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Há 31 anos, Roberto Dinamite se despedia do futebol com Zico vestindo a camisa do Vasco

Com informações do Lance!
Foto: arquivo

Zico, Bebeto e Roberto Dinamite

Em 24 de março 1993, Zico e Júnior, ídolos do Flamengo, vestiram a camisa do Gigante da Colina em jogo diante do Deportivo La Coruña, no Maracanã, no Rio de Janeiro que marcou a despedida de Roberto Dinamite do Futebol.

Dinamite se despediu dos gramados em jogo festivo no Maracanã. Cerca de 30 mil torcedores foram ao Estádio Jornalista Mário Filho para prestigiar o ídolo do Vasco da Gama. O duelo teve a presença ilustre de rivais cariocas, como Zico e Júnior, do Flamengo.

A equipe do Cruz-maltina estava recheada de craques e, mesmo aqueles que atuavam por arquirrivais, como foi o caso dos rubro-negros, todos vestiram a camisa do Gigante da Colina. O Vasco, na ocasião, era o então campeão carioca, fato que se repetiria no ano do amistoso e no seguinte.


Tal ato mostra o tamanho de Roberto Dinamite, tanto dentro quanto fora das quatro linhas. Nem a derrota para o Deportivo La Coruña, que tinha Bebeto e Mauro Silva e vivia grande fase na Europa, por 2 a 0, estragou a festa. Roberto Dinamite faleceu em 7 de janeiro de 2023.

A passagem de Diego Tristán pelo Deportivo La Coruña

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Diego Tristán marcou época no Deportivo La Coruña

Diego Tristán Herrera foi um bom atacante espanhol, tendo passagens por alguns clubes medianos do futebol nacional e conquistando títulos importantes pelo Deportivo La Coruña. O time de maior destaque dele, onde ficou durante seis temporadas e chamou a atenção pelo seu faro de gol.

O jogador nasceu em La Algaba, Província de Sevilha, na Espanha, no dia 5 de janeiro de 1976, e começou a sua carreira atuando pelo Real Betis B, para ganhar mais experiência, em 1995. 

Depois de três anos atuando pelo time b, o jogador foi para o Mallorca B, em 1998, e ficou apenas uma temporada atuando pelo time, pois conseguiu se destacar e mostrar a sua evolução esportiva. Diego subiu para a equipe principal em 1999, o que seria a sua primeira grande oportunidade.

O atacante conseguiu se adaptar muito rápido ao time principal, tornando-se uma peça fundamental no ataque, sendo o grande protagonista ofensivo de seu time. Durante a temporada fez gols importantes pelo clube, mostrando todo seu amadurecimento e seu potencial.

Depois da boa temporada, onde atuou em 35 jogos e marcou 18 gols, o jogador chamou a atenção de outros clubes, recebendo algumas propostas. Em 2000 foi contratado pelo Deportivo La Coruña, uma boa oportunidade, já que a equipe vivia um ótimo momento. 

No começo da temporada acabou ficando no banco de reservas, até ganhar mais entrosamento com os companheiros, mas entrava em todas as partidas. O jogador ajudou na conquista da Supercopa da Espanha, que ocorre bem no início do segundo semestre.

O jogador conseguiu se tornar titular depois de alguns jogos e foi muito importante para o clube. Diego terminou a temporada de 2000-01 como o artilheiro da La Liga com 21 gols, uma marca muito importante para o atacante em seu primeiro ano pelo clube.

Com a rápida identificação com o clube, os torcedores começaram a ter um grande apreço pelo atleta, que demonstra muita raça e amor dentro de campo. Era um atacante brigador, que não desistiu nunca das jogadas e que precisava de poucas chances para marcar. 

Acabou passando a sua segunda temporada em branco, sem ganhar nenhum título. Porém em 2001-02, o clube voltou a conquistar troféu, vencendo a Copa do Rei, com o atacante sendo importantíssimo no comando de ataque. 


Neste ano, o jogador começou a ser convocado para a Seleção Espanhola, onde ficou sendo chamado ate 2003. Diego jogou 15 vezes pelo seu país e marcou quatro gols. 

Na temporada 2002-03, a equipe jogou novamente a Supercopa da Espanha, e conseguiu conquistar mais uma vez a competição. Porém, após esse título, a equipe passou momentos ruins, ficou alguns anos sem conquistar nada, tanto que foi o último título do atacante pelo clube.

O atacante permaneceu no clube até 2006, fazendo 177 jogos e marcando 87 gols, entrando para a história do clube. Diego foi contratado pelo Mallorca, onde havia atuado antes do Deportivo La Coruña.

Donato e seus 10 anos no Deportivo La Coruña

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Donato jogou pelo Deportivo La Coruña durante 10 anos

Donato Gama da Silva foi um bom jogador, sendo polivalente, conseguindo fazer diversas funções dentro de campo, mas atuava mais como primeiro volante, sendo importante na marcação. O atleta atuou no Brasil alguns anos e viveu muito tempo na Espanha, onde se naturalizou espanhol e jogou pela seleção europeia.

O jogador nasceu no Rio de Janeiro, no dia 30 de dezembro de 1962, e começou no profissional aos 20 anos de idade, quando estreou pelo America, do Rio de Janeiro. O volante fez sucesso rapidamente na equipe, chamando a atenção de grandes times do estado.

Em 1984 foi contratado pelo Vasco da Gama, onde teria mais visibilidade, sendo uma grande oportunidade para Donato. No Gigante da Colina fez parte de um time vitorioso, sendo muito importante no meio-campo e ajudando o clube a conquistar o bicampeonato carioca. 

Depois das boas conquistas pelo Vasco, o jogador foi procurado por times europeus, e acabou aceitando a proposta do Atlético de Madrid, indo atuar no futebol espanhol. 

Donato conseguiu se adaptar muito bem ao jogo de seu time, e ganhou a vaga de titular absoluto, sendo uma peça fundamental para seu time. Era um grande volante, que se adaptava muito bem a zaga, então era muito importante para o esquema tático. 

O jogador ficou cinco temporadas no clube, conquistando dois títulos da Copa do Rei. Em 1993 foi contratado pelo Deportivo La Coruña, onde já tinha brasileiros importantes no elenco como Bebeto e Mauro Silva. 

Logo em sua primeira temporada, o jogador foi importante no meio-campo e ajudou a equipe a chegar ao vice-campeonato da La Liga, a melhor colocação da história do time na competição até aquele momento, fazendo uma campanha histórica e chamando a atenção de todos.

No ano seguinte, depois de seis anos no país, acabou se naturalizando espanhol, começando a atuar pela seleção europeia. Na temporada 1994-95, ajudou o clube a conquistar a Copa do Rei, fazendo a equipe atuar na Supercopa da Espanha no ano seguinte. 

A equipe conseguiu vencer a Supercopa da Espanha, outro título importante para o time. O jogador foi muito importante, pois chegou atuar como zagueiro, lateral, volante e meia, praticamente em quase todas as opções do esquema tática. 

Depois de alguns anos sem títulos pelo clube, a equipe conseguiu fazer história na temporada de 1999-2000, quando o time fez uma campanha incrível e conquistou a La Liga, primeiro título da história do clube. 


A conquista foi muito comemorada por todos os torcedores, e em 2000 a equipe ainda ganhou a Supercopa da Espanha. Foi um momento muito importante para o clube, pois em 2001-02 o time voltou a ganhar a Copa do Rei e na sequência a Supercopa novamente.

Além dos títulos, em 2002, Donato marcou um gol aos 40 anos, sendo o jogador mais velho a marcar na La Liga. Em 2003, depois de 10 anos no clube, o jogador encerrou a sua carreira como um dos maiores ídolos da história do clube.

A passagem de Raudinei pelo Deportivo La Coruña

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Raudinei teve uma boa passagem pelo La Coruña

Raudinei Anversa Freire, ex-atacante conhecido apenas como Raudinei, está celebrando o seu 58º aniversário nesta terça-feira, dia 18 de julho de 2023. No decorrer de sua carreira, o atleta defendeu as cores do Deportivo La Coruña no fim dos Anos 80 e começo Anos 90.

Esta trajetória do avançado pelos Blanquiazules aconteceu entre 1988 e 1990, depois de ser revelado no Juventus, onde atuou profissionalmente entre 85 e 87 e defender também Porto por um ano. Chegou ao clube espanhol, que se encontrava na segunda divisão do cenário nacional, após se destacar com a camisa Dragões, ajudando a agremiação portuguesa a conquistar a Copa e a Liga de Portugal.

Segundo o site ogol.com, o atleta sul-brasileiro disputou 68 partidas com a camisa dos Herculinos. Nas duas temporada que defendeu o time de Coruña, balançou as redes adversárias em 17 ocasiões. Na sequência de sua carreira, Raudinei ainda veio a defender clubes vários clubes tradicionais até 1999, ano no qual encerrou sua trajetória futebolística.


O seu momento de mais destaque foi em 1994, quando se tornou ídolo do torcedor do Bahia ao ajudar o Tricolor de Aço a ser bicampeão baiano, com um gol nos acréscimos contra o Vitória, no jogo que é considerado por muitos o "maior Ba-Vi da história".

A passagem de Flávio Conceição pelo Deportivo La Coruña

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Flávio Conceição teve uma boa trajetória no La Coruña

Flávio da Conceição, ex-jogador paulista conhecido apenas como Flávio Conceição, está celebrando o seu 49º aniversário nesta segunda-feira, dia 12 de junho de 2023. No decorrer de sua carreira, o atleta defendeu as cores do Deportivo La Coruña no fim dos Anos 90 e começo do atual milênio.

Esta trajetória do meio campista pelos Blanquiazules aconteceu entre 1997 e 2000, depois de ser revelado no Rio Branco de Americana e passar também pelo Palmeiras. Chegou ao clube de Coruña após disputar as Olimpíadas de Atlanta de 96, onde foi medalha de bronze.

Segundo o site ogol.com, o atleta sul-americano disputou 108 partidas com a camisa dos Herculinos. Balançou as redes adversárias em 10 ocasiões, apesar de não ter essa característica de marcar gols, mas bater bem na bola. Sua despedida pelo Deportivo foi com o título de campeão espanhol, o único da história do clube.


Na sequência de sua carreira, Flávio Conceição ainda veio a defender clubes como Real Madrid, Borussia Dortmund e Galatasaray. Encerrou a sua carreira em 2006, depois de jogar no Panathinaikos após uma temporada.

O atacante Pauleta e sua passagem pelo Deportivo La Coruña

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Pauleta durante a passagem pelo Deportivo La Coruña

Um dos maiores goleadores da história da Seleção Portuguesa completa 50 anos hoje. Pedro Miguel Carreiro Resendes, mais conhecido como Pauleta, nasceu em Ponta Delgada, no dia 28 de abril de 1973, e foi um dos grandes atacantes de Portugal. Ele jogou no Deportivo La Coruña entre 1998 e 2000.

O atacante começou sua carreira em uma equipe de sua cidade, o Santa Clara, onde conseguiu subir para o profissional e começar a fazer sucesso no país. Após uma temporada na equipe, suas atuações chamaram a atenção, e ele foi negociado com o Estoril Praia.

Pela pequena equipe do futebol português, Pauleta conseguiu manter um alto desempenho, fazendo muitos gols, o atacante tinha muita frieza e bom posicionamento. Além de todo sua técnica, era um cara com muita raça e se entregava muito dentro de campo.

Após uma temporada na equipe, o jogador foi procurado pelo Salamanca, da Espanha, um time de menor expressão, mas que poderia dar uma maior visibilidade para ele. Pauleta aceitou a proposta e foi atuar na equipe espanhola, tentando alavancar mais ainda a sua carreira.

O jogador ficou dois anos no time, fazendo grandes atuações e mostrando que se adaptou facilmente ao estilo de jogo do futebol espanhol. Pauleta foi um dos destaques do campeonato nacional, e com isso começou a ser convocado para a Seleção de Portugal.

Depois das duas temporadas no Salamanca, Pauleta foi contratado pelo Deportivo La Coruña, uma equipe que vivia um grande momento no país. O atacante caiu como uma luva no time, e chegou para ser a grande estrela no ataque.

Rapidamente se tornou titular da equipe, mostrando não ser mais uma promessa e, sim, uma realidade. Logo em sua primeira temporada na equipe, ele já levantou dois títulos, o Troféu Ramón de Carranza e o Troféu Teresa Herrera, dois campeonatos menores, mas importantes.


Já na temporada seguinte, veio um grande título. Após um ano muito bom, com todos atuando em alto nível, inclusive Pauleta, o artilheiro do time, o cara que todos confiavam que faria a diferença em jogos importantes. O La Coruña fez um excelente e regular Campeonato Espanhol, desbancando os gigantes do país e se tornando campeão.

Foi um dos títulos de mais expressão do clube, com uma grande campanha e um time que entrou para a história do clube. Em 2000, os títulos não pararam, a equipe foi campeã da Supercopa da Espanha e Troféu Teresa Herrera. Após as grandes temporadas vencedoras e em alto nível, o atacante recebeu uma proposta do Bordeaux, da França, e resolveu aceitar. Pauleta deixou o La Coruña com cinco títulos, 79 jogos e 22 gols.

Na temporada 1999/2000, Deportivo La Coruña desbancava os grandes e conquistava a La Liga

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

O time campeão espanhol

Há 23 anos, o norte da Espanha estava em festa, após a primeira e única conquista do Deportivo La Coruña, clube que completa neste 2 de março de 2023 116 anos de fundação. A equipe que estava em um processo de crescimento do futebol espanhol, conseguiu desbravar os grandes times do futebol nacional, e conquistou a La Liga de 1999-00.

A equipe estava em um processo de reconstrução, onde estava montando elencos para brigar por coisas maiores. A equipe teve um momento em 1994, quando conquistou a Copa do Rei, mas isso era pouco para os diretores do clube e, por isso, foram estruturando um belíssimo projeto.

O Deportivo sabia que não conseguiria brigar abertamente com os grandes clube, e precisaria de uma estruturação e um projeto para tentar igualar os grandes times. Com algumas contratações e escolhas acertadas, o time começou a gerar alguns frutos no final do século passado.

Desde 1999, a equipe já vinha de um bom momento, e isso só ajudou na construção daquela geração vencedora. Ganhar pontos corridos é muito mais difícil para uma equipe de menor expressão, pois precisa de muito equilíbrio e estruturação no seu sistema dentro e fora de campo.

O time conseguiu montar um time vibrante e com bons jogadores tecnicamente, o que gerou muita liga dentro de campo. O jogadores davam a vida pela vitória, com uma garra surreal, e quando tinha a posse de bola sabiam o que fazer, mostrando que era muito bem treinado.

O time espanhol contava com quatro jogadores brasileiros, o Djalminha, Mauro Silva, Donato (que acabou se naturalizando espanhol) e Flávio Conceição. Todos tinham muita qualidade e fizeram com que o Deportivo tivesse um nível superior naquela temporada.

A La Liga sempre tem seus favoritos no início, que são o Real Madrid e o Barcelona, mas a cada temperando surgem times que tentam bater de frente, e o Deportivo montou um projeto para isso. A equipe conseguiu não só bater de frente, como superá-los na competição.


O time fez uma competição impecável, se tornando campeão com 5 pontos à frente do Barcelona, que foi o segundo colocado. O Depor venceu 21 vezes, empatou 6 e perdeu 11 durante a competição, conseguindo atingir 69 pontos.

No dia 19 de maio, foi quando ocorreu a partida que concretizou a vitória. O jogo era contra o Espanyol, em casa, que estava na parte de baixo da tabela, e a equipe conseguiu fazer mais um jogo sólido, garantindo a vitória por 2 a 0 e o título do Campeonato Espanhol.

A escalação do Deportivo em 1999/2000 entrou para a história e as memórias dos torcedores. Songo'o; Manuel Pablo, Naybet, Donato, Romero; Mauro Silva, Flávio Conceição; Víctor, Djalminha, Fran; Roy Makaay foram os onze titulares durante a competição.

A passagem de Luizão pelo Deportivo La Coruña

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Luizão em sua apresentação no La Coruña

Completando 46 anos neste dia 14 de novembro, o ex-atacante Luisão era dentro de campo mais um entre os grandes camisas 9 que o Brasil formou nos anos 1990. Praticamente imparável dentro da área, ele fez parte da Seleção Brasileira que ganhou a Copa do Mundo de 2002  passou por diversos grandes clubes do Brasil, tendo dias marcantes no São Paulo, Guarani e principalmente no Corinthians. Em 1997, ele foi contratado pelo Deportivo La Coruña.

Chegou a Espanha depois da ótima passagem que teve pelo Palmeiras, entre 1995 e 1997. Na época, o clube espanhol pagou seis milhões de dólares pelo futebol do atacante, que chegou a Galícia no meio do ano de 1997 trazendo grandes esperanças aos torcedor do na época forte time azul e branco, que já havia contado com brasileiros durante a década. 

Porém, nunca conseguiu se firmar nos Blanquiazules. Até marcou alguns gols, sendo o primeiro diante do Barcelona em pleno Camp Nou e outro diante do Celta que acabou inclusive valendo um ponto para a equipe, já que garantiu o empate, porém não conseguiu se firmar e acabou negociado rapidamente com o Vasco da Gama, onde teria grande passagem ao longo dos dois anos seguintes.

Terminou sua passagem pelo Deportivo com apenas quatro gols em 15 jogos com a camisa dos Herculinos. Acabou se tornando uma grande decepção na Espanha, sendo um dos grandes "flops" da história do clube Galício. Só voltaria a atuar no futebol europeu quando jogou pelo Hertha em 2002, onde apesar dos números baixos há quem considere que fez uma boa passagem. 


Luizão permaneceu em atividade no futebol até 2009, quando encerrou a carreira atuando pelo Americana. Trabalha hoje com diversos empreendimentos. Curiosamente, seu filho Rocco Luiz atua pelas categorias de base do mesmo Guarani que um dia formou seu pai como jogador de futebol.

A passagem de Rivaldo pelo Deportivo La Coruña

Por Kauan Sousa
Foto: Arquivo

Rivaldo ficou apenas uma temporada no Deportivo La Coruña

O pentacampeão do mundo pela Seleção Brasileira Rivaldo completa 49 anos de idade neste dia 19 de Abril de 2021. O melhor jogador do Mundo em 1999, jogando pelo Barcelona, onde foi ídolo, também defendeu o Corinthians, Palmeiras, além do Deportivo La Coruña, entre 1996 e 1997.

Rivaldo foi um meio-campista com ótima visão de jogo, jogava com classe, além de ser um goleador e especialistas em fazer golaços. Nascido no estado de Pernambuco, Rivaldo começou sua carreira no Santa Cruz, com 12 anos nas categorias de base, já se destacando. Estreou como profissional em 1990 em uma derrota do Santa Cruz para o América, por 1 a 0.

Em 1992 participou da Copa São Paulo de futebol, se destacou e despertou o interesse do Mogi Mirim. Em 1993 foi emprestado ao Corinthians e com uma ótima atuação no Campeonato Brasileiro conquistou a bola de Prata da Revista Placar, naquele Brasileirão o meio campista marcou 11 gols. No fim do empréstimo o Corinthians não comprou o jogador, que foi vendido ao Palmeiras.

No Palmeiras foi decisivo na conquista do Campeonato Brasileiro com dois gols no primeiro jogo da final, vencida pelo Palmeiras por 3 a 1 e um gol no jogo de volta no empate entre 1 a 1. Na ocasião, Rivaldo marcou 14 gols no campeonato. Também no Palmeiras, em 1996 conquistou o Campeonato Paulista.

Após o título paulista em 1996 disputou as Olimpíadas já como jogador do Deportivo La Coruña. Chegou no time espanhol com a missão de substituir o brasileiro Bebeto. Após o sucesso no Brasil, Rivaldo chegou e brilhou no futebol espanhol. Em sua primeira temporada foi destaque do time que ficou na terceira colocação do Campeonato Espanhol, o Brasileiro marcou 21 gols em 41 jogos pelo Deportivo.

Com destaque em sua primeira temporada na Espanha, despertou o interesse do Barcelona e saiu “às escondidas” do Lá Coruña. Após marcar uma reunião de despedida para tentar amenizar as críticas, Rivaldo voltou atrás e pegou um voo para Barcelona de Madrugada. Sem se despedir dos companheiros de equipe, deixou o clube com os torcedores implorando para que ele ficasse com a frase “Não vá embora, você vai se arrepender como o Bebeto”.


No Barcelona continuou em alto nível e se destacando, até que em 1999 conquistou o prêmio de melhor jogador do mundo, no ano em que foi campeão espanhol, no centenário do time catalão. Em 2002 foi um dos principais jogadores na conquista do penta da seleção brasileira na Copa do Mundo. O camisa 10 fez uma dupla de sucesso com Ronaldo e recebeu o prêmio de quinto melhor jogador do Mundo.

Após a Copa do Mundo seu rendimento não foi mais o mesmo no Milan. Após passagem pelo time italiano ainda defendeu o Cruzeiro, São Paulo, São Caetano e alguns clubes da Grécia. Jogou também no Ubesquistão e Angola. Encerrou sua carreira no Mogi Mirim em 2015.

O volante Emerson e a carreira na Europa

Por Kauan Sousa
Foto: Arquivo

Emerson em sua passagem pelo Porto. Sucesso no futebol europeu e pouco conhecido no Brasil

Neste dia 12 de abril, o ex-jogador Emerson Moisés Costa completa 49 anos de idade. O então volante que começou no Flamengo, fez praticamente toda a sua carreira na Europa, com destaques nas passagens por Porto, Middlesbrough, Deportivo La Coruña e Atlético de Madrid.

Revelado no Flamengo em 1990, Emerson passou pelo Coritiba antes de se transferir para a Europa. Em 1992 foi jogar no Belenenses de Portugal. Em seu primeiro clube na Europa participou de três temporadas com 90 jogos e dois gols. Em 1994 se transferiu para o Porto.

No Porto, Emerson Moisés teve uma passagem de sucesso, ganhando o apelido de “O Furacão de Portugal”. No time conquistou o campeonato português da temporada de 1994/95 e 1995/96, além da Supertaça Cândido de Oliveira de 1994/95. Defendendo os dragões azuis, o ex-jogador fez 89 jogos e 11 gols.

Depois de jogar no Porto, Emerson foi para a Inglaterra para defender o Middlesbrough FC. No clube Inglês foram 65 partidas e 11 gols, entre essas partidas uma memorável foi pela semifinal da FA Cup, onde ele marcou um golaço de fora da área contra o Chesterfield.

Em 1998 foi para a Espanha, passou por Tenerife, Deportivo La Coruña e Atlético de Madrid. No Deportivo La Coruña conquistou a Supercopa da Espanha em 2000 e a Copa do Rei em 2002. No clube foram 62 jogos. No Atlético de Madrid ficou uma temporada, fez 29 jogos e dois gols.


Emerson foi o primeiro brasileiro a defender o Rangers da Escócia em 2003. Após a passagem pelo time escocês voltou ao Brasil, defendeu o Vasco. Após a defender o clube brasileiro, voltou para Europa, jogou na Grécia, onde passou pelo Skoda Xanthi e AEK, Chipre, defendendo o Apoel, e em 2008 encerrou sua carreira no Madureira.

A passagem de Cesar Sampaio pelo Deportivo La Coruña

Por Ricardo Pilotto
Foto: divulgação Deportivo La Coruña

César Sampaio não ficou muito tempo no Deportivo La Coruña

Neste dia 31 de março de 2021, Carlos Cesar Sampaio Campos está completando 53 anos de idade. Além de jogar nos quatro grandes clubes do estado de São Paulo, o atleta também teve passagem pelo futebol espanhol, defendendo as cores do Deportivo La Coruña.

Após ser revelado no Santos, passar por Palmeiras - fazendo parte do elenco campeão da Libertadores de 1999 - e também jogar no futebol japonês, Cesar Sampaio chegava a Espanha para vestir a camisa do La Coruña na temporada 2000-2001. O clube o contratou com o objetivo de reforçar o seu elenco, já que na temporada anterior, os Herculinos haviam se classificado pela primeira vez para uma edição Liga dos Campeões da Europa.

Junto com Cesar Sampaio, o clube também adquiriu outras aquisições de Capdevila, Emerson, Molina, Duscher, Pandiani, Valerón e Tristán. Mas mesmo com a chegada de tantos reforços, o jogador brasileiro preencheu o espaço ocupado por Flávio Conceição, que acabou sendo vendido para o Real Madrid.

O volante foi entrando aos poucos dentro do time. Estreou com a camisa do La Coruña em uma partida contra o Panathinaikos pela UEFA Champions League. Nesta oportunidade, Cesar começou no banco de reservas e entrou durante a partida. Em uma vitória por 3 a 0 diante do Racing de Santander pelo campeonato espanhol, o cabeça de área entrou no lugar de Emerson. Nas 7 partidas seguintes, o atleta atuaria em jogos contra Real Madrid e Barcelona. A primeira vez que Cesar Sampaio jogaria uma partida inteira, foi em um empate em 0 a 0 com a Juventus.

Com o passar do tempo, o volante brasileiro conquistou a posição dentro do time e começou a jogar ao lado de Emerson ou de Mauro Silva, que revezavam bastante na titularidade. Até o final do ano de 2000, Cesar Sampaio jogaria metade do jogo diante do Hamburgo pela Liga dos Campeões, duas partidas do campeonato espanhol e uma pela Copa do Rey. O motivo da redução de partidas jogadas, foi por conta de uma lesão que o brasileiro teve no Tendão de Aquiles.


Já no início de 2001, a lesão se agravou ainda mais e Cesar teve que passar por uma cirurgia no mês de abril. Apesar do bom início em sua caminhada no futebol internacional, o final de sua passagem pelo Deportivo La Coruña foi melancólico. Depois do procedimento cirúrgico, o volante não voltaria a jogar pelo clube espanhol. Por não ter as mesmas condições de atuar da mesma maneira que conseguia antes da grave contusão, no mês de outubro, Cesar Sampaio e o clube chegaram a um acordo, e o atleta brasileiro rescindiu o seu contrato de forma amigável.

Antes de sua aposentadoria, além de jogar no Japão e na Indonésia, Cesar Sampaio ainda jogaria por outros dois grandes clube do estado de São Paulo. Assim que saiu da Espanha, o atleta foi para o Corinthians, e o São Paulo foi o último clube brasileiro defendido pelo volante.

A passagem de Carlos Alberto Silva pelo La Coruña

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Carlos Alberto Silva treinou o La Coruña em 1997

Carlos Alberto Silva foi um dos grandes treinadores que o Brasil já formou. Ídolo da torcida do Guarani, onde comandou a equipe campeã do Brasileirão de 1978, conquistou estaduais por São Paulo, Atlético Mineiro e Santa Cruz e fez grande sucesso treinando o Porto, onde também deixou seu nome marcado na história do clube com dois títulos portugueses. Outra passagem do brasuca pela Europa se deu em 1997, quando chegou ao Deportivo La Coruña.

Tradicionais, os Branquiazuis conquistaram um dos últimos títulos de La Liga que não ficou com o "Trio de Ferro" envolvendo Barça, Real Madrid e Atlético. É justamente sobre essa equipe que Carlos Alberto Silva tem certa importância, já que ajudou a moldar alguns dos pilares que conquistariam, sobre o comando de Javier Irueta, o título nacional.


Ele chega a Galícia em fevereiro de 1997, inicialmente com contrato até junho daquele ano, que marcava o fim da temporada européia. Nos primeiros meses, faz um trabalho bastante consistente, mantendo o Súper Dépor nas primeiras colocações, ajuda a equipe a conquistar uma ótima terceira colocação na Liga de 1996/1997.

Seu talento para observação rendeu frutos na Espanha, quando ajudou a desenvolver o talento de Rivaldo, que acabou deixando o Riazor ao fim da temporada 1996/1997. Acima de tudo, a grande contribuição de Carlos Alberto talvez tenha sido trazer aquele que provavelmente é o maior ídolo da história do Deportivo, quando chegou ao clube o brasileiro Djalminha, ao fim daquele biênio de 1996/1997. Na época, além dele, estavam lá nomes como Flávio Conceição, Luizão e Mauro Silva. Deles, apenas Luizão não foi peça chave no histórico título espanhol em 2000.


Acabou deixando o clube ainda em 1997, por volta de Outubro. Rapidamente acabou contratado pela Portuguesa de Desportos, para a disputa da fase final do Brasileirão de 1997. Apesar de não conquistar títulos pelos Herculinos, ficou a marca histórica de trazer Djalminha e lapidar talentos que seriam essenciais nos períodos mais gloriosos do clube.

O Botafogo e La Coruña: o dia em que o Alvinegro deixou de ser preto e branco

Por Diely Espíndola
Foto: Santiago Lyon / AP Photo

O Botafogo, com a camisa do Deportivo La Coruña, encarando a Juventus

O Botafogo tem um passado cheio de glórias, com algumas décadas que se destacam por terem sido marcadas por elencos incríveis e títulos históricos para a torcida do Glorioso. Uma dessas décadas foi a de 90, lembrada principalmente pelo título brasileiro em 1995. Mas a trajetória alvinegra naqueles tempos foi muito além das histórias mais conhecidas pelo público. 

Em 1996, o Botafogo estava sob todos os holofotes do futebol após vencer o Campeonato Brasileiro. Assim sendo, foi convidado para disputar diversas taças amistosas pelo mundo, as quais venceu todas. Após passar por países como Japão e Rússia, o Alvinegro desembarcava na Espanha para disputar a Taça Teresa Herrera. No entanto, o desenrolar da competição não saiu como o esperado, e as circunstâncias da disputa acabaram sendo tão marcantes quanto a conquista dela própria. 

Antes sequer da primeira partida, o Botafogo já se deparava com alguns imprevistos. A cota por partida para o Alvinegro era de R$50 mil valor cinco vezes menor que o valor pago à Juventus, por exemplo. Além disso, o clube ficou hospedado num hotel três estrelas, enquanto todas as outras delegações tiveram direito a se hospedar no hotel mais caro da região onde o torneio foi disputado.

Mas estes contratempos seriam pequenos diante do que ainda estaria por vir para o Botafogo: a impossibilidade de ser campeão carregando a Estrela Solitária no peito. 

Na primeira partida, o Botafogo eliminaria o anfitrião da competição, o La Coruña, vencendo por 2 a 1. O adversário do Glorioso na final seria então a Juventus, que passou pelo Ajax com a volumosa vitória por 6 a 0. Seria o duelo alvinegro na final, e foi justamente essa uma das causas da situação inusitada que chegaria para o Botafogo. 


Antes da partida, a Juventus solicitou ao Botafogo que o número de substituições permitidas no jogo pudesse passar de três para cinco. O Botafogo não aceitou a proposta, o que gerou um desentendimento entre as duas equipes. Enquanto isso, a Juventus tinha um direito garantido por ser o clube mais antigo entre os dois: o de escolher o uniforme a ser usado na partida. A Vecchia Signora escolheu seu uniforme principal, preto e branco. Como por regulamento os times não podem usar uniformes iguais, ou que sejam difíceis de distinguir, a Juventus acabou deixando ao Botafogo a única opção de usar seu uniforme secundário. E aqui começou a confusão. 

Há algumas versões diferentes sobre o porquê de o Botafogo não ter usado o tal uniforme. Alguns dizem que a delegação não levou uniformes além do principal. Outros dizem que o árbitro teria implicado com o fato das mangas serem listradas, e que apesar da camisa preta, seriam parecidas demais com a do oponente. 

Independente do motivo, fato é que o Botafogo não pode entrar em campo com seus uniformes para disputar a grande final. E voltar para casa não era uma opção para o aguerrido Alvinegro carioca. 

A salvação viria pelas mãos do La Coruña. O time galego emprestaria ao Botafogo seu uniforme principal, azul e branco, para que o Glorioso pudesse disputar a final sem mais delongas. E foi assim, que mesmo diante de imprevistos, de dificuldades, o Botafogo soube fazer frente à Juventus e se agigantou em campo.

Vídeo do Brisa Esportiva

A Juventus começou abrindo o placar, mas não demorou até que tomasse o empate. E assim foi até o fim da partida: o time italiano marcava, e o Botafogo igualava o placar. Até que já no fim da partida, com o Botafogo perdendo por 4 a 3, e ninguém mais esperando outro campeão além da Juventus, Túlio sofre pênalti, e ele mesmo cobra e mais uma vez deixa tudo igual entre os alvinegros. 

A partida foi para os pênaltis, e após grande atuação de Wagner, que pegou três pênaltis dos italianos, o Botafogo se sagrou o campeão da Taça Teresa Herrera. A Juventus não marcou sequer um gol na disputa dos pênaltis. 

E assim, sem pompa, sem favoritismo, o Botafogo mais uma vez dava uma aula de superação, garra, e mesmo sem vestir a pesada camisa Gloriosa, levava para casa uma das Taças mais emocionantes de sua história.

As grandes façanhas de Carlos Alberto Silva


Um treinador reconhecido em todo mundo nos deixou no dia 20 de janeiro de 2017. Carlos Alberto Silva conquistou diversos títulos por onde passou, sendo que alguns foram verdadeiras façanhas, sendo algumas inéditas e dificilmente serão repetidas.

Algumas conquistas na carreira do treinador foram até 'comuns', como os Paulistas de 1980 e 1989, pelo São Paulo, o Mineiro de 1982, pelo Atlético Mineiro, e o Pernambucano de 1983, pelo Santa Cruz, e o Japonês de 1991, pelo Verdy Yomiuri Kawasaki. Com isso, O Curioso do Futebol separou alguns momentos interessantes na carreira do técnico.

GUARANI


É considerado o maior treinador da história do clube, até porque comandou a equipe no título mais importante do Bugre: o Campeonato Brasileiro de 1978. Revelando nomes como Careca, Zenon e Renato, o Alviverde de Campinas é até hoje o único time do interior a conquistar o Brasileirão, quando bateu o Palmeiras na final. Esta é, provavelmente, a maior façanha clubística do futebol tupiniquim. Porém, a história de Carlos Alberto Silva no Guarani não pára neste título, já que também dirigiu o time em 1994, quando o Bugre fez grande papel no Nacional, chegando à semifinal (quando tinha, até ali, a melhor campanha) e montando uma dupla sensacional que fez muito sucesso no futebol: Amoroso e Luizão.


SELEÇÃO BRASILEIRA


Após bons trabalhos nos anos 80, Carlos Alberto Silva foi convidado por Octávio Pinto Guimarães, presidente da CBF na época, a assumir a Seleção Brasileira depois da Copa de 1986. No 'Escrete Canarinho', o treinador iniciou um processo de renovação, que teve alguns percalços, como a goleada sofrida para o Chile que culminou com a eliminação precoce na Copa América de 1987. Porém, depois teve bons resultados, como a conquista da medalha de ouro no Pan de 1987 (a última do futebol masculino brasileiro) e a prata nas Olimpíadas de Seul, em 1988, com um time que jogava um belo futebol. Carlos Alberto Silva foi o treinador que levou pela primeira vez para a Seleção nomes como Romário, Bebeto, Ricardo Rocha, Taffarel, Jorginho e Aldair, jogadores que conquistariam a Copa do Mundo em 1994. Saiu da Seleção na troca da presidência da CBF: Ricardo Teixeira assumiu o comando da entidade, em 1989, e resolveu contratar Sebastião Lazaronni como treinador.


FC PORTO


"Técnico brasileiro não se dá bem na Europa!". Esta frase feita, repetida por muitos foi quebrada por Carlos Alberto Silva. Tudo bem, foi em Portugal e no FC Porto, equipe que dominava o futebol lusitano na época, mas o treinador, nos dois anos em que esteve por lá, continuou a hegemonia: conquistou o bi-campeonato Português (1992 e 1993), além da Supertaça de Portugal de 1992. Este bom trabalho em terras portuguesas foi um 'cartão de visitas' para a sua segunda experiência europeia.


DEPORTIVO LA CORUÑA


Aqui, a frase "técnico brasileiro não se dá bem na Europa!" é mais uma vez quebrada. Tudo bem que ele não conseguiu conquistar um título em sua passagem pela Espanha (até porque o Deportivo era conhecido como o time do quase naquele momento), mas Carlos Alberto Silva ficou à frente da equipe de La Coruña por duas temporadas: 1996/1997 e 1997/1998. O treinador levou alguns brasileiros que já tinham passado pelo seu comando, como Rivaldo, Flávio Conceição, Luizão e Djalminha, e se não conquistou canecos, fez um trabalho consistente, se mantendo por duas temporadas e iniciando a base do Deportivo que ganharia, finalmente, o Campeonato Espanhol na temporada 1999/2000, tendo em Djalminha, o jogador que ele levou, como o grande craque.

O Fogão com a 'pele' do La Coruña

Botafogo teve que usar o uniforme do time da cidade

Na década de 90, era muito comum as melhores equipes brasileiras serem convidadas para disputar torneios de pré-temporada pelo exterior, principalmente na Europa. E com o Botafogo, campeão brasileiro de 1995, não foi diferente. O clube da Estrela Solitária foi chamado para diversas competições.

O Botafogo iniciou o ano de 1996 bem, conquistando a Taça Cidade Maravilhosa, onde disputaram os oito times da primeira divisão estadual da época sediados na capital fluminense. Porém, a continuação para a equipe não foi muito boa. Depois de um início claudicante na Taça Libertadores, o Fogão foi eliminado pelo Grêmio nas oitavas de final. Já no Carioca, o time não chegou à final.

Mas antes do início do Brasileirão, o Botafogo faria uma série de disputas de taças no Brasil e exterior. Antes de sair do país, o Glorioso faturou a Copa Rio-Brasília sobre o Vasco; na sequência embarcou para o Japão, onde conquistou a Copa Nippon Ham contra o Cerezo Osaka; passou pela Rússia e ganhou o Torneio Presidente da Rússia em final com o espanhol Valencia. A última escala seria em La Coruña, para a disputa da tradicional Taça Teresa Herrera.

Além do Botafogo, disputariam a competição a Juventus de Turim, o Ajax e o time da casa, o Deportivo La Coruña. Inicialmente convidado com pompa, o Botafogo foi surpreendido com o tratamento recebido pela organização do torneio. A cota alvinegra por partida era de 50 mil reais, cinco vezes inferior à da Juventus e seis vezes à do holandês Ajax; a delegação dos clubes europeus foi hospedada no hotel mais caro da região enquanto a do Botafogo ficou em um de três estrelas; e todas as equipes ganharam dez bolas idênticas às que seriam usadas na competição, menos os botafoguenses que receberam duas, e diferentes.

Jogadores do Fogão comemorando
com a camisa do Deportivo

Em campo, o Glorioso mostrou que não era um coadjuvante. Na estreia, uma semifinal, o Alvinegro despachou o anfitrião Deportivo La Coruña por 2 a 1. E foi para a decisão contra a forte Juventus, que havia eliminado o Ajax – atual campeão intercontinental e campeão europeu do ano anterior, por expressivos 6 a 0.

Antes da bola rolar para a grande final, entre Botafogo e Juventus, alvinegros do Brasil e da Itália se desentenderam. Tudo começou quando os botafoguenses não aceitaram um pedido dos italianos, que queriam que o limite de substituições na final fosse aumentado de três para cinco. Em represália a Juventus se agarrou ao regulamento que dava ao clube mais antigo o direito de escolher o uniforme das equipes. E como o juiz implicou com a camisa reserva do Bota, preta com mangas listradas, o time carioca foi obrigado a usar o uniforme azul e branco emprestado pelo La Coruña – que seria usado até o fim do jogo, sem direito a troca no intervalo, pois não haviam extras.

A situação humilhante serviu de motivação para os jogadores alvinegros, que fizeram frente ao campeão europeu – e ainda garantiu o apoio dos torcedores espanhóis presentes, que torceram com ardor para a Estrela Solitária. Atrás do placar nada menos do que quatro vezes, o time correu atrás do empate em todas, levou a partida para os pênaltis e conquistou o título.

O primeiro gol da Juve veio aos 23 minutos do primeiro tempo: Del Piero cruzou da direita e Vieri, vencendo a zaga rival, concluiu de cabeça. Na frente, os italianos controlavam as ações no meio-de-campo com tranquilidade, impedindo que os brasileiros criassem, e levaram a vantagem para a etapa final. Mas logo no início do segundo tempo Wilson Goiano recebeu de França, na direita, e fez belo lançamento para Túlio Maravilha, desmarcado como sempre, marcar: 1 a 1.

Os italianos retomaram a dianteira aos 30 minutos, quando Di Livio entrou na área sem marcação, correu até a linha de fundo e tocou para trás, achando Amoruso livre: 2 a 1 para a Juventus. Só que na jogada seguinte o Botafogo conseguiu um escanteio, e após corte da defesa rival França emendou um chute forte, sem defesa, da entrada da área: 2 a 2, resultado que levou a partida para a prorrogação.

A partida foi movimentada e o placar terminou em 4 a 4

O Glorioso voltou a ficar atrás do placar logo aos cinco minutos do tempo extra. Em contra-ataque, Amoruso recebeu livre pela esquerda, entrou na área e fez: 3 a 2. E mais uma vez os insistentes botafoguenses empataram, quando no final da etapa Peruzzi não conseguiu segurar forte cobrança de falta de Souza – a bola bateu no peito do goleiro, na cabeça do lateral Ferrara, que marcava Túlio, e entrou. Marco Aurélio, perto do lance, saiu em comemoração como se o ponto fosse dele, só que o árbitro não deu o gol nem para Marco Aurélio nem para Ferrara, mas para Túlio Maravilha. Após o jogo o ídolo, com raiva dos italianos, afirmaria que empurrou a bola com a mão, mas as câmeras confirmaram que o gol foi contra. Só Túlio mesmo para inventar que fez um gol “roubado”.

Quando todos já esperavam a disputa de pênaltis a Juventus voltou à frente. A defesa do Bota errou a linha de impedimento e Amoruso, mais uma vez, aproveitou ótimo passe: 4 a 3, a três minutos do fim. E quando todos já não esperavam uma disputa de pênaltis, Túlio recebeu no último lance da partida, entrou pelo meio de dois rivais e saiu na cara do gol, sendo calçado. Pênalti claro que o próprio converteu: 4 a 4.

Nas penalidades, Wágner brilhou. Defendendo chutes de Amoruso e Di Livio, o goleirão foi fundamental nos humilhantes 3 a 0 (sim, os rivais não fizeram um único gol!) que garantiram mais uma taça para o Glorioso. E uma coincidência curiosa acabou destacada na imprensa: como em 1994, brasileiros levavam a melhor sobre italianos nos pênaltis.

Melhores momentos da eletrizante partida

Ficha técnica

Botafogo 4 x 4 Juventus-ITA

Competição: Troféu Teresa Herrera – Final
Data: 10 de agosto de 1996
Local: Estádio Municipal de Riazor
Público: 10.000 (estimado)

Botafogo: Wágner, Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Grotto e Jefferson; Souza, Otacílio, Marcelo Alves (Marcos Aurélio) e França (Zé Carlos); Sorato (Mauricinho) e Túlio Maravilha - Técnico: Ricardo Barreto.

Juventus: Peruzzi, Ferrara, Torricelli, Porrini e Montero; Jugovic, Di Livio e Deschamps; Vieri (Boksic), Del Piero (Amoruso) e Padovano (Ametrano) - Técnico: Marcello Lippi.

Árbitro: Antonio Jesús López Nieto (ESP).

Gols: Vieri aos 23/1ºT; Túlio aos 6/2ºT, Amoruso aos 30/2ºT e França aos 31/2ºT; Amoruso aos 5/1ºTP; Túlio aos 15/1ºTP, Amoruso aos 12/2ºTP e Túlio aos 15/2ºTP.

Pênaltis: Botafogo 3-0 Juventus (Wilson Goiano, Gottardo e Souza)

Expulsões: Torricelli, Montero e Otacílio.

* Com informações do site Fogao.net.
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