A fraca passagem de Caio Ribeiro pela Internazionale

Foto: arquivo Internazionale

Caio sendo apresentado na Internazionale: oito jogos e nenhum gol

Atualmente comentarista da Rede Globo de Televisão, Caio Ribeiro Decoussau está completando 45 anos neste 16 de agosto de 2020. Atacante com altos e baixos na carreira, ele chegou a ser uma aposta da Internazionale de Milão, que levou a então jovem promessa do São Paulo em 1995. Porém, o retrospecto dele no time azul e preto não foi nada bom.

Tudo começa na Copa do Mundo Sub-20 de 1995, realizada no Qatar. Apesar de o Brasil ter perdido o título na final contra a Argentina, Caio acabou sendo escolhido o melhor jogador da competição, ganhando a Bola de Ouro. Como ele já jogava constantemente no São Paulo, apesar de não ser titular absoluto, além do destaque no Mundial de Juniores, acabou chamando a atenção de vários times europeus.

Houve uma grande disputa pela então "nova joia do futebol brasileiro". E quem ganhou o "leilão" foi a Internazionale, na época recém adquirida pelo empresário Massimo Moratti, que pagou US$ 5 milhões e levou Caio para a Itália. Mas o que parecia sucesso certo, acabou sendo um grande fracasso.

Ele chegou na mesma época de outro brasileiro, que depois teria muito mais fama no futebol mundial: Roberto Carlos. A expectativa era grande e esperava-se que Caio fizesse muitos gols pela Inter. Mas a realidade não foi esta.

Caio não conseguiu lidar com a pressão sobrenatural para um jovem de apenas 20 anos, além de ter sido preterido logo de cara pelo então técnico Roy Hogdson, adepto de um jogo mais pesado e duro, que fugia totalmente às características do veloz atacante. A estreia do atacante ocorreu apenas no dia 29 de novembro de 1995, contra a Lazio, pela Copa Itália, algum tempo depois de sua chegada.

Longe da família e dos amigos e na reserva de Branca e Ganz, o jovem não rendia nos treinamentos e passou a despertar a desconfiança dos jornalistas que acompanhavam a equipe. A imprensa, então, passou a exercer ainda mais pressão sobre o jogador, que passava a lidar cada vez pior com a situação insustentável em Milão.


O problema só se agravava quando Caio era relacionado para as partidas da Inter. Nos únicos oitojogos que realizou com a camisa nerazzurra, o atacante não chegou nem próximo do jogador que havia explodido no Brasil. Depois de um total de oito jogos e nenhum gol marcado, ele saiu do time azul e preto.

Em decorrência das dificuldades de adaptação enfrentadas por Caio, o clube milanês decidiu emprestá-lo ao Napoli, em 1996, para que pegasse ritmo de jogo. Por lá, novamente, ele chegou na mesma época de outro brasileiro, o meia Beto, mas também não teve sucesso, disputando 20 jogos e passando em branco novamente.

Ao fim da temporada, em 1997, o Napoli o devolveu à Internazionale, que tentou negociá-lo. O Santos se interessou pelo atacante, que o contratou e ele desembarcou na Vila Belmiro no segundo semestre daquele ano, para a disputa do Brasileiro daquele ano.

No Peixe, viveu altos e baixos, foi emprestado algumas vezes, para Flamengo e Fluminense. Ainda defenderia Grêmio, Rot-Weiss Oberhausen, da Alemanha, e Botafogo, onde encerrou a carreira em 2005, com apenas 30 anos. Em seguida, tornou-se comentarista, função que ocupa até hoje.
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