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Costa do Marfim vence Nigéria de virada e conquista o tri da Copa Africana de Nações

Com informações da Gazeta Esportiva
Foto: Issouf Sanogo / AFP

Vitória da Costa do Marfim

A Copa Africana de Nações (CAN) 2024 foi encerrada em grande estilo neste domingo. A Costa do Marfim, jogando em casa, ganhou seu tricampeonato ao vencer a Nigéria de virada, por 2 a 1, no Estádio Olímpico de Ebimpé, em Abidjã. Kessié e Haller marcaram para os marfinenses, enquanto Troost-Ekong descontou para os nigerianos.

Esse é o terceiro título da história da Costa do Marfim na competição. A seleção marfinense não levantava o troféu desde 2015, sendo que a outra conquista aconteceu em 1992. Desde 2006 que o país-sede do torneio não terminava como campeão. Já a Nigéria vai para seu quinto vice-campeonato, mas também possui três títulos da CAN em sua estante.

O maior vencedor da Copa Africana de Nações é o Egito, que foi sete vezes campeão do torneio. Nessa edição, porém, os egípicios foram eliminados precocemente, ainda nas oitavas de final, após perderem nos pênaltis para a República do Congo - que terminou a competição na quarta colocação.

Aos 33 minutos de jogo, a Costa do Marfim teve oportunidade de ouro para marcar. Kessié recebeu lançamento e enfiou grande passe para Haller. O centroavante recebeu do lado direito da grande área e finalizou, mas o goleiro Nwabali fez grande defesa para evitar o gol.

Mas quem de fato abriu o marcador foi a Nigéria. Lookman cobrou escanteio e a zaga da Costa do Marfim mandou a bola para o alto. Na sobra, o zagueiro Troost-Ekong subiu mais alto que a defesa marfinense e cabeceou no canto esquerdo, sem chances de defesa para o goleiro Fofana.

A Costa do Marfim voltou com tudo após o intervalo. Aos 49 minutos, Adingra fez grande jogada pelo lado esquerdo e cruzou na área. O goleiro Nwabali espalmou e, na sobra, Fofana finalizou com força. O zagueiro Bassey, porém, se jogou na frente da bola e a zaga da Nigéria conseguiu afastar.

E os marfinenses buscaram o empate aos 17 minutos da segunda etapa. Após cobrança de escanteio na segunda trave, Franck Kessié se desmarcou e cabeceou para o fundo da rede nigeriana.


Com 28 minutos, a Costa do Marfim quase ampliou com um golaço. Kessié cruzou, Adingra escorou de cabeça e Haller virou uma bicicleta. A bola, porém, passou do lado da trave esquerda do gol nigeriano e foi pela linha de fundo.

E foi aos 36 minutos que a Costa do Marfim conseguiu a virada. Adingra novamente fez grande jogada pelo lado esquerdo e cruzou. Haller se adiantou à zaga nigeriana e colocou o pé na bola para marcar o gol do título marfinense.

Luto! Zagueiro de 21 anos morre na Costa do Marfim após sofrer mal súbito em campo

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução / @racingclubabidjan_officiel

O jovem zagueiro Sylla Moustapha sofreu um mal súbito em campo

Mais uma tragédia ocorreu dentro de campo neste domingo. O jovem zagueiro Sylla Moustapha, de 21 anos, do Racing Club de Abidjan, sofreu um mal súbito em partida do Campeonato da Costa do Marfim contra o SOL FC e acabou morrendo a caminho do hospital, deixando o futebol mundial de luto.

O zagueiro deu alguns passos para trás quase na risca central antes de cair. Um rival pede a entrada imediata dos socorristas. Sylla Moustapha foi atendido no gramado, mas veio a óbito a caminho do hospital. A imprensa marfinense disse que a causa da morte foi uma parada cardíaca.

O jogo no Estádio Robert Champroux terminou com vitória por 3 a 1 dos donos da casa. Mas logo depois, a festa pela vitória acabou se transformando em tristeza quando o clube revelou a morte de seu defensor.

“Luto! Nosso zagueiro Sylla Moustapha morreu esta noite após um desconforto no solo durante a partida RCA x Sol FC. A administração apresenta sinceras condolências à família biológica. Descanse em paz Mustafá. Descanse em paz, Leão”, escreveu o clube em suas redes sociais.


O ex-clube do defensor, Djobila AC também lamentou o ocorrido. “Luto por um campeão. Acabamos de receber a triste notícia da trágica morte de nosso ex-membro Moustapha Sylla, após uma parada cardíaca durante o jogo Racing Club x SOL FC a contar para a 20ª J da Ligue 1 da Costa do Marfim”.

O enterro do defensor aconteceu nesta segunda-feira, no cemitério municipal de Dabou. O futebol da Costa do Marfim ficará em luto de uma semana.

Brasil fica no 0 a 0 com a Costa do Marfim no Futebol Masculino Olímpico

Por Victor de Andrade
Foto: divulgação COI

Claudinho na disputa

O Brasil não conseguiu vencer o seu segundo jogo no Futebol Masculino Olímpico nos Jogos de Tóquio. Tendo ficado com um jogador a menos boa parte da partida, o time canarinho encarou a Costa do Marfim, neste domingo, no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, e acabou empatando pelo placar de 0 a 0.

As duas seleções estrearam bem no Grupo D do Torneio de Futebol Masculino das Olímpiadas de Tóquio. A Costa do Marfim enfrentou a Arábia Saudita e venceu pelo placar de 2 a 1. Já o Brasil encarou a Alemanha, repetindo a decisão da medalha de ouro da edição anterior, e triunfou por 4 a 2.

O único lance de emoção no início do jogo foi a expulsão do volante brasileiro Douglas Luiz, aos 14 minutos, quando matou o contra-ataque fazendo falta em Dao, que estava ganhando na corrida e ficando cada vez mais perto da área. Porém, o cartão vermelho só foi confirmado após verificação do VAR.

Mesmo com um jogador a menos, a Seleção Brasileira chegava mais ao ataque. Apesar de ter mais posse de bola, os marfinenses não finalizavam tanto. Aos 32', Kessié bateu cruzado, de canhota, com força, mas Santos fez a defesa. O time canarinho respondeu aos 36', com Claudinho, em chute que desviou na defesa adversária e saiu pela linha de fundo.

Aos 42', foi a vez de Diallo Traoré testar Santos, mas o goleiro brasileiro foi bem e espalmou a bola pela linha de fundo. No minuto seguinte, Anthony respondeu para o Brasil, em bela finalização, com o arqueiro Tape fazendo boa defesa. Assim, o primeiro tempo terminou com o placar de 0 a 0.

No início da segunda etapa, a Costa do Marfim não conseguia transformar a superioridade numérica de jogadores em domínio e o Brasil, apesar de ter mais posse de bola, errava o último passe antes e não finalizava. Aos 16', Matheus Cunha, de cabeça, fez o goleiro Tape trabalhar.


Aos 30', Malcom e Martinelli, que tinham acabado de entrar, fizeram boa tabela. O primeiro invadiu a área, mas na área da decisão nem cruzou e nem chutou. No lance seguinte, Claudinho arriscou de fora e o goleiro Tape fez a defesa. Aos 34', os dois times ficaram com o mesmo número de jogadores, já que Kouassi fez falta em Martinelli, tomou o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Aos 36', quase o Brasil abre o placar. Daniel Alves tocou para Malcom, que puxou para o meio e serviu Claudinho. De fora da área, o meia arriscou chute colocado, mas a bola foi para fora. Aos 41', Guilherme Arana arrisca e o goleiro Tape espalma. Apesar da pressão brasileira no final, a partida ficou no 0 a 0.

A última rodada do Grupo D da primeira fase do torneio acontece na próxima quarta-feira, com ambas as partidas acontecendo às 5 horas do horário de Brasília. O Brasil, primeiro, com quatro pontos e dois gols de saldo, enfrenta a Arábia Saudita, no Estádio Saitama 2002. Já a Costa do Marfim, com os mesmos quatro pontos, mas um gol de saldo, terá pela frente a Alemanha, no Estádio de Miyagi, em Rifu.

A excursão da Briosa para Europa, Oriente Médio e África em 1975

Com a colaboração de Walter Dias
Foto: arquivo

Em pé: Joaquim Feliz, Nilson, Maurinho. Ailton Silva, Otávio, Jovenil, Lima, Bracali e Zé Ramos. Agachados: Ciaglia (diretor de Futebol), Carlos Alberto (presidente), Eduardo, Davi, Bugiu, Beibevit, Miguel, Dimas, Ezequiel e Kiko.
Portuguesa Santista em Braila, na Romênia, em 28 de setembro de 1975

Entre os anos 50 e 90, era comum os times brasileiros irem ao exterior e fazerem longas excursões. E isto não era uma primazia apenas das grandes equipes. Outros escretes também faziam vários jogos em outros continentais e muitos voltavam com muitas vitórias. A Portuguesa Santista, conhecida pela Fita Azul de 1959, em uma excursão em 1959, foi ao exterior em 1975, em uma "ronda" que passou por oito países, de três continentes, e durou dois meses.

A Briosa foi para a excursão ao fim do Campeonato Paulista, onde o time não foi bem, sendo o penúltimo, mas a competição não teve rebaixamento. Então, nada melhor do que jogos no exterior para levantar o ânimo. E o time Rubro-Verde começou a aventura no dia 23 de setembro em Constanta, na Romênia, empatando em 2 a 2 contra o time local.


A segunda partida, dois dias depois, não foi uma jornada feliz da Portuguesa: derrota por 3 a 1 para o Galatzi. Ainda na Romênia, a Briosa encarou, em 28 de setembro, o Braila. E foi neste dia que veio a primeira vitória da excursão: 2 a 1. Depois, a equipe foi até a Ásia, mais precisamente no Oriente Médio.

A delegação Rubro Verde desembarcou no Kwait para três jogos. A Briosa não teve dificuldades e triunfou em todos eles. O primeiro, em 1º de outubro, um 2 a 1 no Kwait SC. Os outros dois foram ainda mais fáceis: 3 a 0 no Arabilem Kwait, em 3 de outubro, e 4 a 0 no Salmia, dois dias depois.


Em seguida, a Portuguesa Santista voltou para a Romênia e em 8 de outubro encarou o Olimpia, em Satu Mare, perdendo por 4 a 0. A próxima escala da Briosa foi na Espanha, onde no dia 11 perdeu para o Sevilla, por 2 a 0. Ali terminava a parte europeia da excursão, que ainda tinha muito jogo pela frente.

A 'perna' mais longa da viagem da Briosa foi na África, começando na Argélia, onde no dia 14 de outubro houve um empate com a Seleção do país, em 1 a 1. Dois dias depois, mais uma partida contra o selecionado e novamente o placar foi de 1 a 1. Em seguida, a Briosa partiu para a Tunísia, onde venceu o combinado Esperance/Afrikan, por 2 a 1, em 21 de outubro.


A parada seguinte da Portuguesa Santista foi na Nigéria, onde a equipe estreou contra o Vasco local, empatando em 1 a 1 no dia 26 de outubro. Três dias depois, veio uma vitória por 3 a 1 sobre o Stationery Stone, em seguida um empate sem gols contra a Seleção de Kano, em 2 de novembro, e a última partida no país foi contra o Mighty Jet, no dia 4, onde a Briosa venceu por 2 a 1.

Depois, a equipe Rubro Verde foi para a Costa do Marfim, onde fez mais dois jogos, sendo um empate em 1 a 1 com o Asese, em 12 de novembro, e uma vitória sobre o Sporting Club, por 2 a 1, dois dias depois. A última escala da Portuguesa foi em Senegal, onde começou com uma vitória sobre o Jarraf, por 2 a 1, em 16 de novembro. Depois, uma derrota para a Seleção do país, por 1 a 0, no dia 18, e na despedida veio uma vitória sobre a Seleção de Kaulack, por 3 a 1, em 20 de novembro.


O saldo da equipe, dirigida pelo técnico Joaquim Feliz, foi o seguinte: 20 jogos, 10 vitórias, seis empates e quatro derrotas, fazendo 33 gols e sofrendo 24. David, cunhado de Pelé, foi o artilheiro da Briosa na excursão, com 10 gols, seguido de Bernardo, com 8, Miguel (6), Dimas (4), Eduardo Alex (3) e Quico (2).

O último jogo do "Ataque dos Sonhos" do Peixe

Com informações do Centro de Memória e Estatística do Santos FC
Foto: arquivo Santos FC

Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe: todo fã de futebol deve saber de cor estes nomes

No dia 09 de janeiro de 1966 o Santos Futebol Clube, em mais uma de suas inúmeras e costumeiras viagens ao exterior, vencia a equipe do Stad Club Abidjan jogando na cidade do mesmo nome na Costa do Marfim, no continente africano pelo placar de 7 a 1 com Pelé (2), Pepe (2), Coutinho (2) e Lima marcando os tentos do Peixe sendo que um dos gols marcados pelo ponta-esquerda Pepe foi olímpico.

O onze praiano formou com: Gilmar (Cláudio); Carlos Alberto, Mauro (Oberdan), Orlando e Geraldino; Lima e Mengálvio (Zito); Dorval, Coutinho (Toninho), Pelé e Pepe (Abel). O técnico era Luiz Alonso Perez, o Lula.

Mas, o que realmente marcou essa goleada foi o fato de que pela última vez jogavam juntos iniciando a partida, aquele que é tido como “O Ataque dos Sonhos” e é considerado pela imprensa esportiva mundial como o melhor ataque que um time de futebol já teve na história do futebol universal. O ataque inesquecível era composto por: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, que jogaram juntos iniciando os jogos em 99 partidas conquistando 71 vitórias, empatando 09 e perdendo 19 partidas. Gols marcados pelo Ataque 295 gols

A estreia desse quinteto iniciando a partida aconteceu no ano de 1960 no dia 21 de abril no empate em 1 a 1 diante do São Paulo pelo Torneio Rio-São Paulo no Pacaembu, com Coutinho marcando o gol santista que formou com: Laércio; Feijó, Mauro e Zé Carlos; Dalmo e Zito; Dorval (Sormani), Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe (Tite). O técnico era Luiz Alonso Perez, o Lula.

Dorval jogou 612 partidas no período de 1956 a 1967 marcando 194 gols, Mengálvio jogou 371 partidas no período de 1960 a 1969 marcando 28 gols, Coutinho jogou 457 partidas no período de 1958 a 1970 marcando 368 gols, Pelé jogou 1116 partidas no período de 1956 a 1974 marcando 1091 gols e o ponta-esquerda Pepe que jogou 741 partidas no período de 1954 a 1969 marcando 403 gols.

A Copa Rei Fahd de 1992 com a Argentina campeã

Argentinos recebendo o troféu de campeão da Copa Rei Fahd

Começa neste sábado, dia 17, a 10ª edição da Copa das Confederações, que será realizada na Rússia. O Curioso do Futebol vai recordar do torneio que deu origem à competição, cuja a primeira vez foi realizada na Arábia Saudita, em 1992: a Copa Rei Fahd.

Naquela época, a Arábia Saudita investia muito no futebol, tanto que já tinha organizado um Mundial Sub-20, que foi um sucesso. Com isso, os sauditas pensaram em organizar um torneio com os campeões continentais para homenagear o Rei Fahd, assim, a competição foi organizada.

Na final, a Albiceleste derrotou a Arábia Saudita

Para a primeira edição, confirmaram a participação os donos da casa, que haviam conquistado a Copa da Ásia de 1988, a Costa do Marfim, campeã africana de 1992, os Estados Unidos, vencedores da Copa Ouro da Concacaf de 1991, e a Argentina, que conquistou a Copa América de 1991.

A competição foi realizada de forma simples, com semifinais, decisão de terceiro e quarto e final. Todas as partidas foram jogadas entre cinco dias de outubro de 1992 (mais precisamente entre 15 e 20) e a bola rolou somente no Estádio Rei Fahd, em Riad.

A equipe campeã

Apesar do formato simples, a competição foi interessante. Em 15 de outubro, houve a abertura e a Arábia Saudita venceu os Estados Unidos por 3 a 0, se garantindo na final. No dia seguinte, a Argentina, que mandou um belo time, com Caniggia e Batistuta, mas sem Maradona, fez fáceis 4 a 0 na Costa do Marfim.

Em 19 de outubro, os Estados Unidos golearam a Costa do Marfim, por 5 a 2, e ficaram com o terceiro lugar do torneio. Mas a festa estava marcada para o dia seguinte, quando seria realizada a grande final.

Melhores momentos da grande final

Mais de 75 mil pessoas estiveram presentes no Estádio e viram o grande jogo da Albiceleste. Leonardo Rodríguez abriu o marcador, aos 18 minutos, e Caniggia ampliou aos 24'. Na segunda etapa, Simeone fez o terceiro, aos 19' e a Arábia Saudita diminuiu no minuto seguinte, com Al-Owairan. Final de jogo, 3 a 1 para a Argentina, campeã da primeira edição do torneio.

A competição chamou a atenção da Fifa. Três anos depois, foi realizada a segunda edição da Copa Rei Fahd, com a Dinamarca conquistando o título. Em 1997, a Fifa assumiu de vez a organização do torneio, que ainda foi realizada na Arábia Saudita, mas já com o nome de Copa das Confederações, com o Brasil conquistando o caneco. Depois, a competição foi mudando de sede, passou de dois para quatro anos e desde 2001 serve como um evento teste para a Copa do Mundo.

Grécia 2 x 1 Costa do Marfim - Com os versos de sua torcida, os gregos classificam

Gregos comemoram o feito inédito em Copas

* por Estevan Azevedo

Quando o amigo Victor me convidou para contribuir com esse projeto, fiquei muito surpreso com seu pedido. Não com o pedido da contribuição em si, mas das partidas sobre as quais eu escreveria. Quem escolheu foi ele, mas se ele tivesse me dado tal liberdade, acho que a escolha cairia sobre os mesmos jogos. Não sei se as histórias são interessantes pra quem lê, mas certamente foram pra quem as viveu.

Depois da festa chilena em Cuiabá, e da correria pra não perder o jogo de Manaus, a epopeia que foi pra sair de Porto Alegre e chegar em Fortaleza. Se em Manaus o voo chegava pouco antes da partida, para Fortaleza o voo decolava logo depois. Acompanhei o genial Argélia 4x2 Coreia do Sul com os amigos e colegas de blog, Fernando e Emerson, e devido a um trânsito monstro, de fazer inveja a qualquer paulistano, somente por um milagre eu conseguiria chegar a tempo ao aeroporto para não perder meu voo para a capital cearense. Guardo-me o direito de não contara aqui o milagre, em respeito aos leitores ateus, que sei que são muitos. Mas o milagre aconteceu.

Torcedores mandando um presente de grego para Drogba

Cheguei em Fortaleza na madrugada de segunda-feira, fiquei em um apart hotel, e a animação por ter conseguido chegar era tanta que nem fui direto pra cama: aproveitei pra lavar minhas roupas, após 10 dias de estrada (aérea).

O jogo de terça à noite marcaria o início de minha participação na rodada decisiva da primeira fase, depois de 3 jogos da primeira rodada e 3 da segunda. Em campo, Grécia e Costa do Marfim brigariam pela segunda vaga de um grupo em que a Colômbia fez água. De olho no resultado do Japão contra essa mesma Colômbia, as seleções vibravam com a possibilidade de avançar a uma inédita oitava-de-final de Copa do Mundo e, ainda mais, inédita quarta-de-final, vez que teriam pela frente, a surpreendente Costa Rica, sem muita tradição.

Ambas as equipes tiveram diversas chances

Ao contrário do sofrimento que passei na Copa das Confederações, quando até em garupa de bicicleta andei, sob um sol de quase 40 graus, a chegada ao Castelão foi bem tranquila desta vez, pegando um ônibus na avenida de trás do Hotel, sem pagar nada! Presente da prefeitura local aos torcedores. O busão ainda furou o bloqueio FIFA, deixando os passageiros pertinho do belíssimo estádio.

Em campo, marfinenses calçaram seu mais confortável salto 15 e, à medida que o placar anunciava mais um passeio dos colombianos, sabiam que o empate os favorecia.  A Grécia, uma das seleções mais mentirosas da história do futebol mundial, abriu o placar com Samaris, pouco depois de ter substituído seu goleiro, que saiu de campo machucado.

Os africanos, mesmo em desvantagem, tocavam a bola como quem tem a certeza de que pode fazer o que quer, à hora que quiser. E sua confiança aumentou quando Bony empatou a peleja.

Os deuses do Olimpo, porém, não aceitariam a postura dos elefantes e castigariam uma das mais fortes seleções da África Negra a disputar Copa do Mundo. Já nos acréscimos do segundo tempo, os gregos tiveram um pênalti a seu favor e Samaras (da dupla Samaris e Samaras) não perdeu a oportunidade de decretar a vitória helênica. Infelizmente, na dúvida entre fazer uma foto para meu blog, ou um filme para o registro histórico, perdi o gol e fiquei com a comemoração:

Comemoração do gol da classificação dos gregos

O que se viu em Fortaleza foi uma explosão dentro e fora de campo, com jogadores se abraçando e torcedores fanáticos entoando o cântico mais legal dessa Copa. Apesar de cantado em grego, era seguido pelos brasileiros presentes, que encontravam semelhança de alguns sons com palavras da última flor do lácio e repetiam em coro, “demoro, demorô”.

Os versos, em verdade, fazem referência ao campeonato europeu de 2004, conquistado pelos gregos em Portugal, diante dos donos da casa, de forma mais que surpreendente e significam algo como “levantei essa ‘porra’ de troféu, mal posso esperar (pra levantá-lo de novo)”.

σηκοσε το το γαμιμενο δεν μπορω δεν μπορω να περιμενω

Os gregos poderiam ter ido mais longe, vez que parados nas quartas pelos costa-riquenhos, nos pênaltis.

Mas cada seleção sabe de seu potencial, e tem seu objetivo específico. Naquela noite de terça-feira, a Grécia conquistou sua Copa do Mundo, de forma incontestável.


* Estevan Tadeu Azevedo Mazzuia, 37 anos, é servidor público estadual, mora em Santos e torce para o Corinthians. Estevan é um dos membros do Blog JogosPerdidos.

Colômbia 2 x 1 Costa do Marfim - Placar definido em nove minutos

James deixou a sua marca

* por Raul Martins Dias

Quando veio a notícia de que o Brasil seria sede da Copa do Mundo, fiquei com uma sensação dividida. Sabia que o país tem outras prioridades e, talvez, não seria o momento de realizar um evento como este, mas, ao mesmo tempo, sou um grande fã de futebol e sempre acompanhei o Mundial em suas outras edições. Por isso, resolvi aproveitar o tudo e fiz de tudo para poder assistir aos jogos em minha cidade, Brasília.

Consegui o ingresso para Colômbia e Costa do Marfim, jogo que foi realizado no dia 19 de junho, na primeira fase do sorteio. Na ocasião, me cadastrei para os sete jogos em Brasília, antes ainda do sorteio dos grupos. Só não consegui para Brasil e Camarões, que não se sabia que seria contra Camarões. Porém, até neste jogo consegui ir.

Colombianos eram a maioria no estádio

No dia de Colômbia e Costa Rica, fui de carro, com meu pai. Conseguimos deixar o veículo estacionado a algumas quadras do estádio e, a partir daquele local, fizemos uma caminhada rápida até o Estádio Nacional Mané Garrincha, palco do espetáculo.

A partida foi muito disputada desde o início. Porém, o jogo só esquentou de vez por volta dos 15 minutos do segundo tempo. Aos 18, James Rodriguez abriu a conta para os colombianos. Aos 24, Quintero aumentou a vantagem colombiana. Vendo suas chances na Copa do Mundo diminuir, os marfinenses foram para cima, três minutos depois diminuíram com Gervinho. E foi só. No final, Colômbia 2 a 1.

Em nove minutos, partida foi resolvida

O clima de Copa do Mundo é sempre sensacional, e a presença da "vizinha" Colômbia atraiu uma grande torcida daquele país a terras candangas. Ao contrário da estreia entre Suíça e Equador, dessa vez houve pouca fila na entrada. Ponto para a organização, que reviu alguns problemas do primeiro jogo e consertou.

É claro que com todo esse clima, não dá para passarmos despercebidos. Eu e meu pai aproveitamos e batemos papo com os vizinhos de cadeira. Falávamos sobre futebol, o jogo e o evento em si. É incrível como o clima de harmonia prevalece durante o evento.

Não tem como não se emocionar com a realização da Copa do Mundo!


* Raul Martins Dias (na esquerda), 37 anos, é servidor público, mora em Brasília e seu coração tem espaço para três times: Brasília FC, SE Palmeiras e Juventus FC. Raul é responsável pelo blog Campo de Terra.

Costa do Marfim 2 x 1 Japão - Uma experiência única

Drogba fez a diferença na partida em Recife

* por Chico Ferreira

A Copa do Mundo de futebol sempre foi meu evento favorito. Eu era criança e sonhava em ver um jogo da competição de perto. Quando o Brasil foi escolhido como sede e Recife seria uma das cidades que teriam partidas, vi a oportunidade de realizar esse sonho.

Assim que começaram os sorteios para a compra de ingressos no site da FIFA, me candidatei e fui sorteado para o único jogo que realmente eu queria ir. Uma baita sorte! A partida era Costa do Marfim e Japão.

Moro em Recife e a Arena Pernambuco fica em São Lourenço da Mata. Sinceramente, não me preocupei com a distancia, pois o clima do jogo estava me consumindo. Fui com uns amigos de Metrô para o jogo, no dia 14 de junho, um sábado, e nem me liguei quanto tempo a viagem durou, mas acredito que foi cerca de uma hora.

Brasileiros e japoneses juntos

Tecnicamente, Costa do Marfim e Japão não fizeram um bom jogo. Estava torcendo para a seleção japonesa, que começou melhor a partida e abriu o placar. Porém, o time caiu muito de rendimento, principalmente no segundo tempo, e os marfinenses conseguiram mudar o quadro da partida, depois de uma substituição certeira do treinador, e viraram o jogo em dois minutos.

Foi sensacional estar em um jogo de Copa do Mundo, talvez a melhor sensação do dia, já que o Japão não fez uma boa partida. Fiz amizades com dois mexicanos e dois japoneses. No Metrô, encontramos marfinenses e norte-americanos. Viemos no trem conversando, cantando e brincando.

Uns amigos meus que eu conhecia só pelas redes sociais vieram para Recife. Recebi-os em um hotel e lá estavam mexicanos e japoneses. Fizemos amizade na hora e fomos juntos para o jogo, conversando sobre futebol. Vimos o jogo e voltamos juntos também. Ganhei um cachecol de um amigo japonês que conheci um ano antes, na Copa das Confederações. Nós havíamos marcado de se encontrar na Copa do Mundo e ele me deu este presente.

Japoneses aquecendo antes da partida

No estádio, eu fiquei perto da torcida japonesa, que não parava de cantar um segundo. Logo me juntei aos nipônicos e cantei tanto que fiquei rouco. No fim, saí dividido, pois fiquei frustrado porque o Japão perdeu, mas estava feliz por ter vivido tudo aquilo. Foi um dia magnífico.

Realizei um sonho! Como disse antes, era coisa de guri, pois via a copa pela TV e pensava: “um dia vou participar de uma”. 

Apesar de muita coisa pesou contra a realização do evento no país, eu só pensei em viver o momento. Quis aproveitar o que a copa tinha de melhor para oferecer, como as amizades que fiz, estar num jogo da seleção que eu sempre admirei, fazer parte da torcida e ver os jogadores que eu admiro de perto. Era uma oportunidade única pra mim e vivi tudo aquilo intensamente. 


* Francisco Ferreira Vidal, o Chico Ferreira, 26 anos, é estudante de Jornalismo, mora em Recife e torce para o Sport. 
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