Geração de Bale consegue a proeza máxima - Gales está classificada para a Copa do Mundo

Por Lucas Paes
Foto: Reuters 

Vitória sobre a Ucrânia deu vaga para Gales

Depois de disputar duas Eurocopas em sequência, sendo semifinalista numa delas, a geração de Gareth Bale conseguiu o maior feito da Seleção do País de Gales de futebl em 64 anos de espera. Seis décadas de uma enorme espera que terminaram neste dia 5 de junho, com o gol contra de Yarmolenko que contou com uma contribuição crucial do antigo camisa 11 do Real Madrid para acontecer, a equipe galesa venceu em Cardiff pelo placar mínimo e garantiu a vaga para a disputa do mundial no Catar, em 2022.

A campanha galesa na disputa não foi ruim, mas era difícil disputar uma vaga contra a geração que é considerada a melhor de toda a história do futebol bega e por cinco pontos Gales acabou na complicadíssima repescagem europeia. A complicada disputa começou na fase final com uma vitória diante da Áustria, na semifinal da repescagem, que classificou os galeses para a disputa contra os ucranianos, que tiraram a Escócia vencendo dentro do Hampden Park. Na decisão, nada deu certo para o país devastado pela guerra com a Rússia, que tomou um gol contra de Yarmolenko no começo e acabou derrotado.

Bale é o grande símbolo de uma geração galesa que possuí muitos jogadores interessantes. Além de Gareth, que apesar de hoje já desconexo e longe da titularidade no Real Madrid, já foi um dos destaques em algumas conquistas europeias do maior clube do planeta, existem nomes como Ben Davies, do Tottenham, Neco Williams, do Liverpool, Daniel James, do Leeds, entre outros que jogam principalmente nas primeiras duas divisões da Inglaterra. O time é interessante e vinha mostrando isso sucessivamente. A classificação para o Catar foi quase um passo natural que já deveria ter acontecido em 2018.

Acima de tudo, uma geração que consegue um feito que nem Giggs, nem Rush e nem tantos outros nomes históricos conseguiram para os galeses, que é a classificação para a Copa do Mundo de futebol. A última e única disputa do país na maior competição de futebol do planeta foi em 1958, quando acabaram caindo diante do Brasil, fazendo um jogo digníssimo contra um dos maiores times da história. Desde então, um vácuo de 64 anos encerrado neste domingo.

Agora, Gales terá pela frente a velha rival Inglaterra, em um grupo cheio de jogos com alguma história, como o confronto interno das Ilhas Britânicas, o duelo entre os colonos ingleses e os colonizados Estados Unidos e, é claro, o já cercado de tensão duelo entre os norte-americanos e o Irã. Não é nem um pouco inimaginável para a geração de Bale chegar ao mata-mata, mas a classificação, independente do que acontecerá no final do ano, já serviu para a felicidade de todo um país. 

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As vagas da Europa para a Copa do Mundo 2022 - Como serão as decisões

Por Lucas Paes
Foto: Miguel Riopa/AFP 

Portugal é favorita contra a perigosa Macedônia

Após a eliminação bizarra e histórica da Itália diante da Macedônia do Norte, a Europa entra na fase decisiva da repescagem que decidirá os classificados do continente rumo a Copa do Mundo de 2022. Nesta terça, dia 29 de março, teremos as partidas decisivas das Eliminatórias Europeias. Algumas tem favoritismo e outras são mais abertas. O País de Gales ainda jogará, pois aguarda a situação do jogo entre Ucrânia e Escócia.

Polônia x Suécia: a equipe de Lewandowski chega ao confronto depois de eliminar a Rússia por WO, devido a todos os acontecimentos relacionado à guerra que ainda ocorre em território ucraniano e que envolve a Rússia. A Suécia sofreu e eliminou a República Checa jogando em casa. Nesse duelo, os poloneses jogam em casa, mas possuem uma missão complicada contra um time que possuí basicamente o mesmo nível de jogo, apesar de ter até valores melhores coletivamente, que é o caso da Suécia, que entra com certo favoritismo, apesar de ser visitante. 

A Polônia tem Lewandowski, Milik, Krychoviak e outros bons valores, porém curiosamente parece não conseguir apresentar um futebol digno dos bons nomes que possuí. O país do melhor jogador do mundo atualmente parece não conseguir municiar o incrível poder de fogo do atacante bávaro, que é capaz de ameaçar defesas de qualquer nível, mas para isso precisa que uma máquina azeitada consiga o alimentar. O Bayern consegue, mas a Polônia nem tanto, o que talvez explique o futebol pobre dos polacos.

Portugal x Macedônia do Norte: virou o marketing e a propaganda dessas repescagens europeias a enorme possibilidade de ocorrer um confronto entre Portugal e Itália numa das "finais". A dúvida que ocorria sobre o confronto não vinha da campeã europeia, a Itália, mas sim de Portugal, que tinha uma complicada Turquia como adversária. Bem, Portugal realmente sofreu. Marcou com Otávio e Jota, viu a Turquia diminuir e viu Yilmaz desperdiçar o pênalti do empate antes de conseguir o terceiro gol. Sofreu, mas se classificou para enfrentar a... É, não saiu como o planejado.

A Itália era favorita. Campeã europeia, dona de bom futebol, não deveria estar na repescagem. Bobeou e perdeu a liderança do grupo e a vaga direta. Enfrentava a heroica Macedônia do Norte, que havia jogado a Eurocopa e caído nos grupos ainda. Em Palermo, a Azzurra pressionou, pressionou, martelou, tentou, parou na defesa, no goleiro, na trave, onde fosse. Parou em Trajkovisk, que num chute incrível, não deu chance de defesa para Donnarumma e colocou os macedônios na decisão da vaga. Agora, fica a questão do que a zebra pode fazer no Estádio do Dragão.

País de Gales x Escócia ou Ucrânia: com um jogo que ainda não pode ser jogado devido à guerra, os galeses aguardam para descobrir quem será seu adversário por uma vaga no Catar. O time de Bale tenta de novo chegar à Copa do Mundo depois de jogar em outra Eurocopa (avançou até as oitavas). Mais uma vez, os britânicos contam com bons nomes somados ao seu craque, que se não consegue jogar no Real Madrid, voa na seleção. Resta agora saber se será um confronto da ilha, contra a Escócia ou um jogo curioso contra uma guerreira Ucrânia. Restará a definição da UEFA para sabermos.

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