Nelinho no Grêmio em 1980

Foto: Correio do Povo

Nelinho em ação na estreia pelo Grêmio, contra o Esportivo de Bento Gonçalves

Um dos maiores laterais-direitos da história do futebol brasileiro, conhecido por ter um chute fortíssimo, Manoel Rezende de Matos Cabral, o Nelinho, está completando 70 anos neste 26 de julho de 2020. Ídolo nos dois maiores clubes de Belo Horizonte, Cruzeiro e Atlético, o jogador teve uma passagem curta, mas vitoriosa, pelo Grêmio, em 1980.

Nelinho começou no America, em 1970. Em seguida, foi para o exterior, onde defendeu o Barreirense, de Portugal, e o Deportivo Anzoátegui, da Venezuela. Voltou ao Brasil em 1972, defendendo Bonsucesso e Remo. Em 1973, chegou ao Cruzeiro, onde sua carreira decolou. Na Raposa, virou ídolo e chegou à Seleção Brasileira, sendo titular na Copa de 1978, marcando um gol antológico na decisão de terceiro lugar, contra a Itália.

Em 1980, o Grêmio estava em busca do bi-campeonato Gaúcho e tinha um belo time, com nomes como os de Leão, Dirceu, Paulo Isidoro e Baltazar. A diretoria do Tricolor foi até Minas Gerais e convenceu o Cruzeiro de emprestar Nelinho por um período de apenas três meses, para a reta final do estadual.


A estreia de Nelinho não foi muito positiva. Não é que ele tenha jogado mal, mas o Grêmio enfrentou o Esportivo de Bento Gonçalves, no Olímpico, e não passou de um 0 a 0. E um detalhe: neste jogo, o Tricolor jogou de branco e o time da serra com uma camisa branca e listras finas azuis.

Depois, o Grêmio de Nelinho obteve duas vitórias (Guarany de Bagé e São Paulo de Rio Grande) e um empate (Brasil de Pelotas) até o primeiro Grenal do lateral. Porém, em 19 de outubro, no Beira-Rio, o Inter levou a melhor e venceu pelo placar de 1 a 0.

A derrota mexeu com os brios dos jogadores do Grêmio e com Nelinho em campo, o Tricolor não perdeu mais. O jogo seguinte foi um 6 a 0 contra o São Borja, onde o lateral marcou os seus dois únicos gols pelo time. Em seguida, mais duas vitórias (Novo Hamburgo e Inter de Santa Maria) e um empate contra o Juventude.


Em seguida, outro Grenal, no Olímpico, em 5 de novembro, mas o placar ficou em branco. Mas na reta final do Gauchão, o Grêmio não vacilava contra os pequenos e as vitórias vinham: 1 a 0 no São Borja, 6 a 0 no Novo Hamburgo, 2 a 0 no Inter de Santa Maria e 1 a 0 no Juventude.

No dia 23 de novembro, mais um Grenal, mas desta vez no Beira-Rio. Mas mesmo com um empate em 0 a 0, o Grêmio confirmou o título estadual, o bi-campeonato. Mesmo sem vencer um clássico, Nelinho levantou uma taça em seu pouco tempo no Tricolor.

A despedida de Nelinho pelo Grêmio foi em um amistoso contra o Flamengo, no Olímpico, em 30 de novembro, que terminou com o placar de 0 a 0. Assim, o lateral voltava ao Cruzeiro para a temporada de 1981. Em 1982, ele trocaria a Raposa e iria para o Galo, onde também foi muito bem e encerrou a carreira em 1987.
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