passou.

O jogador começou no profissional do São Paulo em 1948 e, no mesmo ano, já foi convocado para a Seleção Brasileira. Mas no começo não era importante, e nem muito utilizado, mas com o passar do tempo, começou a ganhar mais espaço na Seleção e foi campeão do Campeonato Sul-Americano (atual Copa América) de 1949, mas ficou de fora da lista final da Copa do Mundo .

Pelo São Paulo se tornou ídolo, ganhando alguns títulos importantes na história do clube, e por causa disso se tornou titular da Seleção Brasileira, indo para o Mundial de 1954. Mauro foi campeão do Mundo em 1958 com a Canarinho, mas na reserva de Bellini e Orlando.

Porém, dois anos depois da Copa de 1958, o jogador mudou de clube, indo atuar no Santos de Pelé. Assim que chegou no Peixe, se tornou titular facilmente e teve um poder de liderança muito forte, tornando-se capitão da equipe, assim como era no São Paulo. 

A equipe do Santos era surreal, jogava por música, com todas as estrelas que tinha no elenco. Mauro foi multicampeão pelo clube, construindo uma história belíssima pelo time. E toda sua liderança foi levada a Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1962, quando se tornou o capitão daquele elenco.


O zagueiro teve o grande privilégio de se tornar bicampeão do mundo, e ainda levantou a taça da competição. Em 1965, acabou deixando a seleção, após quase vinte anos atuando com a tão poderosa camisa amarela do Brasil.

O jogador acabou deixando o Santos em 1967, depois de uma passagem belíssima, conquistando todos os títulos possíveis, para atuar no Toluca, do México. E após uma temporada se aposentou do futebol. Infelizmente, o Brasil perdeu o zagueiro em 2002, no dia 18 de setembro. Mauro foi vítima de câncer no estômago.

Alfred Bickel e sua relação com a Seleção da Suíça

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Alfred Bickel na Copa do Mundo de 1950

Alfred Bickel nasceu em Eppstein, no Império Alemão, no dia 12 de maio de 1918, e acabou falecendo em 18 de agosto de 1999, aos 81 anos. O jogador foi extremamente importante para a história da Suíça, principalmente porque foi um dos dois atletas que participaram da Copa do Mundo antes e depois da Segunda Guerra Mundial.

Sua carreira no futebol começou em 1935, quando estreou pelo Grasshopper Club, de Zurique, e foi o único clube que atuou em toda a sua trajetória como atleta. Mesmo jovem, ele já mostrava ter muita qualidade e principalmente uma grande força física, o que sempre foi primordial para se dar bem no futebol suiço.

Aos 18 anos foi convocado para a sua seleção, sendo um dos atletas mais jovens da equipe. Ele ficou no processo para a Copa do Mundo de 1938, quando a Suíça acabou caindo para a Hungria nas quartas de final, perdendo por 2 a 0. Tudo após essa Copa mudou, pois houve a Segunda Guerra Mundial, que novamente assombrou o continente Europeu. Tudo isso mexeu com o mundo, e no futebol não foi diferente.

Mesmo com todas as mudanças, o jogador permaneceu atuando pelo seu clube e também pela sua seleção, tanto que com o tempo ganhou a faixa da capitão, mostrando toda sua liderança técnica e fora de campo. Mas praticamente não tinha mais os seus mesmo companheiros, pois a maioria dos que atuaram pela seleção não estavam mais sendo convocados.

A Segunda Guerra Mundial começou em 1939 e encerrou em 1945, um grande período. Mas após tudo isso, as coisas estavam voltando ao normal, e o futebol também, porém com algumas mudanças em algumas seleções, principalmente na Suíça.

Na equipe suíça viveu uma grande e difícil preparação para a Copa do Mundo de 1950, que ocorreu no Brasil. Apenas Alfred e o sueco Erik Nilsson continuaram a atuar pela sua seleção após a Guerra, pois todo o time de 1938 acabou não permanecendo.


A seleção era completamente diferente, com diversas mudanças, apenas os dois permaneceram e foram o pilar do time, com o Alfred sendo o capitão. Porém, a equipe não conseguiu passar da primeira fase, pois caíram em um grupo muito difícil, que tinha o dono da casa, o Brasil. Mas até que o time Suiço jogou muito bem e conseguiu um empate em 2 a 2.

Alfred entrou para a história da seleção por estar nos dois períodos, pré e pós guerra, e foi um dos jogadores mais importantes da época no país. Pela Suíça, o atacante fez 71 jogos e marcou 15 gols.

José Poy e sua importância dentro e fora dos gramados no São Paulo

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

José Poy está na história do Tricolor Paulista

Um dos grandes ídolos dentro e fora de campo da história do São Paulo completaria 97 anos hoje. José Poy nasceu em Rosário, na Argentina, no dia 11 de abril de 1926, e faleceu na capital paulista, no dia 8 de fevereiro de 1996. O goleiro foi muito importante para o clube, teve um significado importantíssimo fora dos gramados.

A sua carreira começou em 1944, quando começou a atuar pelo Rosário Central, equipe de sua cidade. Pelo time argentino, o goleiro fez grandes atuações, mostrando ter um grande potencial, era seguro e tinha uma liderança como uma das suas principais características.

Depois do Rosário, o jogador foi atuar no Banfield, mas ficou por pouco tempo, e logo depois retornou a equipe que o revelou. Mas dessa vez foi uma passagem curta, pois logo na sequência, veio para o Brasil para assinar com o tricolor paulista.

O time paulista ainda era uma equipe ‘recém-criada’ perto dos outros times do futebol brasileiro, como Palmeiras, Corinthians e Santos, que foram fundados no início do século XX. Mas o goleiro chegou como uma grande promessa e tinha um forte potencial para assumir a titularidade.

Ele chegou em 1948, e ficou os dois primeiros anos no banco de reserva, ainda se acostumado com uma nova cultura. Nessas duas temporadas, o jogador foi bicampeão paulista, os seus primeiros títulos como profissional.

O goleiro se tornou titular em 1950, e mostrou o motivo da sua vinda, foi muito seguro no gol do tricolor, conquistando a vaga e se tornando titular absoluto do São Paulo. As suas boas atuações chamaram a atenção da mídia e de todos que acompanhavam futebol.

As suas grandes atuações fizeram com que a mídia tentasse colocar uma pressão na diretoria são paulina, para convencer o atleta a se naturalizar, para poder jogar a Copa do Mundo de 1954. Porém, o goleiro não aceitou e preferiu não se naturalizar, o que decepcionou as pessoas que o queriam na Seleção Brasileira.

Mas seu futebol se manteve em alto nível, mostrando que era um dos principais goleiros em atividade do futebol brasileiro. Além disso, era muito importante no vestiário, tendo uma liderança muito forte sobre os outros jogadores, ainda mais sendo idolatrado pelos torcedores por suas grandes atuações.

Como titular do clube, o goleiro conquistou mais dois Campeonatos Paulistas (1953 e 1957). A sua importância dentro de campo foi gigantesca para o clube, mas fora dele foi mais ainda. O atleta demonstrou o amor que tinha pelo clube e ajudou muito na construção do estádio.


O goleiro venceu alguns títulos de cadeira cativa, que foi a principal renda para a obra até 1968, ele teria vendido mais de oito mil cativas. Além disso, ele serviu como garoto propaganda, então foi fundamental na construção do Morumbi.

Em 1962, após 14 anos atuando, o goleiro resolveu se aposentar e deixar os gramados, como um dos maiores ídolos da história do clube. Mas, não ficou muito tempo longe do tricolor, pois logo na sequência assumiu o comando técnico do clube, e teve idas e vindas como técnico da equipe, conquistando um Campeonato Paulista e sendo vice em alguns campeonatos importantes.

Jair Rosa Pinto e sua grande história pelo Palmeiras

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Jair Rosa Pinto com a camisa do Verdão

Jair Rosa Pinto nasceu em Barra Mansa, Rio de Janeiro, no dia 21 de março de 1921, e faleceu na mesma cidade, no dia 28 de julho de 2005. Ele se tornou um dos principais jogadores da década de 1940 e 50. O meia passou por grandes clubes, construindo lindas histórias, e não foi diferente pelo Palmeiras.

O jogador começou sua carreira no Barra Mansa, clube de sua cidade natal, mas rapidamente foi atuar no Madureira, onde ficou alguns anos até chamar a atenção de clubes grandes. Após a boa passagem, o meia foi para o Vasco da Gama, uma das grandes equipes do estado.

Depois do Vasco, o jogador foi para o rival Flamengo, onde teve um um péssimo final na equipe. Em 1949, Jair foi acusado de ter sido subornado em uma partida que o clube perdeu por 5 a 2 para o Vasco. O Rubro-Negro Ary Barroso, o viu almoçando com Major Póvoas, um dirigente cruzmaltino. O rapaz espalhou a história, e a torcida do Flamengo acabou ficando muito irritada após a derrota, colocando fogo em sua camisa.

Por causa do acontecimento, o jogador se transferiu para o Palmeiras. No Alviverde as coisas foram diferentes, o meia conseguiu mostrar um grande futebol e entrou para a história do clube, sendo decisivo em títulos importantes e por momentos importantíssimos para o Palmeiras.

Em 1949, o jogador chegou ao clube, mas não conseguiu conquistar nenhum título, porém já era uma peça completamente importante para o time, sendo um diferencial no meio campo. Mas no ano seguinte, protagonizou um dos seus grandes momentos pelo clube, e que entrou para a história.

O clube foi para a decisão do Campeonato Paulista, contra o São Paulo, que havia ganho nos últimos dois anos. A torcida e o time alviverde não queriam deixar que o tricampeonato do rival acontecesse, então foi uma grande mobilização para a final da competição.

O Palmeiras precisava de um empate para garantir o título da competição, mas no primeiro tempo o tricolor abriu o placar e estava levando o troféu. Jair cobrou toda sua equipe, mas o jogo estava muito difícil, pois o Pacaembu estava com muita lama por causa das fortes chuvas. Mesmo com o campo ruim, o Verdão conseguiu o empate, e ficou com o título. A partida ficou conhecida como o “Jogo da Lama”, tendo Jair como um dos principais atletas em campo.


Além disso, o jogador fez parte da conquista da Copa Rio em 1951, o que os palmeirenses consideram como o primeiro mundial interclubes. Ainda em 1951, conquistou o Torneio Rio-São Paulo. Jair ficou no clube até 1955, mas acabou não conquistando mais títulos, porém marcou uma linda história pelo clube. O meia fez 206 jogos e marcou 71 gols pelo alviverde. O jogador deixou o Verdão para atuar no Santos. Ele foi encerrar a carreira em 1963, pela Ponte Preta.

Castilho - Uma lenda no Fluminense

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Castilho foi o titular no Fluminense por muitos anos

Carlos José Castilho, mais conhecido como Castilho, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 27 de novembro de 1927, e se tornou o maior goleiro da história do Fluminense. O jogador dedicou praticamente sua carreira toda ao clube carioca e venceu grandes títulos.

Castilho chegou no clube em 1946 e por lá ficou muitos anos. Com seus 1,81 m, baixo para o futebol atual, mas alto para aquela época, se tornou titular rapidamente da equipe. O goleiro se tornou um pilar na equipe, fazendo grandes defesas e tendo uma liderança importante.

O goleiro deixava sua vida em campo e cobrava o mesmo de seus companheiros, o atleta era uma grande referência no clube e ajudou a equipe a conquistar o tricampeonato carioca, que na época tinha uma importância gigantesca e os estaduais eram as principais competições.

Castilho com seus grandes jogos pelo Fluminense foi convocado para a Seleção Brasileira e também ficou vários anos sendo convocado, porém era o goleiro reserva. O goleiro foi Campeão Mundial em 1958 e 1962, as duas sendo reserva de Gylmar, mas tinha sido o titular em 1954, na Suíça, e ainda reserva de Barbosa em 1950.

Reserva na seleção, mas titular absoluto no Flu, o goleiro continuava fazendo história pelo clube e ajudou o time a levantar o título da Copa Rio em 1952, que o Fluminense tenta até hoje reconhecer como título Mundial, assim como o Palmeiras fez no início do século.

O goleiro conquistou muitos títulos, mas não foi só por isso que ficou marcado. Castilho colecionava defesas milagrosas, mas em suas entrevistas falava que ele era um cara de sorte. Por conta disso, ele ficou conhecido como Leiteria, é um apelido comum na época para pessoas que tomam sorte.

Além desse apelido, os torcedores do tricolor carioca o chamavam de São Castilho pelos milagres feitos. O goleiro era daltônico e acreditava ser favorecido, pois via vermelho as bolas amarelas. Porém, as bolas brancas o prejudicavam à noite, pois não conseguia ver muito bem a cor.

Além disso, o jogador tem um caso de raça que mostra todo seu amor ao Fluminense. Em 1957, o goleiro teve contundido pela quinta vez o dedo mínimo esquerdo e precisaria ficar dois meses fora para se recuperar. Porém, em conversa com o médico o goleiro sugeriu amputar o dedo para voltar mais rápido e isso foi feito e em duas semanas estava de volta a campo.


Castilho em quase 20 anos no clube, demonstrou todo seu amor ao clube dentro de campo e resolveu deixar o Fluminense em 1965. O goleiro fez 698 partidas pelo clube, sendo recordista absoluto, sofreu 777 gols e passou 255 jogos sem sofrê-los. No mesmo ano o jogador foi para o Paysandu, clube onde encerrou sua carreira.

Depois teve uma boa carreira como treinador, com destaque para o título paulista com o Santos, em 1984. Castilho cometeu suicídio em 2 de fevereiro de 1987, aos 59 anos, quando foi visitar sua esposa, jogando-se de uma janela. Pessoas próximas a ele acreditam que o ex-goleiro estava deprimido pelo esquecimento do público, porém o motivo exato é desconhecido pela família.

A grande trajetória de Bauer pelo São Paulo

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Bauer é um dos maiores ídolos da história do Tricolor

Nascido na capital paulista no dia 21 de novembro de 1925, o ex-jogador José Carlos Bauer estaria completando 97 anos de idade nesta segunda-feira. No início de sua carreira, ele jogou no São Paulo, clube onde jogou grande parte de sua carreira e se tornou um dos grandes ídolos da equipe paulistana.

Bauer começou a sua história no meio futebolístico com apenas 15 anos, quando se transferiu para as categorias de base são paulinas. Era um atleta que tinha muita força física, classe, qualidade e jogava muita bola em campo. Compôs o meio campo, linha média como era chamada antigamente, junto de Noronha e Zanzur. Depois, fez trio junto com Noronha e Rui. Ambos os trios são relembrados pela torcida até os dias de hoje.

Ajudou o clube do Morumbi a vencer os campeonatos estaduais de 1943, dois bicampeonatos paulistas consecutivos em 1945 e 1946 e também nos anos 1948 e 1949. Além destes, fez parte do elenco que venceu regional de 1953. 

Nesta passagem pelo São Paulo, o volante disputou um total de 419 partidas e balançou as redes adversárias em 16 oportunidades. 

Em todo este período, Bauer jogou também 49 partidas pela Seleção Brasileira. Disputou as Copas de 1950 e 1954 e o Campeonato Sul-Americano em 1949, único torneio que venceu pela equipe Canarinho. Mesmo com a derrota do Brasil para o Uruguai na final do primeiro mundial que jogou pela Amarelinha, recebeu a alcunha de "O Gigante do Maracanã".


Depois de atuar no escrete paulista, foi para o Botafogo em 1954, defendeu a Portuguesa de Desportos em 1955 e encerrou a sua carreira no São Bento em 1956. Aposentado, se tornou treinador, e trabalhou nas divisões de base do Clube Indiano de São Paulo.

Além disso, esteve no comando técnico da Ferroviária de Araraquara, do Chivas Guadalajara e também o Milionários. Bauer veio a falecer no dia 4 de fevereiro de 2004. Ele tinha 81 anos de idade e sofria Mal de Alzheimer.

O craque Didi e sua passagem pelo Fluminense

Com informações do Fluminense
Foto: arquivo

Didi com a camisa do Fluminense

Neste 8 de outubro de 2022 Waldir Pereira, também conhecido como Didi, grande figura da história do Fluminense Football Clube, completaria 94 anos se estivesse vivo. Nascido no estado do Rio de Janeiro, o ídolo tricolor atuou no clube de Laranjeiras como meia, de 1949 até 1956. Neste período, teve grande participação em importantes conquistas para o Fluminense, como o Campeonato Carioca de 1951 e o Mundial de 52 (Copa Rio).

Vindo do Madureira, além de suas 298 partidas e 91 gols honrando o Tricolor, Didi teve a carreira marcada por diversas conquistas na história do futebol brasileiro e mundial. Defendendo a Seleção Brasileira em três Copas do Mundo, Waldir Pereira marcou sua trajetória como jogador sendo campeão de duas. Em 1958 e 1962, se tornando ainda, o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958 segundo a FIFA.

O autor do primeiro gol no estádio Maracanã conquistou, além de campeonatos, prestígio internacional. Segundo a IFFHS (International Federation of Football History & Statistics) em 1999, Didi foi reconhecido como o sétimo maior jogador brasileiro do século XX e 19º do Mundo, ficando internacionalmente conhecido como Mr. Football.

Sua trajetória como jogador no Fluminense se encerra em 1956. O craque ainda defendeu Botafogo, Real Madrid, Sporting Cristal, Vera Cruz e São Paulo, onde encerrou a carreira em 1966.


Porém, mais tarde, o ídolo retornaria às Laranjeiras como um dos técnicos da histórica Máquina Tricolor, time bicampeão carioca de 1975 e 1976, depois de ter dirigido o Peru na Copa de 1970. Waldir Pereira faleceu no dia 12 de maio de 2001 com 72 anos. De maneira histórica e honrosa, Didi é eternizado como um ídolo do Fluminense Football Club.

Leônidas da Silva, o brasileiro mais famoso dos anos 1930 e 1940

Com informações da CBF
Foto: arquivo

Leônidas da Silva em ação pela Seleção Brasileira

O carioca Leônidas da Silva, nascido no dia 6 de setembro de 1913, foi o brasileiro mais popular nos anos 30/40, o Rei do Futebol antes de Pelé. O craque, que foi artilheiro do Mundial de 1938, movimentava multidões de torcedores para vê-lo jogar.

Conhecido como Homem Borracha no exterior, depois de encantar o mundo nas Copas de 1934 e 1938, foi um artilheiro e jogador extraordinários. Consagrado como Diamante Negro no Brasil, o que deu nome a uma marca de chocolate até hoje existente, Leônidas da Silva honrou a camisa da Seleção Brasileira - disputou 37 jogos e marcou 37 gols. É o artilheiro com a melhor média de gols da história da Seleção: um gol por partida.

Atacante que popularizou a bicicleta, marcando muitos gols, Leônidas da Silva brilhou em todos os clubes por onde passou. Campeão carioca pelo Vasco em 1934 e pelo Botafogo, em 1935, foi ídolo maior no Flamengo, clube que ajudou a popularizar, e no São Paulo,  transferido do Flamengo, em 1942, foi recebido em triunfo por uma multidão, que o conduziu da Praça da Sé até a sede do clube paulista. O recorde de público do Pacaembu é de sua estreia.

Leônidas da Silva, que morreu em 24 de janeiro de 2004, aos 90 anos, foi campeão carioca pelo Flamengo em 1939 e cinco vezes pelo São Paulo (43/45/46/48/49). Um dado comum aos dois clubes: marcou 142 gols com a camisa rubro-negra e 142 gols com a camisa tricolor.


LEÔNIDAS DA SILVA

Nascimento: 6 de setembro de 1913, no Rio de Janeiro (RJ).
Morte: 24 de janeiro de 2004, em São Paulo (SP).
Posição: Atacante.
Pela Seleção Brasileira: 37 jogos, 20 vitórias, 8 empates, 9 derrotas, 37 gols.
Contra Seleções Nacionais: 18 jogos, 7 vitórias, 4 empates, 7 derrotas, 20 gols.
Contra Seleções Estaduais, Clubes e Combinados: 19 jogos, 13 vitórias, 4 empates, 2 derrotas, 17 gols
Jogos Oficiais da FIFA: 6 jogos, 3 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 6 gols.
Títulos: Copa Rio Branco (1932); Copa Roca (1945).
Outros clubes: São Cristóvão F. R. (RJ) (1929); Sírio e Libanês F. C. (RJ) (1929 a 1930); Bonsucesso F. C. (RJ) (1931 a 1932); C. A. Peñarol (URU) (1933); C. R. Vasco da Gama (RJ) (1934); S. C. Brasil (RJ) (1935); Botafogo F. R. (RJ) (1935 a 1936); C. R. Flamengo (RJ) (1936 a 1941); São Paulo F. C. (SP) (1942 a 1951).
Outros Títulos: Campeonato Brasileiro de Seleções (1938, 1940-RJ, 1942-SP); Campeonato Carioca (1934, 1935, 1939); Campeonato Paulista (1943, 1945, 1946, 1948, 1949).
Artilheiro da Copa do Mundo de 1938 - 7 gols

Os títulos nos anos 40 do Moto Club de São Luís

Foto: arquivo / Futebol Maranhense

O time do Moto Club de 1948: campeão maranhense e do norte

Neste 13 de setembro de 2020, o Moto Club de São Luís, um dos grandes times do futebol maranhense, está completando 83 anos de fundação. Entre os vários títulos, ficam como destaque os conquistados na década de 40, quando, ainda nova, agremiação foi heptacampeão estadual e ainda conquistou a taça em torneios regionais.

Tudo começa em 1944. O recém time maranhense arrebata o título estadual, com Pepê sendo o artilheiro do certame, tendo marcado 16 gols. No ano seguinte, o Papão do Norte repetiu o feito, sendo novamente campeão e seu principal atacante foi o goleador máximo, com o mesmo número de tentos.

Por incrível que possa parecer, em 1946, a dose se repetiu: o Moto Club foi novamente campeão maranhense e Pepê também foi artilheiro, mas desta vez com "apenas" sete gols. Em 1947, Pepê não foi o goleador, o posto ficou com Batistão, do Sampaio Corrêa. Porém, o Rubro Negro arrebatou mais um estadual e ainda por cima foi campeão da Copa Norte Nordeste, conquistando o seu primeiro regional.

Em 1948, o Moto Club confirmou ser a principal força da região. No Estadual, foi novamente campeão e viu seu ex-grande atacante, Pepê, ser o artilheiro da competição, defendendo o Santa Izabel. Porém, o Papão conquistou um dos grandes títulos de sua história: o Torneio Campeão dos Campeões do Norte, passando por Paysandu e Fortaleza.


Em 1949, novamente o Moto Club fez valer a sua grande era e conquistou o Campeonato Maranhense. Ainda sobrou para 1950, onde o Rubro Negro ficou novamente com o título e teve novamente o artilheiro: Galego, com oito gols.

Este heptacampeonato estadual e os dois títulos regionais fizeram com que o Moto Club se tornasse um dos grandes do futebol maranhense, rivalizando com Sampaio Corrêa e Maranhão. Depois disso, foram mais 18 títulos estaduais do Papão do Norte.

O destino não deixou Antoninho sem títulos pelo Santos

O craque Antoninho

O Santos FC nasceu na década de 10 dominando o futebol da cidade. Na década de 20, mais precisamente na segunda metade, com um ataque matador formado por craques como Araken e Feitiço, só não foi campeão paulista por detalhes e erros de arbitragem que beneficiaram os clubes da capital do estado. Na década de 30, veio o primeiro título estadual, em 1935.

Em seguida, veio um hiato grande e a década de 40 foi um período de vacas magras do clube. Porém, o Santos FC sempre foi conhecido por ter grandes jogadores em todas as fases de sua história. E, mesmo em um momento não tão bom, esta característica foi mantida por um talentoso meia-direita: Antônio Fernandes, o Antoninho.

Em pé, da esquerda para a direita: Nenê, Pascoal, Hélvio, Dinho, Alfredo e Chiquinho.
Agachados: Pinhegas, Antoninho, Juvenal, Simões e Nicácio

Antoninho nasceu em Santos no dia 13 de agosto de 1921. Morava no Boqueirão e durante a segunda metade dos anos 30, quando já era adolescente, jogava por equipes amadoras da cidade, como o São Paulo do Marapé e o C.A. Theodor Wille, onde despertou a atenção de dirigentes e militantes do Santos F.C pelo futebol clássico que praticava.

O craque chegou à Vila Belmiro aos 19 anos. Sua estreia no time principal do alvinegro praiano aconteceu no dia 25 de maio de 1941, na vitória diante do SPR (atual Nacional da Barra Funda), no Estádio da Vila Belmiro. Meia direita de origem, Antoninho era especialista em deixar seus companheiros na cara do gol.

Ataque da seleção paulista: Julinho Botelho,
Antoninho, Baltazar, Pinga e Rodrigues

Antoninho representou para o Santos na década de 40 algo semelhante ao que foi Giovanni nos anos 90: mesmo em um período de vacas magras, sem títulos, a técnica estava presente. Mas há uma diferença, pois Giovanni jogou pelo clube apenas entre 1994 e 1996, voltando depois mais duas vezes, já nos anos 2000. Antoninho jogou no Santos entre 1941 e 1954. Os tempos eram outros. Para os mais antigos, o meia Antoninho foi o que melhor aconteceu ao Santos durante a década de 40. Já para os torcedores do Peixe na faixa de idade entre 30 e 40 anos, Giovanni é ídolo.

Incansável e com facilidade para marcar gols, comandou o time nos vice-campeonatos estaduais de 1948 e 1950. Nos 13 anos em que vestiu a camisa do Santos, Antoninho lutou muito pela conquista de um Campeonato Paulista, mas só pôde comemorar títulos com menor expressão.

Um dos maiores admiradores de seu refinado futebol foi Zizinho, o Mestre Ziza. Antoninho por despeito dos cariocas que tinham o comando da CBD, nunca foi convocado para defender o selecionado nacional, para tristeza dos torcedores do alvinegro. Mas na seleção paulista Antoninho era figurinha carimbada e esteve presente em várias formações jogando ao lado de Julinho Botelho, Baltazar, Pinga e Rodrigues Tatu.

Santos 1, São Paulo 0, em 1948. Vila Belmiro lotada

O craque fez sua última temporada no Santos em 1954, quando o Santos começava a preparar uma nova geração, que se transformou, anos depois, no melhor time do mundo da época. Por ironia do destino, o alvinegro voltara ganhar o Campeonato Paulista já no ano seguinte. Antoninho ainda jogou mais dois anos no Jabaquara e encerrou a carreira de futebol. Como jogador, Antoninho fez 400 partidas pelo Santos, balançando as redes em 145 oportunidades, sendo um dos 15 jogadores que mais marcaram gols pelo Peixe.

Mas todo o seu empenho e dedicação ao Santos FC seria recompensado na segunda metade da década de 60. Antoninho virou técnico depois de parar de jogar. Passou por Canto do Rio, Atlético Mineiro e Fluminense. Em 1965, voltou ao Peixe para ser o auxiliar do técnico Lula. Ao final do ano, Lula deixou o clube e acertou sua ida para o Corinthians.

Helvio e Antoninho, quando defendeu o Jabaquara

E o destino, que não o deixou ser campeão pelo Santos como jogador, deu a oportunidade de ouro para Antoninho. Ele assumia a direção técnica do time que contava com Pelé, Edu, Carlos Alberto, Clodoaldo, Lima, Cláudio, Ramos Delgado, Joel Camargo, Toninho Guerreiro... uma verdadeira constelação de craques!

Como treinador do Santos, Antoninho foi tricampeão paulista em 1967-68-69, campeão do Robertão em 1968, venceu as Recopas Sul-americana e Mundial, no mesmo ano, e foi o técnico do Santos na célebre noite em que Pelé marcou seu milésimo gol no Maracanã, contra o Vasco da Gama, em 1969. Além disso, foi o responsável em lançar no profissional jogadores como Douglas, Negreiros, Edu, Clodoaldo e Manoel Maria.

O lateral esquerdo Rildo, Antoninho, como treinador,
e o preparador físico Júlio Mazzei

Em 1971, Antoninho deixaria o comando técnico do Santos para outro grande nome do clube: Mauro Ramos de Oliveira. Ele ainda dirigiu Figueirense e Noroeste, seu último clube como treinador.

No dia 16 de dezembro de 1973, quando saiu de Santos indo para São Paulo acompanhar um San-São no Morumbi, Antoninho morreu de infarto. Acabou deixando três filhos (um homem e duas mulheres), quatro netos e dois bisnetos. Curiosidade: Antoninho é tio-avô do técnico do Santos campeão paulista de 2015, Marcelo Fernandes. E uma coincidência: ex-zagueiro também não foi campeão como jogador do Santos, mas conseguiu um título como treinador.

Mesmo não sendo campeão como jogador, Antoninho já havia deixado sua marca na história do Santos. A oportunidade de assumir o comando técnico na segunda metade da década de 60 só veio consertar um erro que o destino pregou no passado.
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