O início de André Cruz na Ponte Preta

Foto: arquivo pessoal

André Cruz com mascotes em jogo da Ponte Preta

Um dos grandes zagueiros do futebol brasileiro entre o final da década de 80 e o início dos anos 2000, André Alves da Cruz, ou simplesmente André Cruz, está completando 52 anos neste 20 de setembro. Conhecido por ser um defensor técnico e pelas cobranças de falta certeiras com a perna esquerda, ele surgiu muito bem na Ponte Preta, chegando à Seleção Brasileira defendendo a Macaca.

Nascido em Piracicaba, começou a jogar em sua cidade natal e logo foi levado às categorias de base de Ponte Preta. Em 1986, com apenas 17 anos, foi profissionalizado. A segunda metade dos anos 80 não foram tão positivas para a Nêga Véia, mas, mesmo assim, o time teve alguns jogadores que fizeram fama no cenário nacional e internacional, como o goleiro Sérgio (que como treinador passou a ser conhecido também junto com o sobrenome Guedes), Raí (emprestado pelo Botafogo de Ribeirão Preto) e o próprio André Cruz.

Em 1987, antes de completar 19 anos, André Cruz foi medalha de ouro, pela Seleção Brasileira, nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis. No ano seguinte, estava no time prateado das Olimpíadas de Seul, inclusive fazendo gol de falta contra a Iugoslávia.

Aliás, a Seleção começava a trazer problemas para André Cruz no relacionamento com a Ponte Preta. O jogador ficava cada vez mais valorizado, mas o clube, que vivia brigando para não cair no Campeonato Paulista, dificultava a sua saída.

André Cruz foi um dos jogadores mais cobiçados por grandes times no ano de 1988. Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos tentaram de todas as formas tirá-lo do Moisés Lucarelli, já que à época André Cruz defendia a Ponte Preta. O tradicional jornal "Notícias Populares" chegou até a publicar a notícia de que André Cruz havia sido negociado para o Corinthians, que além de uma quantia em dinheiro oferecia os passes de alguns jogadores. Mas o transação não foi concretizada. O Corinthians teve de se contentar em trazer Denílson, ex-quarto-zagueiro do América do Rio.


Depois, houve outra confusão. A Ponte queria negociá-lo com o Vasco, mas o jogador tinha uma proposta irrecusável do Flamengo. "A Ponte Preta queria me vender para o Vasco a todo custo. O Eurico prometeu uma série de benefícios ao presidente. Eu seria o único que não ganharia nada com a transação. Aí o Flamengo me ofereceu uma proposta muito boa que acabou me seduzindo. As pessoas que estavam na Ponte me atrapalharam muito, o que acabou contribuindo para eu não jogar a Copa de 90. Nas eliminatórias, eu era o único jogador que era convocado sem ter contrato com clube. Tinha que treinar em casa. Além disso, a seleção tinha grandes zagueiros na época".

Em 1990, finalmente André Cruz saiu da Ponte Preta e pôde defender o Flamengo, mas isto acabou custando a sua vaga na Copa do Mundo. O zagueiro ainda defendeu Standard de Liege, da Bélgica (duas passagens), Napoli, Milan, Torino, Sporting de Lisboa, Internacional de Porto Alegre e Goiás, onde encerrou a carreira em 2004. Ele chegou a fazer parte da Seleção Brasileira vice-campeã do Mundo em 1998, mas não entrou em campo.
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