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Sob aplausos, corpo de Zagallo é sepultado no Rio de Janeiro

Com informações do GE.com
Foto: Matheus Guimarães/Lance!

Corpo de Zagallo foi sepultado neste domingo

O corpo de Mario Jorge Lobo Zagallo, que morreu na noite de sexta-feira, foi sepultado na tarde deste domingo, às 17h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Aos 92 anos, o ex-jogador e técnico da Seleção teve uma despedida que iniciou pela manhã com o velório na sede da CBF, na Barra da Tijuca, aberto ao público até o sepultamento com uma série de homenagens.

A despedida no cemitério seria restrita a familiares e amigos próximos, mas acabou sendo liberada para algumas pessoas que estavam no local, e ocorreu após o velório de mais de cinco horas de duração na sede da CBF, na Barra da Tijuca. Zagallo foi muito aplaudido por todos no momento do sepultamento.

O velório no Museu da CBF foi um pedido dos familiares. O local contou com uma estátua de Zagallo. Diversas personalidades do futebol passaram pelo local, como Cafu, Bebeto, Jorginho, entre outros ex-jogadores campeões do mundo em 1970 e 1994, além de dirigentes de alguns clubes. O ex-atacante, campeão do mundo com Zagallo em 1994, se emocionou e chorou.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, também esteve presente e citou o legado de Zagallo. Às 14h, o local foi fechado para uma missa privada, com a participação apenas de familiares e amigos. O presidente Lula enviou uma coroa de flores.


Zagallo morreu na noite de sexta-feira, aos 92 anos, em um hospital do Rio de Janeiro. A causa da morte foi a falência múltipla dos órgãos. Mário Jorge Lobo Zagallo é o maior vencedor de Copas do Mundo da história, com quatro títulos. Ele venceu duas vezes como jogador (1958 e 1962), uma como treinador (1970) e outra como coordenador técnico (1994).

Velório de Zagallo acontece na sede da CBF com presença de público

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: reprodução

Homenagem ao Velho Lobo na sede da CBF

Depois de um sábado de homenagens, em que o mundo esportivo foi surpreendido com a notícia da morte de Zagallo, o domingo está sendo reservado para despedidas ao Velho Lobo. Ele está sendo velado na sede da CBF, na Barra da Tijuca, em cerimônia aberta ao público.

À tarde, mais precisamente às 16 horas (horário de Brasília), o enterro do único tetracampeão mundial  (1958 e 1962 como jogador, 1970 como treinador e 1994 como coordenador) será no Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio.

O corpo de Zagallo está sendo velado no Museu da Seleção. Os visitantes percorrem um corredor ornado com orquídeas e passam pela sala de troféus antes de chegarem ao local onde está o caixão. O corpo de Zagallo está em frente à sua estátua e ao lado das taças da Copa do Mundo, quatro das quais ele ajudou a conquistar.


Falecimento - Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro, no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca. Ele lutou, mas a frágil saúde e a idade avançada não contribuíram para que houvesse uma falência múltipla de órgãos.

Velório de Zagallo será realizado na sede da CBF, no Rio

Com informações da Agência Estado
Foto: arquivo

Zagallo estava com 92 anos

O adeus a Zagallo já tem dia e horário para acontecer. O único tetracampeão mundial será velado neste domingo, na sede da CBF, na Barra da Tijuca. O velório está previsto para começar às 9h30 (horário de Brasília) e será aberto ao público.

Em seguida, às 16 horas, será feito o sepultamento no Cemitério São João Batista. Presente em quatro dos cinco títulos mundiais, Zagallo era apaixonado pela Seleção Brasileira.

Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, no Rio. Em razão de sua saúde fragilizada e idade avançada, acabou não resistindo.

Causa da morte - A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. Ele já havia sido hospitalizado na segunda metade de 2023 por 22 dias para tratar de uma infecção urinária. Na ocasião, ele publicou um vídeo em suas redes sociais com a legenda “o Velho Lobo está on.”


Após o velório, o corpo de Zagallo será levado ao Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio. Serão, pelo menos, 20km de distância da sede da Confederação Brasileira de Futebol ao local onde ele será enterrado.

As frases marcantes de Zagallo ao longo da vida

Com informações da ESPN
Foto: arquivo

Zagallo e o "vocês vão ter que me engolir", dito em 1997

Aos 92 anos, Mário Jorge Lobo Zagallo faleceu nesta madrugada, no Rio de Janeiro. Ícone da seleção brasileira e do futebol nacional, o 'Velho Lobo', além de colecionar títulos, também enfileirou frases marcantes.

Da lendária 'vocês vão ter que me engolir' a 'ganhei pela primeira vez em 58. Cinco mais oito é igual a treze. Vou ganhar em 94', há umas expressões marcantes de Zagallo ao longo da história. Confira abaixo:

“Vocês vão ter que me engolir!" - Antes da Copa do Mundo de 1998, na França, Zagallo recebia muitas críticas por conta do trabalho. Em junho de 1997, após vencer a Copa América na Bolívia, ao derrotar os anfitriões por 3 a 1, o 'Velho Lobo' foi aos microfones e disparou a frase que se tornou um verdadeiro lema e ecoou por gerações.

“A Holanda é muito tico-tico no fubá, que nem o América dos anos 50” - Durante a Copa de 1974, na Alemanha, Zagallo soltou uma frase em relação à Holanda que viria a se arrepender...

“Aí, sim, fomos surpreendidos novamente” - Ao encarar o 'Carrossel Holandês' na segunda fase do Mundial, a seleção brasileira perdeu por 2 a 0. Após a partida, Zagallo se rendeu.

"As pessoas me chamam de idiota, retranqueiro e estúpido, mas fico só ouvindo e ganhando títulos” - Coordenador técnico da equipe treinada por Carlos Alberto Parreira em 1994, Zagallo fez um forte desabafo antes da conquista do tetra.

“Ganhei pela primeira vez em 58. Cinco mais oito é igual a treze. Vou ganhar em 94” - Zagallo iria conquistar mais uma vez a Copa do Mundo. Antes da final contra a Itália, nos Estados Unidos, a lenda brincou com a relação com o número 13 antes de prever mais uma vitória.

“Disse para minha mulher que tinha me despedido como treinador, não como coordenador. Ela teve que me engolir” - Aposentado da carreira de treinador, Zagallo voltou à ativa em 2003, quando a CBF o chamou para ser coordenador técnico da seleção. Foi aí que brincou com a vida pacata que vivia ao lado da esposa Alcina, que faleceria em 2012.

“Não gostaria que os torcedores me chamassem de cavalo. De burro não ligo, porque o burro é inteligente” - Em 2001, em uma equipe estrelada do Flamengo, Zagallo convivia com as críticas e via a torcida direcionar a raiva ao treinador. Foi quando se defendeu com bom humor.


“Eles não acham o Saddam Hussein nem o Bin Laden. Acharam o Zagallo” - No aeroporto de Los Angeles, nos Estados Unidos, onde a seleção brasileira encararia o México, Zagallo teve problemas com a imigração por conta de um visto da Arábia Saudita em seu passaporte. Foi então que brincou com a situação, citando Bin Laden (morto em 2011) e Saddam Hussein (enforcado em 2006), que ainda estavam desaparecidos.

“Sou a favor do sexo antes, depois e até durante o jogo” - Em 1998, o então treinador da seleção brasileira não ficou em cima do muro e se posicionou sobre o tema da proibição da presença de mulheres na concentração dos atletas.

“Sexo nesta idade é normal. Tem o azulão…” - Em 2011, antes de completar 80 anos, Zagallo falou em entrevista à imprensa espanhola e revelou que, graças a remédio para a disfunção erétil, ainda possuía vida sexual ativa.

Aos 92 anos, morre Zagallo, uma das maiores lendas do futebol

Com informações do UOL Esporte
Foto: arquivo

Zagallo na Copa do Mundo de 1998

Morreu, aos 92 anos, Mário Jorge Lobo Zagallo. Um dos maiores nomes da história do futebol viu o apito final de sua vida ser dado. O anúncio foi feito no perfil de uma rede social do tetracampeão. A causa da morte não foi divulgada.

Zagallo ganhou o mundo com o futebol — seja dentro de campo ou fora dele. O Velho Lobo é, até hoje, o maior vencedor de Copas do Mundo, com dois títulos como jogador, um como treinador e um como coordenador técnico.

Além das quatro façanhas, ele treinou o Brasil nas edições de 1974 e 1998 e fez parte da comissão técnica no mundial de 2006, ao lado do também multicampeão Carlos Alberto Parreira.

A vitoriosa carreira rendeu a Zagallo a mais alta honraria da Fifa: o prêmio de Ordem de Mérito da entidade, concedido em 1992. O brasileiro, aliás, tornou-se o primeiro esportista da história a receber a condecoração.

O alagoano-carioca que viu o Maracanazo de perto - Mário Jorge nasceu em 9 de agosto de 1931 e, com menos de um ano, passou a morar no Rio de Janeiro. Foi no bairro da Tijuca que ele deu seus primeiros passos, e o primeiro time não poderia ser outro: o América.

O tradicional clube da zona norte recebeu o jovem canhoto, que demonstrou habilidade na peneira e passou, mesmo com a inicial desaprovação do pai, a integrar as equipes de base já adolescente. Em meio ao futebol, Zagallo passou a atuar como soldado da Polícia do Exército e, aos 19 anos, participou de sua primeira Copa do Mundo — mesmo que indiretamente.

O então soldado estava no Maracanã no fatídico 16 de julho de 1950, quando Ghiggia calou um Maracanã abarrotado e tirou o mundial do Brasil, no episódio que é conhecido por "Maracanaço".

Os lencinhos brancos que a torcida acenou para receber a seleção na saída do vestiário para o jogo serviram para enxugar as lágrimas depois da derrota. Mas eu não chorei, mantive a postura de um soldadoZagallo, em 2014.

O ponta do Flamengo, do Botafogo e da seleção - O ano de 1950 também serviu para Zagallo deixar o América rumo ao Flamengo. Com o ponta-esquerda — que ficou conhecido como "Formiguinha — no elenco, o clube faturou o tricampeonato carioca (53, 54 e 55).

Ele ficou no rubro-negro até 1958, assinou com o Botafogo e ganhou uma série de outros títulos, encerrando sua trajetória vencedora como atleta entre 1965 e 1966. A cereja do bolo do atleta Zagallo ficou com o bicampeonato mundial: o ponta fez parte das seleções que conquistaram o mundo tanto em 1958 quanto em 1962 e fez, ao lado de Pelé, história — das grandes.


O técnico de (quase) todos - Aos 34 anos, o jogador do Botafogo virou treinador... do Botafogo. Ele iniciou sua triunfal carreira no clube carioca e acumulou dezenas de trabalhos. Além de comandar os quatro times do Rio, Zagallo se aventurou no Kuwait, na Arábia Saudita e nos Emirados Arábes entre o fim dos anos 70 e início dos anos 90.

Foi na seleção, no entanto, a maior identificação. Apaixonado pela amarelinha, o alagoano-carioca comandou o histórico esquadrão da Copa de 1970 e tornou-se o técnico que mais vezes dirigiu o Brasil. O amor pela camisa brasileira rendeu mais um título: em 1994, ele atuou como coordenador técnico do elenco que tornou-se tetracampeão mundial.

Zagallo Eterno: 13 letras - Zagallo deixa quatro filhos, além de netos, bisnetos e uma legião de brasileiros que tornaram-se fãs do esporte que tem o alagoano-carioca como um dos gigantes de sua história. A estátua do Velho Lobo, no entanto, será eterna: ele ganhou, nos últimos anos, homenagens tanto do Botafogo quanto da CBF e já faz parte da galeria dos imortais do futebol.

Cariocão 1967 - O primeiro título de Zagallo como treinador no Botafogo

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Zagallo conquistou seu primeiro título como treinador do Botafogo em 67

Mário Jorge Lobo Zagallo, ex-jogador e treinador alagoano conhecido apenas como Zagallo, está celebrando o seu 92º ano de vida nesta quarta-feira, dia 9 de agosto de 2023. Apesar de ter atuado como jogador, o Velho Lobo fez seu nome como treinador, e logo no seu primeiro ano ocupando tal cargo, venceu o título carioca pelo Botafogo em 67.

Antes disso acontecer, Zagallo defendeu três clubes quando atuava dentro das quatro linhas. Foram eles: o América-RJ, onde foi revelado em 48 e ficou até o ano seguinte e depois passou pelo Flamengo entre 50 e 58. Encerrou a sua trajetória como atleta no Botafogo, equipe na qual jogou de 58 até o começo de 66. No Fogão, teve a oportunidade de jogar junto com Nílton Santos, Garrincha e Didi.

Chegou ao comando do time profissional do Alvinegro Carioca após treinar as categorias de base da Estrela Solitária. Conseguiu conquistar logo no início da sua caminhada em uma nova função

Durante a campanha, o Fogão venceu 15 partidas, empatou duas e perdeu apenas um jogo em 18 disputados. Nos dois turnos, o time de General Severiano foi líder: no primeiro, somou 19 pontos, enquanto no segundo, ficou com 13.


Na sequência de sua carreira como técnico, o Velho Lobo ainda teve outras três passagens pelo Botafogo. Flamengo, Fluminense, Vasco, Al-Hilal e Portuguesa foram outros clubes que ele também treinou. Neste período, comandou as seleções da Arábia Saudita, do Kwait e do Brasil. Na Amarelinha, também foi coordenador técnico.

"FourFourTwo" faz ranking de melhores treinadores e Zagallo é o primeiro brasileiro na lista

Com informações do UOL Esporte
Foto: arquivo

Zagallo foi o 27º no geral e primeiro brasileiro da lista

A conceituada revista inglesa "FouFourTwo", especializada em futebol, publicou um ranking com os 100 melhores treinadores de todos os tempos. O escocês Alex Ferguson, que treinou o Manchester United entre 1986 e 2013, conquistando 38 títulos no clube inglês, ficou na primeira posição. Zagallo foi o brasileiro mais bem colocado, na 27ª posição.

Nas cinco primeiras posições, a revista escolheu apenas treinadores europeus. Além de Ferguson, os holandeses Rinus Michels e Johan Cruyff, em segundo e terceiro, o escocês Bill Shankly, em quarto, e o espanhol Pep Guardiola, em quinto, ocupam os primeiros postos.O primeiro sul-americano na lista é um argentino: Helenio Herrera. Nascido em Buenos Aires, o treinador fez carreira como jogador e treinador na Europa, e ganhou destaque por seus trabalhos no Atlético de Madri, no Barcelona e, principalmente, na Inter de Milão entre os anos 1950 e 1960. Ele foi apontado pela revista como o oitavo melhor técnico de futebol de todos os tempos.

Além de Zagallo, outros três brasileiros foram citados na lista. Luiz Felipe Scolari, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, ficou em 39º. Telê Santana, que comandou a seleção brasileira em 1982 e 1986 e foi bicampeão mundial de clubes com o São Paulo em 1992 e 1993, ficou com a 44ª posição. Carlos Alberto Parreira, campeão do mundo com a seleção brasileira em 1994, ficou em 55º.
'Maior time de todos os tempos'

O grande feito de Zagallo, de acordo com a "FourFourTwo", foi comandar o "melhor time de todos os tempos" - a seleção brasileira de 1970, que foi tricampeã do mundo. Nos anos 1990, Zagallo voltou à seleção. Primeiro, em 1994, como coordenador técnico, voltou a ser campeão do mundo. Depois, novamente como treinador, conquistou a Copa das Confederações e a Copa América em 1997, e foi vice-campeão do mundo em 1998, na França.

"Duas vezes campeão mundial como jogador, Zagallo também treinou o maior time de todos os tempos, quando o Brasil conquistou sua terceira Copa do Mundo, em 1970. Mas fazer isso não foi fácil; a seleção havia sido eliminada na primeira fase do Mundial de 1966 e 'as cicatrizes ainda estavam lá', como disse Pelé", define a publicação.

"Zagallo conseguiu encaixar nomes como Jairzinho, Rivellino, Tostão e Gerson, passando por cima de Peru, Uruguai e Itália, com o Brasil marcando 19 vezes no caminho rumo ao título no Estádio Asteca", completa a revista.


Top-10

1 - Alex Ferguson (ESC)
2 - Rinus Michels (HOL)
3 - Johan Cruyff (HOL)
4 - Bill Shankly (ESC)
5 - Pep Guardiola (ESP)
6 - Arrigo Sacchi (ITA)
7 - Matt Busby (ESC)
8 - Helenio Herrera (ARG)
9 - Ernst Happel (AUT)
10 - Valeriy Lobanovskyi (UCR)

Brasileiros

27 - Zagallo
39 - Luiz Felipe Scolari
44 - Telê Santana
55 - Carlos Alberto Parreira

Zagallo e seu início de carreira no America

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Como jogador, Zagallo começou no America

Um dos maiores nomes da história do futebol mundial completa 91 anos hoje. Mário Jorge Lobo Zagallo nasceu no dia 9 de agosto de 1931, em Atalaia, Alagoas, mas se mudou ainda jovem para o Rio de Janeiro. No Rio, Zagallo começou no esporte e se tornou o maior campeão de Copas do Mundo da história. E tudo isto começou no America!

O ponta-esquerda, que era conhecido como formiguinha, por sua altura e sua velocidade, começou no esporte em sua escola. No colégio o jogador já se destacava e mostrava seu grande potencial, mas sua família não queria que Zagallo seguisse com essa carreira.

Seu pai gostaria que ele fizesse curso de contabilidade, para poder ajudar sua família na fábrica de tecidos. Mas seu irmão, Fernando, conseguiu convencer o pai do atleta a deixar ele seguir com sua carreira nos gramados e poder deslanchar no futebol carioca pelo America.

A sua família eram sócios do clube, que era o do seu coração, e por isso começou a atuar pela equipe. Desde a categoria de base já se destacava, ainda praticou outros esportes dentro do clube, mas nada o tirou o foco do futebol, que era sua grande paixão desde o início.

Zagallo subiu para o profissional em 1948, quando estreou pela equipe carioca em amistosos e depois no campeonato estadual. Naquela época, o America era uma boa equipe e tentava brigar com os principais times do estado, mas era muito difícil, pois não era um clube rico.

Em 1949, o jogador conseguiu conquistar seu primeiro título, o primeiro de muitos, e foi o Campeonato de Amadores do Rio de Janeiro. Mesmo sem ser um título de expressão, já era algo muito importante naquele momento na sua carreira, ainda mais porque o atacante se destacou na competição.

Ainda nesse mesmo ano, o jogador conseguiu outra taça, dessa vez mais importante e com mais relevância para o início de sua carreira. O America conseguiu o título do Torneio Início do Campeonato Carioca e o ponta foi o grande destaque da equipe na competição.


O jogador já estava próximo de se transferir para os maiores clubes do estado e estava feliz por ter ajudado sua equipe do coração a ganhar as taças. Em 1950, o ponta foi atuar no Flamengo, uma das maiores equipe do futebol nacional, com uma torcida enorme.

Pelo Rubro-negro conquistou muitos títulos e ficou por alguns anos, conseguindo ser convocado para a Seleção Brasileira e foi onde tudo começou. Ainda defendeu o Botafogo, onde seria altamente vitorioso. Zagallo depois foi treinador. Ao todo, foi tetracampeão mundial pelo Brasil, dois como jogador (1958 e 1952), uma como treinador (1970) e outro como coordenador (1994), além do quarto lugar em 1974 e o vice em 1998, estas duas como técnico.

A passagem de Zagallo como jogador do Flamengo

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Zagallo na época de atleta do Flamengo

O dia 9 de agosto marca o aniversário de uma das maiores lendas da história do futebol brasileiro e mundial. Mário Jorge Lobo, o Zagallo, está completando 90 anos neste dia. Nove décadas de uma história de muitos altos, poucos baixos e títulos, títulos e mais títulos. Antes de ser treinador e dizer que "iam ter de engolir ele", o Velho Lobo foi um ótimo jogador e entre suas passagens jogou pelo Flamengo.

O "Formiguinha" chegou ao Mengão ainda muito jovem, trazido direto do América, onde havia começado sua promissora carreira dentro das quatro linhas. Dono de ótima qualidade, o ponta-esquerda logo virou titular do time rubro-negro e começou sua caminhada para se tornar um dos grandes nomes da história do clube, algo que mostrou capacidade para fazer desde o início de sua carreira como futebolista.

O alagoano se firmou rapidamente na Gávea e fez parte do time tricampeão do Campeonato Carioca entre os anos de 1953 e 1955, que por sinal foram seus grandes títulos vestindo vermelho e preto. Na sua época o futebol brasileiro não tinha ainda seu nacional de clubes, algo que só se concretizou anos depois, já no fim de sua passagem pelo Mengão. 

Além dos cariocas, conquistou uma infinidade de torneios amistosos nas excursões que o Flamengo fazia naquela década mundo afora. Deixou o clube em 1958, ainda que não quisesse sair, para jogar seus últimos anos dentro das quatro linhas pelo Botafogo. Foram 217 jogos e 30 gols vestindo a camisa flamenguista


Zagallo ainda voltou a trabalhar no Flamengo três vezes durante sua carreira de treinador. Entre 1972 e 1974, entre 1984 e 1985 e por fim, a mais recente e seu último trabalho como treinador de um time, em 2001. Era o treinador rubro-negro no histórico título do Cariocão de 2001, conquistado com o gol de falta de Petkovic sobre o Vasco (sim, aquele). Foi também campeão da Copa dos Campeões nesse último trabalho. 

Zagallo levando os Emirados Árabes para a Copa do Mundo

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images 

Zagallo foi treinador dos Emirados Árabes em 1989

Mario Jorge Lobo Zagallo, é um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro e mundial. Dono de títulos de Copa do Mundo como jogador e como treinador, o Velho Lobo teve uma carreira vitoriosíssima no futebol tanto dentro das quatro linhas quanto no banco de reservas. Em 1989, conseguiu um dos grandes feitos de sua carreira, quando classificou os Emirados Árabes para a Copa do Mundo de 1990. 

Zagallo e outros nomes brasileiros são em grande parte responsáveis pelo desenvolvimento do futebol nos países árabes e em alguns deles deixaram legados importantes. O Velho Lobo teve sua primeira experiência com os “petrodólares” na seleção do Kuwait e passou ainda por Al-Hilal e Arábia Saudita, nesta última onde venceu a Copa da Ásia. Os Sauditas são inclusive são talvez o país que mais aproveitou o legado das ideias brasileiras, já que o futebol do país cresceu muito com as experiências com treinadores brasucas.


Numa eliminatória que começou já no final de 1989, os Emirados se classificaram na primeira fase da classificatória num grupo que tinha ainda o Kuwait, o Paquistão e o Iêmen do Sul. Foram três vitórias e uma derrota em quatro jogos. Na fase final, a equipe teria um grupo complicado, com Coréia do Sul, China, Qatar, Arábia Saudita e Coréia do Norte. 

Na etapa decisiva, a campanha foi bem menos consistente, já que foram quatro empates e apenas uma vitória, diante da China. O suficiente para ficar na segunda posição, atrás apenas dos sul-coreanos e se classificar a Copa do Mundo, um momento histórico para o país. Porém, o trabalho de Zagallo terminaria antes da Copa do Mundo devido a problemas com uma premiação que não foi paga ao brasileiro. A discussão com autoridades acabou gerando sua demissão, mais um traço dos problemas com interferências de governantes no futebol árabe.


Quem assumiu no lugar de Zagallo foi o polonês Bernard Blaut, que acabou durando apenas um mês no cargo e foi substituído por Parreira, outro brasileiro, que dizem ter sido indicado pelo próprio Velho Lobo, apesar da história não ter uma confirmação oficial. Já o treinador campeão mundial em 1970 seguiu sua carreira na casamata indo para o Vasco da Gama. Os Emirados Árabes ficaram na lanterna de um grupo com Colômbia, Alemanha Ocidental e Iugoslávia, com dois gols feitos e 11 sofridos e três derrotas.

Zagallo é escolhido para o Hall da Fama do COB 2020

Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Zagallo é o primeiro ligado ao Futebol a entrar no Hall da Fama do COB

Mário Jorge Lobo Zagallo merece todas as homenagens possíveis. Após indicação da CBF, a lenda da Seleção Brasileira foi escolhida para integrar o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) 2020. O tetracampeão mundial com a Amarelinha se junta a outras nove personalidades desportivas que recebem esta ação de reconhecimento por contribuírem de maneira notável para o esporte olímpico nacional.

Zagallo comandou a equipe brasileira na conquista da medalha de bronze nos Jogos de Atlanta, em 1996, e é a primeira personalidade do futebol a integrar o Hall da Fama. A seleção de homenageados deste ano conta ainda com: Adhemar Ferreira da Silva (atletismo), Aída dos Santos (atletismo), Aurélio Miguel (judô), Bernard Rajzman (vôlei), Reinaldo Conrad (vela), Sebastián Cuattrin (canoagem velocidade), Tetsuo Okamoto (natação), Wlamir Marques (basquete), além do treinador Nelson Pessoa (hipismo saltos).

O nome de Zagallo chegou ao Comitê Olímpico do Brasil após uma iniciativa da CBF e passou por um rigoroso processo de seleção até ser eleito. A Comissão Avaliadora do Hall da Fama fez uma reunião por meio de videoconferência, por conta das medidas de segurança pela pandemia de Covid-19, na última segunda-feira (27) e os 15 integrantes receberam os formulários de votação virtualmente. A Comissão é composta por sete membros da diretoria do COB, dois representantes nacionais do Comitê Olímpico Internacional (COI), dois integrantes da Comissão de Atletas do COB, e quatro do Conselho de Administração do COB.

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Na sede do Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), haverá um mural do Hall da Fama com os moldes das mãos ou pés dos homenageados – disponíveis à visitação –, além de um espaço para seus perfis, com as conquistas, fotos e vídeos, dentro do site oficial do COB. 

O Hall da Fama foi idealizado em 2018 e homenageia atletas ou treinadores que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações. Já integram este seleto grupo os seguintes nomes: Jackie Silva e Sandra Pires, do vôlei de praia; Torben Grael, da vela; Vanderlei Cordeiro de Lima, João do Pulo, Joaquim Cruz e Sylvio de Magalhães Padilha, do atletismo; Hortência e Paula, do basquete; Maria Lenk, da natação; Bernardinho e José Roberto Guimarães, do vôlei; Chiaki Ishii, do judô; e Guilherme Paraense, do tiro esportivo.

A passagem de Zagallo pela Portuguesa em 1999

Por Lucas Paes

A Lusa foi um dos últimos trabalhos de Zagallo como treinador

Mario Jorge Lobo Zagallo, é um dos maiores ícones do futebol brasileiro em toda a história. O Velho Lobo ainda é um ícone do futebol brasileiro e marcou a história de diversos clubes que passou e, é claro, da Seleção Brasileira. Neste dia 9 de Agosto, ele completa 88 anos. Relembramos aqui um de seus últimos trabalhos como treinador, em 1999, Zagalo chegou a Lusa.

Buscando aumentar um pouco seu apelo midiático e manter os bons resultados dos últimos anos dentro de campo, a Portuguesa fechou a contratação de Zagallo ainda em dezembro de 1998. Com ótimos valores, os rubro-verdes haviam sido semifinalistas do Brasileirão daquele ano, sendo batidos pelo Cruzeiro, que perderia a final para o absurdamente forte time do Corinthians. A equipe lusitana vinha em plena ascensão midiática desde o vice nacional em 1996 e Zagallo, que havia dirigido o Brasil vice-campeão da Copa do Mundo de 1998, era uma tentativa de melhorar ainda mais essa situação.

O Velho Lobo estreou bem na Lusa. Na tarde de 24 de janeiro de 1999, os rubro-verdes venceram a Matonense por 2 a 0 no Canindé. Sem estar no mundo do futebol há sete meses, Zagallo foi saudado pelo torcedor lusitano e ficou emocionado com a boa recepção. A Lusa fez campanha razoável na primeira fase do Paulistão, classificou-se a segunda fase, mas caiu antes do mata-mata, num grupo que tinha São Paulo, Palmeiras, Inter de Limeira, Rio Branco e Matonense. A Portuguesa terminou em terceiro, apenas dois pontos atrás do São Paulo. Na Copa do Brasil, os rubro-verdes caíram nas oitavas para o Athletico Paranaense.

O contrato de Zagalo acabou renovado em Junho. Mas o Brasileirão traria o fim de sua passagem pelo comando luso. O Velho Lobo viu a Lusa ter um começo muito ruim de brasileiro e acabou demitido em Outubro, depois de ficar praticamente um mês inteiro sem vencer um jogo. A "magia" do 13 não bastou para segurar o velho Lobo na Portuguesa. Conseguira vencer apenas Guarani, São Paulo e Atlético Paranaense, em 14 jogos disputados.

Naquele ano, a Lusa terminou o campeonato em penúltimo, sofrendo para se adaptar aos tempos da Lei Pelé e só não caiu porque o rebaixamento vinha por média de pontos. Como a Lusa vinha de bons campeonatos em 1997 e 1998, a campanha fraca de 1999 não influenciou na média. Uma situação que causou os problemas que acabaram com a criação da Copa João Havelange de 2000. Já Zagallo treinaria o Flamengo, entre 2000 e 2001 e ficaria de coordenador técnico na CBF, até 2006, seu último trabalho.

Zagallo como jogador da Seleção Brasileira

Por Victor de Andrade

Zagallo, no jogo contra a Inglaterra, na Copa do Mundo de 1962: 36 jogos pela Seleção
(foto: Agência AP)

Mario Jorge Lobo Zagallo. É difícil encontrar um nome que resuma de forma tão completa a história do nosso futebol. Craque, técnico, colecionador de títulos e glórias, o Velho Lobo comemora nesta quinta-feira, 9 de agosto, seus 87 anos de vida e de muita história com a Seleção Brasileira, desde seus tempos como jogador.

Ponta-esquerda tradicional, foi titular da equipe que se sagrou bicampeã do mundo na Suécia, em 1958, e no Chile, em 1962, Zagallo estreou com a camisa amarela no ano do primeiro título mundial, antes de completar 27 anos. O adversário foi o Paraguai, no dia 4 de maio, já na preparação para a Copa do Mundo. E, apesar de ser canhoto, o Velho Lobo estreou com o "pé-direito", pois marcou duas vezes, aliás, a única vez em que conseguiu balançar a rede mais de uma vez com a "amarelinha".

Além das duas Copas do Mundo, Zagallo conquistou atuando pela Seleção Brasileira uma Copa Roca (1963), duas Taças Bernardo O’Higgins (1959, 1961), uma Taça do Atlântico (1960) e três Taças Oswaldo Cruz (1958, 1961, 1962). Realmente foi um grande vencedor como jogador.

O último gol do Velho Lobo com a camisa da Seleção foi na Copa do Mundo de 1962, no Chile, na estreia da equipe na competição, uma vitória por 2 a 0 sobre o México. Já o último jogo aconteceu no dia 7 de junho de 1964, em um triunfo contra Portugal e o Brasil venceu: 4 a 0.

No total, Zagallo fez 36 jogos com a camisa da Seleção Brasileira, tendo 29 vitórias, quatro empates, três derrotas. Ele marcou seis gols e deixou uma bela página com a camisa amarela, que depois continuou como treinador.

Confira a lista de jogos de Zagallo pela Seleção Brasileira. Entre parenteses, os gols marcados:

1) 04/05/1958 - 5:1 PARAGUAI (2)
2) 07/05/1958 - 0:0 PARAGUAI
3) 14/05/1958 - 4:0 BULGÁRIA
4) 01/06/1958 - 4:0 FC INTERNAZIONALE MILANO (ITA) (1)
5) 08/06/1958 - 3:0 ÁUSTRIA
6) 11/06/1958 - 0:0 INGLATERRA
7) 15/06/1958 - 2:0 UNIÃO SOVIÉTICA
8) 19/06/1958 - 1:0 GALES
9) 24/06/1958 - 5:2 FRANÇA
10) 29/06/1958 - 5:2 SUÉCIA (1)
11) 10/03/1959 - 2:2 PERU
12) 15/03/1959 - 3:0 CHILE
13) 21/03/1959 - 4:2 BOLÍVIA
14) 17/09/1959 - 7:0 CHILE
15) 20/09/1959 - 1:0 CHILE
16) 29/06/1960 - 4:0 CHILE
17) 03/07/1960 - 2:1 PARAGUAI
18) 03/05/1961 - 3:2 PARAGUAI
19) 11/05/1961 - 1:0 CHILE
20) 24/04/1962 - 4:0 PARAGUAI
21) 06/05/1962 - 2:1 PORTUGAL (1)
22) 16/05/1962 - 3:1 GALES
23) 30/05/1962 - 2:0 MÉXICO (1)
24) 02/06/1962 - 0:0 TCHECOSLOVÁQUIA
25) 06/06/1962 - 2:1 ESPANHA
26) 10/06/1962 - 3:1 INGLATERRA
27) 13/06/1962 - 4:2 CHILE
28) 17/06/1962 - 3:1 TCHECOSLOVÁQUIA
29) 16/04/1963 - 5:2 ARGENTINA
30) 21/04/1963 - 0:1 PORTUGAL
31) 24/04/1963 - 1:5 BÉLGICA
32) 26/04/1963 - 0:2 RACING C PARIS (FRA)
33) 17/05/1963 - 1:0 EGITO
34) 19/05/1963 - 5:0 ISRAEL
35) 22/05/1963 - 3:0 COMBINADO DE BERLIM (ALE)
36) 07/06/1964 - 4:1 PORTUGAL

Dirceu Lopes - O injustiçado no Brasil da Copa de 1970

Por Lula Terras

Craque e uma das 'feras de Saldanha', Dirceu Lopes foi preterido por Zagallo na Copa

A época de ouro do futebol brasileiro revelou grandes craques, muitos deles com o devido reconhecimento, já outros, injustiçados, muito pelos jogos de interesse que sempre imperaram no mundo da bola. Um exemplo desses é o mineiro de Pedro Leopoldo, Dirceu Lopes, que fazia parte da Seleção Brasileira, que disputaria a Copa do Mundo de 1970, no México, mas acabou cortado pelo treinador Mário Jorge Zagallo, sob o argumento de já haver muitos jogadores para a posição de meia. 

Dirceu Lopes Mendes, que também ficou conhecido como Príncipe, pela qualidade demonstrada no meio de campo, principalmente no Cruzeiro, de Belo Horizonte, no período de 64 a 77. Ele foi o grande maestro da equipe mineira, na conquista de nove títulos estaduais, e a Taça Brasil de 1966, seu maior feito, justamente contra o grande Santos FC, melhor time do Mundo, naquele período.Teve passagens, também pelo Fluminense, do Rio de Janeiro, 77 e 78, e Uberlândia, entre 78 e 80. 

Para quem não o viu jogar, Dirceu Lopes, no alto de seus 1,62 metros foi titular absoluto nos 12 anos, em que atuou no Cruzeiro. Habilidoso e veloz, sua principal característica era arrancar pelo meio de campo, com a bola dominada até a área adversária, vencendo seus marcadores com dribles desconcertantes, tendo ao seu lado outro monstro do futebol brasileiro, Tostão, com quem fez uma das maiores duplas da história do futebol.

Dirceu, Piazza e Tostão era o trio cruzeirense na Seleção

Esse seu perfil que fez com que o jornalista e treinador, João Saldanha o convocasse para a Seleção Brasileira, que estava se preparando para a Copa do Mundo de 1970, onde disputou 19 jogos, e assinalou quatro gols, atuando até na posição de centro avante, num jogo contra a Argentina, por opção do treinador que o tinha como seu atleta mais importante, portanto, figura certa na Copa do Mundo. Mas, foi justamente na Seleção Brasileira, onde sofreu a maior decepção da carreira, 

Com a saída de Saldanha, por questões políticas, seu sucessor, Mario Jorge Zagallo acabou por deixa-lo de fora da convocação final, sob a alegação de já haver muitos jogadores para a sua posição. Quando perguntado sobre o fato de ter pedido a chance de integrar a seleção do Tri-campeonato Mundial, Dirceu disse não gostado da argumentação do treinador, por ter visto as coisas acontecendo. Na época preferiu não brigar pelo espaço e acabou cortado do elenco. Para ele, foi a maior decepção que sofreu no futebol, embora ela garanta que o fato não tenha trazido problemas emocionais no restante de sua carreira, nem na vida pessoal.

Zagallo - 85 anos do Velho Lobo que foi um grande jogador

América, Flamengo, Botafogo e Seleção Brasileira, camisas que Zagallo defendeu como jogador

Uma das maiores figuras da história do Futebol Brasileiro está completando nesta terça-feira, dia 9 de agosto de 2016, 85: Mario Jorge Lobo Zagallo. O Velho Lobo é um dos maiores vencedores com a Seleção Brasileira também teve uma carreira fantástica como jogador.

Para quem não sabe, Zagallo nasceu em Atalaia, Alagoas, mas chegou no Rio de Janeiro, junto com seus familiares, com menos de um ano de idade. Passou a infância e adolescência na Tijuca, onde começou a jogar futebol e foi descoberto por pessoas ligadas ao América, clube do bairro. No Mecão, Zagallo jogou no juvenil nos anos de 1948 e 1949. No América, o Velho Lobo conquistou os torneios Início e Disciplina, ambos em 1949.

Em 1950, Zagallo foi para o Flamengo, mas antes ele passou um tempo no Exército, onde trabalhou na fatídica final da Copa de 50. Mal sabia ele que o destino o colocaria em mais cinco decisões da Seleção Brasileira, tendo ganho quatro.

Jogador profissional, Zagallo foi tricampeão carioca pelo Flamengo em 1953, 1954 e 1955. A camisa 10 dos tempos do América tinha sido substituída pela 11 do rubro-negro. A opção pela ponta esquerda era uma estratégia. 

Em 1958, foi o primeiro jogador a conseguir passe livre e acabou acertando com o Botafogo, onde seria bicampeão carioca em 1961 e 1962. Zagallo considera também uma outra grande conquista em seus 16 anos de carreira como jogador, o fato de nunca ter sido expulso.

Com as duas taças da Copa do Mundo

Na Copa de 1958, na Suécia, o Lobo não estava cotado para ser incluído na lista final dos 22 convocados. Os favoritos na posição eram Pepe, do Santos e Canhoteiro, do São Paulo, dois pontas tradicionais. Mas o estilo diferente de Zagallo, um ponta que atacava e defendia, caiu nas graças do técnico Vicente Feola. A característica de correr o campo todo lhe rendeu o apelido de "formiguinha". A conquista da Copa de 1958 colocou o Brasil no mapa do futebol mundial.

Na Copa de 1962, no Chile, o Brasil conquistaria o bicampeonato mundial com muitos jogadores da campanha de 1958, vários com mais de 30 anos de idade, inclusive Zagallo. Era um time experiente, que usou o fato para passar pelas adversidades do momento e conquistar a taça.

Zagallo encerrou a carreira de jogador em 1965 e, no ano seguinte, assumiu como treinador do Botafogo. Como treinador, conquistou vários títulos, como a Copa de 1970 (foi vice em 1998). Já como coordenador técnico, conquistou a Copa de 1994. Também teve passagem marcante pelo Oriente Médio, quando conseguiu levar os Emirados Árabes à sua única Copa do Mundo, em 1990.

Mario Jorge Lobo Zagallo é um personagem ímpar e sua história de conquistas sempre se cruza com a da Seleção Brasileira. Zagallo esteve presente em quatro das cinco Copas conquistadas pelo Brasil. Por isso, deve ser sempre lembrado por seus feitos ao longo dos anos. Aliás, ele já diria: 8+5 = 13!

"Vocês vão ter que me engolir!"

Zagallo, muito nervoso, desabafou logo em seguida à conquista da Copa América

No dia 29 de junho de 1997, o Brasil decidia o título da Copa América contra a Bolívia em La Paz, capital boliviana que fica a mais de 3.600 metros do nível do mar. Jogo difícil, pois os bolivianos jogavam com o apoio da torcida, contava com uma geração talentosa, com jogadores como Erwin 'Platini' Sanchez e Marco 'El Diablo' Etcheverry e sempre usaram o ar rarefeito da altitude como arma contra as outras seleções que lá jogavam. Mas este dia ficou marcado com uma declaração nervosa do técnico da Seleção Brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo.

O Brasil saiu na frente, com um gol de Edmundo, que substituiu Romário machucado, em posição de impedimento. Quando parecia que o Brasil iria para o intervalo em vantagem, Erwin Sanchez deu um chute despretensioso da intermediária e o goleiro Taffarel aceitou.

No segundo tempo, a partida ficou ainda mais nervosa. Ambas as equipes tiveram chances de marcar. Edmundo foi sacado do time por ter acertado um soco em um jogador boliviano. Como o árbitro não viu, o Velho Lobo o substituiu por Paulo Nunes. No momento em que normalmente os times visitantes "morrem por falta de ar" devido à altitude de La Paz, o Brasil surpreendeu. Ronaldo, aos 34, e Zé Roberto, aos 45, deram números finais. Brasil 3, Bolívia 1 e o escrete canarinho conquistou, pela primeira vez, uma Copa América fora de seus domínios.

Brasil conquistou o título da Copa América

Ao final da partida, os repórteres que estavam trabalhando no dia começaram a entrevistar os personagens do jogo. Na redes de televisão Globo e Bandeirantes, o entrevistado era o técnico Zagallo. Com uma cara de nervoso, parecendo até que o Brasil tinha perdido, ele faz um discurso de raiva solta no final: "vocês vão ter que me engolir". O desabafo era claramente para os cronistas esportivos paulistas, muito críticos ao trabalho do treinador frente à Seleção, entre eles o então comentarista da Bandeirantes, Juarez Soarez, o China.

Por incrível que pareça, a frase virou um bordão engraçado, dito por muitos. Inclusive virou grito de torcida. Em 1999, após deixar o cargo de técnico do escrete canarinho ao perder a final da Copa do Mundo de 1998 por 3 a 0 contra a França, Zagallo foi contratado para comandar a Portuguesa, primeiro clube paulista da carreira dele. Em alguns jogos, a torcida da Lusa soltava o seguinte grito: "a, e, i, vocês vão ter que me engolir", tirando gargalhadas de muitos, inclusive do Velho Lobo.

Abaixo, veja o vídeo do desabafo do treinador:


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