Os 100 anos da Lusa, uma casa de craques em rubro-verde

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

O Canindé foi palco de muitas histórias dos craques rubro-verdes

O ano de 2020 marca o centenário de uma das mais tradicionais instituições do futebol brasileiro: a Associação Portuguesa de Desportos, chamada de Portuguesa, Lusa, completa seu centésimo ano de existência neste dia 14 de agosto. Ao longo dessa linda e fabulosa história, contada em vários gols e momentos vestidos em rubro-verde, a Lusa foi casa de vários craques, como foi possível ver na seleção histórica montada por jornalistas e postada aqui no site. Muitos desses craques moldaram os momentos mais bonitos da trajetória rubro-verde.

A equipe tem a seguinte escalação: Félix, Djalma Santos, Luis Pereira, Brandãozinho, Zé Roberto, Capitão, Enéas e Dener, Julinho, Pinga e Ivair, com Oto Glória no comando. É de se imaginar que sob o comando do treinador campeão paulista de 1973, naquela conquista dividida com o Santos, a Lusa jogasse com muita solidez defensiva, com uma dupla de zaga que possui dois titãs na missão de evitar gols adversários e a proteção ainda feita por um volante que até hoje é adorado na internet pela solidez do seu jogo, o nobre Oleúde, vulgo Capitão. Ainda com Zé Roberto e Djalma Santos oferecendo bom apoio ao movimento defensivo da equipe.

Só que se a equipe teria solidez defendendo, também teria um ótimo ataque. Ainda nos laterais, Zé Roberto e Djalma Santos ofereceriam um ótimo apoio a movimentação ofensiva da equipe. Polivalente, Zé Roberto seria capaz de quebrar linhas defensivas adversárias com bons passes, assim como fornecer perigo em boas finalizações e Djalma Santos também poderia oferecer qualidade em passes. Na parte ofensiva, porém, o maior destaque do time seriam com certeza as jogadas do eterno Dener, rasgando defesas como um raio com dribles e movimentações desconcertantes. 

Dener ainda teria parar combinar jogadas no trio de ataque três fortíssimos jogadores de frente, o artilheiraço Pinga, maior goleador da história rubro-verde, além do ótimo Ivair e do craque Julinho Botelho. O quarteto poderia causar pesadelos nas mais diversas defesas com jogadas ensaiadas em velocidade e com ataques bem armados por Oto Glória. O time histórico da Lusa seria algo muito bonito de ver jogar, seria uma ótima experiência para os fanáticos torcedores da Fabulosa, sejam eles ou não da Leões.


Mas nem só dessa seleção histórica vive a trajetória linda do clube do Canindé. Como esquecer os ótimos times de 1996 e 1998? Como ignorar Rodrigo Fabri, Athirson, Caio, Jorginho, Zinho? Como ignorar os heróis da eterna "BarceLusa"? Weverton, Ananias, ou melhor, Ananiesta, Edno, ou melhor, PelEdno? A história da Lusa tem muitas páginas, mas é preciso também que o clube não fique eternamente preso a ela e não vislumbre um futuro. 

No centenário, a Portuguesa vive um dos piores momentos da sua vida. Acima de tudo, quando este lindo e amado clube do nosso futebol completa essa marca tão significativa, que se pense no futuro. Num futuro onde dirigentes não vilipendiem o patrimônio rubro-verde, num futuro onde não sejam tão poucos os presentes nas arquibancadas do Canindé, num amanhã onde o clube esteja bem cuidado. Num novo dia onde surjam novamente craques do calibre de Zé Roberto, Dener Rodrigo Fabri, entre outros nomes. Acima de tudo, num futuro onde se possa permanecer na "certeza, que tu és grande, Portuguesa.".
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