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Wanderers - O primeiro campeão uruguaio do Centenario

Equipe campeã uruguaia de 1931

Em 1930, com a realização da primeira Copa do Mundo no Uruguai, a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) resolveu não realizar o campeonato local para, assim, se empenhar totalmente na organização do mundial. Para a competição, o país se empenhou na construção do imponente Estádio Centenario, que acabou se transformando em um dos maiores monumentos da história do futebol.

Passada a Copa do Mundo, ganha pelos donos da casa, a AUF começou a reorganizar o futebol local. Com isso, o Campeonato Uruguaio voltou a ser disputado em 1931. Para a disputa, 12 equipes foram destacadas: Bella Vista, Capurro, Central, Defensor, Misiones, Nacional, Olimpia, Peñarol, Racing, Rampla Juniors, Sud America e Montevideo Wanderers. Todos os times de Montevidéu.

Inauguração do Centenario

Com essa característica de todas as agremiações serem da capital, o Estadio Centenario foi utilizado, e muitas vezes, no campeonato local. E, durante a competição, ficou claro que dois times disputariam o título: Nacional, campeão pela última vez em 1924, e Montevideo Wanderers, que havia conquistado a taça pela última vez em 1909.

Ao final, o Wanderers conseguiu conquistar o caneco mais uma vez e de forma invicta. Foram 17 vitórias e cinco empates, fazendo 45 gols e sofrendo apenas 10. A equipe base na competição era formada por Ceriani; Florio e Tejera; Delbono, Ochiuzzi e Lobos; Frioni, Rodríguez, Borjas, Conti e Figueroa.

Na conquista do Clausura 2014. Perderam o título do campeonato para o Danubio

Este foi o último título nacional dos Bohemios, como a equipe é conhecida. Coincidentemente, também foi o último campeonato uruguaio disputado de forma amadora. Em 1932, foi aprovada a profissionalização do futebol charruá.

Na temporada 2013/2014, os Bohemios ficaram muito próximos de conquistar o campeonato uruguaio novamente, após vencerem o Clausura (segundo turno). Mesmo com vantagem, por ter sido o líder da tabela anual, a equipe do Parque Alfredo Victor Vieira perdeu a taça para o Danubio.

Um fim de semana de futebol uruguaio – Parte II

Belo gol de falta do Wanderers, abrindo o marcador

Ontem contei aqui como foi o jogo que assisti pelo Campeonato Uruguaio no dia 14 de março deste ano, um sábado, entre Nacional e River Plate, que fui durante minhas férias e um pouco antes do blog ser criado. Neste jogo estavam comigo minha esposa Elis Rebouças e os irmãos Cuevasanta, Rossina e Joel, grandes amigos. Agora, vamos para o dia seguinte, domingo, onde pude fazer uma rodada dupla.

Assistir a dois jogos do Campeonato Uruguaio no mesmo dia não é uma tarefa das mais difíceis. A grande maioria dos times do campeonato é de Montevidéu. Então, é só torcer para que os jogos não sejam o mesmo horário e a rodada dupla está com meio caminho andado. É só você comparecer.

Torcida pequena, mas muito fanática, chegando ao Parque Vieira

Após o jogo do sábado, Elis e eu saímos para jantar, passeamos mais um pouco na charmosa e aconchegante capital uruguaia e voltamos ao hotel para descansar. Acordei cedo no domingo, por volta das 8 horas. Como minha esposa quis descansar pela manhã, “pedi permissão”, fui tomar meu café e, em seguida, fui sozinho em direção ao Parque Prado, mais precisamente para o Estádio Alfredo Victor Vieira para assistir ao meu segundo jogo naquele fim de semana: Montevideo Wanderers contra Atenas de San Carlos, que começaria às 10 horas.

Para chegar ao estádio, caminhei duas quadras até o Boulevard Gal. Artigas e peguei um ônibus para o Parque Prado. O sistema de transporte coletivo de Montevidéu é simples, mas muito eficiente. O único luxo nos veículos são as cortinas, como tinha por aqui antigamente. Porém, os horários são cumpridos quase sempre à risca. Para se ter uma ideia, somando os tempos de espera na ida e volta do jogo, não passei 10 minutos nos pontos de ônibus.

Sociais do acanhado estádio

Tinha conferido no mapa onde eu deveria descer, mas fiquei ainda mais sossegado quando no ponto seguinte, subiu um homem de cerca de 50 anos com a camisa dos Bohemios, como o Wanderers é conhecido, com seu filho. Mais próximo do estádio, subiu outro cara, com a camisa do AC/DC e tatuagem do clube. Quando desci do ônibus, percebi que a grande maioria dos torcedores que estava indo ao jogo tinha o escudo do Wanderers tatuado, inclusive o senhor de cerca de 50 anos. Isto prova que, apesar de pequena, a torcida do Wanderers é bem fanática.

Fui até a “boleteria” comprar meu ingresso. Paguei 150 pesos, cerca de R$ 16,00, e adentrei ao campo. O Estádio Alfredo Victor Vieira é pequeno e até um pouco desleixado, ao contrário do Gran Parque Central, que está bem cuidado. Porém, a sensação de ver um jogo naquela cancha acanhada é indescritível!

Equipe da casa entrando em campo

O Wanderers, mesmo com um time misto, devido à disputa da Copa Libertadores, começou melhor a partida e com mais posse de bola e fez 1 a 0 em uma bela cobrança de falta aos 25 minutos de jogo. Festa dos pouco mais de mil torcedores que estavam presentes ao Parque Vieira.

Os Bohemios continuaram melhores na partida, tendo chances, inclusive, de aumentar a contagem. Porém, como quem não faz leva, os visitantes surpreenderam e, no último lance do primeiro tempo, empataram: Wanderes 1, Atenas 1.

No intervalo, crianças jogavam bola no gramadinho atrás da arquibancada

No intervalo, caminhei pelo estádio e, logo de cara, uma curiosidade: crianças jogando futebol com gols caixote em um gramadinho atrás de uma das arquibancadas. Sensacional! Além disso, pude ir até a porta do vestiário, onde tirei foto no back drop de entrevistas da equipe. Conferi também um fotógrafo vendendo fotos novas e históricas da equipe boemia. De alimentação, além dos tradicionais churros e tortas fritas, vendiam também o choripan, um sanduíche de linguiça tradicional no país.

No segundo tempo, o Wanderers voltou apático e só não tomou o gol da virada logo de início porque o goleiro do time da casa fez três grandes defesas. Mas, por incrível que pareça, quando “Los Bohemios” voltaram a ter o domínio da partida, tomou um gol de contra ataque, em uma infelicidade do goleiro, que até aquele momento era o destaque do jogo: 2 a 1 para a equipe visitante.

Apesar da pressão, o Wanderers foi derrotado

Nos últimos minutos, o Atenas ficou com os onze jogadores atrás da linha da bola e o Wanderers foi para o abafa, tentando buscar o empate. No fim, os visitantes voltaram para San Carlos com três pontinhos na bagagem.

Saí do estádio, peguei o ônibus e voltei para o hotel, onde me encontrei com minha esposa, que aproveitou a manhã para descansar. Depois, saímos para almoçar e nos preparamos para o último capítulo da série final de semana de futebol uruguaio: O jogo entre Peñarol e Defensor no Centenário. Mas esta história fica para amanhã.


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