Dicá na Portuguesa de Desportos

Foto: arquivo histórico

Dicá, pela Portuguesa de Desportos, em jogo contra o Santos

Oscar Salles Bueno Filho, ou simplesmente Dicá, um dos maiores ídolos da história da Ponte Preta, está completando 73 anos neste 13 de julho de 2020. Suas ligação com a Nêga Véia é gigante, mas ele defendeu outras equipes paulistas, como a Portuguesa de Desportos, entre 1972 e o início de 1977.

Nascido em Campinas, Dicá começou a jogar futebol em um time montado por seu próprio pai. Não demorou muito, olheiros da Ponte Preta observaram o garoto e o levaram para o clube em 1963. Três anos depois, com 19 anos, estreava pelos profissionais. Seu talento logo chamou a atenção de grandes equipes e desembarcou no Santos, por empréstimo, em 1971. Porém, no ano seguinte voltou ao clube que o revelou, mas não ficaria muito tempo.

Ainda em 1972, Dicá mudou de camisa e pela quantia de 370 mil cruzeiros foi apresentado na Associação Portuguesa de Desportos. Na Lusa, o meia não conseguiu jogar de imediato o suficiente para convencer o técnico Otto Glória. Na suplência em boa parte da competição, Dicá fez parte do elenco que faturou o título paulista de 1973.

Com o técnico Oto Glória, viveu um verdadeiro inferno sem nunca reclamar. Em 1972 a Lusa era um time em ascensão, mas ele caiu na desgraça de Oto Glória, que preferia a combatividade de Basílio ao jogo cerebral de Dicá. O técnico sentia prazer em ser cruel com o craque campineiro. Quando escalava, costumava dizer nas preleções – “Você vai entrar. Mas fique sabendo: se jogar mal, sai logo, logo”. E Dicá nunca reclamou. Mesmo nos momentos mais cruciais de sua vida, Dicá sempre se mostrava tranquilo e sem reclamar de nada.


Mas o bom campineiro foi subindo de produção e foi peça importante na campanha do vice-campeonato paulista de 1975. Naquela final contra o São Paulo do catimbeiro goleiro Waldir Peres, Dicá perdeu um dos únicos pênaltis de sua carreira.

Dicá permaneceu na Portuguesa de Desportos até os primeiros meses de 1977, quando acertou seu pronto retorno para o Moisés Lucarelli. Mais experiente, Dicá foi o grande comandante do time em 1977, período em que formou o tripé de meia-cancha ao lado de Vanderlei e Marco Aurélio, fazendo parte da melhor equipe da história da Ponte Preta. Mas isto é tema para um outro artigo.
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