No sufoco, do jeito uruguaio!

Por Victor de Andrade
Fotos: Getty Images.com/Fifa.com

O zagueiro Gimenez abriu o marcador aos 44' do segundo tempo: vitória Celeste

E a Copa do Mundo chegou no seu segundo dia, que foi aberto com o jogo entre Uruguai e Egito, na Arena Ekaterinburgo. E o jogo foi do jeito que marcou o futebol uruguaio: problemas quando precisava propor o jogo, goleiro egípcio fechando o gol, bola na trave e a rede balançada, em lance de bola parada, somente aos 44 minutos do segundo tempo. Com isto, a Celeste Olímpica consegue vencer em sua estreia.

Antes de começar a partida, algumas decepções. A primeira, clara, era o Uruguai jogando todo de branco. Se o Egito joga de camisa vermelha, por que a Celeste não usou celeste? É a Fifa com essa questão de uniformes estragando tradições. Porém, um recorde sul-americano foi quebrado. Óscar Tabárez tornou-se o primeiro treinador da região a dirigir a mesma seleção por três Mundiais consecutivos, sendo quatro no total (ele dirigiu os uruguaios em 1990).

Já pelo lado egípcio, duas expectativas foram quebradas. A primeira é que Mohamed Salah, um dos maiores atletas do esporte da atualidade e que contundiu o ombro na final da Champions League, ficou no banco o jogo inteiro e não foi utilizado. A outra é que o goleiro Essam El-Hadary, de 45 anos, foi preterido por Mohamed El-Shenawy, e o recorde de jogador mais velho a disputar uma partida de Copa, que pertence ao colombiano Faryd Mondragon, não foi quebrado.

Salah não foi utilizado pelo técnico Héctor Cúper

Quando a bola rolou, logo de cara deu para perceber que o Uruguai iria para a pressão em cima do Egito e foi isto que aconteceu por praticamente toda a partida. Porém, a Celeste voltou a apresentar um velho problema da equipe: quando precisa propor o jogo, o time tem dificuldades para passar pela marcação adversária, o que não foi diferente na partida em Ekaterinburgo.

O Uruguai até criava, principalmente quando o último passe saia do atacante Edinson Cavani, que fez uma bela partida. Porém, sua outra grande estrela, Luiz Suárez, estava incrivelmente em um péssimo dia, tropeçando na bola e perdendo chances incríveis, como a que aconteceu no primeiro tempo, quando em sobra de cobrança de escanteio, sozinho, ele chutou a bola na rede, mas pelo lado de fora.

No segundo tempo, o Egito até esboçou a partir para o ataque, mas ainda o Uruguai mandava no jogo, mesmo tendo dificuldades para romper a marcação adversária. Também quem acabou aparecendo foi o goleiro Mohamed El-Shenawy, que em dois lances de Luiz Suárez e ainda em um chute de Cavani fez defesas que pareciam garantir, ao menos, o empate aos egípcios.

Cavani foi o melhor jogador uruguaio em campo

Nos últimos minutos, o Egito resolveu acreditar que poderia vencer e acabou dando espaços à Celeste, que começou a utilizar a bola para tentar o triunfo. Já depois dos 40 minutos da etapa complementar, Cavani cobrou falta e acertou a bola na trave esquerda do Egito. Aos 44', finalmente saiu o gol. Depois de infração boa cometida pelo lado esquerdo da marcação dos egípcios, Sanchez alçou a bola na área e o zagueiro Gimenez subiu, cercado por três marcadores, para marcar: 1 a 0 para o Uruguai.

Com a partida nos acréscimos, o Egito resolveu ter a pressa que não houve nos 90 minutos anteriores. Tarde demais! O Uruguai conseguia uma vitória em sua estreia na Copa do Mundo de 2018, aliás, algo que não acontecia desde 1970, do jeito que a Celeste gosta: no sufoco, com muita emoção e gol no fim!
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