Por Tiago Cardoso
Foto: divulgação Dynamo Brest
Comemoração dos jogadores do Dynamo Brest
Durante 13 anos seguidos, entre 2006 e 2018, somente o Bate Borisov comemorou o título na ex-república soviética de Belarus. Entretanto, esta hegemonia foi quebrada nesta semana pelo Dynamo Brest, interrompendo, assim, a quarta maior hegemonia da história do futebol.
O título foi conquistado de forma antecipada, na penúltima rodada, após bater o Vitebski, mantendo a vantagem de cinco pontos sobre o poderoso Bate Borisov, figurinha carimbada na fase de grupos da Uefa Champions League. De quebra, o Dynamo Brest conquistou o direito de representar Belarus nas fases preliminares da próxima edição da Liga dos Campeões da Europa e quem sabe sonhar com uma vaga na fase de grupos.
A maior hegemonia da história do futebol pertence ao Tafea, da Ilha de Vanuatu, na Oceania, que conquistou incríveis 15 títulos consecutivos entre 1994 e 2009, seguido do Lincoln, de Gibraltar, campeão seguido por 14 vezes entre 2003 e 2016, e Skonto Riga, da Letônia, campeão nacional entre 1991 e 2004. O feito do Bate Borisov iguala ao do Rosenborg, da Noruega, campeão nacional por 13 anos seguidos, entre 1992 e 2004.
Na América do Sul, a maior hegemonia pertence ao ASL Le Sport Guyanais, da Guiana Francesa, campeão seguido por 9 vezes entre as temporadas 1965/1966 a 1973/1974. Na Argentina, a maior hegemonia pertence ao Racing, que venceu o campeonato argentino, ainda no amadorismo, por 7 vezes consecutivas entre os anos 1913 e 1919, que lhe rendeu a alcunha de La Academia.
No Brasil, a maior hegemonia pertence ao Santos de Pelé, o qual venceu a Taça Brasil - reconhecida pela CBF em 2010 como Campeonato Brasileiro- entre 1961 e 1965. Na fase moderna do Campeonato Brasileiro a maior hegemonia pertence ao São Paulo, o qual foi campeão três vezes seguidas entre 2006 e 2008.
Contudo, as maiores hegemonias do futebol brasileiro, levando-se em consideração os campeonatos estaduais, uma vez que eram as principais competições no território brasileiro até o advento da Taça Brasil em 1959, pertencem ao América Mineiro, dez vezes campeão mineiro entre 1916 e 1925, e ao ABC de Natal, campeão potiguar por dez vezes seguidas entre 1932 e 1941.
Algumas hegemonias estão em curso em centros importantes do futebol, tais como a da Juventus de Turim, que busca seu nono título em sequência no Campeonato Italiano, e do Bayern de Munique, que busca seu oitavo título consecutivo na Bundesliga.
No Brasil, em decorrência de um número maior de clubes considerados grandes, é improvável que tenhamos algum dia hegemonias tão duradouras.
No que concerne às competições continentais, a maior hegemonia da história pertence ao Auckland City, da Nova Zelândia, campeão da Liga dos Campeões da Oceania por sete vezes seguidas entre 2011 e 2017, batendo um recorde que pertencia ao Real Madrid, vencedor das cinco primeiras edições da Liga dos Campeões da Europa entre as temporadas 1955/1956 e 1959/1960.
No futebol de seleções as hegemonias não são tão duradouras, uma vez que jamais uma seleção foi campeã por mais de três vezes seguidas de uma competição. Os recordes pertencem ao Irã, tri campeão seguido campeão da Copa da Ásia em 1968, 1972 e 1976; ao Egito, tri campeão seguido do Campeonato Africano de Nações em 2006, 2008 e 2010; ao México, tri campeão seguido da Copa Ouro em 1993, 1996 e 1998; a Argentina, tri campeã da Copa América em 1945, 1946 e 1947. Em competições intercontinentais, maior hegemonia pertence a Seleção Brasileira, tri campeã seguida da Copa das Confederações em 2005, 2009 e 2013. Na Copa do Mundo somente Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962) conseguiram vencer dois torneios seguidos.
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