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Os 71 anos de Zico

Com informações da CBF
Foto: arquivo

Zico no jogo contra a Argentina na Copa do Mundo de 1982

Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, dono de um raro talento, autor de belos gols e colecionador de títulos, Zico festeja neste domingo (3) seu 71º aniversário. Conhecido como o "Galinho de Quintino", apelido em referência ao bairro do subúrbio carioca onde viveu sua infância, Zico, ídolo eterno do Flamengo, marcou 854 gols na carreira, 525 deles reconhecidos pela Fifa, o que o deixa oficialmente entre os 14 maiores goleadores do mundo.

O jogador se notabilizou como o grande líder de uma era de ouro do Rubro-Negro carioca, nas décadas de 70 e 80, ajudando o Flamengo a levantar uma penca de títulos, entre os quais o da Libertadores e o do Mundial de Clubes.

Pela Seleção Brasileira, atuou nas Copas do Mundo de 1978, 1982 e 1986 - portanto figurou (em 1982, na Espanha) numa das equipes mais talentosas da história dos mundiais, formando o meio com outros craques: Falcão, Cerezo e Sócrates.

Faz parte de suas façanhas a marca de maior artilheiro do Maracanã, com 334 gols em 435 partidas. Zico foi autor de 84 gols em cobranças de faltas, segundo seus próprios dados. Por causa disso, a Revista Placar lhe concedeu, em 2001, um prêmio que o intitulava como maior cobrador de faltas do futebol brasileiro no século XX.

O reconhecimento pela sua qualidade técnica apurada e pelos gols decisivos notadamente quando atuava pelo Flamengo foram determinantes para que ganhasse o título de melhor futebolista do ano de 1981 pela Revista Guerrin Esportivo. Repetiria o feito em 1983, numa eleição promovida pela World Soccer.


De uma família de craques, na qual também se destacava o irmão Eduzinho, que foi considerado por João Saldanha como um suplente ideal de Pelé às vésperas da Copa do Mundo de 1970, Zico chegou a jogar na Udinese, da Itália, e no Kashima Antlers, do Japão, antes de trocar de função - passou a ser treinador e trabalhou também como coordenador e diretor-técnico.

Ainda pela Seleção Brasileira, trabalhou como coordenador-técnico na comissão dirigida por Zagallo na Copa do Mundo de 1998, na França. Sua relação com Flamengo e Seleção é notória, mas há de se destacar também que Zico é idolatrado por milhões de japoneses, que o consideram como o grande incentivador da popularização do futebol naquele país, pelo qual ganhou inúmeros títulos como jogador e diretor-técnico.

Goleiro do Milan deixa o campo após gritos racistas em jogo contra a Udinense

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

Mike Maignan sofreu ataques racistas

O francês Mike Maignan, goleiro do Milan, saiu de campo neste sábado depois de ser alvo de gritos racistas de torcedores da Udinese, no estádio Friuli, em Údine, em jogo da 21ª rodada do Campeonato Italiano. A partida ficou paralisada por cinco minutos, foi retomada e terminou com a vitória milanista por 3 a 2, com o gol da vitória marcado nos acréscimos da segunda etapa.

No primeiro tempo, o Milan vencia a Udinese por 1 a 0 (gol de Loftus-Cheek) e tinha um tiro de meta a seu favor. Antes da cobrança, Maignan sinalizou para os companheiros, caminhou até o árbitro e depois para a linha lateral. Os jogadores do Milan conversaram com Maignan, que tirou as luvas e desceu o túnel para o vestiário. O goleiro também contou ao árbitro sobre torcedores imitando macacos no início da partida, o que gerou um anúncio no estádio pedindo que as ofensas parassem.

“Não há absolutamente nenhum lugar para o racismo em nosso jogo: estamos horrorizados”, publicou o Milan nas redes sociais com uma foto de Maignan conversando o árbitro. “Estamos com você, Mike.”

O time do Milan voltou ao campo, e Samardzic empatou antes do fim do primeiro tempo. A Udinese virou no início do segundo tempo com Thauvin. O Milan chegou ao novo empate aos 38 minutos, com Jovic, que tinha entrado sete minutos antes. O gol da vitória saiu aos 48 minutos com Okafor.


Com a vitória, o Milan chegou aos 45 pontos e está em terceiro lugar. O time volta jogar no sábado que vem, contra o Bologna, em Milão. Já a Udinese, que deve ser punida pelo episódio de racismo, enfrenta a Atalanta, também no sábado. A Udinese está na 16ª posição, com 18 pontos, e pode terminar a rodada na zona de rebaixamento.

Edinho e sua boa passagem pela Udinese, da Itália

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Edinho em ação pela Udinese

Edino Nazareth Filho, mais conhecido como Edinho, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de junho de 1955, e foi um grande zagueiro. O jogador teve passagens por grandes clubes, e se tornou ídolo do Fluminense e da Udinese, clubes onde viveu grande parte de sua carreira.

Tudo começou aos seus 13 anos, quando chegou à categoria de base do Fluminense. Desde lá, só foi crescendo e evoluindo, e não demorou muito para subir para a equipe profissional. Em 1973, aos 18 anos, Edinho estreou no profissional do tricolor carioca, e depois foi construindo uma belíssima história pelo clube. O jogador fez parte de um dos grandes momentos da história do Fluminense e, mesmo muito jovem, se tornou um pilar e uma liderança na equipe.

Foram praticamente 9 anos no Fluminense, onde fez uma belíssima história e conquistou alguns títulos. O jogador era uma referência e liderança daquele equipe, que ficou conhecida como a “Máquina Tricolor”, pois continha muitos talentos e que se encaixaram muito bem.

Mas após todo seu tempo de Fluminense, e já com passagens pela Seleção Brasileira, o que deu para o atleta mais visibilidade internacionalmente, o zagueiro começou a receber algumas sondagens do futebol europeu, o fazendo pensar em deixar o Brasil.

A proposta da Udinese, da Itália, foi muito boa, e fez com que o jogador deixasse o Fluminense para tentar construir o seu legado no futebol europeu. O Campeonato Italiano era o mais forte, foi a principal liga do século passado, pois tinha as principais estrelas do futebol mundial.


Mesmo em outro país, com muitas diferenças culturais e até mesmo de filosofia de jogo, Edinho conseguiu lidar com tudo muito bem, se encaixando rapidamente ao estilo de sua equipe. A Udinese não era o time mais forte e não entrava nas competições para brigar por títulos, mas tentava sempre ficar na parte de cima da tabela. Edinho se tornou um atleta muito importante para o grupo, sendo um pilar defensivamente.

O jogador manteve seu auge atuando na equipe, sendo muito importante dentro e fora de campo. Se tornou referência para quem estava chegando e tinha o respeito de todos. Edinho ficou durante cinco temporadas no clube, se tornando ídolo para a torcida e sendo muito respeitado por todos. Foram 172 jogos e 27 gols, números muito bons para o atleta. Depois da sua ótima passagem, o zagueiro voltou para o Brasil para atuar no Flamengo. Ainda retornou ao Fluminense e encerrou a carreira no Grêmio, em 1989.

Marcos Paulo e sua rápida passagem pela Udinese

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Marcos Paulo durante a passagem pela Udinese

Marcos Paulo Alves nasceu em Doresópolis, em Minas Gerais, no dia 11 de maio de 1977, e foi um bom jogador de futebol, com passagens por diversos clubes grandes no Brasil. Mas além disso, o volante conseguiu muito destaque no início da carreira e foi atuar na Europa, defendendo a italiana Udinese.

A sua carreira começou quando começou a atuar no profissional do Cruzeiro, após algum tempo na base do clube. O seu futebol se destacava nas categorias inferiores, pois ele tinha um grande domínio do meio-campo, sendo um “pitbull”, e também com qualidades com as bolas nos pés.

Marcos subiu para o profissional em 1996, quando estreou pelo profissional da Raposa. Na equipe mineira, o volante teve um grande destaque, mostrando um grande potencial, e foi evoluindo cada vez mais durante as temporadas, tanto que chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira. Em 1999 foi convocado pelo Vanderlei Luxemburgo para disputar a Copa América e a Copa das Confederações, sendo campeão dos dois torneios com a camisa da seleção.

O seu desenvolvimento ocorreu muito bem, tanto que começou a chamar a atenção de clubes do futebol europeu. Marcos já era titular absoluto da Raposa, e após as convocações para a Seleção, se tornou cada vez mais visado por outros times, principalmente do outro continente.

Em 2001 chegou algumas propostas para o atleta, e ele decidiu aceitar o da Udinese, da Itália, que na época era a liga mais forte do mundo. Marcos iria se aventurar no outro continente, com mais experiência e já com rodagem pela Seleção Brasileira, todos tinham uma boa expectativas sobre ele.

Porém, o volante demorou para se adaptar na equipe, passou por algumas dificuldades no início, principalmente com o ritmo diferente de jogo, pois na Itália era um jogo muito mais intenso e físico, totalmente diferente do que era jogado no futebol brasileiro.


O volante até entrava em algumas partidas, mas não conseguia ter uma sequência e nem conquistar o seu espaço. Ficou na maioria dos jogos no banco de reservas e teve partidas que nem foi relacionado, isso acabou gerando uma frustração no atleta.

Sua passagem não duraria muito na equipe italiana, pois as poucas partidas e o desempenho abaixo do esperado, fizeram o jogador querer deixar o clube. Com apenas 17 jogos pela Udinese, Marcos não ficou contente com si próprio, mas também com a falta de mais respaldo da comissão.

Em 2002, decidiu retornar ao futebol brasileiro, e voltou para onde se sentia bem, que era o Cruzeiro. Porém, ficou pouco tempo no clube, pois logo na sequência já voltou para a Europa, mas dessa vez para atuar no Sporting, de Portugal.

Napoli busca o empate com a Udinese fora de casa, quebra jejum e conquista o Italiano depois de mais de 30 anos

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images
 
Osihmen, sempre ele, fez o gol do título

Uma das esperas mais longas do futebol mundial, que tanto bateu na trave de acabar nos últimos 10 anos finalmente terminou. Depois de uma reconstrução espetacular, de anos e anos de protagonismo no futebol italiano e até no futebol europeu, o Napoli foi buscar o empate de 1 a 1 com a Udinese no Stadio Friulli, em Udine, na tarde desta quinta, dia 4 e com o resultado conquistou matematicamente o já certo há algum tempo título do Campeonato Italiano da temporada 2022/2023. 

O troféu premia uma campanha simplesmente irretocável dos Partenopei. Os napolitanos lideraram a Série A praticamente de ponta a ponta e fizeram uma campanha digna de números que times como o Manchester City de Guardiola e o Liverpool de Jurgen Klopp costumam conquistar. Com o empate, o time do sul chegou aos 80 pontos, 16 a mais que a Lazio, a cinco rodadas do fim da competição e com isso o título veio.

Depois do frustrante empate com a Salernitana no San Paolo, o Napoli sabia que a missão não seria simples. O líder da competição enfrentava fora de casa um time que não perde em seu estádio há sete jogos, porém precisava apenas do empate. No primeiro tempo, porém, pouco intenso, o time napolitano foi engolido pela Udinese, que abriu o placar com um lindo gol de Lovric e ainda teve outras chances de marcar. O jogo foi para o intervalo com a sensação de que o título não viria nesta quinta.

Na etapa final, o Napoli voltou melhor, engolindo o time da Udinese e logo buscou o empate, com o sempre infernal Osihmen, aproveitando rebote do goleiro após uma maravilhosa jogada de "Kvaradona". A partir daí, os Partenopei passaram a controlar o jogo e tiveram inclusive chances de ampliarem o marcador, com direito a um gol bem anulado de Osihmen, já que Zielinski havia cometido uma falta pouco antes. A cada minuto, a espera era mais ansiosa, até que o apito finalmente veio e encerrou a espera, começando a invasão de campo e a festa de uma imensa gente há 800 km de sua casa.


É o terceiro Scudetto da história do Napoli, que volta a conquistar depois de dois obtidos pelo time de Maradona e de Careca e de um time que bateu na trave várias vezes nos últimos anos, com um vice de 93 pontos há alguns anos. Maradona, ícone gigante da história napolitana, infelizmente não sobreviveu para ver seu amado time campeão nacional novamente (ou mesmo a Argentina campeã do mundo), mas que certamente está feliz de onde estiver.

Agora, o Napoli jogará diante de uma festa absolutamente imparável contra a Firoentina no final de semana, diante de um San Paolo onde já deve ser levantado o Scudetto. A Udinese, ainda em ascensão na tabela, pega a Sampdoria em casa, num estádio onde segue há algum tempo sem perder um jogo, mesmo sendo o "coadjuvante" da festa do título. 

A passagem de Warley pela Udinese

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Warley atuando na Udinese

Completando 45 anos neste dia 13, o atacante Warley foi durante sua carreira dentro das quatro linhas um andarilho do futebol. O atleta, nascido em Sobradinho, vestiu a camisa de diversos clubes brasileiros e estrangeiros ao longo de sua longínqua carreira no futebol. No final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, ele foi um dos vários atacantes brasileiros que passou pela Série A italiana, atuando pela Udinese.

Warley chegou a Udine ainda muito jovem depois de uma passagem curta de seis meses pela equipe do São Paulo. Veio aos bianconeri numa equipe que estava se acostumando no período a ficar na parte de cima da tabela, sempre brigando por vagas na Copa da UEFA. Foi inclusive num jogo dessa competição que ele estrearia, diante do Alboorg. 

O começo de Warley foi até positiva, marcando em sua terceira partida diante do Bari um gol que valeu um ponto. Porém, caiu de rendimento depois e só foi voltar a marcar já no finalzinho da temporada, diante de Lecce e Perugia. Ficando bem abaixo do esperado, ele acabou sendo emprestado de volta ao futebol brasileiro, indo jogar no Grêmio, onde inclusive teria uma passagem interessante. 


Chegou a atuar em uma partida na temporada 2000/2001 antes de retornar novamente ao Grêmio. Retornou ao time de Udine na temporada 2001/2002 e novamente não conseguiu mostrar bom futebol, permanecendo na Bota até o começo de 2003, quando foi negociado definitivamente com o São Caetano, encerrando sua passagem no clube.

Pela Udinese, não teve grandes números. Foram  apenas quatro gols em 42 jogos com a camisa do time de Udine. Warley rodou por diversos clubes até pendurar as chuteiras em 2017, no Botafogo da Paraíba. 

Escorregões do "trio de ferro" italiano levam a crer que o Scudetto pode ter um destino diferente

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/SSC Napoli

Jogadores do Napoli celebram gol diante do MIlan

O Campeonato Italiano viveu um dos seus momentos mais críticos nos últimos anos, principalmente na década passada. De torneio mais badalado do futebol mundial, elite do esporte bretão e vitrine de bons jogos, o "Calcio" virou um campeonato de um time só com equipes fracas que pouco conseguiam se impor fora do país. Aos poucos, porém, o nível da Série A volta a crescer, principalmente com a elevação de nível de times menores. Esta temporada, depois do retorno triunfal da dupla de Milão, os escorregões do "trio de ferro" Inter, Milan e Juventus levam a crer que o campeonato pode acabar nas mãos de uma força diferente.

A primeira equipe que surge no imaginário é uma que é até esquisito pensar que não levou um campeonato nos últimos anos. O Napoli tem, desde sua refundação pós "falência", um trabalho consistente no extra-campo que o tem levado todo ano as primeiras posições. Ano passado, os Partenopei disputaram o título rodada a rodada contra Inter e Milan, mas não conseguiram acompanhar o ritmo da dupla. Neste ano, o time de Spaletti já bateu o próprio atual campeão Milan dentro do San Siro e tem um começo muito positivo para buscar a taça.

De fato, o time do sul da Itália é talvez o mais consistente para buscar o título, se pensando no trabalho feito. Além das boas opções, como Osimen, Lozano e Raspadori. Aproveitando as várias escorregadas que principalmente a Juve e a Inter seguem dando no começo do torneio, os napolitanos podem se aproveitar e somar uma pontuação que o permita um alicerce na busca do título contra seus adversários. Do trio de ferro, quem parece mais consistente neste momento é mesmo o Milan, que ainda está mais acima dos rivais e parece mais consistente mesmo quando tropeça. Talvez, quando o time de Pioli recupere seu ritmo habitual seja já muito tarde.

Só que a concorrência Partenopei pode vir justamente de outras forças surpreendentes. Outro time de trabalho inquestionável e consistente, a Atalanta de Gasperini começou a Série A com tudo e já acumula 17 pontos, com cinco vitórias e dois empates nestes dois primeiros jogos. Depois de tanto crescer, quase chegar a uma semifinal de Liga dos Campeões e acabar batendo na trave na Copa Itália, a Dea poderia fazer o voo mais bonito de sua história buscando um Scudetto inédito. A equipe acabou terminando com o terceiro lugar na temporada 2020/2021

Outras equipes que mostram um começo interessante são a Lazio, que tem bons jogadores e bons nomes para sonhar com o título e a equipe que é talvez a maior surpresa da competição até aqui: a Udinese, que é a terceira colocada e que bateu neste domingo a Inter em casa. Curiosamente, a ex-equipe de Zico faz isso sem nenhum super nome brilhante no elenco, sendo Delofeu o mais conhecido. A engrenagem de desconhecidos tem funcionado de maneira bem consistente nestas primeiras rodadas e só o tempo dirá quanto o time de Andrea Sotili aguentará na disputa pelas primeiras posições.

O fator que mais leva a crer nessa possível conquista diferente, porém, vem muito mais do futebol pobre praticado nem tanto pelo Milan, mas principalmente por Inter e Juventus. A Juve até gastou em contratações nesta temporada, mas segue jogando um futebol minúsculo e mostra claras dificuldades que surpreendem. Além disso, o elenco bianconero ainda possuí lacunas claras e alguns jogadores de nome já não produzem como em outros tempos. O que causa os problemas que a Velha Senhora tem enfrentado. 


Do lado de Milão das coisas, quem preocupa seu torcedor é a Inter. Outrora um time que dava claros sinais de evolução, inclusive quando fez o Liverpool suar sangue para se classificar na Liga dos Campeões, os Nerazzurri parecem ainda não terem voltado para a temporada e a equipe tem passado por claras dificuldades para conseguir as vitórias. Alguns já até começam a questionar a permanência de Inzaghi, principalmente com a sombra de Tuchel viva. Já o Milan é o que melhor joga do trio, mas ainda não pegou o ritmo que o levou ao Scudetto na temporada passada, mostrando essa capacidade apenas no Derby contra a Inter.

Só o tempo dirá se a morosidade dos três maiores da Bota é algo passageiro ou será uma constante na temporada 2022/2023, mas ela também é uma mostra de que o futebol italiano começa mostrar sinais de evolução, pelo menos em seus times menores. Para que, ainda que um distante dia, quem sabe o futebol italiano volte a ser a passarela que foi um dia. 

A passagem de Abel Balbo pela Udinese

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Abel Balbo jogou pela Udinese entre 1989 e 1993

Nesta quarta-feira, dia 1º de junho de 2022, o argentino Abel Eduardo Balbo, ex-atacante e atual treinador, está completando 56 anos de idade hoje. Ele começou a sua carreira como jogador de futebol profissional no Newell's Old Boys da Argentina e ainda teve uma passagem pelo River Plate.

Sua trajetória no futebol local terminou quando Marino Mariottini, que trabalhava quando como diretor esportivo da Udinese. Ele veio para a América do Sul com o objetivo de ver Roberto Sensini, ex-zagueiro do time preto e vermelho de Rosario. Porém, o Balbo também se destacou e ambos foram levados para o velho continente.

Pelo clube de Udine, disputou um total de 120 partidas entre 1989 e 1993. Rumou para a capital italiana logo depois de livrar o time bianconeri do rebaixamento para a Serie B nos playoffs. Na temporada 1992-1993, sua última defendendo a Udinese, Balbo foi o segundo maior goleador do campeonato nacional, junto com ninguém mais ninguém menos do que Roberto Baggio.

Vale lembrar que enquanto esteve na equipe Zebrette, defendeu a Seleção Argentina na Copa do mundo de 90, disputada na Itália. Na ocasião, a Albiceleste conseguiu chegar até a grande decisão, mas foi superada pela Alemanha.

Antes mesmo de sair da Udinese, Balbo já havia feito um acordo com a Internazionale de Milão. Porém, Abel acabou não assinando contrato porque o clube nerazzurri já tinha três jogadores estrangeiros no elenco, limite exato de estrangeiros que a Federação Italiana permitia por cada clube. Com isso, foi para a Roma, onde virou ídolo com o tempo.


Depois de passar pelo clube Giallorossi, defendeu a também equipes como Parma e Fiorentina. Antes de voltar à Argentina, teve uma outra passagem pela Roma. Em 2002, Abel Balbo jogou pelo Boca Juniors e se aposentou ao final da temporada.

A boa passagem de Amoroso pela Udinese

Por Lucas Paes
Foto: Matthew Ashton/EMPICS via Getty Images

Amoroso teve boa passagem pela Udinese

Amoroso foi mais um entre vários bons atacantes revelados no Brasil nos anos 1990. Cria da base do tradicional Guarani, de Campinas, o ex-jogador, que completa 46 anos neste dia 5 de julho, teve passagens por diversos clubes. Nos anos 1990, mais especificamente em 1996, ele foi jogar na liga que era na época a mais forte do mundo: a Série A da Itália, quando acabou contratado pela Udinese, ex-clube de Zico nos anos 1980.

Depois de ótimo inicio no Guarani, Amoroso chegou ao Flamengo, onde ficou pouco tempo antes de chamar a atenção da Udinese, que assinou com ele ainda na metade do ano de 1996. Inicialmente, dividiria as atenções no ataque com o centro-avante alemão Oliver Bierhoff. O brasuca porém cairia rapidamente nas graças da torcida em Udine, dando seus primeiros passos para uma boa trajetória na Europa.

Em sua primeira temporada no clube, dividindo as atenções no ataque com Bierhoff. Marcou um total de 12 gols na temporada, todos no Campeonato Italiano. Amoroso foi responsável, junto a Poggi e Bierhoff, ambos com 13 gols marcados, por 38 dos 53 gols dos Friulani na competição. Ajudou a equipe alvinegra a terminar na quinta colocação na Série A do biênio 1996/1997, atrás de Lazio, Inter, Parma e da campeã Juventus de Turim.

Na temporada seguinte, acabou tendo um de seus piores momentos no futebol europeu. Apesar de se manter como titular do time de Udine, marcou apenas seis gols ao longo do Campeonato Italiano, em mais um ano onde os Bianconeri voaram na competição, terminando na terceira posição, atrás apenas de Juventus e Inter, que brigaram ponto a ponto pelo Scudetto. Bierhoff inclusive foi o artilheiro do campeonato com 27 gols.


Só que o brasileiro se recuperou em grande estilo na temporada seguinte. No biênio 1998/1999, com a ida do alemão Bierhoff para o Milan, ele virou o grande protagonista da equipe e passou a marcar a maior parte dos gols. Em outra grande campanha do time de Friulli, Amoroso fez 22 gols no Campeonato Italiano, terminando na artilharia da competição. Com outros dois gols na Copa Itália, terminou a temporada indo 24 vezes as redes. 

Seu desempenho chamou a atenção do Parma, uma potência da época no futebol italiano e europeu, que pagou 30 milhões de euros pelo seu passe, um valor altíssimo a época e que mesmo hoje não seria exatamente um preço barato. Terminou sua passagem por Udine com 42 gols em 103 jogos com a camisa alvinegra.

Títulos e artilharia: Amoroso marcava seu último gol há 12 temporadas

Mateus Bezerra / FPF
Foto: divulgação Aris

Amoroso com a camisa do Aris, clube no qual marcou o seu último gol

Márcio Amoroso dos Santos, ou simplesmente Amoroso, nasceu em Brasília, no ano de 1974, e iniciou nas categorias de base no Guarani. Já no profissional, além do bugre campineiro, passou por outros grandes clubes do Brasil e do mundo como São Paulo, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Udinese e Parma, na Itália, e Borussia Dortmund, da Alemanha. Em sua carreira marcou 198 gols. O último deles foi há 12 anos, com a camisa do Aris, da Grécia.

Logo no início de sua carreira, foi emprestado pelo Guarani ao Tokyo Verdy, do Japão. Em 1994 retornou ao clube de formação, onde disputou o Brasileirão. Na competição nacional, marcou 19 vezes em 26 aparições, o que lhe rendeu a artilharia do campeonato ao lado de Túlio, além do prêmio Bola de Prata de melhor jogador. Na época, formava dupla de ataque com Luisão e juntos levaram o Guarani até à semifinal, sendo eliminado pelo futuro campeão Palmeiras.
No ano seguinte continuou fazendo gols pelo time de Campinas, despertando o interesse do Flamengo, que o contratou para a temporada de 1996. No entanto, o jovem talento ficou apenas três meses no clube carioca, pois acabou assinando contrato com a Udinese-ITA. Na temporada 98/99, foi artilheiro do Campeonato Italiano, com 22 gols. Em seguida, se transferiu para o Parma e fez parte do único título da Supercopa da Itália que o clube possui.

Ao sair do Parma, rumou para a Alemanha para defender o Borussia Dortmund, onde ficou por três temporadas. Logo em seu primeiro ano fez barba, cabelo e bigode, com o título, a artilharia com 18 gols e o prêmio de melhor jogador da competição. Ainda na Europa, teve passagem discreta pelo Málaga, da Espanha.

De volta ao Brasil - Em 2005 o artilheiro retornou à sua pátria para jogar pelo São Paulo. Comandando por Paulo Autuori, participou da conquista do tricampeonato da Libertadores, fazendo o primeiro gol na goleada por 4 a 0 contra o Athletico na final. Devido à conquista da América, o clube do Morumbi viajou para o Japão, no final daquele ano, para a disputa do Mundial de Clubes.

Logo no primeiro desafio o matador foi decisivo na apertada vitória são- paulina por 3 a 2 diante do Al- Ittihad. Aos 16 minutos da etapa inicial, Danilo fez jogada pela esquerda, cruzou e a bola sobrou para o camisa 11, que matou no peito e bateu cruzado para abrir o marcador. O time árabe buscou o empate ainda no primeiro tempo. Porém, logo no início da etapa complementar mais uma vez o faro do artilheiro prevaleceu.

Danilo fez jogada pelo meio com Aloísio, que tocou para Cicinho, aberto na ala direita. O lateral acertou cruzamento para Amoroso apenas empurrar para o gol. Depois, Rogério Ceni ainda ampliou o placar, de pênalti, e os árabes ainda descontaram. Com esses dois gols feitos na semifinal, o atacante foi um dos artilheiros da competição.

Após o belo desempenho e o título diante do Liverpool, o Milan fez com que Amoroso voltasse à Itália. Entretanto, o atleta pouco atuou, em duas temporadas. Desta forma, retornou ao Brasil para jogar pelo Corinthians, em 2006. No ano seguinte defendeu as cores do Grêmio, antes de ir para a Grécia, para atuar pelo Aris, clube onde marcou seu último gol como profissional.

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Seleção Brasileira - Os bons desempenhos na temporada em que defendeu o Parma, 98/99, garantiram sua convocação para disputar a Copa América, no Paraguai, com a Seleção Brasileira, em 1999. Na ocasião, o Brasil foi campeão e Amoroso estufou as redes adversárias em quatro ocasiões.

Logo na estreia, o Brasil goleou a Venezuela por 7 a 0. Amoroso só não marcou mais do que Ronaldo Fenômeno, que deixou três tentos, contra dois dele. Já na segunda partida, diante do México, o camisa 7 marcou um dos dois gols, na vitória de 2 a 1. O último gol do craque na competição continental, foi novamente contra o México, mas dessa vez a vitória foi por 2 a 0.

O último de seus gols - Já no final de sua carreira, Amoroso deixou o Brasil para jogar no futebol grego, na temporada 2007/2008. Aos 33 anos, o experiente jogador foi recebido por seis mil torcedores no aeroporto. Em sua apresentação ao clube, o goleador se disse emocionado pela recepção. “Estou contente por abrir uma nova página em minha carreira. Devo dizer que nunca fui tão bem recebido em toda a minha vida. A recepção dos torcedores foi incrível e estou emocionado”, disse em coletiva à época.

Pela equipe grega, o jogador disputou 12 paridas, marcando dois gols. O primeiro foi contra o Atromitos Athen, de Atenas, com um belo chute de esquerda. O seu último gol como profissional foi no dia 14 de maio de 2008, quando marcou de pênalti, contra o Panionios, no empate em 3 a 3.

Alberto na Udinese

Por Victor de Andrade

Alberto defendeu a Udinese entre 1999 e 2005

A Udinese Calcio é um clube médio do futebol italiano. Apesar de sempre frequentar a Série A, é um time que nunca conquistou o Scudetto ou a Copa do país. Porém, a equipe sempre teve brasileiros de destaque por lá: Zico e Amoroso viraram ídolos e Edinho também é muito respeitado. Outro jogador que teve boa passagem por lá é o ex-lateral direito Alberto, que atualmente treina o Botafogo e é chamado também pelo sobrenome.

Alberto Valentim nasceu em Oliveira, em Minas Gerias, em 22 de março em 1975. Começou nas categorias de base do América Mineiro e com 18 anos foi para o Guarani, onde foi campeão da Copa São Paulo de Juniores de 1994, quando bateu o pênalti que definiu a conquista contra o São Paulo. Profissionalizou no Bugre e foi emprestado para a Inter de Limeira, onde foi campeão Paulista da A-2 em 1996.

O Atlético Paranaense observou o atleta e o levou para o Joaquim Américo no segundo semestre de 1996. Logo, Alberto se destacou e passou a figurar como um dos melhores laterais direitos do país. Despertou a atenção de vários times e o Furacão o emprestou para São Paulo, Cruzeiro (onde foi contratado para jogar o Mundial de 1997, mas bem outro em campo) e Flamengo. Porém, não conseguia o mesmo desempenho quando defendia a camisa do Rubro Negro paranaense.

Em 1999, o Atlético Paranaense negociou Alberto com a Udinese e na Itália ele teve uma bela passagem. Tá certo que na primeira temporada, 1999/2000, o jogador não conseguiu se adaptar e pouco jogou, e a sua equipe foi a oitava colocada na Série A.

Alberto atuando pela Udinese

Na temporada seguinte, Alberto explodiu! Jogando até na meia direita, Alberto virou titular na Udinese, que não fez boa campanha naquele ano na Série A, terminando a competição apenas na 12ª posição. Porém, a equipe chegou na semifinal da Copa da Itália e conquistou o título da Copa Intertoto da UEFA.

Os problemas, no entanto, começaram em junho de 2001, no que prometia ser uma ótima temporada para Alberto. Pego com passaporte português falso ao viajar para a Polônia com a delegação para um jogo da Copa Uefa, Valentim precisou refazer seu visto para permanecer na Itália e foi suspenso por um ano pela Federação Italiana. Vale ressaltar que foi um momento onde vários jogadores sul-americanos foram pegos com passaportes europeus falsos (a intenção era fazer com que os atletas não contassem como extra-comunitários) e foi descoberta uma rede de corrupção.

Quando retornou, em junho de 2002, o brasileiro fez mais duas temporadas jogando como meia e manteve bom ritmo, acompanhando a equipe treinada por Luciano Spalletti, que encaixou campanhas honrosas de sexto e sétimo lugar em 2003 e 2004. Em 2005, Alberto foi emprestado para o Siena, onde ficou até 2008. Na Udinense, Alberto fez 102 jogos e marcou dois gols.

No mesmo ano, Alberto voltou para o Brasil, onde defendeu novamente o Atlético Paranaense, encerrando a carreira de jogador no ano seguinte. Em seguida, Alberto recebeu o Valentim em seu nome de trabalho e passou a frequentar comissões técnicas, até virar treinador.

Dino Zoff, o capitão do tri italiano

Zoff foi o campeão italiano em 1982

A Itália sempre teve grandes goleiros, mas talvez o mais importantes deles tenha sido Dino Zoff. Habilidoso, com ótimos reflexos e um grande líder. Com todas essas qualidades o arqueiro defendeu a Seleção Italiana até os 41 anos de idade e foi o capitão na conquista da Copa de 1982.

Natural da comunidade de Mariano Del Friuli, um vilarejo próximo de Veneza, Zoff nasceu no dia 28 de fevereiro de 1942 e começou sua carreira no futebol aos 19 anos, quando estreou pela Udinese. Na equipe de Udine, o goleiro fez 38 jogos e acabou sendo negociado com o Mantova.

No novo clube, Zoff defendeu a meta por quatro temporadas, até 1967. Nesta época, devido à suas grandes atuações, vários clubes do ‘país da bota’ estavam de olho nele. Porém, o Napoli foi mais rápido e acertou com o goleiro.

O goleiro nos tempos de Napoli

No time do sul italiano, Zoff deu um passo importante na carreira: foi convocado pela primeira vez para a Seleção Italiana e não saiu mais até o final de sua carreira. Também tornou-se ídolo da torcida napolitana, conhecida por idolatrar seus grandes jogadores.

Na Copa do Mundo de 1970, realizada no México, Dino Zoff foi como reserva do experiente Enrico Albertosi e viu sua equipe ser vencida na decisão do torneio, contra o Brasil de Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivelino e Gérson.

Na Juventus, onde encerrou a carreira

Dois anos depois, Albertosi deixou o gol italiano e Zoff assumiu a camisa número um, ainda como jogador do Napoli. Zoff seria titular da Squadra Azzura por 11 anos, marcando uma era na seleção de seu país.

Junto da titularidade na Azzura, o goleiro também mudou de clube, fechando com a Juventus, de Turim. Tanto pela seleção nacional, quanto pela Vecchia Signora, o arqueiro colecionou conquistas: sendo vencedor do Calcio por cinco oportunidades e levantando as taças da Eurocopa, em 1968, e da Copa do Mundo de 1982, ambos pela seleção.

No mundial disputado na Espanha, em 1982, Dino Zoff chegou como o jogador mais experiente do elenco, aos 40 anos. E com a responsabilidade de ser capitão de uma equipe desacreditada, que vinha da eliminação precoce da Copa de 1978, quando a Itália caiu ainda na primeira fase da competição mundial.

Defendendo a meta italiana

A Itália não começou bem e só conseguiu a classificação para a segunda fase após empatar os três primeiros jogos do torneio, com equipes de menor expressão como Polônia, Camarões e Peru. Na etapa seguinte, a Azzurra bateu a Argentina e conseguiu virar um jogo histórico , diante do Brasil, naquela que ficaria conhecida como “A Tragédia do Sarriá?” Na sequência da competição, a Itália bateria a Polônia na semifinal e a Alemanha na decisão.

Zoff se aposentou em 1983 e decidiu atuar como treinador, tendo sucesso dirigindo a própria Juventus e, posteriormente, a Seleção Italiana Pré-olímpica. Seu último clube como técnico foi a Fiorentina em 2005.
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