As 10 melhores equipes de futebol que vi jogar

Por André Louro
Foto: Arquivo Flamengo

O Flamengo do início dos anos 80 jogava o 'fino da bola'

Os amantes do futebol costumam fazer comparações, na maioria das vezes injustas, inadequadas, perversas, enfim, comparar, sobretudo jogadores ou equipes de tempos outros é muito errado, mas para quem gosta de futebol é inevitável, de maneira que questões como quem foi maior, Pelé ou Maradona, Maradona ou Messi, Romário ou Ronaldo fazem parte do ambiente do futebol seja por parte da crítica ou mesmo dos jogadores que na frente das câmeras refugam para evitar maiores embaraços. 

E, considerando que a suspensão dos campeonatos por esse inimigo comum da humanidade, vulgarmente chamado coronavírus e motivado por um artigo da lavra do jornalista André Rocha em seu blog, resolvi listar as 10 melhores equipes de futebol que assisti jogar e dando meus motivos, primeiro porque não concordei muito com o rol eleito pelo meu xará jornalista, mas em especial pela ordem ou hierarquia do top 10 do futebol das últimas 4 décadas. 

O fato é que o Flamengo de Zico contava com um elenco fantástico e acima de tudo muito harmônico, que tinha Raul no comando de uma defesa eficiente e muito técnica, que se destacava pela qualidade dos laterais Leandro e Junior. Um meio de campo dinâmico, muito além de sua época, vanguarda nessa questão da intensidade tão falada nos dias atuais e que chegava para concluir. O Flamengo, sem dúvidas, foi a melhor equipe que vi jogar.


Em segundo lugar, o Milan dos holandeses Rijkaard, Gullit e Van Basten, além de uma zaga composta por Baresi, Costacurta e Maldini, certamente aliavam o belo à eficiência como poucos ou ninguém haveria de repetir na história. Em terceiro, a Juventus de Michel Platini, Boniek, Michael Laudrup, Paolo Rossi e Tardelli, além de Trapattoni no comando. Era lindo ver Platini desfilar seu futebol em campo.

Em quarto lugar, colocaria o Napoli de Maradona, Careca, Alemão e cia, em especial pela genialidade de Dom Diego. Em quinto viria o Barça de Romário, Michael Laudrup, Figo, os irmãos De Boer, Hristo Stoichkov, Koeman, Guardiola, enfim, assim concluiria o top 5 com alguma dúvida em não ter encaixado esse Barça mais acima. Romário e Stoichkov concluíam com rara habilidade, beleza e muita pontaria, mas quando a bola passava pelos pés de Figo e Laudrup a mágica acontecia de forma singular. Esse Barça foi uma máquina. 

Em sexto lugar, não tenho dúvidas em colocar os galácticos do Real de Zidane, Ronaldo, Raul, Figo, Roberto Carlos, Casillas, Beckham, Owen e toda constelação madrilena. Somente em sétimo lugar listaria o Barça de Messi, Xavi, Iniesta e cia e não por qualquer demérito dessa que foi uma das maiores equipes de futebol que assisti, mas os listados anteriormente enobreceram a história, como diria o Mister JJ com um futebol de notas artísticas sem igual, além de serem extremamente competitivos.


Em oitavo lugar, incluiria o Flamengo de 1987 que tinha do goleiro ao ponta esquerda, jogadores de seleção com Zé Carlos, Jorginho, Aldair, Edinho e Leonardo, Andrade, Ailton e Zico, Renato, Bebeto e Zinho. Campeões brasileiros do fatídico ano de 87 (Copa União) jogavam muito e davam espetáculo. Em nono lugar, o São Paulo de Telê Santana, cujo maior mérito estava no conjunto e na dinâmica, mas sobretudo pela participação efetiva de Müller, tanto na preparação, como na conclusão, claro que muito bem acompanhado, principalmente no ano de 92 por Raí, o qual, jamais repetiria atuação parecida em toda sua carreira.

Por fim, o décimo lugar, incluiria o Corinthians do Dr. Sócrates, por tudo que significou a Democracia Corinthiana, não somente para a história do futebol, pelo brilhantismo dos jogadores como Casagrande, Wladimir, Zenon, Edson, mas principalmente pela figura especialíssima do Magrão, talvez o jogador, cuja expressão “jogar fácil” tão utilizada por todos, mais se adeque. Assistir ao Dr. Sócrates jogar futebol era algo semelhante a assistir Al Pacino em seus filmes ou Fernanda Montenegro nos palcos ou ainda Luciano Pavarotti a cantar. Ele cunhava beleza na simplicidade. Simplesmente gênio!
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