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Jogadores do Uruguai brigam com torcedores ao fim da semi da Copa América

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

A confusão foi grande

O Uruguai não engoliu bem a eliminação para a Colômbia nas semifinais da Copa América 2024 e, após a derrota por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, viu seus jogadores trocarem socos com torcedores colombianos no Bank of America Stadium, em Charlotte, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

O apito final mal havia soado e os reservas da seleção colombiana já invadiram o campo para comemorar a classificação histórica da equipe. A cena irritou os uruguaios, que partiram para cima dos colombianos.

O tumulto, que se iniciou no campo, logo se estendeu para as arquibancadas. Alguns torcedores da Colômbia passaram a provocar familiares uruguaios nas tribunas e não demorou muito para a briga se tornar generalizada.

Enquanto jogadores da bicampeã mundial, como Darwin Núñez e Ronald Araújo, buscavam subir nas cadeiras e confrontar os torcedores, a equipe de segurança da Copa América queria separar os envolvidos e apaziguar a situação.


O zagueiro José Giménez descreveu a situação como um “desastre” durante uma entrevista após a partida. “Uma parte da torcida atacando as nossas famílias, muitos de nós com crianças pequenas. Espero que os organizadores percebam, isso acontece sempre, torcedores embriagados que se comportam assim”, reclamou o atleta do Atlético de Madrid.

Os ânimos enfim foram acalmados e a seleção uruguaia seguiu para o vestiário, eliminada. A Colômbia enfrenta a Argentina na final da Copa América no próximo domingo, às 21h (horário de Brasília).

Na Bélgica, KV Oostende entra em processo de falência e torcedores fazem velório

Por Lucas Paes
Foto: Reprodução/Twitter

Torcedores do Oostende protestam contra a falência do clube

Administrações ruins não são exatamente novidade no futebol mundial. Passando pelo Brasil, onde os exemplos são quase incontáveis, mas caminhando também pela Europa, com clubes muito famosos e rodando o planeta inteiro, os desmandos e erros de donos e presidentes e donos de clubes de futebol são um lugar infelizmente muito comum no esporte bretão. Na Bélgica, o KV Oostende, presença comum na primeira divisão na última década, está perto de fechar as portas. Na tarde europeia da última terça, dia 4, os torcedores fizeram um "velório" para o time na Diaz Arena, em um caso que precisa ser catalisador para um maior rigor contra donos de futebol.

Fundado em 1904, o Oostende não é exatamente um supercampeão do futebol local. Quase sempre perambulando entre a primeira e a segunda divisão, os Kustboys tiveram um sucesso maior em anos recentes, com presenças quase constantes na primeira divisão e algumas campanhas de meio de tabela, além de uma participação na Europa League. Tudo isso foi por água abaixo após uma calamitosa administração por parte, principalmente, do Pacific Media Group.

O Oostende se fez presente na primeira divisão da Bélgica em sequência entre 2014 e 2023. No meio desses anos, fez uma campanha história em 2015/2016, quando ficou em quarto lugar e chegou a disputar a rodada do título do campeonato local, terminando na quinta colocação geral. Desde 2017, porém, a situação do clube vinha caminhando por água abaixo e o rebaixamento em 2023 veio após anos de caos administrativo, culminando na impagável dívida que levará o clube a falência. A equipe perdeu a licença profissional local e sequer consegue voltar no amadorismo devido a suas dívidas.

Foi graças a essa falência que os torcedores fizeram um "velório" para o clube, onde a tristeza pelo fim da instituição se juntou a vários protestos contra a empresa que comandou o clube até sua falência, a Pacific Media Group. Os torcedores penduraram diversas faixas protestando contra Cornway e seus colegas e também avisando que vão voltar. Para "sobreviver", o Oostende terá provavelmente que ser "refundado' e reconstruído justamente por seus torcedores e começar do amadorismo.

Não é absurdo dizer que a Pacific Media Group cujo dois nomes mais chamativos são Paul Cornway e Chen Lee, é de fato a responsável pelo fim do Oostende. Os dois e sua empresa tem um histórico surreal de administrações calamitosas que faz questionar como tais sujeitos ainda são permitidos no mundo do futebol. Para os curiosos (que entendam inglês), a Sports Investment tem um enorme artigo sobre a PMG, mas aqui vamos resumir um pouco a história deles. 

Consistindo da junção de duas empresas, a Pacific Media Group era apenas um grupo que investia em mídia até meados de 2015, quando comprou o Nice, fez uma boa temporada e acabou o vendendo por um lucro enorme para Daniel Ratcliffe, sim, o dono do Manchester United. Com o dinheiro dessa venda, a PMG passou a comprar diversos clubes e implantar neles uma filosofia extrema baseada no conceito do Moneyball: jogo baseado no "gengenpressing", que fez com que a empresa trouxesse vários jovens treinadores alemães tentando achar um novo Klopp e um foco total em jogadores jovens que depois poderiam ser vendidos. Assim, eles adquiriram sete clubes diferentes e entre várias situações caóticas, conseguiram levar um deles a falência (e serem odiados nos outros).

O PMG tem ou teve em seu portfólio, além do Oostende, o Barnsley, da Inglaterra (de onde foram basicamente "expulsos" em 2022 após diversos problemas administrativos e acusações de violação de regras financeiras), o Nancy (que chegou a cair para a quarta divisão nas mãos da PMG), FC Thun (tentando voltar a primeira divisão suíça, talvez o caso menos pior deles), Esbjerg, da Dinamarca (que foi rebaixado para a a terceira divisão depois de 28 anos entre a primeira e a segunda no comando da PMG e agora tem donos locais), KV Den Bosch, da Holanda (rebaixado para a terceira divisão neste ano) e o tradicionalíssimo Kaiserslautern, onde para a sorte do time alemão eles só possuem 10 por cento do clube.


O Oostende não teve tanta sorte como alguns dessa lista. Seguindo nas mãos do Pacific Media Group, o clube chegou a uma situação insustentável, após anos com a filosofia do grupo piorando as coisas por lá e vai deixar de existir, pelo menos como é hoje. O "velório" feito pelos torcedores em seu estádio marca o fim de uma história que poderia facilmente ser evitado caso o futebol como um todo fosse um tanto mais rigoroso com um grupo cuja atuação dentro do esporte parece uma "metástase", destruindo por dentro os clubes que compra até que eles cheguem perto de sumir.

Na Bélgica, já chegam pedidos para que Paul e sua turma sejam banidos do futebol. Em meio a isso, a PMG segue buscando clubes para implantar sua caótica filosofia. O que faz esse texto terminar com as seguintes perguntas: quantos clubes mais fecharão as portas nas mãos de grupos como esses antes que eles sejam banidos do futebol? E até quando empresas levarão clubes a destruição sem serem responsabilizadas ou fiscalizadas por algum órgão relacionado a FIFA? Aos torcedores do Oostende, restará o triste lamento e o choro no velório do clube. Aqui no Brasil, resta ficar alerta com algumas das SAFs, que de sonho podem virar pesadelo e "morte". 

Clube belga, da mesma SAF do Vasco, tem jogo adiado por protestos de torcedores

Com informações da Gazeta Esportiva
Foto: reprodução

O jogo não teve início

Nesta sexta-feira, o Standard Liège, pertencente a 777 Partners, dona da SAF do Vasco, teve seu jogo contra o Westerlo adiado por conta de protestos dos torcedores do clube contra a empresa. A equipe não vence há sete jogos na competição.

O ônibus que levava os jogadores do time até ao Estádio Sclessin, foi impedido de trafegar até o destino. Além do Vasco e do clube belga, a 777 também controla o Hertha Berlim, da Alemanha, o Red Star, da França, o Melbourne Victory, da Austrália, entre outros.

Os torcedores do Standard Liège exigem que o clube seja novamente vendido a investidores locais e não a empresas estrangeiras, como é o caso atual.

O time se posicionou através de uma nota oficial, onde pediu desculpas ao adversário e aos torcedores presentes no estádio pelo fato ocorrido. "Nossa equipe foi bloqueada em nosso centro de treinamento por alguns torcedores que decidiram impedir que o time entrasse no estádio, assim nosso clube não pôde participar do Standard-Westerlo.


As tentativas de conversar com estes torcedores não foram bem sucedidas, impossibilitando assim encontrar uma solução para quebrar o bloqueio.

O Standard lamenta profundamente esta situação e pede desculpas ao @kvcwesterlo bem como aos torcedores de ambos os times que estavam presentes no estádio esta noite", escreveu o clube.

Torcedores do Paraná Clube lança campanha de arrecadação para o clube

Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: Gazeta do Povo

Estádio Durival de Britto

Sem perspectiva de SAF, torcedores arregaçaram as mangas e ofereceram um plano de ação para o Paraná Clube – prontamente aceito pela diretoria. A ideia? Uma arrecadação capaz de financiar o clube nestes meses de campeonato. O projeto quer comercializar 100 mil ingressos e levar fôlego financeiro para o tricolor. Uma meta ousada e possivelmente inédita sob a atual perspectiva de um time com um calendário anual limitado a 5 jogos pela Série B Estadual.

Para alcançar esta meta, o grupo apresenta uma campanha que nasce num filme publicitário que se destaca pela franqueza: em vez das habituais cenas de estádio, jogos ou torcida, a história que se apresenta é um choque de realidade: uma emergência médica, onde um paciente em estado grave acaba de dar entrada. A cena é seguida de um diálogo entre médicos, uma breve conversa repleta de mensagens que remetem ao estado de saúde do “paciente”.

Na sala de emergência, a surpresa: uma arquibancada com torcedores e um clima de medo. Um cenário de tensão que se desenrola até que choques de reanimação trazem o paciente de volta à vida. E sob o conceito “nosso coração vai voltar a bater”, o movimento e o clube iniciam sua convocação para os 5 jogos da primeira fase do campeonato.

Além das redes sociais do clube, a campanha estará na TV, rádio e mídias: “nada é mais chocante que a realidade. Essa frase vale pra vida, mas também vale pro nosso clube. A situação é realmente emergencial. A reaproximação de todos pode definir o destino paranista”, comentou Thiago Gabardo, diretor de criação da campanha.

Mesmo em curta temporada, o Tricolor jogará como mandante nos 3 estádios da Capital. A estreia acontecerá na Ligga Arena, no dia 04 de abril. O segundo jogo será no Couto Pereira, no dia 11. “Neste momento, onde esperamos uma alta demanda de público, estádios maiores proporcionarão maior conforto à torcida. Por isso, optamos por firmar parcerias com Coritiba e Athletico para utilização dos seus estádios nas duas primeiras rodadas. Temos históricos incríveis nestas praças. E dessa vez não será diferente.” – citou João Carvalho, líder do planejamento do movimento. As três últimas partidas em casa acontecerão na Vila Capanema (25 de maio, 15 e 23 de junho).

Uma mega operação de vendas está sendo montada na Vila Capanema. As bilheterias estarão abertas ao público a partir de terça-feira (30 de abril), 9h para sócios e 12h para o público geral – neste mesmo horário também se iniciará a venda online, diretamente no site do clube: ingressos.paranaclube.com.br.

MODALIDADES

INGRESSO AVULSO – R$ 50,00*

PACOTES – ATÉ 6X NO CARTÃO

– 02 JOGOS – R$ 90 (Ligga Arena e Couto Pereira)
– 03 JOGOS – R$ 120 (Ligga Arena, Couto Pereira e o 1º jogo na Vila Capanema)
– 05 JOGOS – R$ 175 (Ligga Arena, Couto Pereira e os 3 jogos na Vila Capanema)

Valores já referentes a meio-ingresso (para quem usar a camisa do Paraná) válido para todos os setores, exceto áreas premium dos 3 estádios, como cadeiras VIP e camarotes.


O movimento - Encabeçado pelo empresário Carlos Alberto Werner, o grupo reúne empresários, administradores, publicitários e profissionais de diversos segmentos, torcedores do Paraná, que não conseguiram assistir de forma passiva o derretimento do Clube e iniciaram uma movimentação que se partiu de um diagnóstico: para que qualquer plano futuro seja possível (SAF, renegociações de dívidas, venda de passivos), é fundamental vencermos a Série B do Campeonato Paranaense. “A ideia era entregar à diretoria do Paraná uma estratégia pronta. E a receptividade da atual diretoria do Paraná

Clube foi incrível, sobretudo, na figura do presidente Aílton Barbosa de Souza. O que nos levou a um processo de troca construtivo. Esperamos que o torcedor acolha nossa ideia. Juntos podemos criar uma receita que viabilize o projeto do futebol. A ideia é devolver o clube à Série A do estado e poder buscar um calendário. Nossa torcida merece ter um time para acompanhar. Este é o primeiro passo que precisamos dar. E é o nosso foco total” – citou Carlos Werner.

O projeto conta com a anuência de outros movimentos paranistas, como: Torcida Fúria Independente, Paranautas, Gralhas de Vila, além de uma comissão formada por representantes de outros grupos, em sua maioria, de comunidades digitais.

Flamengo realiza ação e leva pessoas em situação de rua ao Maracanã

Com informações do UOL Esporte
Foto: divulgação Flamengo

Torcedores do Flamengo que vivem em situação de rua

O Flamengo levou um grupo de vinte e duas pessoas em situação de de rua para entrar pela primeira vez no Maracanã, neste domingo. Eles tiveram a oportunidade de assistir a goleada por 5 a 0 do Flamengo sobre Athletico Paranaense, pelo Campeonato Brasileiro.

A ação foi promovida pelo Rubro-Negro em parecia com a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

Os participantes da ação social estão acolhidos pela Central de Recepção de Adultos e Famílias, unidade Tom Jobim, na Ilha do Governador.

Nas redes sociais, os torcedores exaltaram a iniciativa do Flamengo.


Nesta quarta-feira, às 21h30, Mengão e Furacão se enfrentam novamente, desta vez, na Arena da Baixada, pela partida de volta da Copa do Brasil. A ida foi 0 a 0. Em caso de empate, a partida vai para as penalidades máximas. Qualquer vitória define o classificado para as semifinais do torneio.

Quando o racismo será expulso dos estádios de futebol?

Por João Fortunato*
Foto: reprodução

Celsinho foi alvo de ataque racista na Série B de 2021

Até onde vai o limite de tolerância da Fifa com o racismo? O que os seus dirigentes ainda esperam acontecer para tomar atitudes drásticas e definitivas contra este mal que só cresce? E os clubes de futebol? E os jogadores de futebol? Sim, eles mesmos: vítimas e amigos das vítimas, quando acontecerá o “basta ao racismo no futebol” de uma vez por todas? É verdade, são muitas as perguntas esperando respostas de diferentes atores, porém todos importantes e igualmente responsáveis por esta violência psicológica – e por vezes também física – cada vez mais presente nos palcos esportivos. É certo que se agirem juntos, com firmeza e seriedade, pode-se sim banir de vez esta praga que divide humanos pela cor da pele.

Para efeitos de resultados, é possível comparar este quadro com o da violência praticada pelos hooligans, torcedores ingleses que se espalhavam embriagados pelos estádios, armados com canivetes e socos ingleses, dentre outros instrumentos da luta de rua, para provocar confusões e espalhar brigas. Tratava-se de uma rotina, acontecia em qualquer partida de futebol do campeonato inglês. À época havia até certa tolerância das autoridades, que reduziam a gravidade do problema à rivalidade esportiva, como se fosse algo menor. Até que em 1985, no estádio de Heysel, na Bélgica, em partida válida pela final da Liga dos Campeões, entre o Liverpool (Inglaterra) e Juventus (Itália), a briga entre torcidas deixou como saldo 39 mortes e mais de 600 feridos. Embora a violência nos estádios da Europa fosse observada há tempos, as autoridades esperaram acontecer uma tragédia para a tomada de decisões firmes e cabais, envolvendo clubes e federações.

Os clubes ingleses foram suspensos de competições internacionais por cinco anos. O Liverpool levou dois anos adicionais. O que hoje se vê hoje nos estádios ingleses, onde se disputa o principal e mais valioso campeonato de futebol do mundo, é reflexo das punições e obrigações impostas pela Fifa e pelo governo inglês, sobretudo após a violência de Heysel. Qual será o extremo necessário nestas manifestações de racismo, que atravessam estádios sem qualquer tipo de contenção?

Recentemente, só para citar exemplo recente e local, na partida entre Corinthians e Boca Juniors, da Argentina, pela Copa Libertadores da América, realizada na Arena Itaquera, em São Paulo, torcedores argentinos simularam gestos de macaco para provocar os jogadores corintianos. Um torcedor foi preso, pagou fiança e foi libertado para, já em seu País, longe dos braços da lei brasileira, repetir seus gestos via redes sociais. A mesma manifestação aconteceu na partida de volta, no La Bombonera, estádio do Boca Juniors, nos arredores de Buenos Aires. Lá nenhum torcedor foi preso, nada aconteceu com o clube portenho e nem com a federação local. E nada também com a Conmebol. Ou seja, as vítimas que se virem com a dor!


Os jogadores brasileiros, em razão do desrespeito e da violência que se tornaram contumazes, principalmente em jogos pela América Latina, deveriam deixar o campo cada vez que percebessem manifestações racistas por parte das torcidas. Os clubes deveriam apoiar estas atitudes e, por sua vez, no campo político, pressionar a CBF para que faça o mesmo em relação à Conmebol e exija que esta puna com rigor os clubes cujos torcedores praticam atos e gestos racistas. O teor da pena deveria ser tão duro ao aplicado aos clubes ingleses em 1985. Advertência, multa ou jogo sem torcida já foram medidas tomadas à exaustão e com resultados praticamente nulos, tanto que o crime segue sendo cometido.

Se o 'universo' do futebol quer verdadeiramente acabar com o racismo fora e dentro dos campos – é, também acontece! – urge que se somem todos os interesses envolvidos e que decisões firmes e efetivas sejam definitivamente tomadas. A maquiagem que hoje persiste - um finge que pune e o outro finge que é punido – não muda em nada este quadro absurdo que atinge a população preta, que não precisa ter vínculo com o futebol para também se sentir como alvo!

*João Fortunato, jornalista, professor universitário e mestre em comunicação e cultura midiática

Na Bélgica, torcedores do Sporting Charleroi invadem jogo para cobrar dirigente por maus resultados

Por Lucas Paes
Foto: MyCujoo/Eleven Sports

Torcedores do Sporting Charleroi invadiram o campo

Não é só no Brasil que temos torcedores organizados invadindo propriedades do clube para cobrar dirigentes. Na tarde deste sábado, dia 17, os ultras do Sporting Charleroi, da Bélgica, invadiram o Stade du Pays de Charleroi antes do jogo contra o Eupen para cobrar o presidente do clube, Mehdi Bayat, devido aos maus resultados ocorridos ao longo da temporada, com os Carolos fora da briga por uma vaga em competições europeias. Assim como em boa parte do planeta, o campeonato local ocorre com portões fechados devido a pandemia do coronavírus.

O protesto foi organizado pelos Storm Ultras, um dos grupos mais ativos e conhecidos da Bélgica. A situação é o deságue de algum tempo de cobranças dos torcedores, insatisfeitos com o desempenho de seu time nesta temporada. A diretoria do Sporting Charleroi ofereceu para que eles se encontrassem com Bayat na segunda-feira, dia 19, quando ele faria um encontro para perguntas e respostas, possibilidade que foi prontamente negada pelos ultras.

Segundo a torcida, a ação deste sábado prometia ser "pacífica, porém firme". Bayat não "afinou" para a cobrança e fez questão de discursar frente aos pouco mais de cem torcedores. Ele primeiro defendeu seus anos no comando do clube, citando que "em 115 anos, o clube nunca havia passado pelos momentos que passou nos últimos nove anos". O mandatário também não deixou de assumir parte da culpa, citando que "aceita os erros e que a falha é coletiva, quando perdem um, perdem todos, jogadores, dirigentes e torcedores".

Depois de discursar frente aos torcedores, Bayat saiu acompanhados dos organizados do estádio, permitindo assim a entrada da delegação do Eupen no estádio. Com os acontecimentos, o jogo acabou atrasando 30 minutos, começando as 14h no horário de Brasília, ao invés das 13h30 como seria o horário marcado.


O Sporting Charleroi terminou a última rodada com uma derrota por 3 a 2 para o Eupen, em casa, terminando com o resultado na décima terceira posição na tabela de classificação da Jupiler League, fora da zona de classificação a Liga Europa e muito distante da zona da rodada final da briga pelo título. Uma posição que está, por exemplo, muito abaixo do quarto lugar na temporada 2019/2020, num campeonato que não terminou, ou do nono lugar no biênio anterior.

Crítica - Filme 'Ultras', da Netflix

Por Diely Espíndola
Foto: divulgação Netflix

Ultras fala de torcedores de futebol do Livorno

Nesses dias de campeonatos pausados mundo afora, todo fã de futebol está se pegando em meio a uma abstinência forte de conteúdo esportivo. Por isso, filmes, séries e documentários sobre futebol tem sido a nossa solução. 

Quando eu soube que a Netflix produziria um filme sobre os Ultras, fui inocente. Pra mim, uma eterna romântica sobre tudo que envolve futebol e política, o filme falaria disso. Se você acha que futebol e política não se misturam, os Ultras tão aí pra te mostrar que não só se misturam, como tem uma relação intrínseca, apaixonada e vital. São talvez um dos grupos sociais italianos que mais tem voz mundo afora. E foi isso que eu esperava ver. 

Eu esperava ver a luta antifascista e muitas vezes solitária dos Ultras do Livorno. Esperava ver como eles, pelo futebol, tentam mudar a Itália presente e fazer a Itália passada se redimir. 

Esperava ver expostos os Ultras do outro lado, os canalhas anti semitas, preconceituosos, racistas que cada vez mais perdem a voz nas arquibancadas graças à luta dos torcedores que não se calam diante dessa nojeira. 

Mas o que eu vi foi mais do mesmo. Uma tentativa de ser mais um “Hooligans”. Uma exaltação à violência que o mundo não tolera mais. Ainda que haja retratações, mudanças, o filme se porta como se aquilo ali fosse o padrão. A via de regra. Como se escolher o diferente fosse uma batalha árdua de vida ou morte. 

Vi uma oportunidade incrível de mostrar pro público comum, pro mundo inteiro, pra quem nem gosta de futebol, que as torcidas são muito mais do que um aglomerado de trogloditas. Podiam mostrar a força social, trabalhista, a influência sobre clubes, povos, o poder de arrastar multidões, tudo que ninguém quer acreditar que existe fora do estereótipo.


Mas escolheram mostrar o estereótipo.

Uma obra que poderia ir muito além, poderia ser muito mais crítica, analítica, mas preferiu se manter no raso e abordar de forma vazia uma temática tão cheia de potencial. 

Mais uma obra pra afastar dos estádios o público comum, pra incutir no imaginário popular que futebol é violência. E enquanto isso, tem torcedor aplaudindo, e reproduzindo os mesmos comportamentos aqui na vida real. 

É por tudo isso a minha decepção.

Conmebol restringe ação de torcedores para 2019

Por Lula Terras
Foto: Getty Images.com

Se o Regulamento de Segurança da Conmebol for seguido, cenas como esta não serão mais vistas

Assim, como aconteceu na temporada de 2018, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), divulgou durante esta semana, o Regulamento de Segurança que valerá para a Copa Libertadores da América e Copa Sul-Americana de 2019, com uma margem de implementação, que vai até 2021. A entidade máxima do futebol do Continente, que terminou 2018 totalmente desacreditada, em sua autoridade e com sérias dúvidas, quanto sua imparcialidade em relação aos afiliados. 

Especula-se que, com essas medidas, a Conmebol busque recuperar seu prestígio, que ficou bastante abalado, no ano que passou, tantas foram patacoadas cometidas, durante a Libertadores da América. O descontentamento foi tanto que, naquela oportunidade, alguns dirigentes de clubes brasileiros chegaram a defender a desfiliação da CBF, proposta que não progrediu, mas que não está morta. 

Independentemente de serem positivas ou não, as medidas, a meu ver, tende a provocar o aumento, no afastamento dos torcedores nos estádios, situação que é clara, a cada ano que passa. Vários são os motivos para a situação negativa, como a desorganização nas competições oficiais; o nível técnico da arbitragem e dos jogos, bastante sofríveis. Eu acredito que, tudo isso contribui para o afastamento do torcedor e, na medida que ele veja que o estádio de futebol não é mais o local de divertimento, a tendência é o total abandono. 

Para concluir e cada um ter sua própria interpretação sobre as medidas anunciadas, segue o texto publicado nas redes sociais da instituição em dezembro de 2018. Lá estão algumas mudanças significativas sobre as festas das torcidas, que vinha sendo, uma das partes mais positivas dado o colorido e animação nos estádios de futebol. Por exemplo, no item do Regulamento de Segurança que trata sobre proibições e condições de entrada e permanência do público, está a exclusão de bandeiras manuais acima de 1.50 metros comprimentos, por 90 centímetros de largura; as faixas só poderão ser dependuradas, nas cercas, com uma distância de cinco metros de uma à outra. 

Essa restrição já constava no Regulamento de 2018, que totalizou 18 proibições, agora, em 2019, serão 21 proibições previstas. São elas: Armas brancas; armas de fogo; bebidas alcoólicas, líquidos e sólidos engarrafados em vidro, lata e plástico; jogos pirotécnicos; bombas de fumaça; bombas de estouro; extintores de fumaça colorido; iluminação a laser; apitos; guarda-chuvas e sombrinhas; rolos de papel; objetos acionados com gás hélio ou outras substâncias; mastros para bandeiras; qualquer tipo de objeto içado através de sistemas aéreos; qualquer objeto que se converta em um material cortante e qualquer elemento que a gestão de segurança considerar perigoso.

Atletas mimados, dirigentes e torcedores despreparados são riscos para o futebol

Por Lula Terras

Dagoberto desabafou sobre a postura de atletas e dirigentes do futebol brasileiro

A redenção do futebol brasileiro está difícil de acontecer e pouco, ou quase nada, tem sido feito para reverter o quadro. Um comentário, publicado e um site de notícias, feito pelo jogador Dagoberto, que atua no futebol norte-americano, coloca mais pilha no já combalido futebol brasileiro.

Com passagens por grandes clubes brasileiros, o atleta que atua no San Francisco Deltas disse que não aguenta mais o futebol brasileiro e que não sente a menor vontade de voltar a atuar por aqui. Ele alega que a falta fome de jogo nos jovens atletas tem influenciado bastante na qualidade das partidas realizadas. “Eles estão mais preocupados com Ipad, conforto e esquecem de jogar”, lamenta o jogador.

Eu entendo que o comentário de Dagoberto, apesar de forte, tem muita verdade. Concordo plenamente com o que disse e acrescento outros motivos para que o quadro negativo venha perdurando há tanto tempo. A meu ver, todos os jogadores, desde as categorias de base são mimados, e muitas vezes, remunerados de forma errada e perigosa.

Isso acontece, geralmente em clubes, onde seus dirigentes que, até podem ser empresários bem sucedidos, mas no que diz respeito ao futebol, são despreparados, também empresários gananciosos e torcedores passionais apresentam riscos ao desenvolvimento da carreira dos jovens atletas, e quem perde com tudo isso, é o pobre e desamparado futebol brasileiro.

Torcedores fazem documentário sobre o grande time da Lusa dos anos 50

O grande time Rubro Verde é tema de documentário feito por torcedores

O time que foi base da seleção brasileira, derrotou o campeão inglês, calou a torcida do Atlético de Madri, superou um esquadrão comandado por Di Stéfano e ficou marcado como o primeiro estrangeiro a atuar na Turquia. ‘Rubro-Verde Espetacular’ traz depoimentos de ex-jogadores que marcaram época vestindo a camisa da Portuguesa na década de 1950, além de ouvir historiadores, jornalistas e torcedores que acompanharam essas façanhas de perto. Um esquadrão formado por Julinho Botelho, Djalma Santos, Pinga e Brandãozinho.

Entre os entrevistados do documentário estão três craques remanescentes daquela equipe: Atis, Orestes e Genê. O filme conta com depoimentos do jornalista e comentarista esportivo Orlando Duarte, que acompanhou aquela equipe tanto nas arquibancadas quanto à beira do gramado. Mario Americo Netto - neto do massagista Mario Americo - e Carlos Botelho - filho do craque Julinho Botelho - também estão no elenco. O plantel de entrevistados ainda tem o torcedor Vital Vieira Curto e o memorialista Pedro Boscato.

'Rubro-Verde Espetacular' foi lançado no dia 27 de janeiro de 2017, no Teatro Gamaro, na Mooca, em São Paulo. A sessão contou com a presença de mais de 300 pessoas. O evento foi marcado por homenagens aos ex-jogadores ainda vivos e aos familiares daqueles que fizeram parte do histórico esquadrão. O presidente da Portuguesa, Alexandre Barros, também esteve no lançamento e prestou um tributo aos que participaram daquelas conquistas.

Com o apoio oficial da Lusa, o longa-metragem é mais uma produção independente de Cristiano Fukuyama e Luiz Nascimento, torcedores lusitanos que resolveram retratar a história do clube nas telonas mesmo sem patrocínio ou apoio financeiro. Os dois trabalham sozinhos e compõem toda a equipe de produção do Acervo da Bola – marca criada para os filmes e que virou portal. A dupla entrou nessa empreitada há pouco mais de dois anos e já lançou seis produções relacionadas com a Portuguesa: um longa, três curtas e dois nanodocs.

Trailer do documentário

O documentário é uma viagem pelo Brasil da década de 1950, com detalhes de uma São Paulo charmosa e obstinada pelo crescimento, embalado pela magia do rádio e seus locutores esportivos. O filme retrata a construção de um dos principais símbolos da comunidade portuguesa no Brasil, mais especificamente no esporte, e traz um rico material de acervo de fotos, que transporta o espectador ao ambiente da época. As longas viagens de avião, as dificuldades com a língua e a surpresa com a primeira vez no exterior são pontos altos do longa-metragem.

Os diretores venceram em 2016 o prêmio de melhor longa-metragem do CINEfoot (festival brasileiro de cinema de futebol) com o filme 'Ivair – O Príncipe do Futebol’.

Exibição - Museu do Futebol do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, realizará neste sábado, dia 19 de agosto, a partir das 14 horas, o encontro “Lusa: passado, presente e futuro”, em comemoração aos 97 anos da Associação Portuguesa de Desportos. Proposto por torcedores apaixonados, a programação será realizada em parceria com o Acervo da Bola e o Museu Histórico da Portuguesa. O objetivo é debater a atual situação do clube, relembrar a história de conquistas e lançar perspectivas para o futuro.

O evento será aberto com a exibição do documentário ‘Rubro-Verde Espetacular’ e depois haverá uma rodada de debates com a presença de torcedores, ex-jogadores, como Badeco, jornalistas e escritores que já produziram conteúdos sobre a Lusa. A entrada é franca!
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