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O uruguaio Marcelo Zalayeta e as suas passagens pelo Peñarol

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Zalayeta no início da carreira

Marcelo Danubio Zalayeta foi um bom atacante uruguaio, que surgiu como uma grande promessa do país, tendo grandes atuações. O atacante começou a ter fama no Peñarol, depois foi para a Europa e rodou por diversos clubes grandes, e voltou para o clube uruguaio no seu final de carreira. 

O jogador nasceu em Montevidéu, no Uruguai, no dia 5 de dezembro de 1978, e começou a sua carreira aos 18 anos de idade, quando estreou pelo Danubio. Zalayeta ficou apenas uma temporada no clube, conseguindo ter muito destaque nacionalmente, mostrando ter um grande potencial. 

No clube ganhou muito destaque, e recebeu uma proposta do Peñarol, que é um dos maiores clubes sul-americanos. O atacante aceitou, pois seria uma grande oportunidade, já que o clube tem muito mais visibilidade, e isso o ajudaria a ganhar cada vez mais destaque. 

Zalayeta chegou no clube em 1997, e rapidamente conseguiu tornar-se titular do time, tendo grandes atuações. O atacante começou a ser a grande estrela ofensiva, sendo muito importante e fazendo gols decisivos. 

Com suas grandes atuações, o jogador começou a ser convocado para a seleção uruguaia, o que deu mais destaque para o atacante. Zalayeta fez gols decisivos e ajudou o clube a conquistar o Campeonato Uruguaio daquele ano, sendo um dos principais destaques. 

Após a ótima temporada, o jogador começou a receber diversas propostas do futebol europeu, e não tinha como recusar. O atacante aceitou o contrato da Juventus, uma das maiores equipes do continente, e chegou como uma das maiores promessas. 

Depois da sua ida a Europa, o jogador passou por alguns clubes, sendo importante principalmente na Itália, quando atuava no Empoli. O jogador ficou a maioria da sua carreira atuando por lá, retornou apenas na sua fase final, quando decidiu ter seus últimos momentos no Uruguai. 

Em 2011, Zalayeta retornou ao Peñarol, clube que já tinha uma identificação, e sabia muito bem como funcionava a pressão da torcida. O atacante enfrentou momentos difíceis pelo clube, pois a equipe não estava em um bom momento, e conquistou poucos títulos. 


O jogador foi muito importante logo na sua volta, pois ajudou o clube a conquistar o Campeonato Uruguaio em 2012. Essa foi a última conquista do atacante em sua carreira, pois o clube acabou entrando em um momento ruim, onde sofreu uma forte pressão da torcida. 

O atacante ficou no clube até 2016, enfrentando toda a pressão pelas faltas de conquista, mas dentro de campo deu seu máximo e continuou fazendo seus gols. Em 2016 já não conseguia atuar os 90 minutos por conta da idade e não apresentava mais o mesmo desempenho, por isso decidiu encerrar a sua carreira. 

Mesmo com apenas dois títulos pelo clube, o jogador firmou seu nome na história do clube. Zalayeta jogou ao todo das duas passagens, atuou em 181 jogos e marcou 67 gols.

Jorge Fossati e sua passagem vencedora pelo Peñarol

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Jorge Fossati em seus tempos de goleiro

Jorge Daniel Fossati Lurachi foi um bom goleiro uruguaio, que após encerrar sua carreira virou treinador. Como jogador teve passagens por diversos times do futebol sul-americano, mas teve muito destaque em sua passagem pelo Peñarol, clube em que ficou durante 7 anos. 

O goleiro nasceu em Montevidéu, no Uruguai, no dia 22 de novembro de 1952, e começou a sua carreira na base do Rampla Juniors. Ficou atuando na base da equipe até 1970, quando subiu para o profissional do clube, e tornou-se titular rapidamente. 

Com pouco tempo na equipe principal, já conseguiu passar muita segurança para os companheiros e comissão técnica, o que chamava a atenção. Depois de dois anos atuando no time, o jogador foi contratado, em 1972, para o Central Español, onde foi convocado pela primeira vez para a sua seleção. 

No clube continuou as boas atuações e, por isso, recebeu a sua primeira convocação, o que deixou o atleta com mais destaque em seu país. Após uma temporada na equipe, o jogador recebeu uma grande proposta do Peñarol, que é um dos maiores clubes do Uruguai. 

Com a boa proposta, o jogador não pensou duas vezes e aceitou, tendo uma grande oportunidade. A sua chegada no Peñarol foi muito importante, pois ia dando cada vez mais visibilidade para o atleta, que continuou sendo convocado para a seleção, mas ia começar a brigar por títulos importantes. 

O goleiro passou mais segurança para a equipe, e rapidamente ganhou a vaga de titular, tornando-se uma peça importante. Em sua primeira temporada já conquistou o título do Campeonato Uruguaio, uma conquista muito importante para o jogador. 

Mas o Peñarol manteve uma certa hegemonia em seu país, pois conquistou o tricampeonato uruguaio, quando venceu em 1974 e 1975, juntando com a conquista de 1973. O goleiro foi muito importante, pois fez parte da campanha e com defesas importantes. 


Após as conquistas consecutivas, a equipe acabou caindo um pouco de rendimento e ficou alguns anos sem títulos. Foram três temporadas sem levantar nenhum troféu, mas o goleiro conseguiu manter o bom desempenho, sendo muito importante ao longo dos anos. 

Em 1978 voltou a conquistar o Campeonato do Uruguai, e no ano seguinte foi bicampeão. Em 1979 foi o último título do atleta pelo clube, pois no próximo ano acabou deixando a equipe, sendo contratado pelo Independiente, um dos maiores times do futebol argentino.

Demitido do Santos em setembro, técnico Diego Aguirre acerta retorno ao Peñarol

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

Diego Aguirre volta ao Peñarol

O técnico uruguaio Diego Aguirre ficou somente dois meses desempregado. Dispensado do Santos em setembro, ele foi anunciado nesta terça-feira como novo comandante do Peñarol, onde foi atacante em duas passagens e no qual será o treinador pela terceira vez na carreira.

“La Fiera (A Fera) voltou”, oficializou o Peñarol em suas redes sociais, usando o apelido do treinador de 58 anos para celebrar o acordo. “Diego Aguirre está em casa. Bem-vindo.” O clube ainda postou um vídeo com as conquistas do treinador.

Com o acordo, o Peñarol espera voltar aos tempos áureos de quando teve Aguirre, campeão uruguaio em 1986 e da Copa Libertadores no ano seguinte como jogador, além de erguer outros dois nacionais como técnico, em 2003 e 2009. Na última passagem, ainda levou a equipe até a decisão da América, em 2011, mas caiu diante do Santos.

Muitos torcedores do clube invadiram o post do clube para comemorar o acordo. Muitos não escondiam o longo tempo que esperaram por esse retorno, outros desejaram “toda sorte do mundo” e ainda houve quem definiu essa terça-feira como o “melhor dia do ano.”


Aguirre vai assumir a equipe na terceira colocação do Clausura do Campeonato Uruguaio, com 19 pontos, atrás do líder Liverpool, com 23, e do Defensor, que soma 21. A estreia deve ocorrer nesta sexta-feira, em casa, diante do Plaza Colonia, pela 12ª rodada.

Darío Silva e sua passagem pelo Peñarol

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Darío Silva em seus tempos de Peñarol

Darío Debray Silva Pereira, mais conhecido como Darío Silva, foi um bom atacante uruguaio, com passagens por times nacionais e internacionais, rodando por alguns clubes da Europa. O seu começo de carreira foi feito no seu país natal e atuou por uma das maiores equipes do país, o Peñarol.

O atacante nasceu em Treinta y Tres, no Uruguai, no dia 2 de novembro de 1972, e começou sua carreira profissional aos 20 anos de idade. Darío subiu para o time principal em 1992, quando estreou pelo Defensor Sporting, mas ficou pouco tempo na equipe.

Rapidamente, o atacante foi mostrando seu potencial, chamando a atenção de muitos clubes do país. O jogador era rápido e alto, ajudando a equipe para segurar a bola no campo de ataque e, também, nas jogadas em velocidades, onde tinha um grande arranque.

O seu potencial foi visto por diversas pessoas e, por isso, acabou ficando pouquíssimo tempo na equipe. Em 1993 já foi contratado pelo Peñarol, um dos maiores times do futebol uruguaio. E mesmo com uma forte concorrência, Darío foi ganhando seu espaço.

No começo ficou no banco de reservas, mas ia entrando aos poucos, até se acostumar com os novos companheiros e ganhar mais entrosamento. Além disso, a pressão era completamente diferente, então por isso acabou passando por uma adaptação maior.

Mesmo com tudo isso, o jovem foi lidando muito bem com os fatos, e a sua primeira temporada conseguiu ajudar a equipe saindo do banco. Mas já no final da temporada, foi ganhando a vaga no time titular, e deixou todos com muitas expectativas para a temporada seguinte. 


Com a vaga de titular na equipe, o jogador iniciou a temporada muito bem, fazendo grandes jogos, conseguindo marcar muitos gols, mostrando toda a sua categoria e frieza na frente do goleiro. Darío conseguiu ter mais destaque quando foi convocado para a sua seleção em 1994, onde conseguiu mostrar seu futebol para mais pessoas, e conseguiu impressionar.

Com a boa temporada pelo clube e a convocação para a seleção uruguaia, o atacante começou a ser monitorado por clubes europeus. E com o fim do ano, Darío acabou acertando a sua transferência para o Cagliari, da Itália. Pelo Peñarol, o atacante fez 44 jogos e marcou 27 gols.

A passagem de Feitiço pelo Peñarol

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Feitiço atuando no Peñarol 

O futebol é cheio de histórias de jogadores que tiveram um legado incrível ao longo de suas carreiras, ainda que algumas ficaram perdidas devido ao tempo que já passou desde que esse legado ocorreu. Um dos maiores nomes da era amadora do futebol brasileiro foi o atacante Feitiço, artilheiro que trouxe o termo ao país e corajoso, que peitou até o Presidente da República em um ido episódio de sua carreira. Já no final de sua carreira dentro das 4 linhas, passou pelo Peñarol, num futebol uruguaio que na época era profissional.

Chegou ao clube uruguaio após passagem breve pelo Corinthians, já como um nome consagrado no futebol brasileiro, cheio de fãs no futebol paulista. Na época, era o grande reforço de um aurinegro que já era brilhante no período. Chegou ao clube como uma grande estrela e acabaria honrando bastante a gloriosa camisa do Peñarol.

Ao longo dos três anos em que esteve no Uruguai, sofreu também com algumas lesões e outras situações que acabaram o tirando de alguns jogos, mas foi brilhante quando esteve em campo. Seu terceiro gol em amarelo e preto foi o de número 400 em sua carreira, diante do Wanderers, mas seria só em 1935 que faria um grande ano com a camisa aurinegra.

Naquele ano, depois de atuações boas esporádicas, Feitiço foi um dos grandes destaques do time que foi campeão do Campeonato Uruguaio em 1935, marcando vários gols e trazendo para o Brasil a alcunha de artilheiro dada a um jogador que atuava justamente no Manya. Algumas fontes dizem inclusive que chegou a jogar pela Seleção Uruguaia neste período, mas não há confirmações oficiais. O que é certo é que jogou por um combinado local.


Deixou o Peñarol já em 1936, rumando ao Vasco da Gama, onde inclusive seria campeão do Campeonato Carioca. Segundo consta, marcou 35 gols com a camisa do Peñarol. Feitiço ainda atuaria no futebol até 1940, quando pendurou as chuteiras atuando pelo São Cristóvão. Feitiço nos deixou em 1985, aos 83 anos. 

Pablo Bengoechea e os 10 anos como jogador do Peñarol

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Pablo Bengoechea ficou de 1993 até 2003 no Peñarol

Pablo Javier Bengoechea Dutra, mais conhecido como Pablo "el profesor" Bengoechea, nasceu em Rivera, no Uruguai, no dia 27 de Junho de 1965, e foi um grande meio-campista em seu país, chegou a atuar no futebol europeu. O jogador se transformou em ídolo de uma das principais equipes uruguaias, o Peñarol. 

A sua carreira começou meio tardia, quando estreou pelo profissional aos 20 anos, pela Wanderers, uma equipe pequena do futebol uruguaio. Porém, o meio-campista conseguiu mostrar um grande potencial, chamando a atenção de diversas pessoas no país. 

Em 1986, um ano após seu início no profissional, foi convocado para a Seleção Uruguaia, o que deu mais vitrine para o meio-campista. Logo na sequência, ele começou a receber propostas de times europeus, e acabou deixando o clube para atuar no futebol espanhol. 

O jogador foi contratado pelo Sevilla, que é uma equipe forte e que tenta brigar com as potências de seu país. Bengoechea conseguiu mostrar todo seu futebol pela equipe, sendo titular durante um bom tempo, sendo muito regular no meio-campo do time. 

Bengoechea ficou durante cinco temporadas no clube até voltar ao futebol sul-americano, quando foi contratado pelo Gimnasia La Plata, um time mediano do futebol argentino. O jogador não conseguiu ter um bom desempenho no clube e acabou ficando pouquíssimo tempo.

Depois de uma temporada deixou o clube, e voltou para o seu país de origem para atuar no Peñarol, uma das maiores equipes do Uruguai.  Bengoechea chegou e tomou conta da posição, voltou ao seu grande nível, se tornando titular absoluto do time. 

O jogador se tornou uma peça muito importante dentro e fora de campo, se tornando um líder e ganhando o respeito de todos. Bengoechea foi aos poucos se tornando ídolo do clube, sendo adorado pelos torcedores. 

O Peñarol viveu um grande momento, sendo pentacampeão nacional (1993-97) com o jogador, o que ajudou o meio-campista a ganhar toda a idolatria, além das grandes atuações. Mas não parou por aí, pois a equipe ficou apenas um ano sem conquistar o título, mas logo na temporada seguinte voltou as conquistas.


Em 1999, a equipe voltou a conquistar o campeonato nacional, mas infelizmente após essa conquista, a equipe passou por um momento irregular, que acabou durando durante três temporadas. Em 2003, seu último ano como jogador profissional, e completando 10 anos no clube, o Peñarol voltou a vencer o Campeonato Uruguaio. 

Pablo Bengoechea fechou seus dez anos de sua carreira com chave de ouro, depois de sete títulos nacionais, e com a idolatria do torcedor. Pelo Peñarol foram 245 jogos e 82 gols, além dos setes troféus.

Pelo Peñarol, Abél Hernández marca golaço de bicicleta

Foto: divulgação / CA Peñarol

Abel Hernández comemorando o gol de bicicleta

O Peñarol derrotou o Plaza Colonia por 2 a 1, neste domingo (23), em partida válida pela 12ª rodada do Torneio Apertura, da primeira divisão do Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéu. O destaque do jogo ficou por conta do golaço de bicicleta marcado pelo atacante Abel Hernández no último lance.

Peñarol e Plaza Colonia empatavam por 1 a 1 o jogo da 12ª rodada do Apertura. Faltando alguns segundos de jogo, a bola foi cruzada da esquerda e Abel Hernández apareceu entre os zagueiros para executar uma bicicleta perfeita.



O ex-atacante de Fluminense e Internacional recebeu um lindo cruzamento na ponta esquerda e, dentro da área, deu uma bela bicicleta para marcar o gol da vitória aos 51 minutos do segundo tempo. Um belíssimo gol no Estádio Centenário.

O atacante saiu correndo para comemorar e enlouqueceu os companheiros e o próprio técnico. O Peñarol clama por Gol Púskas. A vitória manteve o Peñarol isolado na liderança do Campeonato Uruguaio, agora com 27 pontos, a cinco do vice-líder Cerro Largo.

Santos rescinde com Carlos Sánchez, que vai para o Peñarol

Com informações do IG
Foto: divulgação Santos FC

Sánchez chegou ao Santos em 2018

O Santos acertou a rescisão do meia uruguaio Carlos Sánchez. A assinatura aconteceu na última segunda-feira, dia 2, em comum acordo com o clube. Ele é o maior artilheiro estrangeiro da história do Peixe, com 32 gols marcados, e solicitou a antecipação do fim do vínculo, que ia até 22 de julho deste ano, abrindo mão dos vencimentos que tinha a receber.

A equipe uruguaia do Penãrol será o novo destino de Carlos Sánchez. O Peixe vinha tratando a situação do camisa 7 com respeito pela boa relação com o clube, mas entendia que a melhor solução seria Sánchez procurar um novo destino. Aos 38 anos, o uruguaio vive seus últimos momentos da carreira e já não tem mais a intensidade que o futebol brasileiro espera.

Em 2022, Sánchez viveu seu “pior” momento no Santos, quando entrou em campo apenas em 21 jogos, não marcou gols e deu 3 assistências. Em certos momentos, não foi relacionados em vários jogos, principalmente com o ex-técnico Fabián Bustos.

Na última semana, Sánchez foi afastado dos treinos do Santos após seus exames apresentarem alterações cardiológicas. Ele passou então por uma extensa avaliação cardiológica no Hospital Albert Einstein e não foram encontradas alterações que o impedissem de treinar e jogar.


O meia foi contratado pelo Santos em 2018 e se destacou principalmente com o técnico Jorge Sampaoli, em 2019. Sánchez é o maior artilheiro estrangeiro da história do Santos. Ao todo, foram 161 jogos com a camisa do Peixe e 32 gols marcados.

Com Suárez marcando belo gol, Nacional vence o Peñarol no clássico pelo Clausura Uruguaio

Com informações do GE.com e UOL
Foto: divulgação CNF

Suárez marcou um belo gol de fora da área

No seu primeiro clássico desde que voltou ao Uruguai, Luis Suárez brilhou. O atacante marcou um belo gol de fora da área na vitória do Nacional por 3 a 1 sobre o Peñarol, neste domingo, pela sexta rodada do Torneio Clausura do Campeonato Uruguaio. O jogo foi no Gran Parque Central, a casa do Bolso.

O Nacional foi melhor no primeiro tempo, criou chances, mas não conseguiu abrir o marcador. O primeiro gol da partida saiu apenas aos 46 minutos. Após cobrança de escanteio pela direita, a defesa do Peñarol marcou bobeira e Laborda, de cabeça, não desperdiçou: 1 a 0 para o Bolso.

Aos sete minutos do segundo tempo, saiu o gol de Luis Suárez. Ele recebeu um arremesso pela meia direita, e, com a bola no ar, acertou um belíssimo chute de canhota para vencer Kevin Dawson, que não alcançou a bola. O gol levou o Estádio Gran Parque Central abaixo.

O Peñarol ainda reduziu aos 16 minutos do segundo tempo, com Kevin Méndez. Logo depois do gol, porém, o jogo foi paralisado devido a um conflito entre torcedores dos dois times nas arquibancadas. Sinalizadores foram jogados no gramado.

Após alguns minutos de paralisação, o jogo foi reiniciado, e o Nacional definiu o triunfo, com Cándido, aos 30 minutos. O zagueiro recebeu de Trezza na área e chutou no canto direito para confirmar a vitória dos donos da casa.


O triunfo deixou o Nacional na liderança provisória do Clausura. O time soma 15 pontos em seis jogos, e agora precisa secar o River Plate, que tem a mesma pontuação e ainda joga na rodada. O Peñarol está na oitava posição, com oito pontos.

A passagem de Elías Figueroa pelo Peñarol

Por Ricardo Pilotto
Foto: arquivo

Elis Figueroa defendeu o Peñarol antes de ir para o Internacional

Elías Ricardo Figueroa Brander, popularmente conhecido apenas como Elías Figueroa, está completando 75 anos de idade nesta segunda-feira, dia 25 de outubro de 2021. Um dos maiores ídolos da história do Internacional, o chileno teve uma bela passagem pelo Peñarol, que durou quatro temporadas, exatamente antes dele ir para o Colorado.

Após ser revelado pelo Unión La Calera em 1964 e passar pelo Santiago Wanderers entre 1965 e 1966, o chileno já havia sido intimado a fazer exames médicos bastante rigorosos no Independiente da Argentina após ter sido um destaque da seleção do Chile na Copa do Mundo, realizada no próprio Uruguai. Mesmo que os Diablos Rojos tivessem vencido a corrida para contratá-lo, foi rumo ao Uruguai para jogar pelo Peñarol, graças ao Washington Cataldi, vice-presidente do clube, que conseguiu um avião particular que levou o atleta de apenas 20 anos à capital uruguaia.

Jogando ao lado de grandes jogadores da história dos Manyas como Mazurkiewicz e Spencer Joya, Figueroa foi ganhando espaço e fez parte do elenco bi campeão uruguaio dos anos de 1967 e 1968. Além disso, venceu a Supercopa dos Campeões Intercontinentais em 1969, nada mais nada menos do que o lendário Santos dos tempos de Pelé. Neste confronto, o 'xerifão' que havia mostrado toda a sua liderança durante todo o jogo ao parar um dos melhores times do mundo na época, foi escolhido como o melhor jogador daquela partida.

Enquanto esteve no futebol uruguaio, Dom Elías vestiu a camisa amarela e preta do Peñarol com afinco. Conquistou títulos com a equipe e recebeu vários prêmios individuais. Tinha presenças constantes na seleção do campeonato uruguaio. Foi eleito jogador de sua posição da principal competição do país todos os anos.

O zagueiro chileno só saiu do Uruguai por conta de problemas financeiros que o país vivia. Devido a grande crise atravessada naquele momento, muitos atletas do time aurinegro também saíram do clube e foram jogar em clubes de outros países. Figueroa aproveitou o fluxo e deixou os Carboneros veio construir história no nosso país.


Assim que encerrou seu ciclo com o Peñarol em 1971, Elías veio para o futebol brasileiro, onde defendendo as cores do Internacional de Porto Alegre até 1976, foi eleito melhor zagueiro da América do Sul outras duas vezes. Além da equipe gaúcha, o defensor ainda jogou em clubes como Palestino do Chile de 1977 a 1980, Fort Lauderdale Strikers dos Estados Unidos em 1981 e Colo Colo no ano de 1982.

Semifinais da Copa Sul-Americana têm datas confirmadas

Com informações de A Gazeta Esportiva


A Conmebol divulgou, nesta sexta-feira, a tabela das semifinais da Copa Sul-Americana. O Red Bull Bragantino enfrentará o Libertad e decidirá a vaga no Paraguai. O Athletico Paranaense, por sua vez, jogará a partida de volta diante do Peñarol em Curitiba.

O Massa Bruta fará o primeiro jogo no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, em 22 de setembro, uma quarta-feira, às 19h15 (de Brasília). O confronto de volta, no Defensores del Chaco, será disputado no mesmo horário, no dia 29.

Já o Furacão decidirá a classificação à final em casa. A equipe paranaense enfrentará os uruguaios no Estádio Campeón del Siglo, em 23 de setembro, uma quinta-feira, às 21h30 (de Brasília). O duelo de volta está marcado para a Arena da Baixada, no dia 30, no mesmo horário.

A final está marcada para o dia 20 de novembro, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. Confira os jogos:


Semifinais

Red Bull Bragantino x Libertad
Ida: 22/8, às 19h15 (de Brasília) - Nabi Abi Chedid - Bragança Paulista (SP).
Volta: 29/8, às 19h15 (de Brasília) - Defensores del Chaco - Assunção (PAR).

Peñarol x Athletico-PR
Ida: 23/8, às 21h30 (de Brasília) - Campeón del Siglo, Montevidéu (URU)
Volta: 30/8, às 21h30 (de Brasília) - Arena da Baixada, Curitiba (PR).

Copa Sul-Americana tem confrontos semifinais definidos


Peñarol e Athletico Paranaense de um lado. Red Bull Bragantino e Libertad do outro. Estas são as semifinais da Copa Sul-Americana de 2021. Os confrontos foram definidos com a realização dos jogos das quartas desta semana.

O tradicional Peñarol chega à semifinal depois de eliminar o peruano Sporting Cristal. Os carboneros ganharam os dois jogos: 3 a 1 em Lima e 1 a 0 no Campeón del Siglo. Vale lembrar que o Peñarol, na fase inicial, foi o primeiro do Grupo E, em uma chave que tinha Corinthians, River Plate paraguaio e Sport Huancayo, além de ter passado pelo rival Nacional nas oitavas.

Já o Athletico Paranaense, campeão do torneio em 2019, passou pela LDU Quito, perdendo no Equador por 1 a 0, mas vencendo em casa por 4 a 2. Na primeira fase, o Furacão foi o primeiro do Grupo D, que tinha Melgar, Aucas e Metropolitanos. Nas oitavas, a equipe eliminou o América de Cali.

O Red Bull Bragantino chega à semifinal depois de eliminar o Rosário Central, vencendo os dois jogos: 4 a 3 na Argentina e 1 a 0 em Bragança Paulista. O Massa Bruta foi o primeiro do Grupo G na fase inicial, ficando à frente de Emelec, Talleres e Deportes Tolima.

O último a se garantir na semifinal foi o paraguaio Libertad, que eliminou o Santos, perdendo por 2 a 1 na Vila Belmiro e vencendo por 1 a 0 em Assunção, se garantindo no gol fora de casa. A equipe tinha sido líder do Grupo F, à frente de Atlético Goianiense, Newell's Old Boys e Palestino. Nas oitavas, passou pelo Junior Barranquilla.


No confronto entre Peñarol e Athletico Paranaense, a primeira partida será em Montevidéu e a segunda em Curitiba. Já entre Red Bull Bragantino e Libertad, o duelo inicial será em Assunção e o segundo em Bragança Paulista. A Conmebol ainda vai anunciar o local das partidas.

Goleiro Neto Volpi revela “sensação única” ao vestir a camisa do Peñarol

Foto: divulgação Peñarol

Neto Volpi está defendendo o Peñarol

Aos 29 anos, o goleiro Neto Volpi viveu uma experiência diferente no último final de semana. Revelado pelo Figueirense e com passagens por clubes como Shimizu-S Pulse, do Japão, e América de Cali, da Colômbia, o brasileiro fez sua estreia com a camisa do Peñarol, um dos clubes mais vitoriosos da América do Sul.

“O Peñarol é uma equipe conhecida no mundo todo. É o segundo clube com mais títulos nacionais do planeta e três vezes campeão do Mundial de Clubes. Quando subi para o gramado a sensação foi única. Uma emoção muito grande misturada com um sentimento de gratidão por poder estar tendo a oportunidade de defender esse clube”, revelou Neto Volpi, que é primo do goleiro Tiago Volpi.

A estreia foi pela 14ª rodada do primeiro turno do Campeonato Uruguaio e o Peñarol saiu de campo com a vitória por 1 a 0 sobre o Progreso. Com o resultado, a equipe chegou aos 27 pontos, ocupando a terceira colocação na tabela de classificação.

“Esse ano o campeonato está sendo diferente por conta da pandemia. O campeão do Apertura (primeiro turno) disputa uma semifinal contra o campeão do Clausura (segundo turno) e o vencedor faz a final com a equipe que somar o maior número de pontos nos dois turnos. Como estamos sem chances no Apertura, nosso foca é ganhar o Clausura para poder brigar pelo título”, analisou o arqueiro.


O próximo compromisso do Peñarol será na quarta-feira (16), às 19h15, contra o Sporting Cristal, do Peru, no estádio Campeón del Siglo, no jogo de volta das quartas de finais da Copa Sul-Americana. No jogo de ida, vitória da equipe uruguaia por 3 a 1.

Goleiro Neto Volpi avalia primeiro mês no Peñarol

Foto: divulgação Peñarol

Neto Volpi completou um mês no Peñarol

Catarinense, natural da pequena Rio do Campo, que abriga menos de 10 mil habitantes, o goleiro Neto Volpi vive uma experiência inédita na carreira, atuar no futebol do Uruguai, e ainda defendendo uma das grandes camisas do mundo: a do Peñarol.

Essa não é a primeira vez que o brasileiro joga fora do país, entre 2018 e 2020, Volpi atuou na Colômbia e no Japão. Na equipe carbonera, o goleiro está próximo de completar um mês de casa.

“Está indo tudo muito bem, estou me sentindo bem e treinando forte a cada dia para conquistar o meu espaço. Já tive a oportunidade de vivenciar o clima de um clássico contra o Nacional e realmente é algo incrível, é como se fosse uma decisão de um grande título. Espero fazer parte dessa bela história do Peñarol, e como eu disse quando cheguei aqui, é um grande desafio defender um clube com tanta tradição e títulos. Estou muito feliz”, revelou o atleta, que foi criado nas categorias de base do Figueirense.

Além da expectativa em fazer sua estreia oficial pelo novo clube, Volpi vive nesta semana outro momento especial. É que, neste domingo, dia 1º de agosto, o goleiro completa 29 anos de idade.


“Sem dúvidas é um momento especial para mim. Um aniversário diferente, em um país novo, um clube novo, mas com muita alegria em completar mais um ano de vida fazendo o que eu mais gosto, que é jogar futebol. Acredito que as coisas acontecem no tempo certo. Estou motivado e me dedicando ao máximo para estar no meu melhor quando a oportunidade aparecer”, concluiu.

Há 10 anos, Santos vencia Peñarol e era tri da Libertadores

Por Lucas Paes
Foto: Ricardo Saibun/Santos FC

Edu Dracena levanta a taça da Libertadores 2011

O dia 22 de junho será para sempre especial na memória de todo e qualquer torcedor do Santos. Há 10 anos, nesta mesma data, no relativamente recente, porém já tão distante 2011 o Alvinegro Praiano conquistava pela terceira vez a Libertadores da América. Naquela noite de quarta-feira, diante de um lotado Pacaembu, o Peixe venceu o Peñarol por 2 a 1 e fez a festa, diante de mais de 40 mil santistas que comemoraram noite adentro, além de milhões ao redor do planeta.

No primeiro jogo da decisão, Santos e Peñarol haviam ficado no zero, um resultado que deixava os comandados de Muricy dependendo apenas de si para conquistarem a América, numa situação onde os ingressos para a segunda partida já estavam esgotados uma semana antes do "pleito decisivo" da Libertadores.


A verdade é que, com um time muito melhor, os santistas foram pra cima desde o início. A primeira chance de mais perigo veio com uma cabeçada de Durval, logo aos três minutos. Aos oito, Sosa buscou um chute de longe de Elano que inclusive já iria para fora. Na única chance que assustou mais, o Peñarol aos 11' teve um chute meio bizarro de Mier que desviou em Maidana, mas não achou Martinuccio em boa posição para finalizar. Dominando o jogo, o time de Vila Belmiro chegava muito e quase marcou em uma cobrança de falta de Elano em que Sosa fez uma defesaça.

A melhor chance santista na primeira etapa veio aos 43', quando num lance onde a defesa uruguaia bateu cabeça, a bola sobrou para Zé Eduardo e Léo entrarem na área e o lateral esquerdo chutou para fora. Caso tivesse um pouco mais de calma, o ídolo alvinegro poderia ter observado Neymar sozinho. Ainda deu tempo de Durval cabecear com perigo após um escanteio, mas a primeira etapa terminou mesmo sem gols, deixando todo o drama, ou então a felicidade para o segundo tempo.

A etapa final, porém, começou como todo mundo sonhava. Numa linda combinação entre Ganso e Arouca, o volante santista arrancou e achou Neymar que bateu de primeira, não tão bem, mas Sosa aceitou. Festa no Pacaembu. A partir do gol, o time alvinegro partiu para cima. O segundo veio quase que como uma consequência natural. Numa jogada bonita, Danilo avançou e chutou com muita precisão com o pé esquerdo, ampliando o placar e deixando o título nas mãos do Santos. Os uruguaios quase não ofereciam perigo e o gol veio até de uma maneira bizarra, quando Estoyanoff recebeu pela ponta e cruzou despretensiosamente no meio numa bola que não oferecia perigo nenhum, mas Durval desviou contra o gol santista. 


Pois o gol de nada serviu ao time uruguaio. Os carboneros sequer ofereciam perigo ao Santos, que seguia dominando. Aos 37', Ganso e Zé Eduardo conseguiram combinar para um dos maiores gols perdidos da década, numa jogada linda de Neymar. Aos 44', em um lindo contra ataque, Neymar tentou cavar contra Sosa, a bola bateu na trave e na volta, para se fazer uma tardia justiça com Zé Eduardo, o camisa 20 faria o gol se o arqueiro do time uruguaio não se recuperasse de maneira espetacular e fizesse uma defesaça. Não fez falta, o placar de 2 a 1 era suficiente para o título, ainda que não ditasse o que foi o jogo.

Era a consagração de uma geração vitoriosa no Santos. Ganso, Arouca, Danilo, Alexsandro, Rafael, e, é claro, Neymar, conquistavam depois de quase 50 anos o título mais cobiçado do continente. O Pacaembu testemunhou uma enorme festa desde o apito final até horas que invadiram a madrugada, num dia que nenhum torcedor, incluindo é claro este que vos escreve, esquecerá. O Santos, para sempre, era tricampeão da América. Mas, Léo, na boa, o Barcelona era sim tudo isso, eterno guerreiro da Vila Belmiro. Não importava, naquela noite era permitido sonhar, era permitido chorar, cantar, gritar, a história estava, está, estará escrita para a eternidade. 

Há 10 anos, Santos segurava o zero contra o Peñarol no primeiro jogo da final da Libertadores

Por Lucas Paes
Foto: Reuters


Duelo ficou no zero no Uruguai

O dia 15 de junho de 2011 marcava o início da decisão da Copa Libertadores daquele ano. Rivais antigos com história na competição, Santos e Peñarol começaram naquela noite à decidir o dono da taça. Jogando no Uruguai, o Alvinegro Praiano segurou a pressão aurinegra, buscou alguns ataques e inclusive perdeu a melhor chance do jogo, mas garantiu um empate por 0 a 0 que abriu excelentes possibilidades para a quarta-feira seguinte no Pacaembu. O tri estava próximo.

O Santos vinha de classificação diante do Cerro Porteño na semifinal, depois de vencer no Pacaembu por 1 a 0 e empatar por 3 a 3 no Paraguai. O Peñarol, por sua vez, havia vencido o Vélez pelo placar mínimo no Centenário e garantido a vaga com uma derrota por 2 a 1 na Argentina, com o marcante pênalti perdido por Santiago Silva que daria a vaga ao Fortín. 


A primeira chance do jogo foi santista, num chute de Zé Eduardo para defesa de Sosa. Pouco depois, Oliveira dividiu com Rafael e a bola sobrou com a defesa santista, no primeiro lance agudo do aurinegro. Aos 19', numa linda jogada de Neymar, ele tocou para Alexsandro que obrigou Sosa à fazer uma excelente defesa. Na sequência, Bruno Rodrigo mandou uma cabeçada no travessão após cruzamento de Elano. Aos 23', Gonzalez perdeu ótima chance para o Peñarol, numa bola roubada na defesa, na sequência, Alexsandro teve outra boa finalização para defesa de Sosa. A melhor chance uruguaia foi perdida por Rodriguez, aos 44', num chute sozinho com Rafael que ele mandou por cima.

Na etapa final, logo aos três minutos, Zé Eduardo teve a melhor chance do jogo até ali, quando pegou sobra na cara de Sosa e chutou para ótima defesa do arqueiro carbonero. O jogo foi ficando mais travado, com poucas chances, até que aos 26', Zé Eduardo tentou de cabeça para fora. Na sequência, numa bola confusa, Oliveira teve boa chance na área, mas pegou mal e Rafael defendeu tranquilo. O atacante uruguaio perdeu outra boa chance pouco tempos, sendo travado por Arouca dentro da área. Aos 40', Alonso chegou a marcar o gol para o Peñarol num chute cruzado em que ele completou para o gol debaixo das traves, mas ele estava impedido. Com esse gol anulado, o placar ficou mesmo em zero a zero.


Com o resultado, o Santos precisava apenas de uma vitória simples para sair do Pacaembu campeão daquela edição da Copa Libertadores. Neymar, Ganso, Danilo, Rafael, Elano, Léo e todos os demais jogadores estavam muito perto de fazer história, o que seria confirmado uma semana depois, num dos dias mais felizes da história do Peixe.

Mazurkiewicz - Uma das grandes lendas do Peñarol

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Marzukiewicz foi uma lenda carbonera

O futebol uruguaio é, sempre foi e sempre será um enorme celeiro de lendas do futebol sul-americano e mundial. Desde Schiaffino até Suaréz, desde Gigghia até Cavani, a Celeste Olímpica já foi responsável por episódios marcantes na história do futebol mundial. Debaixo das traves, um dos grandes nomes que os uruguaios trouxeram ao mundo do futebol foi o goleiro Ladislao Mazurkiewicz, que muito além do quase gol de Pelé, foi uma lenda da posição em suas passagens pelo Peñarol, uma lenda que nos deixou para a eternidade há exatos oito anos.

Mazurkiewicz nasceu em 1945 e chegou muito novo ao Racing, de Montevidéu, onde fez a maior parte de sua trajetória na base e se profissionalizou. Quando chegou ao Peñarol, já em 1965, aterrissou em um clube que já era um protagonista e "patrão" do futebol sul-americano. Demorou muito a tomar o posto de Maidana como titular do gol aurinegro. Em uma era de ouro para o gigante clube amarelo e preto de Montevidéu, Mazur só foi assumir a titularidade em uma verdadeira fogueira, num duelo contra o Santos, de Pelé, na Libertadores de 1965. Naquele terceiro duelo que definiria o finalista da Libertadores, Ladislao não sentiu o confronto e fez uma partidaça diante do Peixe, ajudando o Manya à chegar a final.

Se faltava altura, o Chiquito compensava na qualidade e na inteligência técnica. Dono de uma qualidade absurda, o goleiro foi crucial na conquista da Copa Libertadores de 1966, onde fez uma partidaça no jogo decisivo diante do River Plate, na final, em Santiago, evitando os gols millonarios e vendo os aurinegros marcarem no ataque e garantirem mais um título de "La Copa" para o titã uruguaio, que era um verdadeiro colosso do futebol sul-americano e mundial naquela época. Ainda naquele ano, foi crucial na conquista do Mundial diante do Real Madrid, depois de uma boa Copa do Mundo pelo Uruguai.


Depois de mais alguns anos produtivos pelo Penãrol, onde era considerado um dos melhores goleiros do mundo, foi o melhor arqueiro da Copa do Mundo de 1970, quando ajudou a levar a Celeste Olímpica até as semifinais. Teve um marcante lance com Pelé, onde o Rei do Futebol driblou Mazurka e perdeu o gol. O Uruguai terminou na quarta colocação, mas o baixinho goleiro foi considerado o melhor de sua posição ao longo da Copa. No ano seguinte, saiu do Peñarol rumo ao Atlético Mineiro.

Retornou ao clube por mais três vezes, nos anos de 1976, 1980 e 1981, quando encerrou sua trajetória dentro das quatro linhas. Na última passagem, já começava a abrir caminho para outros grandes goleiros como Rodolfo Rodriguez. Pelos aurinegros, conquistou sete títulos, entre nacionais e internacionais. Encerrou sua trajetória no futebol justamente no Campeón del Siglo. Ainda foi treinador do clube nos anos 1980. Em 2013, deixou o nosso plano para jogar no time dos eternos, aos 67 anos, marcando para sempre a história do Peñarol e do futebol sul-americano e mundial.

O Toyota que Jair não quis dividir com o elenco do Peñarol

Foto: divulgação

Jair, escolhido como melhor em campo, não quis dividir o carro que ganhou como prêmio com o elenco

O dia 12 de dezembro é muito importante para os torcedores do Peñarol. Foi nesta data, no ano de 1982, que os aurinegros derrotaram o Aston Villa, da Inglaterra, no Estádio Olímpico Nacional de Tóquio, no Japão, por 2 a 0, e conquistaram o terceiro título mundial de sua história. Porém, após esta partida aconteceu um fato inusitado com o meia brasileiro Jair, então ex-Internacional e Cruzeiro, considerado o melhor em campo, e o restante do elenco da equipe uruguaia.

A partida foi disputada diante de um quadro de 62.000 pessoas. Naquela tarde, o Peñarol formou-se com Gustavo Fernández, Victor Hugo Diogo, Walter Olivera, Nelson Gutiérrez, Juan Vicente Morales, Mario Saralegui, Miguel Bossio, Jair, Venancio Ramos, Fernando Morena e Walkir Silva. O treinador era Don Hugo Bagnulo.

Aos 27 minutos do primeiro tempo, o brasileiro Jair abriu o placar após cobrança de falta onde a bola foi para a trave, o goleiro defendeu de forma estranha e a bola fez uma estranha parábola para o lado de dentro do gol. Por via das dúvidas, Morena se atira em direção à bola para segurá-la, mas esbarra no zagueiro inglês. Enfim, já era fato, o Peñarol fez o primeiro gol no Japão.

O jogo estava equilibrado, mas o Peñarol começou a ir em frente e aos poucos foi dominando as ações. No segundo tempo, o gol final chega aos 23 minutos. Venâncio Ramos disputa uma bola no meio da quadra com um jogador do Aston Villa, e quando parece que vai perder, faz um passe notável para Walkir Silva, que escapa para o gol rival. Ele é perseguido por quatro jogadores ingleses e, ao entrar na área, finaliza. A bola é coberta pelo goleiro, mas o atacante aurinegro ataca e consegue capturar o rebote para condenar a ação. O Peñarol conquistava mais um mundial.


A organização da competição escolheu Jair como melhor em campo e, como prêmio, ele ganhou um automóvel Toyota Corolla, dado pelo patrocinador. E aí veio a confusão: o elenco havia feito um acordo de que se o melhor jogador da partida fosse do Peñarol, o carro ia ser vendido e o valor dividido entre todos. Mas esqueceram de combinar com o meia. O brasileiro não quis fazer a divisão e ficou com o carro.

Porém, em consequência da desavença com os colegas, que esperavam dividir o prêmio entre todos, Jair passou a ser boicotado pelo elenco do Peñarol em 1983 e no ano seguinte foi afastado de vez pela diretoria do clube. Depois dos 30 anos, Jair voltou ao Brasil para jogar pelo Juventus de São Paulo, esteve no futebol equatoriano, passou por outras equipes brasileiras e encerrou sua carreira aos 39 anos de idade, no Huracán Buceo, de Montevidéu, em 1992.

Obdulio Varela - O "Negro Jefe" que virou ídolo do Peñarol

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Obdulio Varella vestindo a camisa do Peñarol

Obdulio Varela é um dos maiores nomes da história do tradicionalíssimo futebol uruguaio. Dono de categoria e liderança, o jogador era o capitão do Uruguai campeão do mundo em 1950 no Maracanazzo. Pouco antes daquilo, o craque, que viraria lenda e completaria 103 anos neste dia 20 de setembro chegou ao Peñarol, gigante clube uruguaio, onde faria história e entraria no seleto hall de lendas aurinegras.

Chegou ao Manya sem nem saber que iria jogar pelos aurinegros. Numa época primitiva do profissionalismo no futebol charrua, Varela dividia o futebol com outra profissão no Montevideu Wanderers, mas nos Carboneros foi obrigado a escolher apenas um futebol, um risco que decidiu correr, já que além de tudo, disse ser torcedor aurinegro desde sempre.

Estreou com a camisa do Peñarol apenas em 1943. Naquele ano, porém, viu o Nacional ser pela quinta vez seguida campeão uruguaio. O grande destaque da temporada foi na verdade uma goleada por 6 a 0 sobre o Boca, em um amistoso. No ano seguinte, porém, foi campeão nacional, sendo essencial nos clássicos, marcando na vitória por 2 a 0 e marcando um dos gols na virada do jogo decisivo, quando os Manyas venceram por 3 a 2. Era o primeiro título de sua trajetória aurinegra.

No ano seguinte, foi novamente campeão nacional. Viveu episódio curioso naquele ano em um amistoso contra o River Plate. Após a vitória dos Mirasoles, foram pagos ao Negro Jefe (apelido que tinha) 500 pesos de bicho, 250 a mais do que pago ao restante do elenco. Mostrando mais uma vez o grande caráter que lhe era característico, recusou a premiação, forçando o clube a pagar os mesmos 500 pesos a todos os jogadores. No ano seguinte, apesar de Varela se tornar capitão dos Carboneros, o campeão foi o Nacional, assim como em 1947 e 1948.

Em 1948, Varela foi um dos lideres da greve feita pelos jogadores uruguaios que acabou paralisando o campeonato. Os atletas pediam uma "lei do passe" que os prendesse aos clubes e salários melhores. A greve durou mais de um ano e é até hoje a mais longa da história do futebol. Varela, como um dos lideres, sofreu com palavras e atitudes de dirigentes e tentaram inclusive manda-lo para a Argentina. Nesta época, ele cogitou inclusive trabalhar na construção civil novamente e largar o futebol, mas acabou convencido pelos torcedores e por, como ele próprio declarou: "tanta gente boa que também gostava do futebol".


No ano de 1949, o Peñarol foi novamente campeão e Varela era o capitão da equipe, que tinha formado um ataque absurdamente matador, chamado de "Esquadrilha da Morte", com Ghiggia, Schiaffino, Vidal, Miguez e Hoeherg, Em 1950, foi o capitão do Uruguai que seria campeão do mundo. Esteve no clube até 1955, ganhando mais três campeonatos uruguaios antes da aposentadoria. 

Encerrou sua trajetória pelos Carboneros com 302 jogos e 72 gols, sendo até hoje lembrado como uma das maiores lendas da história do Penãrol. Varela foi jogar no plano dos eternos em 8 de agosto de 1996, deixando para sempre a marca da lenda que se tornou e um legado da liderança que sempre mostrava dentro de campo.

A passagem de Leônidas pelo Peñarol

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Leônidas vestindo a camisa do Peñarol

Antes de ganhar seu primeiro título mundial, em 1958, o Brasil já começava a produzir craques de quilate absurdo em suas terras. Antes do time absurdo de 1950, a primeira seleção que encantou o mundo vindo das terras tupiniquins veio em 1938 e nela havia um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro e mundial, o craque Leônidas da Silva, que neste 6 de setembro de 2020 completa-se 107 de seu nascimento. Entre os vários clubes pelo qual o Diamante Negro jogou, ele teve uma passagem simplesmente absurda pelo Peñarol, gigante uruguaio.

Leônidas foi visado pelos uruguaios após seus dois anos ótimos jogando pelo Bonsucesso. Ainda em 1933 ganhou o campeonato brasileiro de seleções sendo destaque do time carioca e vencendo o torneio diante da Seleção Paulista que tinha um tal Friendenreich. Assim acabou sendo contratado pelo time de Montevidéu, para ser o grande craque da equipe.

Na equipe carbonera, o Diamante Negro acabou sendo atrapalhado pelas lesões, que o impediram de mostrar todo o futebol que já havia exibido com seus ainda tenros 20 anos de idade na época. Ainda assim, jogou bem o suficiente para ganhar o apelido de homem de borracha, devido a habilidade absurda que mostrava com a bola no pé e a facilidade assustadora para driblar e fintar adversários de todas as maneiras possíveis.


Acabou por jogar apenas um ano pelo Peñarol, retornando para jogar pelo Vasco da Gama em 1934. No total, segundo dados da Wikipedia, marcou 11 gols em 16 jogos pelos Carboneros. Há uma discordância, já que a brasileira afirma 28 gols em 25 jogos. Infelizmente, por tudo ter ocorrido em tempos onde o futebol estava no máximo se profissionalizando, é difícil encontrar números oficiais. 

Independente disso, mesmo não tendo um super desempenho vestindo aurinegro, Leônidas ficou marcado na história do Peñarol por sua habilidade e inventividade e é um dos grandes nomes a vestir a camisa do clube. A lenda do futebol brasileira deixou esta terra para o plano dos craques eternos no início de 2004, mais precisamente em 24 de janeiro, deixando um imenso legado e histórias de seu grande futebol.
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