Marcelo Dijan - Um dos primeiros brasileiros no Lyon

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images

Dijan foi o segundo brasileiro à vestir a camisa do Lyon

O Olympique de Lyon é um clube que tem imensas ligações com o futebol brasileiro. O maior ídolo da história do clube é Juninho Pernambucano, destaque do melhor time que os franceses montaram em sua história e principal nome dos sete títulos franceses do clube. Além dele, nomes como Sonny Anderson, Cláudio Caçapa, Cris e outros fizeram sucesso pelos Gones. Atualmente, o elenco conta com cinco jogadores brasileiros e o time tem já alguns anos uma ligação especial com o país. Um dos pioneiros na equipe, antes de Juninho, Anderson e cia. Foi o zagueiro Marcelo Dijan, que completa 53 anos neste dia 6 de novembro. Ele foi o segundo brasileiro à jogar pelo clube.

Brasileiro de descendência Armênia, Dijan começou no Corinthians em 1987 e ficou no time até 1993, sendo Campeão Brasileiro pelo clube em 1990. Em 1993, seu futebol foi suficiente para chamar atenção do Lyon, que na época era apenas um time pequeno da França. Ele desembarcou na França em 1993 e logo assumiu a titularidade na equipe francesa, onde faria uma boa passagem ao longo dos quatro anos seguintes.

Entre 1993 e 1997, Dijan vestiu a camisa do Lyon, num periodo que antecedeu a época gloriosa do clube. Nesse periodo, os Gones foram vice-campeões franceses na temporada 1994/1995, perdendo o título para o Nantes. Na temporada 1995/1996, apesar de uma campanha ruim no Campeonato Francês, o Lyon chega à final da Copa da Liga contra o Metz. Nos pênaltis, a equipe acaba derrotada, sendo que Marcelo perdeu um dos pênaltis. Porém, já na época era um dos ídolos da torcida, algo que não diminuiu com o vice-campeonato.


Se despede do Lyon na temporada 1996/1997. Encerra sua passagem pelo clube na última rodada da Ligue 1, em um dia onde a equipe simplesmente estraçalha o Olympique de Marseille por 8 a 0 em Gerland. Marcelo é aplaudido de pé quando é substituido, demonstrando todo o moral e respeito que tinha com o torcedor do Lyon. Foram 114 jogos e apenas um gol com a camisa dos Gones. Passaria depois por Cruzeiro e Galo antes de encerrar a carreira. 

Foi provavelmente responsável direto pela abertura maior de portas a jogadores brasileiros nos anos seguintes no Lyon. Tal fato seria decisivo na fase áurea do clube, por motivos óbvios. Dijan permanece respeitado pelo torcedor até hoje, mesmo que abaixo de nomes como Cris, Anderson e, obviamente, da praticamente divindade Juninho Pernambucano. Porém, o pioneirismo de Dijan seria essencial para o sucesso dos diversos ídolos brasileiros do Lyon, numa relação com o país que segue viva até os dias de hoje.
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