Giovanni - O "Messias" que virou quase um deus na Grécia

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images

Giovanni é uma lenda no Olympiakos

O futebol é em muitos momentos quase uma religião para seus seguidores mais fiéis, já que há torcidas que cultuam santos, milagreiros, bruxos e até um Messias. Foi com esse status que Giovanni, que completa 49 anos neste dia 4, deixou o Santos em 1996. Alguns anos depois, parecia que havia falhado na carreira européia ao chegar ao Olympiakos. Ledo engano dos leigos, pois foi vestindo vermelho e branco que Giovanni, quase que literalmente, entrou no panteão, virou mágico, quase um deus e mudou para sempre a forma de um país todo ver o futebol.

Não dá para dizer que o paraense, super identificado com a torcida do Santos, falhou em Barcelona. Teve duas temporadas ótimas na Catalunha, sendo considerando um dos melhores e mais promissores jogadores do mundo, mas acabou perdendo espaço em rusgas com Van Gaal e foi negociado com o Olympiakos. Uma liga teoricamente fraca, mas onde o paraense encontraria a devoção de uma torcida que pode ser comparada com poucas no planeta.

Ele contou em entrevista que "não queria inicialmente jogar" pelos gregos, tendo na mesa propostas do Celta e do Benfica, por exemplo. Mas, como evangélico, "pediu um sinal divino" e acabou ouvindo de duas pessoas que "deveria conhecer as Ilhas Gregas". Acabou aceitando a proposta do time do Pireu, assustado por ser um pioneiro. Porém, acabou virando muito rapidamente um rei jogando no Campeonato Grego.

Desde o início se mostrou um grande artilheiro e um craque vestindo vermelho e branco. Chegou em meio à era de ouro do Olympiakos, num período onde os Thrylos simplesmente dinamitaram qualquer equilíbrio que existia no futebol contra o arquirrival Panathinaikos. Giovanni foi responsável direto por muitas vitórias em clássicos e principalmente por cinco títulos gregos seguidos. Foi artilheiro do campeonato na temporada 2003/2004.


Deixou o Olympiakos em 2005, quando acertou seu retorno ao Santos, sob a adoração de uma torcida que até hoje entoa seu nome entre os vários cantos na arquibancada e que até hoje faz sua camisa 10 ser a mais vendida na loja do clube. Foram 98 gols em 207 jogos vestindo a camisa vermelha e branca, marca que o coloca como o quarto maior artilheiro da história do clube, ainda que seja, provavelmente sem sombra o dúvidas, o maior jogador.
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