O futebol brasileiro entra na era do árbitro de vídeo, mas não convence

Por Lula Terras

Reclamação no lance na partida entre Palmeiras e Cruzeiro, onde o VAR não foi acionado
(foto: Nilton Fukuda/Estadão)

A rodada do meio de semana passada, entre Palmeiras e Cruzeiro, que valeu pela partida de ida das Semifinais da Copa do Brasil trouxe à tona mais um problema, não solucionado pelo Sistema de Árbitro de Vídeo (VAR). Foi um erro da arbitragem principal, mas que passou batido, devido à participação do VAR só poder acontecer, por solicitação do árbitro. Lógico que o juiz Wagner Reway não iria dar margem para que seu erro viesse à tona.

O lance polêmico aconteceu no minuto final do jogo, em que apitou uma falta, questionada, no goleiro, e na sequência da jogada, o zagueiro palmeirense, Antonio Carlos tocou para o fundo das redes.Como havia apitado antes, o gol acabou invalidado, e o jogo terminou com vitória cruzeirense, por 1 x 0, que leva a vantagem de jogar pelo empate, na partida de volta, no Mineirão.

Também no jogo entre o mesmo Cruzeiro e o Santos, pelas quartas-de-final, a arbitragem provocou uma grande polêmica, ao encerrar o jogo, quando o atacante Gabriel Barbosa recebeu a bola e já se dirigia em direção ao gol, com apenas o goleiro Fábio pela frente. Ou seja, o árbitro Rodolpho Tosky Marques, que havia anunciado mais um minuto de prorrogação, não esperou, nem este tempo para encerrar o jogo, impedindo com isso, que o Santos fizesse seu terceiro gol no jogo e se classificasse para as semifinais. 

A conclusão que chego é a necessidade urgente de uma revisão nos critérios para uso, sob o risco do sistema se tornar incipiente e sem razão de existir, ao menos no futebol brasileiro, que tem suas peculiaridades diferentes de outros paises. Entendo que, além do árbitro principal, também os treinadores das equipes, poderiam ter o direito de acionar o VAR, como acontece no voleibol, onde há um limite de pedido para que isso aconteça. Hoje, sua utilização é bem limitada e restrita a algumas situações de gol, pênaltis, cartão vermelho e erro de identidade na aplicação do cartão ao jogador. Vamos torcer para que os responsáveis estejam dispostos a rever a situação, e assim quem sabe, nós, que amamos futebol, possamos ver se o VAR vinga ou não, no futebol brasileiro.
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