Santos goleia Palmeiras e avança no Sub-20

Santistas comemoram um dos gols da goleada

Amanhã, a Vila Belmiro será sede do clássico entre Santos e Palmeiras, válido pelo Brasileirão. Mas na tarde deste sábado, dia 31, houve uma espécie de prévia. O Peixe recebeu o Alviverde, em partida pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista Sub-20, no CT Rei Pelé e aplicou uma goleada de 4 a 1. O resultado garantiu o Alvinegro Praiano nas semifinais da competição.

Somente a vitória interessava ao Santos FC. Depois de perder o primeiro duelo por 1 a 0, no CT II do Palmeiras, os Meninos da Vila precisavam vencer o rival por um gol de diferença para avançar na competição. Porém, o placar final não refletiu o que foi o jogo e a tarefa do time santista ficou mais difícil quando Juninho abriu o placar para os visitantes aos 15 minutos da primeira etapa.

Buscando o gol a todo momento, o Alvinegro Praiano empatou o placar aos 28 minutos. Após cruzamento de Sabino, Lucas Veríssimo subiu mais alto do que a zaga palmeirense e cabeceou firme para as redes.

Por ter melhor campanha, a equipe santista precisava de mais um gol para se classificar. Porém, sem conseguir ampliar no primeiro tempo, o Peixe viu o Palmeiras ter a oportunidade de retomar a frente do placar aos 16 minutos da etapa final. Após jogada pela direita, Jobson foi derrubado e sofreu pênalti para o Palmeiras. Na cobrança, o goleiro John Victor foi preciso e defendeu a batida de Juninho.

A partir daí, o Peixe seguiu buscando o gol e permaneceu firme na marcação do ataque Palmeirense. De tanto insistir, o Santos FC conseguiu a virada aos 42 minutos. Após cobrança de falta de Rafael Oller, o lateral direito Patrick subiu sozinho e marcou o tento que a equipe santista precisava.

Mesmo em vantagem no placar, o Santos FC não parou de buscar o gol adversário nos minutos finais. Em jogadas muito parecidas, e de contra-ataque, Alessandro e Rafael Oller, aos 46 e 49 minutos, avançaram na grande área, fintaram o goleiro Daniel Fuzato e marcaram o terceiro e quarto gol santista.

Agora, na disputa para chegar à final, o Alvinegro Praiano enfrenta o Red Bull Brasil nos dois próximos finais de semana.

Ficha Técnica

Santos FC 4 x 1 Palmeiras

Local: CT Rei Pelé, às 16 horas;
Árbitro: Leomar Oliveira Neves;
Auxiliares: João Guilherme Lopes e Marcelo Zamian de Barros;

Cartões amarelos: Sabino (SFC); Altair (SEP);
Cartão vermelho: Altair (SEP);

Gols:  Juninho aos 15 min do 1ºT (SEP), Lucas Veríssimo, aos 28 min do 1ºT, Patrick, aos 42 min do 2ºT, Alessandro, aos 46 min do 2ºT e Rafael Oller aos 49 do 2ºT (SFC).

Santos FC: John Victor; Patrick, Lucas Veríssimo, Sabino e Rafael Compri (Alessandro); Murilo Cadina (Robson Alves), Willians (Vitor Alex), Matheus Oliveira, Caio e Rafael Oller; Natan - Técnico: Marcos Soares.

Palmeiras: Daniel Fuzato; Taylor, Gabriel Almeida, Augusto e Jeferson (Joazi); Altair, Jobson, Daniel e Juninho; Kaue (Laerte) e Felipe (Flamarion) - Técnico: João Burse.

Santos vence Briosa e está na semi do Sub-15

O Santos abriu o placar com cinco minutos

O Santos Futebol Clube venceu o Clássico das Praias está nas semifinais do Campeonato Paulista Sub-15. Em partida realizada na manhã deste sábado, dia 31, no CT Rei Pelé, o Peixe derrotou a Portuguesa Santista por 1 a 0, gol de Victor Yan.

Esta foi a segunda partida entre as duas equipes válida pelas quartas de final do Paulistão sub-15. No sábado passado, em Ulrico Mursa, o Santos também saiu vitorioso, mas pelo placar de 2 a 1. Portanto, o Peixe, por ter melhor campanha, poderia perder até por um gol de diferença que estaria na fase seguinte.

Com a Briosa precisando do resultado, o Santos FC iniciou a partida explorando os contra-ataques em velocidade e abriu o placar aos 5 minutos. Victor Yan chutou de fora da área e acertou o ângulo da meta defendida por Luis Felipe.

Jogo foi no CT Rei Pelé

Pouco depois, aos 8, a Portuguesa Santista quase igualou o marcador. O meio-campista Guilherme aproveitou uma bola rolada na entrada da área e chutou forte, mas a bola desviou na zaga, resvalou no travessão e saiu pela linha de fundo.

O restante da primeira etapa foi bastante equilibrado, com as duas equipes ameaçando a meta adversária constantemente. As melhores oportunidades do Santos foram com Yuri e Lucas Lourenço, aos 20 e 30 minutos, respectivamente, mas o goleiro Luis Felipe fez boas defesas. A Briosa teve boa chance com Gabriel, aos 25, mas o goleiro Paulo Mazoti defendeu o chute cruzado.

O segundo tempo teve dinâmica parecida com o final da primeira etapa. As duas equipes se alternaram no ataque criando oportunidades principalmente em finalizações da entrada da área, mas nenhum time conseguiu concretizar as chances em gol.

Briosa chegou a marcar, mas a arbitragem anulou o gol

A bola só balançou as redes já no final da partida, aos 27 minutos, quando o atacante Gaspar desviou um cruzamento de bola parada. Entretanto, o juiz invalidou a jogada e pouco depois encerrou a partida.

Pela próxima fase, Santos FC e Red Bull Brasil se enfrentam no próximo sábado, dia 7, às 9 horas, em Jarinu. O Peixe segue com a vantagem de dois resultados iguais por ter melhor campanha.

O Beijoqueiro e seus 'ataques' à boleiros

Romário sendo 'vítima' de Beijoqueiro

Se você tem 35 anos ou mais e tem algumas memórias dos anos 80, com certeza já ouviu falar no português radicado no Rio de Janeiro José Alves de Moura. Na verdade, pelo nome de batismo fica difícil lembrar da pessoa, mas Moura é, nada mais, nada menos, que o Beijoqueiro, figura folclórica do Brasil naqueles tempos.

O Beijoqueiro nasceu em 2 de março de 1940, na freguesia de Baguim do Monte, cidade de Gondomar, terra lusitana. Ele veio para o Brasil com 17 anos e o motivo de atravessar o Atlântico é incerto. Alguns dizem que foi para "tentar a sorte", outros falam que ele fugiu do serviço militar português. Mas, sejamos sinceros, uma figura como ele não combina mesmo com os quartéis da vida.

No Rio de Janeiro, Moura virou taxista. Segundo amigos, ele já era "meio fraco das ideias", mas a situação degringolou depois de um assalto na Central do Brasil em 1966. Naquele dia, Moura levou uma coronhada de um dos bandidos, que teve sequelas psiquiátricas comprovadas. Depois do assalto, passou a cultivar o estranho hábito de beijar as pessoas na rua, inclusive alguns clientes, homens ou mulheres.

Roberto Dinamite não escapou da figura

A clientela, que era boa devido ao carisma do sujeito, começou a diminuir. As pessoas, principalmente os homens, começaram a ficar com medo de ganhar, a qualquer momento, um beijo do motorista 'mutcho loco'. E, é claro, Moura teve que deixar a profissão.

Ao deixar de ser taxistas, Moura começou a ganhar a alcunha pela qual ele ficou famoso: Beijoqueiro. Começou a falar para todos que ele tinha uma missão: espalhar amor pela cidade do Rio. E fazia questão de dizer que não era homossexual, que gostava de mulher. Mas em 1980, a fama dele extrapolou as divisas da Cidade Maravilhosa, exatamente no show do grande Frank Sinatra, no Maracanã.

Ele dizia aos amigos que, no dia em que levara uma coronhada do assaltante, tinha tido uma espécie de visão e que nela aparecia a figura do astro americano. Ele tinha, portanto, que beijá-lo de qualquer maneira. No dia 26 de janeiro daquele ano, Beijoqueiro, não se sabe como, conseguiu furar um forte esquema de segurança e cumprir a promessa. Sinatra, enojado, parecendo estar mais assustado com o beijo do que com a própria invasão do palco, empurra o luso-brasileiro. Após o beijo, diante de um Maracanã lotado, o taxista encarnou de vez o personagem.

E é agora que o futebol entra na história. Como o esporte é uma das paixões brasileiras, uma boa parte das 'vítimas' de Beijoqueiro eram os boleiros. Há quem ache que, ao menos, a metade das pessoas beijadas pela figura folclórica era de jogadores do esporte bretão.

Sua saída do Maraca era sempre assim: preso pelos policiais

E ele não fazia questão de saber se o jogador estava em atividade ou já era aposentado. Com isto, a lista é longa e vamos citar alguns: Garrincha, Falcão, Zico, Pelé, Roberto Dinamite, Biro-Biro e Romário. Obina foi um dos últimos a ganhar um beijo do folclórico luso-brasileiro. Até as atletas da Seleção Feminina foram alvo da figura. Não era raro o Beijoqueiro invadir o gramado do Maracanã, achar o seu alvo, taca-lhe um beijo na bochecha e depois sair carregado pelos policiais.

Aliás, após beijar Zico, foi detido e espancado por policiais. O beijo saiu caro: teve costelas e dentes quebrados. Passou por uma batelada de exames para determinar seu problema psiquiátrico, que foi comprovado. Acabou libertado pelo juiz Mayrino da Costa, que declarou: "beijar não é crime. Quem dera se todos os delinquentes do Brasil trocassem suas armas por beijos".

Beijoqueiro chegou a ir a São Paulo, em um clássico Corinthians e Palmeiras, no Morumbi. Seu alvo foi o meia Biro-Biro, do Timão. “Quando olhei para a lateral do campo, vi um senhor, meio careca, corpulento, vindo na minha direção. Tentei correr, mas, quando vi o cara, já tinha me segurado com os dois braços e tacado um beijo na metade da minha boca, metade no rosto. Foi bem desagradável”, lembra Biro-Biro. Hoje, passado tanto tempo, o ex-volante acha que nem foi tão ruim assim. “Se ele me escolheu, entre tantas feras, é que eu tinha o meu valor. Grande figura o Beijoqueiro.”

'Atacando' as jogadoras da Seleção Feminina

Como todo bom português radicado no Rio de Janeiro, Beijoqueiro era vascaíno e os ídolos de seu time do coração, como Roberto Dinamite e Romário, eram seus alvos favoritos. Tanto que, depois de uma sumida nos anos 90, ele reapareceu em 2007 para beijar o Baixinho, na época da tentativa dos mil gols. Ele aproveitou e também entrou no Maraca na final do Futebol Feminino do Pan.

A última notícia que se teve dele no Rio de Janeiro foi em 2009, quando o próprio espalhou pelas ruas da Cidade Maravilhosa que iria beijar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele não conseguiu, mas para quem beijou 17 vezes o pé do Papa João Paulo II, ninguém duvidou que ele alcançaria o feito.

Atualmente, não se sabe o paradeiro de Beijoqueiro. Suspeita-se que ele tenha voltado para Portugal. Quem sabe não esteja beijando os lusitanos?

Outra final, outro campeonato, mas os mesmos protagonistas

* por Lucas Paes

Palmeiras e Santos vão decidir a Copa do Brasil, assim como foi no Paulistão

A noite de quarta-feira (e que no caso do jogo do Allianz Parque invadiu a Quinta) se destinaria a definir os finalistas da Copa do Brasil. Em Santos, a vaga do Alvinegro da Vila Belmiro estava bem encaminhada depois de vencer por 3 a 1 no placar e, em São Paulo, o Palmeiras tinha de reverter o 2 a 1 conseguido pelo Fluminense no Maracanã.

Comecemos pelo confronto pré-resolvido, Santos e São Paulo: Doriva abriu completamente a equipe e entrou buscando o tudo ou nada com Ganso, Michel Bastos, Kardec, Pato e Luis Fabiano. Mas a escolha virou contra o treinador, pois em 25 minutos o Santos fez três e poderia ter marcado até mais, pois o São Paulo estava completamente aberto quando tomava os contra-ataques.

A partida na Vila teve começo alucinante, com Santos e São Paulo revezando ataques. Porém, à exceção de uma cabeçada de Luis Fabiano, os ataques santistas eram mais perigosos e muito mais precisos e, em três deles, o Santos matou o jogo. Primeiro Ricardo Oliveira, depois um golaço de Marquinhos Gabriel e, por último, Ricardo Oliveira de novo. Marquinhos Gabriel ainda acertaria a trave antes do final de um primeiro tempo, onde o São Paulo agradecia por estar apenas 3 a 0 no placar.

Santos aniquilou o São Paulo em 25 minutos

No segundo tempo, o Santos relaxou e deixou o São Paulo ficar com a bola, mas, ainda assim, o tricolor criava poucas chances, assim como os santistas. O jogo parecia cada vez mais definido, mas ainda houve tempo para Michel Bastos fazer o gol de honra do São Paulo, em um belo chute rasteiro. Placar repetido do primeiro jogo, 6 a 2 Santos no agregado e, mais uma vez, o Peixe elimina o Tricolor em mata-mata.

Já no Allianz Parque, uma partida aberta traria, naturalmente, mais emoções e foi isso que aconteceu. O Palmeiras abriu o placar com o argentino naturalizado paraguaio Lucas bairros, depois de confuso lance na área, e fez o segundo depois de outro bate-rebate. Após pênalti perdido por Zé Roberto, a zaga do Fluminense bobeou e, no rebote, a bola sobrou para Barrios, de novo, empurrar para o gol.

A partir deste momento, o Fluminense passou a pressionar e teve boas chances, mas as chegadas palmeirenses ainda eram bastante perigosas. No segundo tempo, a partir do momento em que o Fluminense fez seu primeiro gol, em cabeçada de Fred (que jogou longe de estar 100% bem fisicamente), o jogo passou a tomar contornos de drama, típicos de mata-mata.

Não havia mais tanta organização tática, mas muito sangue, suor e lágrimas, como diz o conhecimento popular. Fernando Prass defendeu bom chute de Gérson, Dudu teve gol anulado, mas nada na partida se comparou ao lance onde Fred chutou no contra pé de Prass e o goleiro fez uma das defesas mais espetaculares do ano. No último ato do tempo normal, o árbitro Anderson Daronco encerrou antes do Fluminense ter a chance de bater um escanteio a seu favor.

Barrios e Robinho comemoram o segundo gol Alviverde

2 a 1 no Rio, 2 a 1 em São Paulo e decisão por pênaltis! E, mais uma vez, Fernando Prass foi herói. O Palmeiras acertou todos, na sequência: Rafael Marques, Jackson, Cristaldo e Allione. Já o Fluminense só teve o penal convertido por Jean, justamente o primeiro. Depois, Scarpa chutou para defesa de Prass e Gum deu um chute péssimo para fora. Nas penalidades, 4 a 1 Palmeiras e vaga na final.

Como há alguns meses, na decisão do estadual, Santos e Palmeiras se enfrentarão na finalíssima da Copa do Brasil. Uma final justa, de dois times que protagonizam, junto a São Paulo e Inter, uma briga de foice pela última vaga da Libertadores no Brasileirão (Ponte, Sport, Fluminense e outros correm por fora) e um desses dois vai garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem e, acima de tudo, um final de ano feliz com a comemoração de um título.

Ainda nesta quarta dois brasileiros jogaram pela Copa Sul Americana, o Atlético Paranaense foi ao Paraguai e perdeu para o Sportivo Luqueño por 2 a 0. Como o Furacão tinha vencido por 1 a 0 em Curitiba, acabou eliminado. Já a Chapecoense, apesar de eliminada, lutou muito e foi superior ao River Plate, atual campeão da Libertadores, em Chapecó. Porém, conseguiu apenas uma vitória por 2 a 1, que não deixa de ser histórica para o time catarinense.

* Lucas Paes é estudante de Jornalismo e colaborador de O Curioso do Futebol.

O palmeirense frei Cebolinha

Na esquerda, o frei Cebolinha

O Palmeiras, em sua história, teve fases fascinantes, como as eras das Academias e Parmalat. Porém, o clube já passou por momentos tensos, de times que eram execrados pela torcida e que teve resultados pífios dentro de campo.

Em uma dessas vezes, no ano de 1980, o Palmeiras apelou para a religião católica para afastar a má fase. Dirigentes do clube convidaram o frei Cebolinha para entrar em campo com a equipe em várias partidas. Uma delas, em um clássico contra o Santos, no Morumbi, em 14 de setembro, ficou marcada a imagem do frade entrando em campo.

Frei Cebolinha era um torcedor fervoroso do Alviverde. Careca e com jeito bonachão, ele era um assíduo frequentador do Parque Antárctica, entre as décadas de 70 e 80, indo com sua inseparável batina. Ele sempre fazia o gesto com o V de vitória com os dedos e, muitas vezes, benzeu os jogadores do Palmeiras.

Mais uma imagem do frade com os jogadores

Aquele ano era difícil para o Alviverde. A equipe sofreu goleadas para o Flamengo (6 a 2) e Internacional (4 a 1), perdeu de 3 a 0 para Guarani e XV de Piracicaba e ainda foi derrotado dentro do Palestra Itália para os pequenos Ferroviária, Juventus, Noroeste e Francana.

Pois bem, naquele 14 de setembro, o frade foi o '12º jogador' do Palestra no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Entrou em campo com os jogadores, fazendo o característico gesto com as mãos, abençoou jogadores e a bola. Alguns dizem que ele ainda rogou praga nos juízes, ato que não foi comprovado.

Apesar de força religiosa antes do clássico, a partida foi muito fraca e o Palmeiras não passou de um 0 a 0 com o Santos. O Alviverde foi tão mal naquele ano que no Campeonato Paulista nem conseguiu vaga para a principal série do Campeonato Brasileiro, tendo que jogar a Taça de Prata.

Grêmio 6 x 1 Flamengo - Em 1989, uma goleada para ficar na história

O Grêmio passou o trator no Flamengo

Desde o surgimento da Copa União, em 1987, onde o Campeonato Brasileiro teve uma redução drástica de número de times participantes e formou-se uma elite nacional, já que chegamos a ter até mais de 90 equipes no Brasileirão, a CBF procurava uma forma de fazer uma competição que envolvesse todos os estados do País.

A solução foi copiar muitos países da Europa e criar a Copa do Brasil, marcada para iniciar em 1989. A classificação para a competição era através dos campeonatos estaduais. Os campeões de cada Estado garantiam lugar, além de vices dos dez campeonatos com maiores médias de público. O prêmio da Copa do Brasil: vaga na Libertadores.

É verdade que a primeira edição esteve longe de ser um sucesso. Mas uma partida está até hoje na lista de embates marcantes do torneio: o segundo jogo da semifinal entre Grêmio e Flamengo, no Olímpico.

Paulo Egídio marcou duas vezes

Para chegar às semifinais, o Grêmio despachou Ibiraçu do Espírito Santo, Mixto do Mato Grosso e Bahia. Já o Flamengo ganhou do Paysandu do Pará, Blumenau de Santa Catarina e eliminou o Corinthians nas quartas.

Então, em 19 de agosto de 1989, um sábado, o Tricolor Gaúcho entrava no gramado para enfrentar o Rubro Negro Carioca em busca de uma vaga na final da Copa do Brasil. A primeira partida, com mando do Flamengo, havia terminado em 2 a 2 e o Grêmio podia até empatar em 1 a 1 que estaria na final. Porém, o Imortal fez muito mais.

No primeiro tempo, o jogo até foi equilibrado. Mas, empurrado pela sua torcida, o Grêmio abriu o placar com Cuca, aos 23 minutos. Esse placar dava mais alívio ao Tricolor e forçava o Flamengo a ir ao ataque.

Cuca, dando carrinho, também fez dois

Na segunda etapa, o Fla foi para o tudo ou nada e o Grêmio se aproveitou dos espaços e começou a marcar um gol atrás do outro: Paulo Egídio, duas vezes, Cuca, Almir e Assis, com Renato diminuindo para o Flamengo. No final, 6 a 1 para os donos da casa.

As manchetes dos jornais gaúchos no dia seguinte exaltavam o desempenho do Grêmio, com os adjetivos de praxe, como o popular Imortal. Já as manchetes dos diários cariocas falavam do vexame passado pelo Rubro Negro no Olímpico.

O Grêmio embalou de vez na Copa do Brasil, passou pelo Sport na final e garantiu a vaga na Libertadores do ano seguinte. Já a competição continuou capenga até 1995, quando o SBT garantiu os direitos de transmissão do torneio, fez um grande trabalho de divulgação do torneio, negociou com a CBF a presença de mais equipes grandes e os clubes também viram um atalho para chegar à Copa Libertadores.

Jogo completo

Ficha Técnica

Grêmio 6 x 1 Flamengo

Data: 19/8/1989 – Sábado
Local: Olímpico, Porto Alegre-RS
Público: 46.137
Renda: NCz$ 470.102,00
Juiz: Ulisses Tavares da Silva Filho

Cartões Amarelos: Marquinhos (Flamengo)

Gols: Cuca 23/1T, Paulo Egídio 04/2T, Almir 05/2T, Cuca 28/2T, Paulo Egídio 31/2T (Grêmio), Renato 35/2T (Flamengo), e Assis 42/2T (Grêmio).

Grêmio: Mazaropi; Alfinête, Luiz Eduardo, Vilson, Hélcio; Jandir (André 01/2), Lino, Cuca, Assis ; Kita (Almir 02/2), Paulo Egídio - Técnico: Cláudio Duarte.

Flamengo: Cantarelli; Leandro Silva, Júnior Baiano, Fernando, Leonardo; Aílton, Júnior, Marquinhos (Renato 01/2); Sérgio Araújo, Nando; Zinho - Técnico: Telê Santana.

O Cosmos enfrentando o Fast em Manaus

Oscar, do Cosmos, e Clodoaldo, que reforçou o Fast

O New York Cosmos, sem dúvida, foi uma sensação do futebol mundial entre a segunda metade da década de 70 e o início dos anos 80. Foi uma equipe que contou com diversas estrelas do esporte bretão, inclusive a maior delas: Pelé. Alguns, como o zagueiro Oscar e o meia Romerito, foram jogar no time da camisa verde no auge da carreira

Apesar de jogar em uma liga não tão forte quanto os campeonatos sul-americanos e europeus, o Cosmos chamava a atenção por onde jogava por causa da constelação de atletas que tinha em seu elenco. E isso não foi diferente em 1980, quando a equipe norte-americana veio para o Brasil.

Manaus foi uma das escalas do Cosmos no Brasil. Já sem Pelé, a equipe contava na época com Beckenbauer, Neeskens, Carlos Alberto Torres, Oscar, Romerito e Chinaglia enfrentaria o Fast Clube, uma das melhores do futebol amazônico e que teria o reforço do craque Clodoaldo.

Chinaglia sendo entrevistado

O responsável pelo amistoso foi o empresário e torcedor do Fast Joaquim Alencar. Amigo do treinador Júlio Mazzei e de Pelé, ele virou representante do Cosmos no Brasil quando a dupla deixou o Santos. Alencar convenceu os promotores a prestigiarem o Fast em detrimento das potências Flamengo e Corinthians. O governo amazonense patrocinou o evento e atrelou a imagem dos craques a ícones como o Teatro Amazonas.

Desde às primeiras horas da tarde de 9 de março de 1980 o movimento era grande nas imediações do Vivado Lima. Uma enorme fila de ônibus despejando torcedores que na correria procuravam as melhores acomodações. Tarde de muito calor e praticamente ninguém conseguiu ver o espetáculo sentado. Cada espaço era disputado com certo sacrifício. As notícias é que o Cosmos jogaria desfalcado do holandês Neeskens.

Carlos Alberto no aquecimento

Então, Fast e Cosmos entravam no gramado do Vivaldão para fazer o jogo com maior público do Amazonas, até então: 56.890 pagantes. Há até uma lenda que o estádio teria recebido mais de 80 mil pessoas naquele dia, e isto tem uma explicação: A marquise do estádio foi invadida por torcedores e, após corre-corre iniciado com boato de que a estrutura estava desabando, algumas pessoas tiveram escoriações e até fraturas.

A selva impressionou os visitantes, mas o calor ajudou os brasileiros, melhores em campo sobretudo após a expulsão de Carlos Alberto por agressão ao bandeirinha, na etapa inicial. Mesmo assim o placar permaneceu inalterado.

O Cosmos ainda faria mais duas partidas em território brasileiro: uma vitória por 2 a 1 sobre o Santos, na Vila Belmiro, e empate em 1 a 1 com o Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Mas foi a partida em Manaus que ficou para sempre na história.

Estádio estava lotado

Ficha Técnica

Fast Clube 0 x 0 NY Cosmos

Data: 9 de março de 1980
Local: Estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão - Manaus-AM
Público: 56.890 pagantes
Árbitro: Odílio Mendonça da Silva (AM)
Cartão Vermelho: Carlos Alberto Silva

Fast Clube: Miguel Banana; Carlos Alberto, Joãozinho, Marcão e Judelci; Clodoaldo, Zé Luis e Tauirís (Fabinho); Rogério, Bené (Iranduba) e Orange (Pesado) - Técnico: Juarez Bandeira.

NY Cosmos: Birkenmayer; Eskandarian, Oscar, Carlos Alberto Torres e Wilson; Beckenbauer, Romerito e Rick Davis; Seninho, Chinaglia e Marck Liveric (Nelsi Moraes) - Técnico: Julio Mazzei.

Rock e Futebol - Rod Stewart e seu fanatismo pelo Celtic

Rod Stewart com o agasalho e camisa de seu time do coração

Além de ter inúmeros sucessos em sua carreira, o cantor Rod Stewart não esconde de ninguém que é um grande fã de futebol. Aliás, mais do que isso: Rod Stewart é um torcedor fanático do Celtic, um dos grandes do futebol escocês, e da Seleção da Escócia.

Apesar desse fanatismo, Rod Stewart não é escocês de nascimento. Nascido em Highgate, região de Londres, capital da Inglaterra, em 10 de janeiro de 1945, o cantor é o único filho de Robert e Elsie Stewart nascido na Inglaterra. Porém, não ter nascido na terra do kilt não o impediu de torcer para um dos maiores times da região e também para a seleção local.

O cantor entregando a taça para o capitão do Celtic

Aliás, a relação entre Rod Stewart e o futebol começou cedo. Seu pai e seu avô foram jogadores amadores e a família toda era louca por futebol. Aos 16 anos, Rod chegou a tentar a carreira de jogador no Brentford, mas a paixão pela música falou mais alto, sem que isso o fizesse abandonar completamente o esporte.

Rod Stewart estourou no mundo musical em 1971, com a música Maggie May. Já consagrado, em 1977, o cantor invadiu o gramado do Wembley, após a Escócia vencer a Inglaterra, por 2 a 1, pelo Home British Championship. No entanto, o momento mais inesquecível para o cantor no futebol tem a ver com o Celtic.

Em 1977, Rod Stewart invadiu o gramado do Wembley

“Alguém me perguntou quando eu realmente fiquei fascinado por alguém no futebol. Eu conheci a Rainha e um monte de estrelas do cinema, o que não me abalou completamente. Mas quando me reuni com os Leões de Lisboa, os jogadores do Celtic que venceram a Champions em 1967, isso me comoveu. Fui para o campo com eles antes de um jogo em Parkhead e estava absolutamente sem palavras. Sentar com eles no vestiário foi uma experiência fantástica. Seria ótimo pensar que alguns desses jogadores, que conquistaram tanto, gostavam da minha música. Isso seria fascinante”, contou o astro à revista “Rolling Stone”, sobre a vitória do Celtic por 2 a 1 sobre a Inter de Milão na final da Liga dos Campeões da Europa.

A emoção de Rod Stewart sobre esse jogo é tão grande que ele incluiu o Celtic em uma canção lançada em 1978: “You’re in my Heart”. Obviamente, a música virou um hit no estádio do time escocês.

“You’re Celtic (…) You’re the best team I’ve ever seen”, diz a letra.

Rod Stewart chora após o Celtic vencer o Barcelona

Rod Stewart é figura constante no Celtic Park. Ele acompanhou a lendária vitória do time da casa sobre o poderoso Barcelona, de Messi em 2012. O cantor não conteve as lágrimas no estádio.

Rod Stewart, que foi uma das estrelas do último Rock In Rio, também já deixou uma marca com o seu futebol no Brasil. Na virada do ano de 1994 para 95, o astro fez um show inesquecível na Praia de Copacabana. Principalmente para os donos do Copacacabana Palace. Na ocasião, Rod promoveu um jogo de futebol na sua suíte no hotel, deixando um rastro de destruição. Coisas de astro do rock. E da bola.

* Com informações do blog Na Bola.

Jabuca perde para Assisense na despedida da Bezinha

Jogo de despedida de Jabaquara e Assisense (foto: Marcos Martiniano)

O Jabaquara foi derrotado pelo Assisense em sua despedida do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a popular Bezinha, A partida foi realizada na manhã deste domingo, dia 25, no Estádio Espanha, em Santos, e o placar apontou 2 a 1 para os visitantes, que conseguiram a única vitória na segunda fase da competição.

Realmente o clima na Caneleira era de fim de feira. Como ambas as equipes não tinham mais aspirações na competição, a melancolia nos elencos de Jabaquara e Assisense era predominante antes do apito inicial. Só para se ter uma ideia, o time do interior veio a Santos com apenas 12 jogadores: os 11 titulares mais o goleiro reserva.

Mas para quem achava que a partida seria sonolenta, se enganou. Pelo menos no primeiro tempo, onde as duas equipes se movimentaram e atacaram bastante, sempre procurando o gol. Quem foi ao Estádio Espanha não se arrependeu.

Gabriel Virgulino comemora segundo gol do jogo (foto: G1 Santos - Antonio Marcos)

Sem chances de brigar pelo acesso à série A-3, Jabaquara e Assisense entraram em campo buscando uma despedida com vitória. Mesmo jogando fora de casa, a equipe do técnico Carlos Alberto Seixas foi melhor do que o Jabaquara na primeira etapa e não demorou para abrir o placar. Com um minuto, o lateral direito Gabriel Modesto bateu falta da esquerda, a bola desviou na zaga do Leão e enganou o goleiro Thyago: 1 a 0. Na sequência, os visitantes ampliaram com o camisa 10 Gabriel Virgulino, que recebeu a bola na entrada da área e finalizou no canto direito do arqueiro do Jabuca.

Autor do primeiro gol do jogo, o lateral Gabriel Modesto lesionou o pé direito e foi substituído pelo goleiro reserva Alef, único jogador suplente da equipe de Assis. Na alteração, o goleiro titular Augusto foi para linha na vaga do atleta lesionado. Os donos da casa equilibraram o jogo na metade da primeira etapa e diminuíram com o lateral esquerdo Gilmar, que balançou a rede adversária após ótima jogada de Alex Tanque.

Na segunda etapa, o ritmo da partida diminuiu bastante. Mas, em desvantagem no placar, os donos da casa partiram em busca do empate. Já o Assisense, com um goleiro adaptado na linha, foi segurando o resultado.

Apesar de insistir, principalmente com jogadas pelas laterais, o Jabaquara não conseguiu furar o bloqueio do Assisense, que recuou e passou a explorar o contra-ataque. Nos minutos finais, o Falcão do Vale controlou a posse de bola e, mesmo eliminado, comemorou a primeira vitória na fase decisiva.

Comissão Técnica do Jabaquara (foto: Walter Dias)

Apesar da vitória, a campanha do Assisense na segunda fase foi péssima, terminando na lanterna do Grupo 5, com oito pontos, dez a menos que o vice-líder Olímpia, que conquistou o acesso junto ao São Carlos. Já o Jabaquara ficou na quarta colocação, com dez pontos.

Ficha Técnica

Jabaquara 1 x 2 Assisense

Data: 25 de outubro de 2015
Local: Estádio Espanha - Santos (SP)
Árbitro: Roberto Pinelli
Assistentes: Marcio Jacob e Valter Luis dos Santos Correia

Cartões Amarelos: Souza, Caiquinho e Avatar (Jabaquara). Hygor e Pedro (Assisense).

Cartão Vermelho: Deyvid (Jabaquara)

Gols: Gabriel 1' 1T, Gabriel Virgulino 10' 1T (Assisense) e Gilmar 33' 1T (Jabaquara)

Jabaquara: Thyago; Deivid, Gilmar, Márcio Silva (Pedro Paulo) e Souza; Caiquinho, Gualberto (Gustavo), Avatar e Eric; Alex (Weslen) e Paulo Ricardo - Técnico: Axel.

Assisense: Augusto; Gabriel Modesto (Alef Maia), Higor, Magno e Flávio Augusto; Pedro, Luca Frazão, Juninho e Gabriel Virgulino; Sérgio Beiço e Geovani - Técnico: Carlos Alberto .Seixas

Santos vence Clássico das Praias pelas quartas do Sub-15

Santos conseguiu um grande resultado contra a Briosa (foto: Marcos Martiniano)

O Santos FC saiu na frente nas quartas-de-final do Campeonato Paulista Sub-15. O Peixe venceu a Portuguesa Santista, no famoso Clássico das Praias, por 2 a 1, na manhã deste sábado, em Ulrico Mursa, e deu um passo importante para chegar às semifinais da competição.

A partida foi muito equilibrada, com chances de gol para ambas as equipes. O Santos era mais incisivo, mas a Briosa sempre respondia. Apesar do primeiro tempo aberto, o placar saiu do zero apenas nos últimos minutos, com o meia santista Victor Yan.

No segundo tempo, a Briosa foi para o ataque, tentando empatar a partida e o Santos se aproveitava dos contra-ataques. Em um destes lances, o Peixe aproveitou para ampliar o marcador com o atacante Rodrigo.

Mas a Portuguesa Santista não desistiu. De tanto insistir, conseguiu furar o bloqueio da defesa alvinegra e diminuir o placar com o artilheiro Gaspar. O placar do Estádio Ulrico Mursa apontava Santos 2 a 1.

Jogadores do Peixe comemorando o gol

No final da partida, um lance, no mínimo, discutível. Em um bate-rebate na área alvinegra, um jogador da Briosa chutou a bola, que desviou na mão do zagueiro do Peixe. Apesar dos protestos dos atletas e torcedores da Portuguesa Santista, o árbitro nada marcou e o Santos venceu a partida.

Com este resultado, o Alvinegro pode empatar, ou até perder o duelo de volta por um gol de diferença, que fica com a classificação para as semifinais. É tudo ou nada para a Briosa. Santos FC e Portuguesa Santista voltam a se encontrar no próximo sábado (31) no CT Rei Pelé. A partida, que está marcada para as 9 horas, tem entrada gratuita.

Santos 4 x 4 Atlético - Festival de gols pelo Brasileirão 1998

Valdir marcando um de seus gols na partida

No Campeonato Brasileiro de 1998, o Atlético Mineiro foi o rei dos empates com muitos gols. Em 10 de outubro, o Galo enfrentou o Botafogo no Mineirão em um eletrizante 5 a 5, onde a equipe da casa chegou a estar ganhando de 5 a 2. Já que este jogo já foi tema de O Curioso do Futebol, vamos falar de outra partida, realizada praticamente dois meses antes, com a participação do alvinegro de Belo Horizonte.

Em 19 de agosto do mesmo ano, o Atlético Mineiro foi até o litoral paulista para enfrentar o Santos FC na Vila Belmiro, em partida válida pela sexta rodada do Brasileirão de 1998. A partida prometia muito, já que dois dos mais famosos artilheiros do país estavam em campo: Valdir, pelo Galo, e Viola, pelo Peixe.

Apesar de ser uma quarta-feira, o jogo foi marcado para às 15h30. Como estava em época de Horário Eleitoral Gratuito na televisão, a Rede Globo transmitia os jogos do meio de semana no período da vespertino, no antigo espaço da Sessão da Tarde. O motivo: com os candidatos na TV, se os jogos começassem às 21h45 (horário dos jogos à época), a novela teria pouco tempo de exibição. Pois é, a teledramaturgia brasileira mexe com o futebol não é de agora.

A partida começou morna. Santos e Atlético Mineiro se estudavam em campo. O jogo esquentou na metade do primeiro tempo, com o Galo comandando as ações. E aos 25 minutos, o placar foi aberto. Valdir, pela direita da grande área, cruzou rasteiro para Marques marcar: 1 a 0 para os visitantes.

Viola disputa a jogada

Enquanto o Santos ainda assimilava o golpe, o Galo continuava dominando a partida e não perdeu tempo para ampliar o marcador. Aos 33, Marques e Valdir tabelaram, envolveram toda a defesa do Peixe e o artilheiro de bigode não vacilou: 2 a 0 para o Atlético Mineiro. E o primeiro tempo terminou com a vantagem dos visitantes.

A segunda etapa começou como terminou a primeira, com o Galo dominando, mesmo com a expulsão do lateral-esquerdo Everaldo. O terceiro gol não demorou a sair: Marques invadiu a área e foi derrubado por Anderson. Pênalti que Valdir bateu, aos nove minutos, e não perdoou. Mais um do Atlético Mineiro.

O Santos acordou para a partida e esboçou uma reação. O técnico Leão sacou o lateral Athirson e colocou o meia atacante Adiel, que botou fogo no jogo. Aos 15 minutos, ele cruzou uma bola da direita para Lúcio, que diminuiu. Galo 3, Peixe 1.

O Santos foi para cima, tentando diminuir a diferença a qualquer custo e deixou espaços para os mineiros. Em um desses contra-ataques, Sandro agarrou Valdir na área e o árbitro Luiz Augusto Teotônio de Almeida marcou outro pênalti para o Atlético. O próprio Valdir, aos 28 minutos, bateu e conferiu: 4 a 1 para o Galo.

Faltando um pouco mais de 15 minutos para o fim da partida, todos os presentes na Vila Belmiro acharam que o jogo estava definido. Porém, "o jogo só termina quando o juiz apita o final" e o Santos provou que esta velha máxima é real. Aos 30 minutos, em uma boa cruzada da direita, o colombiano Aristizábal, de cabeça, marcou o segundo gol do Santos.

E a pressão santista continuou. Três minutos depois, Viola foi derrubado na área e o árbitro marcou o terceiro pênalti da partida, o primeiro em favor dos mandantes. O próprio artilheiro, que andava meio sumido do jogo, bateu e fez. Neste momento, o placar apontava Santos 3, Atlético 4.

Melhores momentos da partida

E assim como dois meses depois, quando o Atlético Mineiro ganhava do Botafogo por 5 a 2 e deixou empatar, neste jogo o Galo também cedeu o empate depois estar com três gols de vantagem. Aos 43 minutos, Com praticamente o time inteiro do Santos na área adversária, Adiel cruzou a bola pela esquerda, Viola cabeceou na trave e, no rebote, Claudiomiro, em uma bicicleta muito estranha, empatou: 4 a 4.

Foi uma partida emocionante, como muitas daquele Campeonato Brasileiro. O Galo, naquele campeonato, perdeu a vaga nos play-offs para o Grêmio no número de vitórias. Já o Santos chegou até as semifinais, onde foi eliminado pelo Corinthians, a equipe que conquistou o caneco.

Pelé antes de chegar ao Santos

Pelé na Escola

Hoje é um dia especial para o futebol. Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, completa mais um ano de vida. O Curioso do Futebol, aproveitando a data, relembra a história dele antes de chegar ao Santos Futebol Clube, onde fez fama.

Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, no estado de Minas Gerais, em 23 de outubro de 1940. Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, o Dondinho, conhecido jogador de futebol no interior mineiro.

Ainda criança, Edson manifestou a vontade de ser futebolista. Por ironia do destino, o apelido 'Pelé', que virou marca mundialmente famosa, teve origem em um goleiro. Em 1943, Dondinho jogava no time mineiro do São Lourenço. O pequeno Edson, que tinha apenas 3 anos, ficou impressionado com as defesas do arqueiro do time do pai, que se chamava Bilé.

Pelé e Zoca, seu irmão

Quando Edson brincava de goleiro, gritava: "Defende Bilé". As pessoas mais próximas começaram a chamá-lo de Bilé. Porém, como era pequeno e seus amigos também, eles tinham dificuldades de pronunciar Bilé e, com o tempo, o apelido virou Pelé.

Em 1945, Dondinho foi jogar no Bauru Atlético Clube (BAC). Portanto, Pelé e toda a família mudaram para a cidade do interior de São Paulo. Foi em Bauru onde o Atleta do Século passou a encarar o futebol com um pouco mais de seriedade.

Com onze anos, Pelé jogava em um time infanto-juvenil chamado Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio timeo Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Noroeste (que por outra ironia do destino, era o mantenedor do rival do BAC, o Noroeste), principalmente amendoim, para vender em entrada de cinema e praças.

Pelé no Ameriquinha

Posteriormente, Pelé teria uma passagem pelo Ameriquinha da cidade, onde vestiria suas primeiras chuteiras e ganharia seu primeiro título, em 1952: o infantil de Bauru. Depois, viria a jogar no Baquinho, como era carinhosamente chamada a equipe da base do BAC. O clube foi a maior referência de sua juventude. O BAC, onde Dondinho jogou, mandava os seus jogos na rua Rio Branco, onde hoje foi construído um hipermercado.

O convite para jogar no Baquinho partiu do Antoninho "Bigode", que oferecia até emprego para os jogadores. Foi Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Waldemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe.

No Baquinho, o segundo agachado

Waldemar de Brito viu em Pelé uma joia rara e a fama do garoto bom de bola começou a aparecer. O Bangu fez uma excursão pela região de Bauru e ao saber do atleta o quis levar para o Rio, mas dona Celeste, mãe de Pelé, não deixou o garoto ir, pois a capital carioca era grande e perigosa para o menino que só havia morado no interior.

Pelé, com 14 anos, chegou a treinar no time principal do Noroeste. Quando Waldemar de Brito soube, ficou doido da vida. Tinha medo que no Noroeste, não respeitassem o garoto e o quebrassem. O ex-craque e treinador já pensava para onde ia mandá-lo. O Santos FC.

Passagem pelo Noroeste. É o terceiro agachado

Waldemar, Dondinho, Pelé e seus irmãos ficaram uma madrugada inteira para convencer dona Celeste a deixar o garoto, então com 15 anos, a ir para Santos. A mãe do Rei não queria deixá-lo. Porém, com muita paciência, dona Celeste foi demovida da ideia e Pelé pôde ir para a cidade litorânea.

No Santos, chegou até a receber um outro apelido, Gasolina, e era chamado assim quando jogava no amador e nas primeiras partidas do time principal do Peixe. Porém, foi como Pelé que fez fama no mundo inteiro.

Uma lenda chamada Jacozinho

No 'Rei Pelé'. Ídolo no CSA

Imagine a cena: você é um jogador conhecido especificamente em uma região do País, no caso o Nordeste, mas que o grande público do Sul e Sudeste pouco sabe. Consegue cavar uma vaguinha no jogo festivo da volta do maior ídolo do futebol brasileiro ao Flamengo. Entra no segundo tempo, recebe um lançamento do gênio Maradona, dribla o goleiro Rubro Negro e marca um golaço, ofuscando todas as feras que estavam na partida, inclusive o Galinho de Quintino. Parece um sonho, não é mesmo? Porém, isto aconteceu com Jacozinho.

Nascido na cidade de Gararu, no norte de Sergipe, em 2 de fevereiro de 1956, Givaldo Santos Vasconcelos ou, simplesmente, Jacozinho, começou no futebol pelo Vasco de Aracaju e estreou pelos profissionais em 1976. Atacante rápido, ele logo chamou a atenção do Sergipe, um dos maiores times do estado, e disputou o Campeonato Brasileiro de do ano seguinte pelo alvirrubro.

Lances de Jacozinho

Com gols e belas jogadas, ele acabou despertando a cobiça dos dirigentes do Galícia e foi atuar no futebol baiano. Mas o destino reservou para o ponteiro uma certa camisa azul. O CSA iniciava na década de 80 um de seus períodos mais marcantes de glória e Jacozinho seria uma das principais estrelas deste momento.

No CSA, Jacozinho foi cinco vezes campeão alagoano e três vezes vice-campeão da Taça de Prata, a segunda divisão do Brasileirão. Na época, o repórter Márcio Canuto, da Rede Globo Nordeste, promoveu o jogador nacionalmente, com reportagens para o programa Globo Esporte em que pedia, em tom humorístico, a sua convocação para a Seleção Brasileira de futebol, então comandada por Evaristo de Macedo. O jornalista explorava ainda a origem humilde do ídolo da torcida, mostrando-o chegar aos treinos montado num jegue e comendo rapadura.

Marcio Canuto pedia Jacozinho na Seleção

Jacozinho dava um jeitinho para tudo. Convencia os dirigentes a aumentar o “bicho” e muitas vezes teve até as contas pagas em Maceió por torcedores do Azulão. "No auge da minha carreira no CSA não precisava gastar dinheiro. Num restaurante, ou o dono não cobrava ou sempre aparecia um torcedor endinheirado para pagar. Era tratado como um rei em Alagoas", disse o ex-jogador, em entrevista ao Globo Esporte.

O auge da fama veio no amistoso que marcou a volta de Zico ao Flamengo. Canuto defendeu a participação do atacante no time dos Amigos de Zico, que enfrentaria o Flamengo no Maracanã no dia 12 de julho de 1985. Mesmo sem ter sido convidado oficialmente, Jacozinho acabou ganhando um lugar no banco de reservas. Entrou no time no segundo tempo, no lugar de Paulo Roberto Falcão, e se consagrou ao receber um lançamento de Maradona, driblar o goleiro Cantarele e marcar o gol dos Amigos de Zico, que perderam o jogo por 3 a 1.

Zico, pelo Fla, e Jacozinho, pelo CSA

"Até hoje eu não sei como eu fui parar lá no Maracanã. Um empresário de nome Ronaldo me ligou para fazer o convite. Eu tive de pagar a passagem do meu bolso e fui para o Rio. Nem sabia que ia jogar", conta Jacozinho.

A fama meteórica de Jacozinho rendeu até uma homenagem feita por Fernando Collor de Mello, na época governador de Alagoas. "Nunca pensei que aquilo fosse acontecer. Até o Collor, que depois foi eleito presidente, me homenageou. O povo pedia para o Evaristo de Macedo (que era o técnico) me dar uma chance na seleção brasileira. Parecia até o Romário", brinca o ex-atacante.

Neste vídeo, Canuto explica Jacozinho no jogo do Zico

Em 1995, Jacozinho reapareceu no noticiário nacional. Encerrando a carreira no Ypiranga de Pernambuco, o atacante era pago em cabeças de gado para disputar o Campeonato Brasileiro da Série C. Foi, inclusive, destaque em reportagem da Revista Placar sobre a competição. O Ypiranga foi o 83° dos 107 times que disputaram a terceirona.

Jacozinho rodou o Brasil atrás da bola. Além de um teste no Santos, em 1983, sem sucesso para Jacozinho, o atacante defendeu também Jequié (BA), Lêonico (BA), Corinthians de Presidente Prudente (SP) e Santa Cruz (PE). Mas, com certeza, foi no CSA onde ele marcou na história.

Santos de ‘aura copeira’ dá grande passo para a final da Copa do Brasil

* por Lucas Paes

Gabriel comemora o primeiro gol da partida

O São Paulo teve incontáveis chances, jogou melhor durante a maior parte do primeiro tempo, mas em 10 minutos parece ter perdido a classificação. Foi neste momento em que o Santos teve domínio e poderia até ter feito o quarto. Com todos estes nuances, os alvinegros escreveram no início da madrugada de quinta, no Morumbi, um típico roteiro de equipe copeira.

Houve apagão com menos de um minuto de partida, houve temporal, houve de tudo. Foram mais de 20 minutos para o restabelecimento da iluminação no Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Durante o jogo, como já destacado, o São Paulo foi mais incisivo durante a maior parte do tempo, porém pecava na pontaria dos atacantes, em desvios de poças de água, em pernas de jogadores do Santos, pecava na própria sorte. Sorte essa que parece sobrar ao alvinegro praiano.

No primeiro tempo, o São Paulo pressionava e engolia o Santos, oferecendo perigo à meta alvinegra em diversos momentos, principalmente em bolas aéreas. Porém, para o Santos foi preciso um lance: um contra ataque encaixado e Gabigol colocou o peixe à frente no placar. A pressão são-paulina funcionou e, com um belo gol de Pato após excelente lançamento de Michel Bastos, o Tricolor empatou.

Luís Fabiano tentou

No segundo tempo, o Santos precisou de apenas 5 minutos para desmontar qualquer ideia montada pelo treinador Doriva no intervalo. Começando melhor, logo a 1 minuto, o Peixe fez o segundo, com o artilheiro Ricardo Oliveira. Pouco depois, Lucas Lima encaixou a bola na cabeça de Marquinhos Gabriel, que marcou o terceiro. Elétrico, o Peixe poderia ter feito o quarto, caso o empurrão sofrido por Lucas Lima tivesse culminado em pênalti antes dos 10 minutos.

Depois disso, o São Paulo jogou infinitas bolas na área, causando a sensação de que mesmo se o jogo rolasse até as 2 da manhã, nada mudaria no Morumbi, pois o roteiro estava terminado, as cortinas já haviam se fechado e o primeiro ato terminava com final comum nos últimos 15 anos do espetáculo: passam os anos, mudam os atores, mas o final parece sempre o mesmo.

Ao que parece, este Santos adquiriu um espírito, uma aura copeira e este fato não vem de hoje. Na Copa do Brasil, desde a chegada de Dorival Júnior, o Santos tem feito partidas com amplo domínio sobre seus adversários jogando em seus domínios, seja na Vila Belmiro como no Pacaembu, e consegue bons resultados fora de casa. Fora o confronto contra o Sport, em que o Peixe precisou reverter o resultado, o Santos se impôs fora de casa contra Corinthians e Figueirense. E isto não acontece no Brasileirão, onde o Alvinegro só venceu uma partida fora, contra o Cruzeiro.

Marquinhos Gabriel e Ganso disputam a bola

A julgar pelo desempenho muito bom em casa, é difícil imaginar que o Santos perca a classificação semana que vem, na Vila Belmiro, e o horizonte se mostra muito brilhante para um time que começou o ano numa crise e fez muitos pensarem em lutar contra a Série B. Pois hoje, o Peixe é forte candidato à vaga na Libertadores, seja pela Copa do Brasil ou pelo próprio Brasileirão.

Ao São Paulo resta tentar juntar os cacos, mas o menor problema é o time dentro de campo. O Tricolor precisa consertar seus enormes problemas políticos internos para voltar a ser um clube forte, como sempre foi. Mesmo com lampejos, este São Paulo está longe de ser o time que era acostumado estar na Copa Libertadores e temido em todos os cantos da América do Sul.

Lance do gol de Ricardo Oliveira

Apenas o tempo dirá qual será o resultado final deste momento copeiro do Santos. Mas parece que Dorival Júnior, como sempre destaca o jornalista Ademir Quintino, nasceu para treinar o Santos e colhe bons frutos, o que não era esperado em um ano no qual o ambiente de Vila Belmiro quase explodiu, como tem acontecido no Morumbi. 

Ainda há um segundo jogo na Vila, mas é muito difícil pensar que o São Paulo tenha condições de golear o Santos dentro do alçapão. O Alvinegro não sofre goleadas na Vila desde 2008, quando levou 4 a 0 para o Goiás, com um time marcado pela quase queda à segunda divisão. Mas, para todos os efeitos, limitando-se a este primeiro jogo, o Peixe é hoje um time copeiro, com um pé e meio na final da Copa do Brasil. O primeiro ato da peça Semifinal terminou e não deixa nenhuma pista de que o final do segundo seja diferente desta vez.

Nota do editor: Este jogo é um exemplo claro de que as partidas devem começar antes das 22 horas. Por causa da falta de luz no início do jogo, muitos torcedores ficaram sem transporte público para voltar para suas residências devido ao horário em que o evento terminou.

* Lucas Paes é santista e estudante de jornalismo.

Os confrontos entre River Plate e Paulista pela Libertadores de 2006

Paulista ganhou do River Plate no Jayme Cintra

Hoje teremos um belo confronto pela Copa Sulamericana. O tradicionalíssimo River Plate de Buenos Aires, atual campeão da Copa Libertadores e da própria Sulamericana, enfrenta o atual time fenômeno do futebol brasileiro: a Chapecoense. Mas não é a primeira vez que o famoso time do Estádio Monumental de Nuñez enfrenta um inusitado time tupiniquim em competição continental.

Em 2005, o Paulista de Jundiaí, com uma campanha surpreendente e avassaladora, repetiu o feito do Santo André um ano antes e conquistou a Copa do Brasil. O título deu direito ao Galo do Japi disputar a Copa Libertadores do ano seguinte.

O sorteio das chave fez com que a equipe do interior de São Paulo caísse no Grupo 8, ao lado de El Nacional do Equador, Libertad do Paraguai e o grande River Plate. O Galo do Japi estrou com um empate em Quito, 1 a 1 com a equipe equatoriana e, depois, um 0 a 0 em casa contra os paraguaios.

Paulista foi derrotado em Buenos Aires

O terceiro jogo, marcado para 16 de março no Monumental de Nuñez, seria contra o temido River Plate. Foi perceptível que os jogadores do Paulista ficaram nervosos e os argentinos, dirigidos por Daniel Passarela, fizeram 2 a 0 com 12 minutos de jogo, gols de Santana e Montenegro.

O Paulista, aos poucos foi equilibrando a partida e o colombiano Muñoz, cedido para o Paulista pelo Palmeiras, por empréstimo, marcou de pênalti e diminuiu os brasileiros ainda no primeiro tempo. Porém, na segunda etapa, Montenegro marcou novamente e Abán fechou a goleada: 4 a 1 para os argentinos.

As duas equipes se enfrentariam, novamente, na rodada seguinte, em 5 de abril. Porém, o jogo seria no Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí. A cidade ficou em festa, pois seria a primeira vez que o Paulista receberia um grande time estrangeiro.

Jogadores comemoram gol

E a partida não poderia ser melhor para o Paulista. Aos oito minutos, Amaral acertou o gol argentino com um chute de longe, sem chance de defesa para o goleiro Lux: 1 a 0 para a equipe da casa, o que empolgou ainda mais os presentes.

Com a torcida empurrando, o Paulista logo chegou ao segundo gol. Aos 17 minutos, a equipe de Jundiaí armou uma boa jogada pela direita e Jaílson, dentro da área, subiu sozinho para ampliar o marcador para os donos da casa. Mas o River reagiu um minuto depois, Patiño ganhou a briga pela bola e arriscou de fora da área. A bola ganhou efeito e enganou o goleiro Rafael, diminuindo a vantagem do time brasileiro.

Partida no Monumental de Nuñez

Durante o segundo tempo, o time de Daniel Passarella foi para cima do Paulista. O comandante colocou em campo Montenegro e Farias e o River equilibrou as ações. Mesmo assim, o time paulista suportou a pressão do adversário e conseguiu sair no contra-ataque, mas falhou em várias conclusões para o gol de Lux. Apesar de toda a movimentação, o placar foi inalterado e a partida terminou 2 a 1 para o Paulista e a torcida fez muita festa.

Na partida seguinte, o Paulista foi derrotado no Paraguai pelo Libertad, por 1 a 0 e , na última rodada, empatou em casa em 0 a 0 contra o El Nacional. Os resultados deixaram o Galo do Japi em último no Grupo oito, com seis pontos e um gol de saldo a menos que a equipe equatoriana.

Ainda em 2006, o Paulista perdeu o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro para o América de Natal, mesmo tendo o mesmos 61 pontos. A decisão ficou no número de vitórias: 19 a 17 para a equipe potiguar. Depois, o Paulista acumulou diversos rebaixamentos e hoje disputa a Série A-2 do Paulistão e está sem divisão nacional.

Jogo em Jundiaí

Fichas Técnicas

River Plate 4 x 1 Paulista

Data: 16 de março de 2006
Local: Estádio Monumental de Nuñez, Buenos Aires

Gols: Santana 9' 1T (River), Montenegro 12' 1T (River), Muñoz (pen) 27' 1T (Paulista), Montenegro 6' 2T (River) e Ában 37' 2T (River).

River Plate: Lux; Ferrari, Cáceres, Tula e Dominguez; Santana, Ahumada (Mareque), Zapata (Lima) e Patiño (Pusineri); Montenegro e Abán - Técnico: Daniel Passarela.

Paulista: Rafael; Bosco (Beto), Dema, Réver e Fábio Vidal; Glaydson (Lucas), Amaral, Wilson e Jaílson (Wesley); Muñoz e Abraão - Técnico: Vágner Mancini.

Paulista 2 x 1 River Plate

Data: 5 de abril de 2006
Local: Estádio Jayme Cintra, Jundiaí

Gols: Amaral 8' 1T (Paulista), Jaílson 17' 1T (Paulista) e Patiño 18' 1T (River).

Paulista: Rafael Braccali; Lucas, Dema, Rever e Beto; Amaral, Douglas, Glaydson e Wilson; Jaílson (Jean Carlos) e Muñoz (Bosco) - Técnico: Vágner Mancini.

River Plate: Lux; Álvarez, Cáceres, Tula e Mareque; Pusineri (Zapata), Ahumada, San Martín e Patiño (Montenegro); Aban (Farías) e Oberman - Técnico: Daniel Passarella.
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