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Inter confirma vaga na decisão da Champions League

Por Lucas Paes
Foto: DeFodi Images / Icon Sport

A Inter é finalista da Liga dos Campeões

Depois de uma espera de 13 anos, de toda uma geração crescer sem ver o clube chegar tão longe, a Internazionale está de volta a final da Liga dos Campeões da UEFA (num tempo muito menor que a última espera, diga-se). A Beneamata chegou na final ao confirmar a vantagem e ainda bater o arquirrival Milan por 1 a 0 no San Siro, nesta terça. A classificação da Internazionale, ao contrário do que se diz em boa parte do tratamento da mídia brasileira, não é a queda de um favorito e sim a confirmação dele. 

A Beneamata chegou ao confronto ao bater Porto e Benfica em jogos onde prevaleceu defensivamente contra dois ótimos times portugueses. Já o Milan chegou com alguma qualificação, já que bateu o Napoli nas quartas, após sacar da competição um Tottenham modorrento. Pelas histórias sozinhas, a mídia brasileira em geral chegou ao Derby dessa semifinal tratando o Milan como favorito, mas a realidade na opinião deste que vos escreve (e inclusive de alguma parte da mídia internacional) era diferente.

A Internazionale é sem sombra de dúvida hoje o segundo melhor time da Itália. A equipe nerazzurra só não chegou longe na última Champions devido ao azar de enfrentar de cara um dos Liverpools mais infernais da era Klopp (e vender caríssimo a desclassificação) e na verdade perdeu o Scudetto passado de maneira inacreditável, num dos grandes derrapes da era Inzaghi. Este ano, derrapou na Série A e se afastou duma liderança que não era alcançável do Napoli, mas na disputa pelo G4 reagiu de maneira surreal e praticamente é certo que estará na próxima Liga dos Campeões. 

O Milan, por sua vez, é sim o último campeão da Itália antes do Napoli, mas conquistou esse título muito graças a dois fatores: uma atuação histórica de Maignan no Derby que decidiu o título e um erro gravíssimo de Handanovic no jogo a menos que retornaria a ponta a Inter. Conseguiu a conquista numa temporada onde o time de fato rendeu muito mais do que se esperava dele e que no fim das contas o rendimento caiu para seu nível neste ano, a exceções de raras partidas, como as duas contra o Napoli. 

A Inter era tratada tanto na Itália quanto na Europa como a favorita no confronto mesmo tendo eliminado um time teoricamente "mais fraco". Acima de qualquer sorteio e chaveamento, está o trabalho de Inzaghi, que merece algumas críticas pela Série A perdida temporada passada, mas que faz da Inter um adversário indigestíssimo em jogos de mata-mata, onde o time parece render a um nível que poucos times no mundo rendem. A diferença entre os dois elencos é de fato constrangedora e isso se mostrou nos dois jogos.


Sem a válvula de escape que é Rafael Leão, grande jogador do Milan e talvez dos dois times envolvidos (há que se respeitar Barella), o Milan virou na primeira partida uma presa fácil para a infernal Inter de Inzaghi que já há mais de uma década se acostumou a fazer o rival de freguês, ainda mais nos últimos anos. O jogo que terminou 2 a 0 deveria ter sido pelo menos 4 ou 5 se a Inter fosse mais eficiente. Na volta, a Beneamata não precisou nem jogar muito para vencer um Rossonero que, a despeito de um lampejo de Leão, sequer conseguiu assustar direito os nerazzurri. 

A Inter chegou a decisão da Liga dos Campeões pois, pelo menos nesta semifinal, confirmou o favoritismo que era óbvio para ela diante do Milan. Melhor time italiano depois do Napoli, os Nerazzuri talvez tivessem outro destino diante dos Partenopei na semifinal, mas diante dos arquirrivais eram favoritos e confirmaram isso. Agora, na semifinal, jogarão como azarão, uma condição não muito estranha a quem deixou o Barcelona pelo caminho na fase de grupos. 

Rincón e o grito de gol mais alto da história colombiana

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Foi um belo gol de Rincón

O mundo começou o dia 14 de abril com a triste notícia da morte de Freddy Rincón, ex-volante colombiano que é ídolo do Corinthians e tem diversas passagens no futebol brasileiro. Um dos maiores jogadores da história do país, ele tinha apenas 55 anos. Antes de se redescobrir com um técnico jogador de meia cancha graças a Vanderley Luxemburgo, Rincón jogava mais à frente do campo e foi assim que marcou o gol que a Colômbia mais comemorou em sua história, contra a Alemanha em 1990.

A imagem recente da Seleção Colombiana é positiva, já que a equipe passou a recente impressão de ser uma força do futebol sul-americano que inclusive surpreendeu ao não ir para a Copa do Mundo. Em 1990, a Colômbia tinha o que era sua melhor geração historicamente (há quem discuta que talvez não seja mais depois dos feitos de James Rodriguez e sua turma) e a equipe chegou a última rodada da fase de grupos com chance de classificação.

O palco do jogo era o San Siro, em Milão. Aos sul-americanos, pelo menos o empate era necessário, já que o time havia perdido para a Iugoslávia. O jogo foi apertado e extremamente disputado, com a técnica colombiana se saindo bem e obrigando Ilgner a trabalhar, mas com o futebol força alemão, na época pelo menos, também obrigando Higuita a fazer algumas defesas. O primeiro tempo seguiu assim e ficou em zero, placar que era favorável ao time colombiano e que obviamente não mudaria muita coisa para a Alemanha.


Aos 43' do segundo tempo, quando parecia que o jogo ficaria no zero, a Alemanha pulou na frente com Littbarski. Porém, a equipe cafetera não perdeu a cabeça e aos 47', o cabeludo Valderrama recuperou uma bola e começou uma das jogadas mais bonitas que a Copa do Mundo já viu, a Colômbia rodou a bola pra lá, rodou a bola pra cá, Valderrama fintou três tedescos no meio disso e ela chegou a Rincón, que saiu na cara de Ilgner e tocou com categoria por baixo das pernas do goleiro, explodindo um país inteiro num grito de gol.

A Colômbia avançou como uma das melhores terceiras colocadas e foi até as oitavas para enfrentar outra surpresa, a ótima seleção camaronesa de Roger Milla que acabou eliminando os cafeteros na prorrogação e só não foi semifinalista da Copa do Mundo por azar, já que cairia para os ingleses. Rincón ficou marcado na história do futebol de seu país por fazer o gol que a Colômbia mais alto comemorou em sua história, uma marca que deve ser lembrada no dia em que o meiocampista foi jogar no time dos eternos.
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