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Amarildo, o Possesso, na Roma

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Amarildo ficou uma temporada na Roma

Um dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro completa 83 anos hoje. Amarildo Tavares Silveira nasceu no dia 29 de julho de 1939, em Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro. O atacante começou em um clube de sua cidade e se transformou em um dos principais jogadores do século passado, conquistando grandes títulos e recebeu o apelido de possesso após a grande Copa do Mundo que fez em 1962. Já na tenmporada 1971-1972, ele defendeu a Roma.

O atacante passou por grandes times, passou pelo Flamengo, não tendo muitas chances e quase desistiu de sua carreira, mas depois foi para o Botafogo e se tornou ídolo da equipe carioca. Pelo Fogão, o jogador foi chamado para a Seleção Brasileira e conseguiu carregar a equipe junto com seu companheiro de time Garrincha, conquistando a Copa do Mundo de 1962.

Amarildo já chamava a atenção de todos nacionalmente, sua habilidade era impressionante, era um atacante rápido e que tinha muita categoria na hora de finalizar, marcando mais gols pelo Botafogo. Depois que ganhou a Copa chamou a atenção de mais clubes internacionais e foi vendido para a Itália.

O seu primeiro clube na Itália foi o Milan e por lá teve mais sucesso, conseguiu atuar em mais partidas sendo titular, foi muito importante para a equipe e ficou por quatro temporadas na equipe. Depois do Milan, o atacante foi contratado pela Fiorentina, mais uma equipe Italiana e por lá ficou três temporadas.

Já no seu final de carreira, não estava mais no auge, não conseguia reproduzir as mesmas atuações do passado. Mesmo não estando na sua melhor fase, o jogador continuou no futebol Italiano, foi contratado por mais uma equipe gigante do país, dessa vez foi a Roma, para jogar a temporada 1971-1972.

O jogador chegou para ser titular na equipe, que precisava de um jogador rápido e matador dentro da área, por isso chegou na grande equipe. Ele se tornou titular, mas não tinha mais o físico de alguns anos atrás e não aguentava por muito tempo, mas conseguiu fazer algumas boas partidas.


Amarildo ficou apenas uma temporada na Roma, pois não conseguiu se manter em alto nível, o atacante entrou em campo em 33 partidas e marcou dez gols, são bons números, mas mesmo assim não foi o suficiente para ele continuar no futebol italiano.

Logo quando terminou seu contrato na Itália, o atacante retornou ao Brasil e assinou com mais uma equipe carioca, dessa vez com o Vasco. Amarildo não se manteve no mesmo nível e atuou poucas vezes pela equipe vascaína, logo depois se aposentou dos gramados.

A passagem de Amarildo na Fiorentina

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Amarildo atuando pela Fiorentina

Completando 82 anos neste dia 29 de julho, o atacante Amarildo foi um dos grandes nomes do futebol brasileiro nos anos 1950 e 1960. Chamado de Possesso, apelido ganho após a excelente Cpa do Mundo que fez em 1962, ele acabou se aventurando pelo futebol italiano nos anos 1960 e após uma passagem pelo Milan, chegou a Fiorentina em 1967. 

Chegou na temporada 1967/1968 e já rapidamente virou uma das referências da Viola dentro do Campeonato Italiano. Na sua primeira temporada em Firenze, ajudou a equipe a buscar um quarto lugar na Série A, classificando a equipe para a Copa das Cidades com Feiras, que é a atual Liga Europa. Foram 19 jogos e 5 gols naquele primeiro momento com a camisa roxa, num time que estava em pleno crescimento.

O auge da Fiorentina e de Amarildo veio na temporada 1968/1969. Naquele biênio, o time encaixou como nunca antes. O brasuca era uma peça essencial na criação de jogadas, que costumavam terminar em gols do impiedoso Maraschi, grande artilheiro daquele time, que ainda tinha nomes como De Sisti na meia cancha. A Viola saiu da Série A como campeã e o brasileiro garantiu de vez espaço no coração da torcida.

Em sua última temporada vestindo a camisa roxa, Amarildo não conseguiu ser o mesmo do ano anterior, ainda assim tendo ótimas atuações a serviço da Viola. Deixaria o clube ao fim daquele biênio, marcando 19 gols em 74 jogos pela equipe e ficando para sempre no coração dos torcedores, que esperam até hoje por outro título do Campeonato Italiano, o que hoje parece mais distante do que nunca.


Amarildo ainda atuaria pela Roma no futebol italiano antes de voltar ao Brasil para se aposentar no Vasco. Depois, retornou a Bota, onde chegou a iniciar carreira de treinador. Seu maior sucesso fora das quatro linhas foi comandando o Esperance de Tunis, da Tunísia. 

Amarildo, o "Possesso", no Vasco da Gama

Foto: O Globo

Amarildo quando chegou ao Vasco, em 1973

Amarildo, o "Possesso", foi um dos grandes atacantes da história do futebol brasileiro. Ele começou no Goytacaz e marcou época no Botafogo, onde conquistou vários títulos no grande esquadrão que tinha nomes como Nilton Santos e Garricha, foi convocado para a Seleção Brasileira, onde jogou a Copa do Mundo de 1962, substituindo Pelé, machucado, a partir do terceiro jogo e fazendo gols importantes. Depois, ainda foi para a Itália, onde marcou época defendendo Milan, Fiorentina e Roma. Em 1973, ele resolve voltar ao Brasil para encerrar a carreira e vai para o Vasco da Gama.

Logo quando chegou ao clube, sofreu uma lesão muscular e quando voltou, resolveu retribuir o clube que lhe deu chance de encerrar a carreira. "Fiz um contrato em branco, sem ser remunerado. Foi uma maneira de agradecer a eles que me deram a oportunidade de encerrar a carreira em um grande time como o Vasco e retribuir o que fizeram comigo", explica o ex-jogador, em entrevista ao SporTV em 2012.

Amarildo é crítico com os jogadores atuais que, segundo ele, não têm amor aos clubes que defendem. "Nós tínhamos vínculos com nossos clubes, vestíamos literalmente a camisa. Hoje, os profissionais do futebol só pensam em dinheiro. Não tem futebol, é só correria e pancadas. E a culpa pelo mau futebol é dos treinadores. Eles pregam o futebol do resultados a todo custo".

Todo este acordo entre Vasco e Amarildo acabou sendo positivo para ambos. O "Possesso" formou ataque com Jorginho Carvoeiro e o então jovem Roberto Dinamite e ajudou o clube carioca a conquistar o seu primeiro título do Campeonato Brasileiro, em 1974. Mesmo ausente das finais contra o Cruzeiro, por conta de uma lesão, o Amarildo se tornou o único campeão mundial de 1962 a conquistar um título do Brasileirão.

Amarildo chegou a ser homenageado pela torcida do Vasco

Logo após a conquista, Amarildo pendurou de vez as chuteiras. Ele que levantou taças defendendo Botafogo, Milan e Seleção Brasileira, acabou parando de jogar ostentando seu único título pelo clube cruzmaltino.

Amarildo, no entanto, não esconde sua paixão pelo Botafogo. Foi no Alvinegro onde ele atuou por cinco anos, ao lado de craques campeões mundiais em 58 e 62. "Foi o clube que me projetou. É o clube do meu coração e onde tive o prazer de jogar com os maiores jogadores do mundo: Nilton Santos, Garrincha, Zagallo e Didi", finaliza.

'Estrangeiros' na Seleção Brasileira

* Por Lucas Paes

Amarildo: um 'europeu' na Seleção

Hoje é impossível imaginar uma seleção brasileira sem jogadores que jogam em clubes europeus. Nosso atual melhor jogador, Neymar, é atleta do Barcelona. Outros destaques jogam em clubes como Chelsea, PSG, Real Madrid, entre outros do velho continente. Porém, antigamente era raro jogadores brasileiros atuando no exterior que defendiam a Seleção Brasileira.

Nos anos 1910 era mais comum jogadores que jogassem nos clubes do Rio e de São Paulo integrassem a seleção brasileira. Já nos anos 30 apareceram jogadores de clubes argentinos e uruguaios, como Boca Juniors, Peñarol e Nacional.

Isto tem uma explicação: o futebol nos dois países vizinhos foi profissionalizado antes que no Brasil, que aconteceu em 1933. Portanto, jogadores como Martim Silveira e Luiz Luz, que jogaram no Boca e no Peñarol, respectivamente e também lendas como Domingos da Guia (Boca e Nacional) e o diamante negro Leônidas (Peñarol). E estes jogadores defenderam a Seleção Brasileira quando defendiam as equipes dos países do Rio da Prata.

Só para você ter uma ideia de como era complicada essa relação, um belo exemplo foi Julinho Botelho. Ponta-direita da Portuguesa, ele foi para a Copa de 1954. Em seguida, o atleta se transferiu para a Fiorentina, da Itália, e tinha futebol para estar no Mundial seguinte. Por estar no exterior, não era convocado. Após retornar ao Brasil, defendendo o Palmeiras, Julinho voltou para a lista de convocações e, por muito pouco, não este no Chile, em 1962.

Domingos da Guia e a leva
sul-americana dos anos 30

Falando na Copa realizada em terras chilenas, um jogador que se destacou na competição acabou se tornando um  jogador de clube europeu que foi titular da amarelinha: Amarildo. Famoso por ter substituído Pelé em 1962, após o rei do futebol ter se lesionado e perdido boa parte da competição, Amarildo fez história pelo Botafogo, clube quem mais cedeu jogadores à seleção em Mundiais, mas foi negociado com o Milan.

Suas atuações na Itália chamavam a atenção e Amarildo, mesmo no exterior, foi chamado para os jogos de preparação para a Copa de 1966. O atleta foi titular no dia 19 de maio de 1966, enfrentando a seleção do Chile em amistoso no Maracanã. O Brasil venceu por por 1 a 0, com gol de Gérson. 

Porém, na bela confusão que foi a preparação para o Mundial na Inglaterra, Amarildo ficou de fora da lista final do técnico Vicente Feola. O jogador ainda passou pelas equipes da Roma e da Fiorentina (ambas italianas) antes de se aposentar no Vasco em 1974.

Um jogador de clube europeu defendendo a Seleção Brasileira em Copa do Mundo só foi acontecer 16 anos depois. O pioneiro foi Dirceu, convocado por Telê Santana para ser um dos 22 que defenderam a camisa canarinho na Espanha. O atleta atuava no país sede do Mundial, mais precisamente no Atlético de Madrid.

Para se ter uma ideia de como essa relação mudou, oito anos depois, na Itália, apenas dois dos 11 titulares da seleção atuavam no Brasil: Taffarel, pelo Internacional, e Mauro Galvão, pelo Botafogo. Mas isto também não durou muito, pois ambos fora para a Europa, o primeiro para o Parma, da Itália, e o segundo para o Sion, da Suíça, logo após o encerramento do torneio.

Dirceu: o primeiro 'estrangeiro' em uma Copa pela Seleção

Aliás, depois da Copa na Itália, com o Brasil caindo nas oitavas-de-final, houve quem defendesse que só jogadores que atuavam aqui é que poderiam ser convocados. O Falcão, que assumiu depois do Mundial, chegou até a usar esse método no início de seu trabalho, mas convocou jogadores 'europeus' na Copa América de 1991.

Outros fatores interessantes: na década de 90, a Seleção teve jogadores atuando no Japão convocados. Inclusive um foi campeão do mundo: Ronaldão, que defendia o Shimizu. Já mais recentemente, os canarinhos tiveram presença de jogadores em atividade no Mundo Árabe, China e América do Norte.

Como podemos ver, o alto número de jogadores de clubes europeus na Seleção é algo relativamente recente. Até os anos 90, pelo menos metade dos jogadores ainda atuavam por aqui: em 1990 e 1994 haviam 11 jogadores de clubes europeus, o que representava metade dos jogadores, em 2002, o ano do penta, 11 jogavam em times europeus e 12 em times brasileiros.

Coincidência ou não, sempre que o Brasil era campeão pelo menos metade de seus convocados jogava no seu país, algo praticamente inimaginável nos dias atuais.

* Lucas Paes é estudante de jornalismo e torcedor do Santos FC.
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