Acerto com o Monza mostra a decadência de Mario Balotelli

Foto: divulgação AC Monza

Balotelli, posando para foto para o presidente do AC Monza e com a camisa do clube

Na tarde desta segunda, dia 7 de dezembro, saiu a noticia de que o atacante Mário Balotelli, até então sem clube, acertou com o Monza, equipe presidida por Adriano Galiani que joga a Série B da Itália. O acerto conclui o ciclo da decadência absurda vivida pelo atacante. 

Balotelli surgiu no Lumezzane, mas foi pela Inter que ganhou mais fama em sua carreira. Na Beneamata era tratado como um promissor jovem atacante que figurava entre as grandes promessas do mundo da bola. Apesar de nunca ter virado titular absoluto da Inter, viveu momentos importantes por lá, mas foi em Appiano Gentile que surgiram noticias sobre seus problemas disciplinares e temperamentais. 

Vestindo azul e preto, o "Super Mario" variava entre gols importantes, como um crucial na vitória diante do Rubin Kazan, na Liga dos Campeões de 2010 e problemas extracampo. Tinha problemas de convivência com Mourinho e acabou se complicando com a torcida após se declarar torcedor do Milan e inclusive ser flagrado torcendo pelo rival interista. Deixou a equipe ao fim da temporada do triplete, rumando ao Manchester City. 

Nos Citizens, também não se firmou, mas foi importante quando necessário. No histórico jogo do título inglês de 2012, diante do Queens Park Rangers, deu a assistência para o gol de Aguero, sim, aquele mesmo. Ficou três anos em Manchester e retornou a Itália, para jogar no Milan. Vestindo Rossonero, viveu bons momentos, suficientes para o Liverpool, carente após a saída de Suarez, o contratasse. 

Nos Reds, viveu o início da decadência. Jamais se firmou em Anfield, virando uma piada entre a torcida, que lembra dele, de Borini e de Lambert como um dos piores trios de ataque da história do clube. Foi emprestado para o Milan e depois negociado com o Nice, onde viveu talvez seu ultimo grande momento. Mesmo assim, nunca atingiu o potencial esperado, passando ainda pelo Marseille, antes de chegar ao Monza.


A trajetória de Balotelli é o retrato de mais um dos casos que poderia, mas nunca foi. Dono de um talento absurdo, o italiano nunca conseguiu ter uma cabeça que lhe permitisse virar tudo o que poderia. Ele chega aos 30 anos longe de seu apogeu, jogando na segunda divisão e muito distante do craque que poderia ter se tornado. Mais um diamante que o futebol perde para a volatividade das batalhas pessoais.

Se Balotelli perdeu ou venceu só ele poderá dizer. O garoto da infância sofrida em Palermo realizou o sonho do futebol. O futuro craque nunca virou a lenda que poderia. Só temos a lamentar por mais um que nos fará questionar o que poderia ter virado dentro de campo, caso "se" pudesse mudar algo.
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