Por Lucas Paes
Foto: Arquivo
Marzukiewicz foi uma lenda carbonera
O futebol uruguaio é, sempre foi e sempre será um enorme celeiro de lendas do futebol sul-americano e mundial. Desde Schiaffino até Suaréz, desde Gigghia até Cavani, a Celeste Olímpica já foi responsável por episódios marcantes na história do futebol mundial. Debaixo das traves, um dos grandes nomes que os uruguaios trouxeram ao mundo do futebol foi o goleiro Ladislao Mazurkiewicz, que muito além do quase gol de Pelé, foi uma lenda da posição em suas passagens pelo Peñarol, uma lenda que nos deixou para a eternidade há exatos oito anos.
Mazurkiewicz nasceu em 1945 e chegou muito novo ao Racing, de Montevidéu, onde fez a maior parte de sua trajetória na base e se profissionalizou. Quando chegou ao Peñarol, já em 1965, aterrissou em um clube que já era um protagonista e "patrão" do futebol sul-americano. Demorou muito a tomar o posto de Maidana como titular do gol aurinegro. Em uma era de ouro para o gigante clube amarelo e preto de Montevidéu, Mazur só foi assumir a titularidade em uma verdadeira fogueira, num duelo contra o Santos, de Pelé, na Libertadores de 1965. Naquele terceiro duelo que definiria o finalista da Libertadores, Ladislao não sentiu o confronto e fez uma partidaça diante do Peixe, ajudando o Manya à chegar a final.
Se faltava altura, o Chiquito compensava na qualidade e na inteligência técnica. Dono de uma qualidade absurda, o goleiro foi crucial na conquista da Copa Libertadores de 1966, onde fez uma partidaça no jogo decisivo diante do River Plate, na final, em Santiago, evitando os gols millonarios e vendo os aurinegros marcarem no ataque e garantirem mais um título de "La Copa" para o titã uruguaio, que era um verdadeiro colosso do futebol sul-americano e mundial naquela época. Ainda naquele ano, foi crucial na conquista do Mundial diante do Real Madrid, depois de uma boa Copa do Mundo pelo Uruguai.
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Depois de mais alguns anos produtivos pelo Penãrol, onde era considerado um dos melhores goleiros do mundo, foi o melhor arqueiro da Copa do Mundo de 1970, quando ajudou a levar a Celeste Olímpica até as semifinais. Teve um marcante lance com Pelé, onde o Rei do Futebol driblou Mazurka e perdeu o gol. O Uruguai terminou na quarta colocação, mas o baixinho goleiro foi considerado o melhor de sua posição ao longo da Copa. No ano seguinte, saiu do Peñarol rumo ao Atlético Mineiro.
Retornou ao clube por mais três vezes, nos anos de 1976, 1980 e 1981, quando encerrou sua trajetória dentro das quatro linhas. Na última passagem, já começava a abrir caminho para outros grandes goleiros como Rodolfo Rodriguez. Pelos aurinegros, conquistou sete títulos, entre nacionais e internacionais. Encerrou sua trajetória no futebol justamente no Campeón del Siglo. Ainda foi treinador do clube nos anos 1980. Em 2013, deixou o nosso plano para jogar no time dos eternos, aos 67 anos, marcando para sempre a história do Peñarol e do futebol sul-americano e mundial.
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