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Os gols de Jairzinho em Copas do Mundo pela Seleção Brasileira

Por Emerson Gomes
Foto: Reprodução

Jairzinho comemora gol na decisão de 70

Neste 25 de dezembro, dia de Natal, é aniversário de um dos grandes craques da história do futebol brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro nesta mesma data em 1944, Jair Ventura Filho, mais conhecido pelo apelido de Jairzinho, está completando 79 anos. Atleta de múltiplas qualidades e funções no ataque, o Furacão do Tri como ficou conhecido tem uma bela história na seleção, e em forma de gols relembraremos na data de hoje.

Jair estreou em Copas do Mundo em 1966, em uma campanha que todos gostariam de esquecer. O Brasil foi mal, e o Furacão não marcou nenhum gol, e viu a seleção ser eliminada após três partidas. Após a Copa, uma grave lesão ainda ameaçou a carreira do atacante, após fratura e uma refratura no seu retorno ao futebol, ele seria o primeiro atleta a submeter-se a um enxerto ósseo na derradeira tentativa para que ele voltasse a andar de maneira plena. O ponta, porém, voltou no segundo semestre de 1967 e desafiando até aos médicos, voltou a atuar em alto nível.

No Mundial de 1970, os brasileiros queriam apagar a má impressão deixada quatro anos antes, e com um elenco recheado de craques, a campanha foi arrebatadora. Na estreia, Jair marcou o terceiro e quarto gols da vitória sobre a Tchecoslováquia por 4 a 1. No segundo jogo, jogo difícil diante da Inglaterra, decidido com gol de Jairzinho, 1 a 0. No terceiro desafio, 3 a 2 sobre a Romênia, com o Furacão marcando o segundo para o Brasil.

Viriam as quartas de final, e o Furacão passou a ser decisivo e letal. Bola na rede fechando triunfo por 4 a 2 sobre o Peru. Na semi, o gol do desempate em vitória por 3 a 1 sobre o Uruguai. Na decisão, o terceiro gol do Brasil em goleada de 4 a 1 contra a Itália. Além de campeão, Jair foi o segundo colocado na artilharia da Copa de 70, com três gols a menos do que o alemão Gerd Müller. Mas o atleta teve uma marca até hoje não alcançada, marcando gol em todas as partidas de uma Copa do Mundo.


Mais experiente, Jair atuou ainda na Copa de 1974, em função diferente da ponta-direita que sempre foi sua melhor posição. Atuando como centroavante, o atleta ainda era muito útil e após duas partidas em branco, o Furacão abriu o placar nos 3 a 0 contra o Zaire, trilhando o caminho da classificação. Na segunda fase, Jair ainda marcou na vitória sobre a Argentina por 2 a 1, totalizando dois gols na campanha em que a Amarelinha terminou na quarta posição. 

Em 1974, ele se transferiu do Botafogo para o Cruzeiro para ser campeão da Libertadores de 1976. O Furacão defendeu a Portuguesa da Venezuela, o Noroeste de Bauru (SP), o Jorge Wilstermann (Bolívia), e o 9 de Outubro do Equador. Em 1981 retornou ao Botafogo onde encerrou a carreira de jogador.

A passagem de Jairzinho, com campanha histórica na Libertadores, na Portuguesa de Aricagua, na Venezuela

Por: Emerson Gomes
Foto: Arquivo

O Furacão marcou época também na Venezuela

Neste domingo de Natal, 25 de dezembro, completa 78 anos um maiores craques da história do futebol nacional, Jairzinho, o furacão da Copa. Nascido Jair Ventura Filho o ponta-direita marcou época no Botafogo e na seleção brasileira, além de boas passagens por clubes como o Olympique de Marselha e o Cruzeiro. Mas hoje falaremos daquela que talvez foi a maior aventura da carreira do artilheiro, que foi a passagem pela Portuguesa de Aricagua, da Venezuela, no ano de 1977, em que a equipe engatou a melhor campanha da história de um clube venezuelano na competição.

Jairzinho começou sua carreira ainda nos juvenis do Botafogo em 1958 e lá ficou até 1974. Após a Copa do Mundo o atleta foi vendido ao Olympique de Marselha, lá permaneceu por uma temporada. Voltou ao Brasil para ser a liderança técnica do time campeão da Copa Libertadores de 1976. Após o fim da temporada, o Furacão foi convencido a trocar Belo Horizonte pela longínqua Aricagua, para defender a Portuguesa local na Copa Libertadores da América, e também nas competições locais.

A equipe que fora criada e impulsionada por empresários locais anos antes, começava a importar talento internacional para disputar as competições continentais e nacionais, Jairzinho foi escolhido e em 1977 desembarcou em Aricagua para ser a referência técnica da equipe. Nas primeiras partidas ainda pelas competições locais já se via que "El Huracán" seria a força motriz para que a equipe tivesse força para competir com os rivais sul-americanos, e o início da principal competição da América do Sul provou que o esforço de duzentos mil dólares para a contratação seria valido.

Em uma época que os grupos eram compostos por dois clubes de dois países, os venezuelanos foram sorteados junto aos clubes peruanos. A Portuguesa enfrentaria Unión Huaral e Sport Boys, além do compatriota Estudiantes de Mérida. O desafio era conseguir a classificação, que já seria feito inédito, pois em 17 anos nenhum clube do país alcançara a antiga fase semifinal da competição. E logo na estreia o time mostrou sua força, vitória no duelo local sobre o Estudiantes por 2 a 0 com gol de Jairzinho. Ao fim da fase inicial, avançou invicto rumo à inédita classificação: 4 vitórias e 2 empates. E com 10 gols feitos e apenas 2 sofridos.

Para a inédita fase semifinal, que era disputada em um triangular, a missão ficaria mais complicada. Os adversários seriam dois clubes brasileiros, Cruzeiro e Internacional, mas a missão complicada não impediria a brava Portuguesa de lutar. E a primeira partida do grupo o Cruzeiro venceu o Inter fora de casa, o que já colocava a equipe colorada em risco. A segunda rodada reservaria a visita da equipe gaúcha a Venezuela, e mesmo sem o Furacão, machucado, a Portuguesa foi implacável e venceu por 3 a 0. Esta seria sua única vitória nesta fase, uma derrota por 4 a 0 para o Cruzeiro e duas derrotas por 2 a 1 nas viagens ao Brasil sentenciaram a equipe na competição. Somadas todas as fases, a Portuguesa terminou em terceiro lugar geral. Atrás apenas de Cruzeiro e Boca Juniors.


Jairzinho se despediu da Venezuela ao fim da temporada e voltaria ao Brasil para jogar no Noroeste, de Bauru. De acordo com o site O Gol, o Furacão fez 20 jogos pela Portuguesa venezuelana e fez 23 gols. Além da campanha histórica na Libertadores a equipe conseguiu o "doblete" vencendo o certame nacional e também a Copa Venezuela. Ele ainda jogaria por Noroeste, Fast Clube, Jorge Wilstermann e encerraria sua carreira no tão amado Botafogo. Hoje o ex-atleta vive no Rio de Janeiro.

Os jogos e gols de Jairzinho em Copas do Mundo pela Seleção Brasileira

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo


Jairzinho foi artilheiro da seleção marcando gols em todos os jogos

Nascido no Rio de Janeiro nesta mesma data em 1944, Jair Ventura Filho, mais conhecido pelo apelido de Jairzinho, está completando 77 anos de vida neste dia 25 de dezembro. Por este motivo, vamos relembrar os gols de um dos maiores ídolos da torcida do Botafogo pela São Brasileira em Copas do Mundo. O ponta de lança disputou os três mundiais que aconteceram entre 1966 e 1974.

Quando foi convocado pela primeira vez para defender o Brasil em uma Copa do Mundo, Jairzinho já estava com 22 anos e jogando muito bem com a camisa do Botafogo. Porém, a Seleção Brasileira não conseguiu fazer uma boa campanha e acabou sendo eliminada na fase de grupos da edição de 1966, sediada na Inglaterra. O time Canarinho, que defendia o título de campeão mundial em 1962, jogou três partidas. Estreou com uma vitória por 2 a 0 sobre a Bulgária, mas acabou saindo da competição após perder para Hungria e Portugal, ambos por 3 a 1. O jovem Jair não conseguiu balançar as redes adversárias nesta curta trajetória da equipe na competição.

Na Copa seguinte, a Amarelinha teria que dar uma resposta para toda a torcida brasileira e provar que aquela eliminação precoce no mundial de 1966 havia sido apenas um acidente de percurso. Desta vez, o torneio aconteceria no México e Jairzinho finalmente conseguiria brilhar com a camisa da Seleção.

Em 1970, ano do tricampeonato mundial do time Canarinho, Jairzinho foi o grande grande artilheiro da equipe ao marcar sete gols em seis jogos, três à menos do que Gerd Müller, que anotou 10 em toda a competição. Sua melhor marca no torneio foi logo na estreia, quando o Brasil enfrentava a Tchecoslováquia no estádio Jalisco, localizado em Guadalajara. O Furacão da Copa balançou as redes seleção europeia duas vezes. Nos confrontos diante de equipes como Inglaterra, Romênia, Peru, Uruguai e Itália, o atacante fez um gol.


O último mundial do Furacão da Copa defendendo o Brasil foi em 1974, quando o torneio foi disputado na Alemanha. Jairzinho passou a jogar fora de sua posição de origem, e atuou como centroavante. Com isso, o atacante não conseguiu repetir exatamente os mesmos números atingidos da edição anterior, mas ainda sim marcou três vezes em toda a competição. Nesta edição, a Amarelinha chegou até a disputa do 3º e 4º lugar, mas acabou sendo derrotado pela Polônia por um placar magro de 1 a 0.

Juntando os mundiais de 1966, 1970 e 1974 que Jairzinho defendeu a Seleção, o atleta participou de 16 jogos. No total, marcou 9 gols com a camisa do time Canarinho e foi um dos grandes responsáveis pela conquista do tricampeonato do Brasil em 1974.

Furacão da Copa de 70, Jairzinho fala sobre a vida, jogadores e Seleção Brasileira

Com a colaboração de Igor / Sherlock Communications
Foto: arquivo pessoal

Jairzinho foi um dos gigantes do futebol brasileiro

Um dos maiores jogadores da história do Futebol Brasileiro, Jairzinho marcou época, principalmente na Copa do Mundo de 1970, quando fez gols em todos os jogos e ganhou o apelido de "Furacão da Copa" no Mundial onde o Brasil ganhou o tri.

Nesta entrevista, Jairzinho fala da sua carreira, vida e da atual Seleção Brasileira.

O Curioso do Futebol - Primeira pergunta, pra logo de cara quebrar o gelo, é a seguinte: o que o Furacão mais gosta de comer e beber?

Jairzinho - Olha, na realidade, eu aprendi a comer as comidas que são de nutrição. Então não tenho preferência, eu gosto sempre de fazer uma boa alimentação, que me dê boa condição de vida, para poder me movimentar, poder correr, para poder jogar e etc. Então, as comidas básicas que têm nutrição são elas geralmente que o atleta, principalmente gosta de comer. Não fujo dessa regra, sou um deles.

O Curioso do Futebol - Perfeito! Ainda continua com a boa alimentação, né? Isso é muito importante.

Jairzinho - É, eu tento preservar né?!

O Curioso do Futebol - Jair, como campeão do mundo pela seleção de 70, o título mais cobiçado por qualquer atleta do mundo, qual é a sensação de ter seu nome marcado na história do futebol?

Jairzinho - Olha só, todo atleta de todas as modalidades que existem dentro do mundo procura chegar ao ponto especial que é a conquista, passando pela fase preliminar. Foi meu caso. Eu fui aprovado na categoria juvenil do Botafogo nos anos 60, fui tricampeão até 63. Tive minha primeira oportunidade de vestir a tão cobiçada camisa verde, amarela e azul do Brasil jogando o Pan-Americano, em São Paulo, onde o Brasil teve um grupo de jogadores iniciantes ganhando com facilidade praticamente todos os jogos e jogando a final contra Uruguai. Foi um jogo muito difícil, mas o Brasil ganhou e nos consagramos campeões panamericanos. E, depois, na sequência, veio de você buscar seu objetivo. Entre eles, o principal é jogar no time principal do Botafogo e depois almejar ser escolhido para servir o Brasil por intermédio da seleção principal, o que aconteceu também nos anos 60. Tive a minha primeira oportunidade de jogar na equipe principal do Brasil logo, em 64, e fui seguindo por mérito. Sempre fui dedicado e buscando minha oportunidade de jogar a Copa do Mundo e eu tive essa oportunidade concluída já em 1966, mas antes disso eu joguei, em 64, na Liga das Nações. Depois, 66, depois 70, onde eu tive, de fato, uma presença maciça e preciso até elogiar a comissão técnica que elaborou uma formação de preparação que não existia no Brasil. Pela primeira vez foi introduzido o full time, entre eles foi introduzido também o teste de cooper, que estava sendo aplicado em diversas modalidades do futebol. E ali nós, com três meses dentro da competição, conseguimos chegar no ápice da forma, o que aconteceu com todo o grupo de jogadores, eu entre eles. Me preparei e foi muito bom pra mim porque me deu tudo o que o atleta gostaria de ter. Fui muito bem na parte aeróbica e anaeróbica, fui muito bem na minha dedicação, muito bem por ter recebido da comissão técnica total confiança por intermédio de Zagallo, Chirol e seus companheiros e, o mais importante, os jogadores. Nós já vínhamos jogando desde 64, 65 e 66, então em 70, a maioria dos jogadores de 66 estavam presentes e foi fácil porque já havia um conhecimento da característica um do outro, então facilitou muito nossa atuação dentro de campo.

O Curioso do Futebol - A seleção brasileira de 70 é considerada até hoje como uma das melhores da história. Você acha que existiu alguma seleção melhor do que essa?

Jairzinho - Eu deixo pra você que é conhecedor da matéria, que tem toda a liberdade de expressão. Deixo para que você responda. Fico feliz por ter contribuído com o sucesso da seleção brasileira em três Copas do Mundo. Evidentemente que o objetivo principal de qualquer atleta é ser campeão e ser campeão do mundo é algo inédito e fica marcado para sempre. É por isso até que nós dois estamos aqui conversando sobre a seleção de 70, que para muitos ou talvez para a maioria é considerada a melhor seleção de todos os tempos. E tem um ponto muito exclusivo de positividade nessa seleção de 70. Essa seleção convocada por Mario Lobo Zagallo é a única seleção, pelo menos brasileira, não posso dizer dos outros países, que jogou com cinco números 10. Isso é inédito! Mas em respeito, é o melhor dos 10 o nosso rei Pelé. Eu, principalmente, queria era jogar mais uma Copa do Mundo e foi muito positivo porque houve a conscientização do próprio Gérson que era 10 no São Paulo, Rivellino que era 10 no Corinthians, o único que não era 10 no ataque era o Tostão, que era 9 no Cruzeiro.

O Curioso do Futebol - Num time tão forte quanto o da seleção de 70, que tinha Pelé, Carlos Alberto Torres e Rivellino, por exemplo, você foi considerado por muitos o melhor jogador. Hoje em dia você seria eleito o melhor do mundo?

Jairzinho - Eu não posso te confirmar né?! Porque se repetissem todos que jogaram em 70, hoje eu seria, mas evidentemente que hoje não jogo mais oficialmente. Então, hoje, fica justamente ao encargo daqueles que estão dentro do Brasil e estão em outros países para disputar uma Copa do Mundo e esse seria o melhor do mundo.

O Curioso do Futebol - Acho que o Jairzinho de 70 seria sim eleito o melhor do mundo hoje viu? Pode ficar feliz!

Jairzinho - Obrigado por essa homenagem maravilhosa que você está me proporcionando! Eu fico feliz de ter dado, de fato, emoções para o povo brasileiro que eram 90 milhões na época. Foi muito fantástico até porque o Brasil precisava reeditar a sua performance, isso aconteceu e quis o destino que o Jairzinho fosse o artilheiro do Brasil. Até hoje, o único jogador de Copa do Mundo a ter feito gol em todos os jogos principalmente contra a seleção que era também candidata ao título, a Inglaterra.

O Curioso do Futebol - Jair, você em 70 fez gol em todos os jogos, um feito inédito até hoje. Com o futebol mais truncado atualmente, você acha que alguém será capaz de quebrar essa sua marca?

Jairzinho - Eu respeito o futebol truncado porque é uma forma que os treinadores alcançaram de poder dificultar o comportamento de qualquer adversário. Mas o jogador que tenha criatividade e seja habilidoso, vai encontrar facilidade de poder penetrar no ferrolho. A gente fala que é ferrolho... do comportamento do adversário na sua parte defensiva. Se você tiver, você vai encontrar, se você não tiver, acontece justamente isso que nós estamos vendo... A dificuldade dos atacantes penetrar nesse ferrolho que hoje esse futebol moderno está colocando em prática.

O Curioso do Futebol - O Jairzinho valeria quanto em 2021?

Jairzinho - Essa parte eu vou deixar pra você também porque eu só me preocupava em jogar, não estava preocupado quanto ganharíamos se fossemos campões.

O Curioso do Futebol - Eu pergunto por que, como você bem sabe, o mercado está bem inflacionado. Tenta aí um chute! Eu chutaria mais de R$ 500 milhões!

Jairzinho - Eu fico com você! (...) Eu fico sem condição de dominar essa bola e partir para dentro da realidade da parte econômica hoje!

O Curioso do Futebol - Mas você está comigo? Torno de R$ 500 milhões?

Jairzinho - Eu estou mesmo! Pelo feito que eu alcancei. Caramba, não tenho ideia! Mas vou ficar com esse valor que você está colocando, já é mais que gratificante!

O Curioso do Futebol - Você consegue montar o time dos sonhos? Qual é o seu time dos sonhos? Os 11 que você acha os melhores da história?

Jairzinho - O Brasil e o mundo todo elogiaram o grupo de 70 como o melhor de todos os tempos. Eu, com respeito a todas outras conquistas do Brasil anteriores e posteriores as de 70, mas como vocês mesmos falaram: era impossível marcar a seleção de 70, principalmente pelo poder de alta qualidade e positividade do ataque brasileiro. Quem marcaria o Jairzinho, o Gérson, o Tostão, o Pelé, o Rivelino? Se botar 5 para cada um... 5 x 5 = 25... Faltaria justamente uma condição de poder marcar esses jogadores. Além do Carlos Alberto Torres, além do Félix, além do Piazza, do Everaldo e do Clodoaldo. Eu acho que está difícil que o próprio Brasil venha a montar uma seleção igual a essa de 70 e tem uma razão! Hoje, você vê o futebol brasileiro sendo atuante pela maioria dos jogadores que estão jogando no exterior, não os que estão jogando no Brasil. Na minha geração, todos jogavam no Brasil, ninguém jogava fora. Constantemente jogando contra o outro e do lado do outro e isso te dava uma visão e um conhecimento da característica dos seus companheiros porque você está jogando contra ele e, de repente, estava jogando ao lado dele, então você vai aprendendo a conhece-lo na parte humana, na parte emocional, e vai gravando quando joga contra ele a característica dele e de que forma ele gosta de jogar. Tudo isso contribuiu para o sucesso do Brasil em 70 e que hoje dificulta muito para o Brasil e para a seleção de outros países. Até porque você vê o próprio futebol brasileiro... É difícil montar a seleção porque está todo mundo jogando fora, são poucos jogadores que estão no Brasil.

O Curioso do Futebol - Eu gostei bastante do seu time dos sonhos que seria o próprio 70 e você explicou muito bem os motivos. Eu imagino que você poderia ter falado, por exemplo, que no seu time encaixaria o Messi, Cristiano Ronaldo, mas como você viveu o dia a dia da seleção de 70 e tinha amizade com seus colegas, tinha todo esse entrosamento, eu achei genial falar que o time de 70 é o time dos sonhos porque estava tudo incluso! Era um time imbatível!

Jairzinho - Obrigado, obrigado pelo teu conhecimento. Eu estou te falando uma verdade. Nós tivemos jogadores fantásticos. Nós tivemos o Banks como um dos melhores goleiros, foi eleito o melhor goleiro do mundo. Você tem Beckenbauer, Overath, Müller. Você tem uma série de outros jogadores fora do Brasil que foram sensacionais. Por exemplo, a própria Inglaterra tinha um trio, enquanto outros países tinham um, no máximo dois. E o Brasil tinha, na realidade, os seus 22 jogadores. O Dirceu Lopes não jogou a Copa do Mundo de 70. Quer dizer, um dos maiores fenômenos que eu conheci e que joguei com ele no Cruzeiro. O futebol brasileiro estava em ascensão de qualidade e naquele momento eu tenho certeza que o próprio Zagallo ficou mais velho para escolher.

O Curioso do Futebol - É ele teve muita dor de cabeça, sem dúvidas! Jair, dentro da seleção de 70, qual é o melhor jogador de todos os tempos para você?

Jairzinho - Para mim tem dois jogadores que são os melhores! Brasileiro, para mim, o Manoel dos Santos, Garrincha, e Edson Arantes do Nascimento, Pelé.

O Curioso do Futebol - Dentro da seleção de 70, você elege o Pelé então?

Jairzinho - Tenho o maior respeito e com o maior prazer. Rei será sempre rei.

O Curioso do Futebol - Alguém da atual seleção faria parte do time de 70?

Jairzinho - Tem jogadores que poderiam sim ser inclusos no grupo. Agora, para escolher, tem que perguntar para o Zagallo. Acho que tem jogadores de muita qualidade na seleção brasileira de hoje, mas vai ter que fazer essa pergunta pro Zagallo.

O Curioso do Futebol - Mas se tivesse um espacinho a mais ali na seleção, o Neymar poderia ser chamado?

Jairzinho - Neymar faz parte do meu grupo dos melhores jogadores do mundo. Convocar ele, eu convocaria, agora colocar ele tem que ver com o Zagallo.

O Curioso do Futebol - Para você, qual gol foi o mais bonito em 70?

Jairzinho - Eu fui premiado pelo meu condicionamento atlético, por eu ter equilíbrio, visão e a introdução da forma de jogar, mas eu acho que todos os gols foram os mais importantes porque todos os gols levaram o Brasil ao seu objetivo de chegar ao final da Copa. Então, eu posso dizer um gol de emoção, que foi justamente o gol contra a Inglaterra, que foi, para mim o jogo mais difícil. O Brasil ganhou, mas poderia perder pela condição na prática das suas equipes maravilhosas. Depois dos jogos, dois jogadores foram eleitos os melhores da partida. O Banks pela Inglaterra e o Félix pelo Brasil. Para você ter uma noção do que foi esse jogo. A própria imprensa falava e televisava que a final da Copa do Mundo foi antecipada.

O Curioso do Futebol - Então pra você o gol mais emocionante foi aquele que o Pelé rola para você na diagonal e você senta o dedo né?

Jairzinho - Justamente!

O Curioso do Futebol - O Brasil tinha algum receio de Bobby Charlton em 70? Foi a final antecipada esse jogo?

Jairzinho - O que aconteceu dentro da competição é que nós nos preparamos para enfrentar qualquer adversário com respeito a eles, mas com muita confiabilidade no nosso grupo. Principalmente depois do primeiro jogo, que o Brasil teve um resultado elástico de 4 a 1. Você vai pra um campeonato mundial, uma emoção fantástica né? Você vai para um Copa do Mundo, onde se prepara na sua parte aeróbica e anaeróbica. Antes de começar a competição, ficamos dois meses e meio nos preparando. Nunca aconteceu isso num calendário de futebol brasileiro e até no futebol mundial. A comissão técnica escolheu um local especificamente para o preparo. Não foi só um, foram dois. Primeiro, fizemos um estágio de melhoramento da nossa parte aeróbica e anaeróbica, pulmonar na altitude, depois descemos e com a prática, jogando em nível do mar, não tivemos nenhuma dificuldade. Outro ponto: ganhamos os jogos mais fáceis de todos os adversários a partir dos 30 minutos do segundo tempo.

O Curioso do Futebol - Ah isso é muito legal! Por conta, justamente, de toda a preparação vocês estavam acima dos demais.

Jairzinho - É verdade! Como coloquei, a partir dos 30 minutos do segundo tempo, todos adversários começavam a colocar as mãos na cintura. Quando um jogador de futebol começa a colocar a mão na cintura é sinal que ele está já em condição de débito, já está perdendo a energia. Então, ele procura se equilibrar colocando a mão na cintura.

O Curioso do Futebol - Quais eram as principais diferenças entre Pelé e Garrincha?

Jairzinho - Para mim, são dois fenômenos do futebol de todos os tempos. Eu acho que jamais em vida vou conseguir ver um Garrincha, um cara que bota cinco na frente dele e ele passar pelos cinco... Chegou um jogo, que eu não vou citar para não errar o nome dos adversários, que perfilaram cinco jogadores na frente dele e ele passou pelos cinco. Isso é um dos pontos de maravilha que era o Manoel dos Santos, Garrincha, o destruidor. E o Pelé, você viu e eu convivi com ele, de uma inteligência fantástica, um reflexo muito apurado e a criatividade que é o forte do futebol brasileiro. Criatividade inesperada que só o brasileiro bora em pratica. Vou citar um ponto do Brasil e Checoslováquia, quando Pelé pega a bola no meio do campo e bota por cima do goleiro. São momentos especialíssimos que ele viveu, mostrou e executou. Então, considero Garrincha e Pelé os melhores jogadores da história do futebol brasileiro e do mundo.

O Curioso do Futebol - Existe algum motivo especial por não ter jogado no futebol de São Paulo ou foi o próprio destino?

Jairzinho - Eu só não joguei em time grande, mas eu joguei num time pequeno para médio em São Paulo, no Noroeste Bauru. Final de carreira, joguei no Noroeste, foi meu penúltimo clube que joguei na carreira. Olha só como era um jogador dentro de um condicionamento fantástico: joguei até os 39 anos! No Brasil, ninguém bateu esse recorde.

O Curioso do Futebol - Você enxerga o Tite como o técnico ideal para a seleção ou gostaria de ver outro nome?

Jairzinho - Do Brasil, eu fico com o Tite! Está dando moral para o futebol brasileiro, está dando prestígio para o futebol brasileiro, está preservando a qualidade do futebol brasileiro. No que está dando certo, tenho hábito de não mexer. Não mexeria, com respeito ao Renato e qualquer outro treinador que existe no Brasil, mas eu continuo com o Tite.

O Curioso do Futebol - Eu concordo com você que para a seleção brasileira tem que ser um técnico brasileiro mesmo, da casa, porque traz aquela identificação com o povo.

Jairzinho - É verdade! O povo brasileiro é muito sistemático e apaixonado. O brasileiro já aprendeu a gostar do Tite e não vai abrir mão da saída dele. Está ganhando, tem que continuar.

O Curioso do Futebol - O Brasil é um dos favoritos para a Copa do Mundo em 2022?

Jairzinho - Claro que é, continua sendo! Eu vou mais além, o Brasil é o principal candidato ao título da Copa do Mundo que virá. Até porque se você fizer uma avaliação nas outras seleções, quem é a seleção que poderá chegar próximo do brasileiro? Não vejo nenhuma... Acho que existe uma boa distância, não enorme, mas uma boa distância de qualidade do futebol brasileiro para todos os outros, da América do Sul e da Europa.

O Curioso do Futebol - É verdade, tanto que a França, que seria um dos concorrentes fortíssimos para a Copa do Mundo de 2022, mostrou certa fragilidade contra a Suíça. Então é muito legal o que você comentou porque o Brasil está vindo de um jogo bem regular, não tem altos e baixos, como a França teve nesse caso.

Jairzinho - Verdade, você tem razão. Eu acho que são momentos de qualquer futebol de qualquer país. Porque a França está em decadência por falta de valores mesmo, repetindo todos os jogadores há praticamente três Copas do Mundo. Enquanto o Brasil está num cronograma de renovação e que está dando certo. É muito importante isso! Você faz um programa de renovação e é bem-sucedido com a introdução de novos jogadores.

O Curioso do Futebol - Em relação a atual seleção, qual jogador que não foi convocado você gostaria de ver vestindo a amarelinha?

Jairzinho - Eu teria que estar acompanhando os jogadores brasileiros que estão jogando fora do Brasil. Então fica difícil responder até porque eu nunca vi o Brasil exportar tanto jogadores como está acontecendo de três anos para cá. Qualquer garoto do Brasil que se sobressai, vem eles e já levam até pelo poder da valorização, da aquisição econômica que eles têm perante ao Brasil. Então, tu vês quantos jogadores o Tite tem na seleção que jogam fora.


O Curioso do Futebol - É verdade, Jair! A gente vê, inclusive, jovens talentos, principalmente, do Rio sendo exportados logo cedo, pra fora. Agora, o atacante do Flamengo, o Muniz recebeu a proposta do Atlético de Madri, que só mostra o quão assediado é o nosso mercado brasileiro de jovens.

Jairzinho - Verdade, eu não sei se eles estão fazendo isso de maldade ou se estão fazendo porque estão na carência mesmo.

O Curioso do Futebol - Isso só mostra como a gente é forte como o futebol brasileiro é forte e sempre vai ser!

Jairzinho - E nós temos que prestigiar essa situação e nos valorizar cada vez mais.

O Curioso do Futebol - E Jair só para fechar também, para não tomar muito mais do seu tempo, eu queria que você contasse alguma resenha de vestiário, algum momento do inesquecível que você viveu nos bastidores do futebol.

Jairzinho - Tem uma que eu gosto muito. Eu estava iniciando a minha participação na equipe principal do Botafogo. Aqui na praia, eu moro em frente à praia de Copacabana... em um dia de praia que não tinha compromisso, eu estava com meus colegas jogando vôlei. Depois que acabei de jogar, estava começando a resenha, eu ia concentrar, concentrava na véspera... eu ia concentrar, e depois que acabou minha participação no vôlei, estamos reunidos eu falei para os caras: “po, vocês não sabem da maior: o Botafogo vai lançar um jogador amanhã que vocês vão ver o que vai acontecer”. Os colegas: “quem é? quem é?”. Eu falei: “J Ventura”. Ai eles: “quem é esse?”. Eu falei: “vai no Maracanã que você vai vê-lo jogar”. J Ventura sou eu porque eu sou Jair Ventura Filho. Fui para o jogo e o Botafogo ganhou da Flamengo de um a zero. Gol do Jair. Chegou segunda-feira, estou na praia com os colegas, todo mundo me xingando, os flamenguistas principalmente.

O Curioso do Futebol - Você conseguiu enganar os caras!

Jairzinho - Pô, verdade! Pra mim foi fantástico porque eles começaram a me apreciar, me valorizar e me vaiar né?!

A passagem de Jairzinho no Noroeste

Por Lucas Paes
Foto: GazetaPress

Jairzinho passou pelo Noroeste no final da década de 70

Jairzinho, vulgo o Furacão, é um dos grandes nomes da história do futebol brasileiro e mundial. Dono de um desempenho absurdo na Copa do Mundo de 1970, onde marcou 7 gols na competição e terminou na vice-artilharia. O ex-atacante, que completa 76 anos neste dia 25 de dezembro, também conhecido como Natal, passou por diversos clubes em sua carreira e no final de sua trajetória jogou pelo Noroeste de Bauru.

O versátil atacante chegou ao Norusca depois de passar pelo futebol venezuelano, mais especificamente pela equipe da Portuguesa, no ano de 1977. Ele veio para Bauru em 1978 como o principal nome da equipe que disputaria naquele ano o Campeonato Brasileiro, além de jogar também parte do Campeonato Paulista do ano seguinte.

No Brasileirão de 1978, fez parte de um time que ficou na 28ª colocação entre os 74 times que disputaram a competição. Seu grande momento no Campeonato Brasileiro foi numa partida diante do São Paulo, em que o Norusca venceu por 1 a 0, gol isolado de Jairzinho no finalzinho do jogo, no duelo disputado no Estádio Alfredo de Castilho. No total, pelo Brasileirão, foram 11 jogos e 3 gols marcados.

Ainda jogou outras partidas entre amistosos e jogos oficiais pelo Norusca, incluindo partidas do Campeonato Paulista, uma delas um duelo histórico entre os rivais Noroeste e Marília. Em um jogo disputado no dia primeiro de abril de 1979, no Alfredo de Castilho, pelo Paulistão, Jairzinho marcou um dos gols da goleada de 5 a 1 do alvirrubro de Bauru pra cima do MAC, até hoje a maior goleada do confronto. 


Encerrou sua passagem pelo Norusca naquele ano de 1979, se transferindo para o Fast Clube, de Manaus, onde jogaria o Campeonato Amazonense. No total, atuou em 25 partidas com a camisa alvirrubra, marcando 10 gols e mantendo mais uma vez a ótima média que costumava ter nos clubes que defendeu durante a sua carreira.

Jairzinho - Quando "El Huracán" passou pelo Jorge Wilstermann

Jairzinho no Wilstermann: campeão boliviano em 1980 e boa campanha na Libertadores de 1981

Um dos maiores atacantes do futebol brasileiro está completando 75 anos neste 25 de dezembro de 2019. Trata-se de Jair Ventura Filho, ou, simplesmente, Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, quando fez gols em todos os jogos naquela campanha onde a Seleção Brasileira conquistou o seu terceiro título mundial. Muito ligado à história do Botafogo, entre 1980 e 1981, já na fase final da carreira, ele foi parar na Bolívia, para defender o Jorge Wilstermann, e fez muito sucesso por lá.

Jairzinho começou no futebol já no Botafogo, onde foi alçado ao time principal antes mesmo de completar 20 anos. Passou mais de uma década defendendo o Alvinegro e lá virou um dos maiores atacantes do futebol brasileiro. Sai do Fogão em 1974 e resolveu rodar o mundo da bola, tendo passagens por Olympique de Marselha, Cruzeiro (onde foi campeão da Libertadores em 1976), Portuguesa da Venezuela, Noroeste de Bauru e Fast Club de Manaus. Em 1980, com 35 anos, aportou em Cochabamba, na Bolívia, para defender o Jorge Wilstermann.


"El Huracán", na tradução literal de "Furacão", como o craque ficou conhecido por lá, chegou ao clube e fez sua estreia no dia 10 de abril, em um amistoso contra a Seleção de Manaus. Três dias depois, jogou novamente contra o mesmo adversário. Apesar de ser uma estrela do futebol mundial e com grandes conquistas, Jairzinho mostrou estar afim de ajudar os bolivianos na temporada.

Sua estréia na Liga Boliviana ocorreu em Potosí, em 11 de maio do mesmo ano, um domingo, contra o Unified Independent. Foi nesta partida onde marcou o seu primeiro gol oficial na Bolívia, aos 45 minutos do primeiro tempo. Depois, continuou ajudando o Jorge Wilstermann na temporada.

Na continuação do campeonato, ele marcou contra o Oriente Petrolero, em Santa Cruz, San José em Oruro, Bolívar, The Strongest, novamente Aurora, Oriente, San José, Stormers, Real Santa Cruz e Municipal em La Paz. Ao fim da competição, ele alcançou 16 gols e foi fundamental na conquista do título pelo Jorge Wilstermann, que era dirigido pelo chileno Raúl Pino.


No início de 1981, ele jogou a Copa Libertadores de América (com o The Strongest e duas equipes equatorianas, Barcelona e University Technician), venceu o grupo na primeira fase e passou para a próxima quando foi eliminado no triangular semifinal, que tinha o colombiano Deportivo Cali e o campeão daquela edição da competição, o Flamengo.

Com a eliminação do time na Libertadores, Jairzinho encerrou sua campanha na Bolívia com esses jogos, marcando mais dois gols pelos Reds. Ele voltou para o Brasil, onde encerrou a carreira no Botafogo ainda em 1981. Porém, isso não impediu o Jorge Wilstermann, em outra grande campanha, de vencer o bicampeonato da liga em 1981.

Jairzinho - Um "Furacão" na conquista da Libertadores do Cruzeiro

Jairzinho dando entrevista: importante na conquista da Libertadores de 1976

Uma das maiores conquistas da história do Cruzeiro foi, com certeza a sua primeira Copa Libertadores, no ano de 1976. A Raposa, que já tinha um grande esquadrão montado ao longo dos anos, com nomes como Nelinho e Dirceu Lopes, contou com um grande reforço naquela conquista: Jairzinho, o Furacão da Copa de 70.

Jair Ventura Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 25 de dezembro de 1944. No futebol, se destacou pela velocidade e faro de gol. Jogou por muitos anos no Botafogo, foi campeão com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, onde fez gols em todos os jogos, e entre 1974 e 1975 jogou no Olympique Marseille, da França. Depois, aportou no Cruzeiro para a temporada de 1976, a pedido do treinador Zezé Moreira, exatamente para a disputa da Libertadores.

Sua contratação não foi difícil, já que ficou um bom tempo sem atuar desde que tinha deixado a França. Ele estreia com a camisa estrelada na vitória por 4 a 1 sobre a Caldense, no Mineirão, pela fase final do Campeonato Mineiro de 1975, em 1º de fevereiro de 1976 (sim, era comum as competições de um ano serem decididas no ano seguinte nos anos 60, 70 e 80). Duas semanas depois, novamente contra a Caldense, ele faria o seu primeiro gol pela Raposa.

A partir do 20 de maio, ele começa a marcar presença na Libertadores. Faz quatro gols na goleada por 7 a 1 sobre o Alianza Lima, do Peru, no Mineirão. Cinco dias depois, marcou o segundo gol da vitória por 4 a 1 sobre a LDU, do Equador, no Mineirão. Foi o 12º gol dele na Libertadores. Ele faria 12 jogos no Sulamericano e terminaria como vice-artilheiro do time, com um gol a menos que Palhinha, e média de um gol por partida.

Apesar de ter sido importante, nem tudo foram flores para Jairzinho naquela Libertadores. Ele levou cartão vermelho no segundo jogo decisivo da Libertadores, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. O Cruzeiro foi derrotado por 2 a 1 pelo River Plate. Com isto, ficou de fora do terceiro e decisivo jogo. Porém, a Raposa venceu por 3 a 2, no Estádio Nacional, em Santiago, no Chile, e foi campeão.

Em 21 de dezembro de 1976, Jairzinho disputou o seu último jogo pelo Cruzeiro no empate sem gols contra o Bayern de Munique, da Alemanha, no Mineirão, pelo segundo jogo decisivo da Taça Intercontinental. Ao todo fez 51 jogos e marcou 30 gols. Uma grande marca. No início de 1977, ele comunicou a diretoria do Cruzeiro que não renovaria o contrato, pois tinha recebido uma proposta milionária da Portuguesa da Venezuela e, assim, encerraria o capítulo da passagem do Furacão pelo Cruzeiro.
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