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Luto! Morre o 'professor' Ruy Carlos Ostermann

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: divulgação

Ruy Carlos Ostermann estava com 90 anos

O futebol e a imprensa gaúcha estão de luto. Morreu, nesta sexta-feira à noite, na capital, um dos ícones do jornalismo dos Pampas: Ruy Carlos Ostermann, aos 90 anos. ele morreu vítima de complicações após contrair dengue.

Chamado de ‘Professor’, ele revolucionou a crônica gaúcha e se tornou nome importante na imprensa esportiva nacional. Ele deixa três filhos (Cristiane, Fernanda e Felipe) – e cinco netos. Era viúvo de Nilce, que morreu em 2021 encerrando uma convivência de 58 anos.

A morte foi confirmada pela filha Cristiane. O cronista estava internado desde maio no Hospital Moinhos do Ventos. A dengue desencadeou outras doenças como infecção urinária, edema pulmonar e ele não resistiu. O velório vai acontecer na Assembleia Legislativa do estado, neste sábado (28) a partir das 10 horas.

O jornalista e escritor nasceu em São Leopoldo, no interior do Rio Grande do Sul, em 1934 (26 de setembro). Na década de 60 atuou na Folha da Manhã e Folha da Tarde, mas ganhou destaque ainda maior em 1978, quando se transferiu para a Rádio Gaúcha e depois Rádio Guaíba.


Consolidou como marca o programa Sala de Redação, um espaço pqra debate esportivo da Rádio Gaúcha, por onde ficou por 33 anos. Como escritor foi autor de “Felipão, a Alma do Penta”, ficou marcante em 2002. Voz de muita credibilidade ele esteve em 13 Copas do Mundo, entre 1966 até 2014, no Brasil.

Formado em filosofia, era uma pessoa culta e lecionou em escolas e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atuou também na área política, como deputando estadual por duas vezes – 1982 e 1986 – e exerceu o cargo de secretário de estado de ciência e tecnologia durante o governo Pedro Simon.

Pepe - 90 anos do legado do 'Canhão da Vila'

Com informações de Heloisa Helena, do Memorial das Conquista
Foto: arquivo

Pepe em ação pelo Peixe

No dia 25 de fevereiro de 1935 nascia um dos maiores ídolos da história santista. José Macia, o lendário Pepe, honrou o manto alvinegro, o único usado pelo jogador, ao vencer diversos títulos com o Santos FC e conquistar o carinho e gratidão eterna dos torcedores.

O início - O futebol esteve presente na vida de Pepe desde cedo. Aos 7 anos começou a praticar o esporte nas equipes do bairro onde morava, o Comercial FC e o Mota Lima, junto com seu irmão Mário. Mas sua trajetória no Santos se iniciou, quando o goleiro Cobrinha, seu companheiro de time no infantil do São Vicente AC e também atleta do infantil do Santos, o chamou para fazer um teste no clube, quando tinha 16 anos. No dia 4 de maio de 1951, Pepe foi aprovado pelo técnico Salu e começava assim sua forte ligação com as cores branco e preto.

Em relação a esse momento de sua vida, Pepe comentou: “O Salu foi o responsável por ser meu olheiro, me observou no treinamento do Santos lá do Infantil. Observou que eu era bom de bola e mandou fazer a minha inscrição. Fiquei todo feliz. Cheguei em casa e falei: “Puxa mãe, sou jogador do Santos, já fiz a minha inscrição, já vou poder ver os Jogos do Santos de graça, porque já tenho a minha carteirinha de atleta”.

A estreia - Aos 19 anos, no dia 23 de maio de 1954, em uma partida diante do Fluminense, no Pacaembu, válida pelo torneio Rio-São Paulo, entrou no lugar de Boca, substituto do seu colega de time em São Vicente, Del Vecchio. O resultado não foi favorável ao Peixe, que acabou derrotado por 2 a 1.

O Campeonato Paulista de 1955 é um marco para Pepe, pois na última partida do certame, o jogador tem seu primeiro grande momento como atleta profissional. Em uma Vila Belmiro com 8.500 pessoas presentes, Pepe marcou o gol do desempate aos 65 minutos de jogo contra o Taubaté e assinalou seu nome no gol do título do segundo Campeonato Paulista do Alvinegro.

A partir daí o talento de Pepe era cada vez mais notado e sua determinação foi vista em cada título que o jogador conquistou com o Peixe. Ao todo foram 25 títulos oficiais, sendo 11 Campeonatos Paulistas, seis Campeonatos Brasileiros, duas Taças Libertadores da América, dois Mundiais Interclubes e quatro Torneios Rio-São Paulo, tornando-se o jogador com mais títulos por um único clube.

Em 1963, no Campeonato Mundial, o Santos sofreu uma derrota de 4 a 2 no primeiro jogo, venceu o segundo jogo com o mesmo placar com dois gols de Pepe, e no terceiro jogo em uma cobrança de Pênalti conquistou o mundo pela segunda vez. Questionado sobre esse glorioso triunfo, Pepe comentou: “Puxa vida, não era fácil. Tínhamos sido campeões paulista, brasileiro, sul-americano e nos sagramos campeões mundiais também. Eu fui muito importante. Nós estávamos perdendo o jogo 2 a 0, acabamos ganhando de 4 a 2 e eu marquei dois gols de falta. E passei a ser conhecido. Eu já era um jogador com algum nome, né? Mas passei a ser conhecido não só no Brasil inteiro, mas no mundo inteiro, porque já tinha o efeito da televisão que passava os jogos para outros países, né? E todos passaram a conhecer que o Santos tinha uma “pontinha” esquerdo muito bom”.

Brilhante cobrador de faltas, ganhou o apelido de “Canhão da Vila” por seu potente chute de esquerda. Também entre seus feitos, está a conquista do Prêmio Belfort Duarte, honra concedida ao atleta por nunca ter sido expulso em nenhuma partida em toda sua carreira como jogador. Sobre esse prêmio, Pepe citou: “Olha, eu recebi o Prêmio Belfort Duarte e Disciplina, que não é fácil, né? Porque eu tive uma carreira bonita, não só no Santos, como nas Seleções Paulista e Brasileira. Nunca fui expulso de campo e ganhei o prêmio que poucos jogadores conseguiram. Como jogador, eu fiz 750 jogos no Santos, 40 na seleção brasileira, 40 e pouco na seleção paulista. E nunca fui expulso. Era muito disciplinado e acatava os juízes. Todos os juízes tinham uma consideração muito boa comigo. Sabiam que se tivesse jogo violento, eu enfrentava e não tinha medo. Eu era um ponta veloz e chutador”.

Despedidas - No dia 19 de março de 1969, Pepe usou o manto alvinegro pela última vez como jogador. Em uma partida válida pelo Campeonato Paulista, substituiu Douglas no triunfo sobre o América de São José do Rio Preto por 2 a 1.

Porém, sua despedida dos gramados ocorreu no dia 3 de maio, quando o jogador deu uma volta olímpica no gramado da Vila Belmiro concretizando um momento emocionante e inesquecível para os torcedores. Nessa ocasião quando encerrava 15 anos de uma carreira de cheia de glórias, recebeu homenagens como uma placa referente ao seu legado no Santos, do presidente Athiê Jorge Coury, onde estava escrito: “Muito obrigado do Santos, da torcida e de todos os esportistas do Brasil”.
Sobre a despedida e seus futuros passos Pepe comentou: “Foi uma etapa que eu venci, parei de jogar com 34 anos, podia até jogar um pouco mais… então, apareceu essa chance de começar uma nova carreira como treinador e eu fiquei firme. O Santos me queria, via que eu tinha possibilidades e aí começou tudo”.

Carreira como treinador - Pepe construiu uma longa trajetória como treinador, iniciando sua carreira em 1969 nas categorias de base do Santos. Pouco tempo depois, passou a atuar como auxiliar técnico do time principal e, em 1972, teve sua primeira oportunidade no comando da equipe.

No ano seguinte, liderou o elenco na conquista do Campeonato Paulista, que marcou seu primeiro título como técnico e também o último troféu da carreira de Pelé. Ao todo, teve cinco passagens pelo Santos, dirigindo a equipe em 371 partidas, o que o torna o terceiro treinador com mais jogos no comando do clube.

Também comandou outros clubes como São Paulo (onde ganhou o Campeonato Brasileiro de 1986), Inter de Limeira (onde ganhou o Campeonato Paulista também de 1986), Atlético Mineiro, São José, Náutico, Al Sadd, Fortaleza, Boavista, Seleção Peruana, Verdy Kawasaki, Portuguesa, Guarani, entre outros.

Pepe é o maior vencedor do Campeonato Paulista com 13 títulos conquistados (11 como jogador e 2 como treinador); maior vencedor do Campeonato Brasileiro com sete títulos conquistados (seis como jogador e um como treinador); jogador que mais atuou com a camisa do Santos em jogos oficiais, com 750 jogos e é o segundo maior artilheiro do Santos, com 405 gols.


Sobre ser reconhecidamente um ídolo no futebol brasileiro, Pepe disse: “Eu me sinto muito feliz, porque todo lugar que eu vou, todo mundo me conhece. No Brasil, até no exterior também, pelo que eu fiz no futebol, mas principalmente por ter jogado no Santos, na Seleção Brasileira. Por ter sido o 11, na época que jogava o maior de todos os tempos, o Edson Arantes de Nascimento, o Pelé. Jogava muito, nunca mais aparece um jogador igual a ele”.

Pepe foi um atleta com uma bagagem que qualquer jogador se orgulharia de ter: ganhou diversos títulos nacionais, continentais e mundiais. Marcou gols em finais; atuou como técnico no clube que o revelou; recebeu e recebe até hoje o carinho da torcida e se tornou ídolo inquestionável do clube, deixando seu legado marcado na história santista.

Luto! Morre Miltinho, ex-lateral do Alecrim nos anos 50 e 60

Com informações do Alecrim FC
Foto: arquivo

Miltinho defendeu o Alecrim entre os anos 50 e 60

O Alecrim informou, através de suas redes sociais, o falecimento do ex-jogador Miltinho, lateral do clube nas década de 50 e 60. O ex-jogador do clube potiguar faleceu nesta terça-feira (30). Ele estava com 90 anos de idade.

Miltinho tinha 90 anos e foi bicampeão Estadual pelo Verdão em 1963 e 1964, sendo um dos atletas que mais vestiu a camisa esmeraldina na época.


Na década de 60 foi considerado um dos melhores laterais esquerdo do Futebol do Rio Grande do Norte. No auge da carreira conquistou com o Alecrim o bicampeonato 63/64. Além do Alecrim, defendeu a equipe do Riachuelo.

Luto! Morre Wilson Mattos, importante radialista do interior paulista

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: reprodução

Wilson Mattos estava com 90 anos

Com muito pesar, a Câmara de Marília informou o falecimento ocorrido neste domingo aos 90 anos do advogado, radialista e membro da Comissão de Registros Históricos da Câmara, Wilson Novaes Mattos, popularmente conhecido como Wilson Mattos.

Wilson estava internado na Santa Casa de Marília, onde teve uma parada respiratória, às 5h35 deste domingo. Ele deixa um legado de mais de 70 anos, prestados ao jornalismo mariliense, em especial no rádio.

Com atuações na Radio Clube de Marília e rádio 950, da qual era sócio, desde 1989, Wilson Novaes Mattos nasceu na cidade de Bebedouro, em 2 de setembro de 1933 mas foi registrado somente em abril de 1934. Era casado com Edi Basso Novaes Mattos. Ele deixa três filhos, Wilza Mattos, Wilson novaes Mattos Junior e Éderson Shimizo Mattos.


O radialista também deixa sete netos, Pedro, Hugo, Bruno, Júlia, Maria Eduarda, Kauã e Luca. O velório acontece na Sala Master do Velório Municipal a partir das 13 horas, e o sepultamento está marcado para às 10 horas desta segunda-feira, dia 11 de março.

Luto! Morre Ney Fernandes, vitorioso treinador no futebol goiano

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: arquivo

Ney Fernandes tinha 90 anos

O futebol de Goiás perdeu neste domingo, dia 7, um de seus treinadores de maior expressão. Faleceu, em Goiânia, Ney Fernandes, de 90 anos, que nos anos 1960/70 foi o principal técnico do Estado, sendo campeão com Vila Nova e Goiânia.

Nascido em 24 de agosto de 1933, em São Leopoldo-RS, Ney Raimundo Fernandes foi lateral direito de equipes como Aymoré-RS, Grêmio-RS e Fluminense-RJ. Depois, como treinador, Ney fez sucesso no futebol goiano onde chegou em 1962 para comandar o extinto Campinas.

Participando ativamente da profissionalização e valorização do futebol de Goiás, treinou todas as equipes da capital, Atlético, Goiás, Goiânia e Vila Nova, além de comandar a Seleção Goiana de futebol e times também extintos como Sírio Libânes, Ferroviário e Riachuelo. Ney Fernandes foi campeão goiano em 1963, com o Vila Nova, e em 1968 com o Goiânia.

Comentarista - Como treinador, Ney Fernandes foi ativo até 1975, quando passou a trabalhar na crônica esportiva. Com uma opinião forte e vibrante, tinha o slogan: “O grande técnico de ontem, o perfeito comentarista de hoje”, tendo atuado nas rádios Clube, Difusora, Brasil Central e Rádio K, além de atuar na televisão.


Líder nato, como cronista, Ney Fernandes foi presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de Goiás (ACEEG) e diretor do antigo CERNE (Consórcio de Empresas de Radiodifusão e Notícias do Estado). Lucimar Augusto, presidente da ACEEG, publicou nota oficial homenageando Ney Fernandes.

Sepultamento - Ney Raimundo Fernandes está sendo velado nesta segunda-feira no Cemitério Jardim do Cerrado, em Goiânia-GO, onde o corpo será cremado.

Os 90 anos de Garrincha

Com informações da CBF
Foto: arquivo

Garrincha passando por um dos "joões"

Se a obra de arte requer beleza e harmonia em sua expressão maior, o legado de Garrincha não deixa dúvidas: ele foi um dos gênios do futebol-arte. Ousado, inventivo, arisco, provocador, o craque marcou a história do esporte com seus dribles, seus gols e seu protagonismo na conquista de dois Mundiais para o Brasil: em 1958 e 1962.

Nascido no interior do Rio de Janeiro em 28 de outubro de 1933, Garrincha completaria 90 anos neste sábado. Não seria exagero dizer que a data poderia marcar o aniversário do futebol, tal a grandeza e especificidade do personagem.

Ao lado de Pelé, Garrincha figura até hoje em manuais, pesquisas, compêndios e milhares de textos nas mais diversas línguas como um dos expoentes do futebol. A dupla perfeita, por sinal, jamais perdeu um jogo atuando pela Seleção Brasileira.

"O Garrincha é uma das grandes estrelas da história do futebol. O Anjo das Pernas Tortas merece ser sempre lembrado pelos seus feitos e conquistas dentro de campo. Ele e Pelé formaram a maior dupla do futebol mundial", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

"Os dribles desconcertantes e as jogadas fascinantes do Garrincha estão gravadas no coração dos apaixonados pelo futebol no mundo inteiro. A CBF faz questão de lembrar do aniversário desses fora de série e vai sempre reverenciar esse grande gênio do futebol brasileiro", acrescentou Ednaldo.

Manuel Francisco dos Santos foi o maior driblador do futebol. Suas pernas tortas, ao contrário do que poderia se supor, na verdade desequilibravam os adversários, quando ele avançava com o controle da bola.


Com a Seleção, disputou também o Mundial de 1966. Defendeu a Seleção Brasileira por 10 anos. Fez 60 jogos e conseguiu a incrível marca de 52 vitórias e sete empates. Só sofreu uma derrota. Marcou ao todo 17 gols com a camisa amarelinha, cinco deles em Copas do Mundo.

O jogador fez bela carreira no Botafogo, onde jogou 614 vezes e marcou 245 gols. Faleceu precocemente aos 49 anos em 20 de janeiro de 1983, vítima de cirrose hepática.

Evaristo de Macedo - Os 90 anos de um gigante do futebol

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Evaristo treinando a Seleção Brasileira em 1985

O Brasil é berço de diversos nomes gigantescos na história do futebol. Desde o maior de todos, como Pelé até estrelas atuais como Vinicius Júnior e Rodrygo, o apelido de "País do Futebol" não vem a toa. Um dos grandes nomes da história ludopédica na terra cinco vezes campeã da Copa do Mundo é o de Evaristo de Macedo, jogador e treinador de grande história que está completando seus 90 anos neste dia 22 de junho. 

Nascido no Rio de Janeiro, Evaristo teve desde pequeno a vida muito ligada ao futebol e já muito jovem era parte do time do Madureira. Aos 19 anos, já fazia parte da equipe principal do Flamengo, onde começaria a escrever uma bonita história no esporte bretão, sendo tricampeão carioca no rubro-negro, onde ficou por quatro anos de sua carreira antes de fazer o incomum na época caminho de ir jogar na Europa, passando a fazer parte do Barcelona.

Curiosamente, na Seleção Brasileira não teve o mesmo grande sucesso que teve em clubes, muito disso abreviado pelo fato da equipe canarinho não convocar em sua época jogadores que jogavam fora do Brasil. Porém, tem um recorde bastante interessante vestindo a camisa amarelinha: é o jogador que mais marcou gols em um único jogo pela seleção, balançando a rede cinco vezes contra a Colômbia, no ano de 1957. Acabou não jogando a Copa do Mundo por justamente estar na época no Barça. 

Em Barcelona, Evaristo fez história. Atuou por cinco anos nos Culés e por lá ganhou praticamente tudo o que poderia vencer, incluindo dois campeonatos espanhóis, Copa do Rey, na verdade faltou apenas a Liga dos Campeões, na época a Copa Européia. Curiosamente, depois de sair do Barça passou também pelo Real Madrid, onde até ganhou títulos, mas marcou menos que o Barça, apesar dos vários gols que marcou pelos Merengues em clássicos diante de seu ex-clube. Encerrou sua trajetória como jogador no Flamengo. 

Como treinador, Evaristo teve ainda um sucesso bastante grande em diversos clubes. Passou por várias instituições enormes do futebol brasileiro, pela Seleção Brasileira, em 1985, e até pelo futebol estrangeiro, ficando marcado nas suas idas pela seleção do Catar, onde foi campeão do Mundial de Júniores e pelo Iraque, além de fazer história em clubes, como no Barcelona, onde foi campeão da Copa do Rei e, é claro, no Bahia, seu melhor momento como treinador, quando foi campeão do Brasileirão com o Tricolor de Aço em 1988, seu maior título na "casamata".


Evaristo hoje curte o merecido descanso da aposentadoria após dedicar uma vida ao esporte mais popular de todos. É considerado um dos maiores ídolos da história do Barcelona, além de estar entre os 20 maiores goleadores da história do Flamengo. Recentemente, inclusive, foi homenageado pelo rubro-negro antes de um jogo pelo Brasileirão no Maracanã. 

Há 90 anos nascia Zito, o eterno capitão do Santos

Com informações do Santos FC / Centro de Memória e Estatística
Foto: arquivo

Zito completaria 90 anos

José Ely Miranda, o Zito nasceu no dia 8 de agosto de 1932, período em que a Revolução Constitucionalista de São Paulo, vivia o seu esplendor em terras próximas ao Vale do Paraíba e foi na hoje cidade de Roseira que pertencia ainda cidade de Aparecida que ele veio ao mundo, para se tornar o seu filho mais ilustre.

Zito, considerado como o melhor médio volante do futebol brasileiro em todos os tempos, teve sua primeira partida com a camisa do Santos FC aconteceu no dia 29 de junho de 1952 em partida amistosa na Vila Belmiro na vitória diante do Madureira do Rio de Janeiro pelo placar de 3 a 1 com gols de Hugo (2) e Tite formando o Alvinegro com: Manga; Hélvio e Pascoal; Nenê, Formiga e Zito; Cento e nove, Antoninho, Nicácio, Hugo (Alemão) e Tite. O técnico era o conceituado Aymoré Moreira.

Depois dessa estreia Zito jogou pelo Santos FC mais 726 partidas marcando 57 gols. O jogo em que se despediu dos gramados aconteceu no dia 07 de novembro de 1967 na goleada frente ao Combinado Fortaleza/Ferroviário no Presidente Vargas, no estado do Ceará por 5 a 0, nessa jornada Zito foi substituído por Negreiros, mas quem o sucedeu em definitivo honrando a posição de guardião da defesa santista usando a camisa 5, foi o seu herdeiro não só no Santos como também na Seleção Brasileira, o jovem Clodoaldo Tavares Santana.

No selecionado nacional Zito foi bicampeão mundial em 1958 e 1962 jogando com a amarelinha 50 partidas marcando 03 gols. No Peixe o grande líder e capitão, conquistou os seguintes títulos:
  • Campeão Mundial nos anos de 1962/1963
  • Campeão Sulamericano nos anos de 1962/1963
  • Campeão Brasileiro nos anos de 1961 a 1965
  • Campeão do Torneio Rio-São Paulo nos anos de 1959/1963/1964 e 1966
  • Campeão Paulista nos anos de 1955/1956/1960/1961/1962/1964/1965 e 1967.


Curiosidade - Uma das homenagens que muito o emocionou foi ter recebido da prefeitura de Pindamonhangaba, cidade vizinha a sua Roseira, no Vale do Paraíba, a honra de se perpetuar na história local com seu nome no Centro Esportivo José Ely de Miranda Homenagem justa e merecida ao grande jogador que eterno na lembrança dos torcedores do Alvinegro da Vila Belmiro. Hoje em frente ao Estádio Urbano Caldeira há uma estátua em sua homenagem, já que veio a falecer em 14 de junho de 2015.

Léo Batista 90 anos - Paixão pelo cronismo esportivo

Por Fabio Rocha
Foto: reprodução

Léo Batista comemora 90 anos

Um dos grandes cronistas esportivos do nosso país completa 90 anos hoje. João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, nasceu em Cordeirópolis, uma cidade pequena de SP, no dia 22 de julho de 1932. O cronista esportivo conseguiu se tornar um dos melhores na profissão, e mesmo com a alta idade, ainda não deixou a sua querida profissão.

Para começar a falar sobre sua belíssima vida, com suas grandes conquistas como profissional, temos que explicar o motivo do seu apelido Léo. A sua irmã Leonilda, era conhecida como Nilda, então João acabou "roubando" o Leo, e levou para a sua vida profissional.

A sua carreira começou ainda muito jovem, na sua pequena cidade, graças ao seu primo Toninho. Naquela época, as cidades do interior tinham os serviços altos-falantes, e seu primo que comandava na época. O jovem, com uma voz muito boa, acabou sendo convidado para um teste por Toninho e acabou indo, assim começou sua grande carreira.

Muito jovem, com apenas 15 anos, Léo já estava trabalhando como locutor, mas não ficou muito tempo nos serviços de alto-falantes. Seis meses depois, o jovem recebeu outro convite, dessa vez do senhor Domingos Lote Neto, que gostou muito da sua voz e quis levar o garoto para a recém criada Rádio Clube de Birigui, "a pérola do nordeste".

Ficou um tempo na rádio, mas logo depois deixou para ir para a Rádio Difusora de Piracicaba. Nessa época, o XV de Piracicaba tinha acabado de subir para a primeira divisão do Campeonato Paulista, por isso, começou a acompanhar os jogos de perto e narrar as partidas.

Logo depois, foi para o Rio de Janeiro, para narrar a Copa do Mundo de 1950, e participou de todas as copas até os dias atuais. Em 1952, Leo voltou ao Rio, mas dessa vez para concorrer a uma vaga na Rádio Clube do Brasil, mas ao invés disso, ele foi contratado pela Rádio Globo.

Léo Batista teve a sorte e a competência de narrar o primeiro jogo na carreira de Mané Garrincha, em 1953. Além disso, entrou para a história, após ser o primeiro a noticiar a morte de Getúlio Vargas, em 1954. O jornalista ficou trabalhando na rádio até 1955, quando veio a mais nova paixão.

Léo trocou a rádio pela Televisão. O jornalista foi trabalhar na extinta TV Rio, onde ficou por 13 anos comandando o Telejornal Pirelli, um dos noticiários de maior sucesso. Léo ficou lá até 1970, quando foi para a Globo como freelancer, para trabalhar na Copa do Mundo daquele ano.

Logo após a Copa, o jornalista já chamava atenção por seu jeito descontraído, e teve que substituir Cid Moreira em uma edição do Jornal Nacional. Léo foi muito bem, e após isso acabou sendo contratado em definitivo, chegando a apresentar o JN aos sábados.


Léo foi um dos criadores do Globo Esporte, que dura até hoje, e foi criado em 1978. Além disso, fez o primeiro programa do Jornal Hoje, participou do Globo Rural e narrou os gols da rodada no Fantástico. O jornalista também chegou a narrar as aventuras dos Heróis da Marvel, nos anos 80, quando transmitiam desenho animado.

Neste ano, Léo acabou perdendo sua querida esposa em janeiro, Leyla Chavantes Belinaso, que acabou falecendo no início deste ano. O cronista esportivo continua trabalhando, sempre faz alguns trabalhos especiais no Esporte da Globo e diz que não pensa em se aposentar tão cedo.

Os 90 anos do primeiro jogo do Brasil em Copas do Mundo

Foto: Arquivo CBF

No Parque Central, o Brasil acabou sendo derrotado pela Iugoslávia

O dia 14 de julho de 1930 é histórico para a Seleção Brasileira. Apesar do resultado não ter sido muito feliz, a Seleção, que na época jogava de branco, entrava no gramado do Parque Central, em Montevidéu, no Uruguai, para fazer o primeiro jogo em uma Copa do Mundo em sua história, uma derrota por 2 a 1 para a Iugoslávia.

Apesar de ter grandes jogadores, o escrete brasileiro não foi com força máxima para o Mundial no Uruguai. Tudo porque uma briga entre dirigentes paulistas, que queriam Jorge Caldeira na Comissão Técnica comandada por Píndaro de Carvalho, e cariocas fizeram com que a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) e seus clubes boicotassem a convocação. Assim, só Araken, que era do Santos, mas estava sem contrato e foi registrado pelo Flamengo para poder jogar a Copa, se juntou ao time, que na sua grande maioria acabou sendo formado por jogadores de clubes do Rio de Janeiro.

Apesar de os times cariocas terem grandes jogadores, aquela Seleção Brasileira que entrou em campo no Parque Central não tinha o mesmo poder. Só para resumir, o grande jogador do país na época, Friedenreich, atuava pelo antigo São Paulo (o que tinha a alcunha de Floresta, por causa do local onde estava situado o clube) e não foi ao Mundial.

E assim, o Brasil acabou sucumbindo naquele 14 de julho de 1930. O primeiro tempo foi dominado pelos iugoslavos, que com passes rápidos e taticamente mais bem postados, abriram o marcador logo aos 21 minutos, com o gol de Tirnanic.


O tento sofrido deixou os brasileiros ainda mais atônitos. Foram minutos de angústia e praticamente sem reação. Aos 31', saiu o segundo da Iugoslávia, marcado por Bek. E os europeus não fizeram o terceiro até o fim da primeira etapa por muito pouco, ficando o placar nos 2 a 0.

No segundo tempo, a Seleção Brasileira mostrou melhora e foi para cima, tentando diminuir o marcador, conseguindo aos 17 minutos, com Preguinho. Este gol foi histórico, o primeiro do Brasil em Copas do Mundo. O escrete nacional até tentou buscar o empate, mas a vitória ficou com a Iugoslávia: 2 a 1.

Três dias depois, a Iugoslávia encarou a Bolívia e goleou pelo placar de 4 a 0. O resultado acabou eliminando o Brasil da primeira Copa do Mundo, mas o escrete teve que ir a campo, para cumprir tabela, em 20 de julho, contra os bolivianos. Mas este é um tema para um outro artigo.

Há 90 anos, Lucien Laurent fazia o primeiro gol da história das Copas do Mundo

Por Lucas Paes

Lucien Laurent em ação (Foto: Arquivo)

A Copa do Mundo é, sem sombra de dúvida, a maior competição do futebol mundial. Reunindo seleções de todo o planeta de quatro em quatro anos, o evento virou basicamente o maior símbolo do futebol mundial e talvez seja o maior acontecimento esportivo que exista, quiçá a frente dos Jogos Olímpicos. Toda essa história começou há exatos 90 anos, no dia 13 de julho de 1930, no Estádio de Pocitos, em Montevidéu, no Uruguai. Nessa data, o francês Lucien Laurent marcava o primeiro gol da história da competição.

Laurent nasceu na comuna de Sant-Maur-Des-Fossés, na região metropolitana de Paris. Ainda jovem, numa época onde o esporte bretão sequer sonhava em ser profissional na França, começou a jogar pelo CA Paris, onde jogava junto ao seu irmão mais velho Jean, que era defensor. Os dois estavam na equipe quando ela acabou derrotada pelo Red Star Paris na final da Copa da França de 1928. Foi jogando pelo CA Paris que ambos foram convocados para jogar aquela que seria a primeira Copa do Mundo pela França.

Os Bleus estrearam no primeiro dia da competição, 13 de julho, jogando no Estádio Pocitos, no mesmo horário em que duelavam Estados Unidos e Bélgica. O gol histórico de Laurent veio cedo, logo aos 19 minutos, quando ele aproveitou cruzamento de Liberati e acertou um belíssimo voleio para abrir o marcador para os franceses, num gol que saiu mais de 20 minutos antes dos Estados Unidos pularem na frente dos romenos no Parque Central. O jogo ainda terminaria 4 x 1 para os franceses. 

Local onde ficava o Estádio de Pocitos (Foto: Mario C. Gonçalves)

Lucien já era, nessa época, funcionário da Peugeot, o que faria com que ele fosse jogar pelo Sochaux, que nos anos 1930 era um time de funcionários da empresa. Sujeito modesto, nunca foi de se vangloriar do histórico feito de marcar o primeiro gol da história das Copas do Mundo. Aliás, ele teria jogado também o mundial de 1934, quando foi convocado mais uma vez, mas acabou não jogando devido a uma lesão sofrida pouco antes da competição.

O ex-atacante ainda passaria por outros clubes ao longo da carreira como jogador. Mais notáveis foram as passagens por Rennes, em 1936, quando jogou a Ligue 1 e marcou 11 gols e a passagem seguinte pelo Strarsbourg, quando também jogou na primeira divisão francesa. Encerrou a carreira no Tolouse FC, onde jogou pouco e como muitos de sua época, passou a fazer parte do exército francês durante a Segunda Guerra Mundial. Foi um prisioneiro durante o conflito e liberado em 1943, acabou ainda jogando pelo Besançon antes de pendurar definitivamente as chuteiras.


Depois de sua carreira, comprou um bar, onde muitos comentavam que falava pouco sobre seu gol durante o jogo em 1930. A verdade é que Laurent foi ganhar alguma fama apenas nos anos 1990, quando foi convidado para um jantar de gala da organização da Copa do Mundo daquele ano, na Itália. Na altura em que os franceses sediaram o mundial, em 1998, ele já tinha fama nacional e contava histórias daqueles anos distantes e da viagem de navio para o Uruguai. Mesmo seu filho só foi saber da importância do pai para o futebol muito mais velho.

Laurent, por incrível que pareça, seguiu jogando futebol com um grupo de amigos mesmo depois dos 80 anos de idade. Sujeito de boa saúde, viveu até os 97 anos, quando finalmente partiu para os campos da eternidade, no ano de 2005. Ficará para sempre a lembrança do quase anônimo que em meio a Fontaines, Zidanes, Pelés, Maradonas, Messis e Cristiano Ronaldos da vida, foi o responsável por fazer explodir o primeiro grito de gol da competição mais importante do futebol.
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