A Hungria campeã olímpica de 1952

Por Victor de Andrade

Os húngaros já eram considerados o melhor time da Europa e conquistaram a medalha de ouro

Não é novidade para ninguém que o grande time da primeira metade da década de 1950 foi a Hungria. Com uma incrível invencibilidade de 32 jogos, que começou ainda em 1950 e só foi terminar na final da Copa do Mundo de 1954, quando foram derrotados pelos alemães, os húngaros dominaram o futebol naquela época e o título mais importante foi a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em Helsinque, em 1952.

O torneio de futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 1952 foi realizado entre 15 de julho e 2 de agosto em Helsinque e em outras quatro cidades finlandesas. A grande surpresa do torneio foi a eliminação da equipe britânica logo na fase preliminar. Ainda mais surpreendente foi o rival que a derrotou, a fraca equipe de Luxemburgo. Porém, vamos falar da campanha húngara.

Os magiares, com suas grandes estrelas, como Puskas e Kócsis, já que oficialmente não eram profissionais, estrearam no dia 15 de junho, contra a Romênia, em Turku, vencendo por 2 a 1. Seis dias depois, em Lahti, os húngaros encararam a Itália, em Lahti, e venceram com certa tranquilidade: 3 a 0.

Nas quartas-de-final, todo mundo esperava que a Hungria mostrasse de vez o seu futebol poderoso, de grandes goleadas. E aconteceu! A vítima foi a Turquia, no dia 24 de julho, em Kotka. Palotas, Kócsis (duas vezes), Lantos, Puskas (também dois gols) e Bozsik marcaram sete para os magiares, sendo que Guder fez o único dos turcos: 7 a 1 e os húngaros estavam na semifinal.

Na final, contra a Iugoslávia

No jogo que definiria um dos finalistas, a Hungria foi novamente poderosa. Mesmo jogando contra a Suécia, campeã quatro anos antes e terceira colocada na Copa do Mundo de 1950, os magiares atropelaram: 6 a 0, sendo Kócsis (duas vezes), Hidegkuti, Puskás, Palotas e Lindh (contra) marcando os gols da partida.

Na decisão, a vítima húngara foi a Iugoslávia. A partida foi mais equilibrada do que nas três fazes anteriores, mas os magiares eram melhores e fizeram 2 a 0, com Puskás e Czibor marcando os gols da medalha de ouro.

A Hungria, depois da conquista olímpica, se consagraria ainda mais, ao derrotar, em 25 de novembro de 1953, a Inglaterra, em pleno Wembley, por 6 a 3. Em seguida, ainda os venceriam em Budapest por 7 a 1. Mesmo depois de perder a final da Copa do Mundo para a Alemanha Ocidental, a Hungria ficou mais dois anos invicto, sendo derrotado apenas pela Turquia, em 1956, exatamente no ano da Revolução Húngara, que acabou com o time do Hónved, que era a base da seleção e os jogadores foram atuar por vários times europeus.
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