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Conquista do penta da Seleção Brasileira completa 23 anos

Com informações da CBF
Foto: arquivo

Capitão Cafu com o troféu na volta olímpica

A Copa do Mundo de 2002, realizada conjuntamente por Coreia do Sul e Japão, marcou um novo capítulo histórico para a Seleção Brasileira. Após uma campanha de altos e baixos nas Eliminatórias, o Brasil chegou ao torneio desacreditado por parte da imprensa e da torcida. No entanto, liderada por Luiz Felipe Scolari, o Felipão, e impulsionada pelo talento de alguns jogadores e pela força coletiva da equipe, construiu uma trajetória impecável até a conquista do seu quinto título mundial.

O Brasil estreou no dia 3 de junho contra a Turquia, em Ulsan, vencendo de virada por 2 a 1, com gols de Ronaldo e Rivaldo, de pênalti. Em seguida, aplicou uma goleada de 4 a 0 sobre a China, com gols de Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, também de pênalti, e Ronaldo.

Para encerrar a fase de grupos, a Seleção derrotou a Costa Rica por 5 a 2, quando Felipão escalou um time mesclado de titulares e suplentes. Ronaldo fez mais dois gols, num jogo que a equipe teve uma atuação ofensiva empolgante. Edmilson, Rivaldo e Júnior completaram a goleada. Com três vitórias em três jogos, o time avançou às oitavas com a melhor campanha do Grupo C.

Nas oitavas de final, o Brasil enfrentou a Bélgica. Após um primeiro tempo difícil e um gol belga anulado, a Seleção deslanchou na segunda etapa e venceu por 2 a 0, com gols de Rivaldo e Ronaldo.

Já nas quartas de final, num dos jogos mais marcantes da campanha, enfrentou a Inglaterra. O Brasil saiu atrás no placar, empatou com Rivaldo e virou com uma cobrança de falta surpreendente de Ronaldinho, que encobriu o goleiro Seaman. Mesmo com a expulsão do craque autor do segundo gol, a equipe segurou o resultado de 2 a 1.

Na semifinal, o adversário foi novamente a Turquia. Com uma atuação mais contida, o Brasil venceu por 1 a 0, com mais um gol de Ronaldo, consolidando a presença da equipe na final e mantendo os 100% de aproveitamento. O atacante, aliás, já somava seis gols no torneio e era o principal artilheiro da Copa.


A grande final ocorreu no dia 30 de junho de 2002, em Yokohama, contra a Alemanha. Foi a primeira vez que as duas seleções se enfrentaram em uma Copa do Mundo. Em outra atuação segura e eficiente, o Brasil venceu por 2 a 0, com dois gols de Ronaldo, que se consagrou como o grande nome da conquista.

Com sete vitórias em sete jogos, 18 gols marcados e apenas quatro sofridos, o Brasil conquistou seu quinto título mundial de forma invicta. A consagração de Ronaldo como artilheiro com 8 gols, o brilho de Rivaldo, a juventude ousada de Ronaldinho e a força coletiva de um time bem montado por Felipão selaram uma das campanhas mais vitoriosas e simbólicas da história do futebol brasileiro.

Trem conquista o penta do Amapazão

Com informações do ge.com
Foto: Arthur Leno

Comemoração após o fim do jogo

O Trem conquistou o penta do Amapazão ao empatar com o Oratório em 1 a 1, no sábado, em jogo realizado no Zerão, em Macapá. A Locomotiva levantou a taça do estadual pela quinta vez consecutiva e agora será o representante do futebol amapaense na Série D e na Copa Verde de 2026. O Trem tinha vencido a partida de ida por 1 a 0.

Em uma partida comprometida por uma forte chuva, as duas equipes tiveram muita dificuldade de jogar no gramado estádio Zerão. O campo ficou com muitas poças de lama e os times sofreram com as péssimas condições da drenagem.

A Locomotiva abriu o placar aos 34 minutos do 1º tempo com Aleilson, aproveitando uma falha da zaga do Oratório. O experiente artilheiro recebeu um passe na pequena e chutou forte no canto do goleiro Vavá para fazer o primeiro gol do jogo.



No final da partida, aos 45 minutos do 2º tempo, o autor do gol do Trem acabou sendo expulso e o Oratório ainda chegou a empatar o jogo. Aos 53 minutos, o zagueiro Ewerton aproveitou uma cobrança de escanteio e subiu de cabeça para deixar tudo igual.

Apesar da reação, a Orca Demolidora não conseguiu virar o placar e o Trem, por ter vencido a primeira partida por 1 a 0, conquistou o título do Amapazão 2025 e as vagas do Amapá em competições nacionais.

Há 58 anos o Santos conquistava o pentacampeonato da Taça Brasil

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

O Peixe de 1965

O Santos, que hoje não vive uma boa fase, já teve sua hegemonia no futebol brasileiro, ganhando o pentacampeonato da Taça Brasil, que passou a ser o Campeonato Brasileiro. Há 58 anos conquistava o título sobre o Vasco, após concretizar a conquista no jogo decisivo contra o Vasco. 

O campeonato tinha um formato diferente, e contou com a participação de 22 clubes, mas quatros times só entraram na fase final, que foram o Santos, Palmeiras, Fortaleza e Santos. O restante era dividido em clubes da Zona Norte e Zona Sul, e em cada chave saía um vencedor. 

O formato era de mata-mata desde o início, e na Zona Norte o vencedor foi o Náutico. Já na Zona Sul o ganhador foi o Grêmio, e ambos os times conquistaram a vaga para a fase final da competição. 

Na fase final, Náutico e Grêmio enfrentaram Fortaleza e Palmeiras, dois clubes que entraram apenas nessa fase. O Náutico conseguiu vencer os dois jogos sobre o Fortaleza, passando para a semifinal, e o Palmeiras atropelou o Grêmio nas duas partidas. 

Na semifinal, Vasco e Santos entraram, já que eram os vencedores dos campeonatos estaduais. O Náutico enfrentou o Vasco e foi muito acirrado, com dois grandes jogos, mas o Vasco conseguiu vencer a última partida, garantindo vaga para a final. 

Já do outro lado da chave, o Santos enfrentou o Palmeiras, um grande clássico paulista, pois os dois estavam se enfrentando sempre em decisões. O alvinegro praiano conseguiu vencer o primeiro jogo com uma boa vantagem, e segurou um empate na segunda partida, conseguindo a vaga para a final. 

O primeiro jogo da final aconteceu no dia 1 de dezembro, no Pacaembu, com um público superior a 16 mil pessoas. O Peixe deu um show, atropelou o Vasco, que não conseguiu ver a cor da bola. 

O time santista venceu por 5 a 1, com gols de Coutinho, dois de Dorval e dois de Toninho Guerreiro, já Célio diminuiu de pênalti para o Vasco. A decisão estava praticamente encerrada, pois seria muito difícil a equipe carioca conseguir reverter esse placar. 


O segundo jogo da decisão aconteceu no dia 8 de dezembro, no Maracanã, para mais de 38 mil pessoas. O Vasco tentou sair para o ataque, já que precisava vencer, mas não conseguia fazer o gol, e o Peixe segurou e controlou a partida o tempo todo. 

Nos últimos 45 minutos finais, o Santos ainda conseguiu abrir o placar com Pelé, que concretizou o título para o Peixe. A equipe conquistou o pentacampeonato da Taça Brasil (61, 62, 63, 64 e 65), mostrando toda a sua hegemonia no país.

O Santa Cruz pentacampeão sergipano em 1960

Por J. Cruz
Foto: arquivo

Em pé: treinador Edgar Barreto, Everaldo, Cinho, Piloto, Zito Aguiar, Zé dos Santos, Tarati e Firmino.
Agachados: João Enfermeiro, Teninho, Valdomiro, ABC, Geraldo, Chico, João Cego e Madureira

Quando falamos no futebol estanciano e sergipano, muitos ainda lembram do Sport Clube Santa Cruz que no final dos anos cinquenta e início dos sessenta do século passado era considerado o bicho papão do futebol sergipano, pois, ganhava para todos não só na Vila Operária (Estádio pertencente a Fábrica Santa Cruz), mas também em outras praças futebolísticas. Com uma equipe formada por excelentes jogadores, conquistou vários títulos na era do amadorismo e em 21 de maio de 1961 conquistou o primeiro campeonato sergipano na modalidade profissional, derrotando a equipe do Clube Sportivo Sergipe pelo placar de 2 a 0 com gols de Teninho (Valteno Alves dos Anjos) aos 43 minutos do primeiro tempo e de Geraldo (Geraldo José de Oliveira) aos 15 minutos do segundo tempo. (Vale destacar que naquela época o campeonato começava em agosto e terminava no ano seguinte, por isso que a final foi realizada 1961).

Esse jogo histórico foi realizado no estádio Municipal de Aracaju e o Azulão do Piauitinga entrou em campo com a seguinte formação: Augusto, Everaldo, Taraty, Zé dos Santos, Piloto, Zito, João Cego, Teninho, Valdomiro, ABC, Madureira e depois Geraldo, treinador Edgar Barreto e árbitro foi João Carlos Smith.

Vale lembrar que o time Azulão (uma referência a cor azul do uniforme) surge pela iniciativa de desportistas na maioria funcionários da Cia. Industrial de Estância (Fábrica Santa Cruz) nos idos de 1930 que tinham se separado do Estanciano FC (aqui não se trata do atual Estanciano Esporte Clube fundado em 1956) e depois encampado pelos novos proprietários da referida Fábrica, que passou a gerir as despesas da equipe.

Os anos se passaram e a equipe foi se firmando no cenário futebolístico sergipano, principalmente com a chegada de atléticas oriundos de outras localidades, principalmente de Riachuelo, que vinham para trabalhar na Fábrica Santa Cruz e consequentemente jogar no time azulão. Atletas como ABC, João Cego, Teninho e outros que se firmaram como principais jogadores e como funcionários da empresa, se tornaram famosos no ambiente futebolístico sergipano em uma época do amadorismo, que tudo se fazia por amor sem interesses financeiros. Em 1956 conquista seu primeiro título estadual e o mesmo acontece nos anos seguintes encerrando com a conquista histórica do pentacampeonato de 1960 e vice do ano seguinte em uma época que o campeonato começava em agosto e encerando-se no ano seguinte.

A partir de 1962 alguns jogadores com o profissionalismo foram deixando a equipe e outros entraram em decadência provocada pela idade e os novos atletas que chegaram ou surgiram de sua base juvenil não conseguiram manter o padrão futebolístico dos anos anteriores. O resultado foi que o Azulão do Piauitinga deixou de cantar alto na Vila Operária e em outros gramados sergipanos.

Sem conseguir se firmar como um time vencedor, em 1969 solicita licença a FSF e retorna no ano seguinte, mas sem conseguir empolgar mais sua torcida com brilhantes vitórias e conquistas de títulos e em 1980, acontece uma grande decepção: desce para a segunda divisão. Entretanto, com um esforço enorme de sua diretoria, consegue realizar uma parceria com o América do Rio de Janeiro trazendo atletas que resultou no retorno a elite do futebol sergipano.

Na década de 1980 com a inauguração do Estádio Francão (05/03/1983) aconteceram vários embates entre o Azulão e o Canarinho (Estanciano) em que a duas torcidas vibravam com o excelente nível de futebol praticado pelas as duas equipes, porém, mais uma década sem títulos.

O primeiro ano da década de 1990 foi o momento de tristeza para sua torcida e diretoria. Mesmo o time Azulão disputando o campeonato de futebol da primeira divisão, as vezes conseguindo uma boa colocação, outras vezes ficando próximo da degola, mas com dificuldades continuava competindo. Apesar do esforço de seu patrono, Dr. Jorge Leite, contratando atletas, porém, a equipe não conseguiu voltar aos tempos gloriosos da conquista do pentacampeonato. Em uma época em que o futebol passou a depender de grandes investimentos através de patrocínios e sem consegui-los, em 1990 após conseguir um terceiro lugar na classificação final do campeonato sergipano, o Esporte Clube Santa Cruz dá adeus ao futebol profissional com uma belíssima vitória por 3x1 contra a Associação Desportiva Confiança no Estádio Francão em Estância, encerrado um capítulo glorioso do futebol estanciano e por que não, sergipano.

Em 1984 o então Prefeito Municipal, Dr Carlo Magno Costa Garcia construiu uma quadra de esportes em frente à Igreja de Nossa Senhora do Amparo e o nome escolhido para o local foi o de Alcides José dos Santos (ABC), o centro avante goleador que fez parte do time azulão penta campeão. Entretanto, a homenagem também foi direcionada aos principais atletas que vestiram a camisa azul a partir de 1955 que foram: Augusto, Everaldo, Tarati, Zito, Zé dos Santos, Zezé Oião, Teninho, Valdomiro, ABC, João Cego, Rocha, o técnico Edgar Barreto e o massagista João Enfermeiro. Convém ressaltar que alguns atletas que têm o nome gravado na placa comemorativa não participaram da histórica partida realizada em 21/05/1961.

Atualmente as lembranças desse momento histórico do esporte estanciano, são os troféus que estão expostos na biblioteca “União Têxtil”, a Vila Operária e a Quadra de Esportes.


A memória coletiva sobre as conquistas do Azulão do Piauitinga está desaparecendo no tempo, passando para uma memória individual para aqueles que pesquisam o passado, pois, dos craques que fizeram parte do escrete penta campeão somente um ainda está vivo que é o propriaense Geraldo José de Oliveira. Ainda tem os familiares que não se cansam de lembrar esse passado glorioso que continua sendo um orgulho histórico estanciano que aos poucos vai se perdendo no tempo. Caso o Azulão do Piauitinga estivesse em atividade seria o momento de parabéns, felicitações e desejos de novas conquistas pelos sessenta anos da conquista do pentacampeonato sergipano em 1961!

Fonte de pesquisa: Leite, Ricardo dos Santos Silva. Jorge Leite: um homem chamado trabalho. Aracaju: Gráfica Triunfo, 2008.

O pentacampeonato do Santos na Taça Brasil

Por Fabio Rocha
Foto: Arquivo

O Peixe penta da Taça Brasil

Na década de 1960, o futebol brasileiro viu uma hegemonia por parte do Santos, que conquistou cinco Taças Brasil seguidas, sem dar chances para os rivais. Em 1965 ocorreu o penta, o que mostrou para todos, mais uma vez, a história gigantesca que o clube santista estava construindo.

Era uma grande geração, se não for a maior de todos os tempos, e tinha o grande rei do futebol, Pelé. A equipe contava com grandes jogadores, mas o brilho maior ficava por parte do camisa 10, que era o grande jogador da época e até hoje lembrado como o melhor jogador de todos os tempos.

A Taça Brasil era dividida em duas partes, entre a Zona Sul e a Zona Norte. Cada região fazia mata-matas e os vencedores de cada, enfrentavam os dois times que entram na reta final, que era o campeão da edição anterior e a equipe ganhadora do Campeonato Paulista.

O Santos foi o campeão da edição anterior e também ganhou o campeonato estadual, por conta disso o vice-campeão Palmeiras ganhou a vaga para a reta final. Além dos dois times paulistas, o Vasco também teve a vaga por ser o campeão da Taça Guanabara, o Fortaleza vencedor do Campeonato Cearense, Grêmio que ganhou a Zona Sul e o Náutico que venceu a Zona Norte.

O Vasco e o Santos entraram já na semifinal e o restante se enfrentaram nas quartas de finais para ver quem enfrentaria as duas equipes. O Palmeiras eliminou o Grêmio e enfrentou o Santos, já o Náutico venceu o Fortaleza e foi jogar contra o Vasco.

A equipe do Santos disputava na época a sua hegemonia com o Palmeiras, pois os dois tinham grandes times e sempre proporcionaram partidas fantásticas. No primeiro jogo o Santos venceu o Palmeiras por 4 a 2 e deixou bem encaminhada sua vaga para final. Na partida decisiva o Peixe segurou o empate em 1 a 1 e confirmou a classificação.

O Santos enfrentou o Vasco, que eliminou o Náutico na semifinal. A primeira partida aconteceu no dia 1 de dezembro, no Estádio do Pacaembu, e não deu para o Vasco segurar o grande time santista, que estava em um dia muito inspirado e decidiu o campeonato no primeiro jogo.


A partida foi um massacre santista, que venceu por 5 a 1 com uma grande atuação da equipe em conjunto. O Santos foi pro Rio de Janeiro já comemorando o possível pentacampeonato. No Maracanã, no dia 8 de dezembro de 1965, o Peixe venceu por 1 a 0 com gol de Pelé e levantou a taça pela quinta vez em sua história. Nesta partida, sete jogadores foram expulsos.

Em 2010, a CBF resolveu unificar a Taça Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e a Taça Prata em títulos nacionais. Na época isso gerou muita polêmica, pois muitos não concordavam com essa escolha e como as escolhas foram feitas.

Vasco da Gama 0x1 Santos - Em 1965, Peixe sagrava-se pentacampeão da Taça Brasil

Por Ricardo Pilotto
Foto: arquivo

O grande esquadrão do Santos

Nesta terça-feira, dia 7, se completam 56 anos que o Santos conquistou a Taça Brasil pela quinta vez. O jogo que o Peixe garantiu o título aconteceu neste mesmo dia em 1965. A equipe santista já havia sido campeão das edições de 1961, 1962, 1963 e 1964.

Na época, a Taça Brasil era organizada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que futuramente deu origem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O torneio tinha como objetivo acabar com o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais e juntar as equipes campeãs de seus respectivos campeonatos regionais, para definir o campeão nacional. De 1959 a 1966, esse troféu era disputado no formato de mata-mata.

O Santos havia acabado de eliminar a equipe do Palmeiras nas semifinais da Taça Brasil. No primeiro jogo, o Peixe venceu o Verdão pelo placar de 4 a 2 no Pacaembu com três gols de Toninho e um de Abel. Já na segunda partida, o clube Alvinegro empatou em 1 a 1 no mesmo Pacaembu com tento marcado por Pelé.

A primeira parte do confronto de 180 minutos aconteceu no estádio do Pacaembu diante do Vasco da Gama. Naquela ocasião, o Alvinegro Praiano aplicou uma goleada de 5 a 1 no time Cruzmaltino. Os gols do jogo foram marcados duas vezes por Dorval e Toninho, além do outro tento marcado por Coutinho. Por conta deste excelente resultado, o clube paulista precisaria perder por cinco gols de diferença para perder o título dentro dos 90 minutos de bola rolando.

No jogo da volta, realizado no dia 8 de dezembro de 1965, além do Santos ter de enfrentar o bom time do Vasco, teria que jogar em um Maracanã lotado. Para este confronto, cerca de 38.788 pessoas estavam presentes nas arquibancadas do cartão postal do Rio de Janeiro.

Antes mesmo da bola começar a rolar, houve confusão dentro do gramado. O motivo de todo o reboliço era por conta da cor das camisas das duas equipes. Porém, quando o jogo começou, a história passou a ter foco total naquela partida que definiria o campeão brasileiro daquele ano.

Apesar da dificuldade para reverter um resultado difícil, o time vascaíno demonstrou muita disposição para jogar de maneira ofensiva, mas acabou encontrando um Santos que conseguia se defender muito bem quando era atacado e segurava o empate, que garantia a conquista do título. Na grande chance que o Peixe teve quando avançou ao campo de ataque, a bola caiu justamente no pé do Rei, aos 63' de bola rolando. Naquele momento, Pelé, marcava o gol da vitória santista e praticamente encaminhava a conquista do penta campeonato da Taça Brasil para o Alvinegro Praiano.

Na reta final do embate, houve uma grande confusão, que por muito pouco não virou uma briga generalizada dentro do gramado do Maracanã. O árbitro Armando Marques teve de tomar duras atitudes e expulsou sete atletas no total. Após o apito final, o Santos comemorava mais uma conquista da Taça Brasil, torneio esse que o clube já havia vencido nos últimos quatro anos. Além disso, o time Alvinegro conseguiu também uma vaga na Copa Libertadores de 1966.


Entretanto, o Santos, que preferia fazer excursões pelo mundo por ser algo que trazia mais lucro ao clube, entrou em comum acordo com a CBD. Por alguma coincidência, a organizadora da principal competição nacional na época estava em protesto com a Conmebol, por conta da obrigação dos vice campeões nacionais também serem inscritos na competição continental. Com isso, a Confederação Brasileira de Desportos não enviou nenhum representante brasileiro para a disputa da Libertadores.

Vale lembrar que a equipe Alvinegra, que já havia vencido a competição em quatro oportunidades, por muito pouco não foi hexa, já que perdeu para o Cruzeiro na grande decisão da edição de 1966.

18 anos do penta! As sete vitórias da Seleção Brasileira

Foto: divulgação Fifa

Cafu com a taça de campeão do mundo e os outros jogadores do penta

A camisa da Seleção Brasileira recebia sua quinta estrela na Copa do Mundo de 2002, há 18 anos. Foi em um dia 30 de junho como este que brasileiros acordaram cedo (8h horário de Brasília) e se abraçaram com a bandeira verde e amarela para prestigiar a terceira final consecutiva do Brasil. A decisão foi contra a Alemanha, em Yokohama, no Japão. Com dois gols de Ronaldo “Fenômeno”, a Seleção se firmava como a única pentacampeã mundial.

A equipe Brasileira chegou ao Mundial desacreditada. Depois de perder na final para a França, em 1998, as Eliminatórias para 2002 também tiveram caminhos turbulentos e o elenco, comandado por Luiz Felipe Scolari, só conseguiu a classificação na penúltima rodada. Mas se teve uma lição que essa edição da Copa deixou para a gente foi: jamais subestime o potencial dos craques brasileiros.

Um deles era o Ronaldo Nazário. O atacante, que jogava pela Internazionale (ITA), havia passado por cirurgias no joelho pouco tempo antes da competição e o seu rendimento era o principal assunto na mídia da época. Outros nomes como Rivaldo, Cafu, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e Juninho Paulista também integravam aquele elenco campeão. A fase de grupos foi tranquila, recuperando, aos poucos, a confiança dos torcedores no Brasil. Um pequeno susto apareceu na estreia contra a Turquia, que abriu o placar nos acréscimos da primeira etapa. Logo no início do segundo tempo, Ronaldo chamou a responsabilidade para si e deixou tudo igual. A virada veio quase no final da partida em um pênalti cobrado por Rivaldo. Triunfo por 2 a 1 para Brasil.

Já no segundo duelo, as coisas caminharam mais fáceis e o time canarinho goleou a China por 4 a 0 em um espetáculo protagonizado pelos R’s da seleção. Roberto Carlos abriu o placar, seguido de Rivaldo e Ronaldinho, que converteu um pênalti. Ronaldo sacramentou a goleada aos 10 minutos da etapa complementar. Esse não foi o único placar expressivo na campanha do penta e o jogo seguinte acabou com qualquer desconfiança que ainda pairasse sobre as lesões de Ronaldo e Rivaldo. O Fenômeno balançou as redes duas vezes nos 5 a 2 contra a Costa Rica. Rivaldo também deixaria o dele, junto com Edmílson e Júnior.

Assim, a Seleção Brasileira avançava para o mata-mata enfrentando mais um teste de resistência no jogo contra a Bélgica, com um primeiro tempo marcado por tentativas de gols mal sucedidas. Os dois tentos saíram na metade da segunda etapa com autoria de Rivaldo e Ronaldo, e o triunfo foi garantido com 2 a 0. Nas quartas, um jogo truncado com a Inglaterra. O “English Team” saiu na frente depois de uma falha do zagueiro Lúcio, mas os ingleses não conseguiram parar o talento de Ronaldinho Gaúcho. O craque brasileiro fez a jogada do gol de empate, anotado por Rivaldo, e marcou um verdadeiro golaço de falta na intermediária, garantindo a classificação do Brasil com o placar de 2 a 1. Na semifinal, a Turquia foi a adversária outra vez e, mais uma vez, a Canarinho venceu. Com o famoso gol “de bico” anotado por Ronaldo, o placar de 1 a 0 carimbou o passaporte para a decisão.

Era então chegada a hora de uma final inédita na história das Copas do Mundo. A Terra do Sol Nascente seria palco de Brasil e Alemanha, duas das equipes mais bem sucedidas do futebol mundial, que nunca haviam se enfrentado na decisão. No Estádio Internacional de Yokohama, a partida ficou marcada pelo equilíbrio físico da Alemanha e da paciência brasileira de trabalhar a bola, na espera de pequenos espaços.

Alguns chegaram a aparecer, mas não saíram do quase. Ronaldinho Gaúcho tentou uma vez e Kléberson acertou o travessão logo na sequência. Roberto Carlos até mirou, mas o goleiro alemão Oliver Kahn espalmou e adiou mais uma vez o grito da torcida brasileira. A oportunidade de comemoração, enfim, foi concluída no segundo tempo. Ronaldo abriu o placar aos 22 minutos e fechou aos 32. Ali, o Fenômeno entrava para a história ao marcar oito gols em sete jogos, feito que não acontecia desde 1974, e garantia a alegria de todo um povo que acordou cedo, mas continuou sonhando com a conquista de título histórico no outro lado do mundo.

Com uma campanha invicta e sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o Brasil era campeão do mundo novamente. Dando a volta por cima. Encerrando o mundial como um gigante: gritando "é campeão".


A copa dos recordes - A Seleção Brasileira se igualava a Alemanha em recorde de participação em três finais consecutivas de Copa do Mundo. No caso do Brasil, se refere às edições de 1994, 1998 e 2002. Os adversários alemães conquistaram esse feito pelas participações nas decisões de 1982, 1986 e 1990. O capitão brasileiro Cafu acompanhou a Seleção nesse recorde. O lateral foi o primeiro jogador a disputar, em campo, três finais consecutivas de Copa do Mundo. Ele entrou no segundo tempo da decisão com a Itália, do tetracampeonato em 1994, foi titular no vice-campeonato em 1998 e ergueu a taça do pentacampeonato em 2002. 

Já na artilharia, o Brasil passou o recorde da campanha da Polônia de 1974. quando Grzegorz Lato fez sete gols na competição. O novo dono do título era Ronaldo Fenômeno, que conseguiu balançar as redes oito vezes na edição. Esse aproveitamento também se refletiu no elenco da “Família Scolari”. Ao vencer os sete jogos, o Brasil quebrou o recorde histórico de vitórias em Copas do Mundo.

Campeões da Copa do Mundo de 2002 - Marcos, Cafu, Belletti, Lúcio, Roque Júnior, Roberto Carlos, Júnior, Edmílson, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho Gaúcho, Denílson, Ronaldo, Rivaldo, Dida, Rogério Ceni, Anderson Polga, Vampeta, Ricardinho, Juninho Paulista, Kaká, Edilson e Luizão. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Flamengo bate o Fluminense de virada e é pentacampeão Carioca Feminino

Foto: divulgação Flamengo/Marinha

Jogadoras do Flamengo, que conquistou o penta do Carioca Feminino

Pentacampeão! Na segunda partida da final do Campeonato Carioca de Futebol Feminino, o Flamengo, que tem uma parceria com a Marinha do Brasil, venceu o Fluminense, de virada, por 3 a 1, na manhã deste sábado (16) no Estádio Luso Brasileiro, na Ilha do Governador e conquistou o quinto título seguido da competição. Rivena abriu o marcador para o Tricolor, mas o Mais Querido virou com Ana Carla e Larissa, que fez dois. 

As Meninas da Gávea já haviam vencido o primeiro jogo da decisão pelo placar de 1 a 0. E levava a vantagem para a segunda partida. Já para o Fluminense, só uma vitória por dois gols de diferença faria com que a equipe se sagrasse campeã.


Com menos de um minuto, o Fluminense, precisando descontar a vantagem do Flamengo, desceu para o ataque e fez o primeiro gol da partida com Rivena. O Flamengo/Marinha reagiu rapidamente e empatou o clássico aos 12’, numa linda cabeçada de Ana Carla, que fez seu primeiro gol na competição. Após o empate, as Meninas da Gávea melhoraram na partida e o duelo ficou bastante equilibrado, com chances de gol para os dois lados. Mas o primeiro tempo terminou tudo igual em 1 a 1.

No início da segunda etapa, o Mengão partiu pra cima e conseguiu logo seu gol. Aos 10 minutos, Larissa sofreu pênalti. A artilheira rubro-negra cobrou com categoria e colocou o Mais Querido em vantagem no placar: 2 a 1. Aos 27’, Larissa entrou pelo lado direito da grande área e foi derrubada. Outro pênalti para as Meninas da Gávea. A capitã rubro-negra cobrou novamente com perfeição e ampliou o marcador: 3 a 1.


Com o resultado, o Flamengo levou para a Gávea seu quinto troféu seguido do Campeonato Carioca de Futebol Feminino e fez a festa da Nação Rubro-negra. A última vez em que o Flamengo não ficou com o título da competição foi em 2014, quando o Botafogo levantou a taça.

Toninho Guerreiro - O pentacampeão paulista

Fotos: arquivos Santos FC e São Paulo FC

Toninho emendou cinco títulos estaduais seguidos entre as passagens por Santos e São Paulo

Um dos maiores centroavantes que o Brasil teve nas décadas de 60 e 70, Toninho Guerreiro marcou época vestindo as camisas de Santos e São Paulo. Seus gols por ambas as equipes que ele atingiu uma marca que nenhum outro jogador da história do futebol profissional paulista conseguiu: ser pentacampeão estadual, pois ele emendou um tri do Peixe com um bi do Tricolor.

Antonio Ferreira nasceu no dia 10 de agosto de 1942, em Bauru. Ele chegou a Santos em 1962, aos 20 anos, depois de disputar o Campeonato Paulista pelo Noroeste, de sua cidade natal, e anotado 17 gols. Toninho estreou pelo Peixe em 16 de fevereiro de 1963, contra o Vasco da Gama, no Maracanã. A partida, válida pelo Torneio Rio-São Paulo, terminou empatada em 2 a 2, com dois golaços de Pelé.

Porém, aquela era a época do auge da dupla Pelé e Coutinho e ninguém imaginava que o centroavante vindo de Bauru iria conquistar seu espaço. Porém a raça demonstrada nos treinos, que o fez ganhar a alcunha de "Guerreiro", os gols que fazia quando tinha chance e queda da forma física de Coutinho fizeram com que Toninho tornasse a nova dupla de ataque de Pelé no Peixe.

Fez dupla com Pelé no Santos FC

Assim, a partir da segunda metade dos anos 60, ele se tornou o camisa 9 do Santos e começaria a atingir uma interessante marca. Bicampeão paulista em 1964 e 1965, Toninho Guerreiro virou um dos grandes do Peixe no tricampeonato de 1967, 1968 e 1969.

A última partida de Toninho Guerreiro no Santos ocorreu em 24 de junho de 1969, quando marcou também um de seus gols mais importantes. Ao aproveitar o rebote do goleiro após uma falta cobrada por Pelé, Toninho Guerreiro fez o gol solitário que deu o título da Recopa Mundial ao Santos diante da Inter de Milão, no Estádio San Siro.

O técnico João Saldanha o convocou para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa de 1970, no México. No entanto, ele foi cortado daquela seleção que apresentou o melhor futebol entre todas as Copas. O motivo alegado foi uma sinusite. Segundo os médicos da seleção, ele teria problemas com a elevada altitude do México. Porém, há uma tese de que o presidente mineiro Emilio Garrastazu Médici, na época da ditadura militar, pressionou para que Dario, do Atlético, fosse convocado. Zagallo teria cedido e trocou os centroavantes. Toninho jogou duas partidas pela seleção canarinho em 1969 e marcou quatro gols.

Depois do Santos, Toninho Guerreiro foi para o São Paulo, que estava em uma fila desde 1957, muito por causa da construção do Morumbi, e com seu estádio já concretizado, queria voltar aos títulos. O Tricolor Paulista "foi às compras" e trouxe diversos jogadores para fortalecer o seu elenco, como o meia Gerson e o próprio Toninho. A equipe ficou com um time forte.

Foi importantíssimo no São Paulo

E agora vem a marca interessante: Já tricampeão pelo Santos, ele foi peça importantíssima do São Paulo, que conquistou os Paulistas de 1970 e 1971, fazendo com que o centroavante atingisse uma marca pessoal fenomenal: na era profissional, ele é o único jogador pentacampeão estadual. Em sua ótima passagem pelo São Paulo FC, Toninho atuou em 170 jogos (80 vitórias, 51 empates, 39 derrotas) e marcou 85 gols.

O jogador deixou o São Paulo em 1972, depois de ser artilheiro do Campeonato Paulista pela terceira vez. Com 31 anos, teve breve passagem pelo Flamengo e pelo Operário de Mato Grosso do Sul antes de encerrar a carreira em 1974, pelo Noroeste de sua cidade natal.

Toninho Guerreiro faleceu de derrame cerebral, na Capital Paulista, em 26 de janeiro de 1990, aos 47 anos. No Alvinegro Praiano, time que vestiu a camisa em 368 oportunidades, ele marcou 279 gols, o que o coloca como o quarto artilheiro da história do clube, atrás apenas de Pelé, Pepe e Coutinho.

O dia em que Ronaldo foi ainda mais Fenômeno

Foto: divulgação Fifa

Ronaldo já era chamado de fenômeno e confirmou a alcunha na final de 2002

No dia 30 de junho de 2002, a Seleção Brasileira sagrava-se pentacampeã mundial. O Brasil derrotou a Alemanha por 2 a 0 no Estádio Internacional Yokohama, em Yokohama, no Japão. Quase 70 mil pessoas assistiram à vitória e à conquista da Seleção Brasileira sob comando de Felipão. Os dois gols da final saíram no segundo tempo: Ronaldo, o fenômeno, abriu o placar aos 22 minutos e fechou aos 32.

Desde quando surgiu nos profissionais do Cruzeiro, antes de completar 17 anos, em 1993, Ronaldo já chamava a atenção, tanto que fez parte do elenco campeão mundial em 1994, convocado por Parreira, apesar de não ter entrado em campo. Mas, por causa disto, a Raposa não conseguiu resistir à investidas econômicas dos clubes europeus e vendeu a joia para o PSV.

Na Holanda, o talentoso centroavante ganhou massa muscular e também problemas em seu joelho. Antes de ser negociado para o Barcelona, em 1996, sofreu uma cirurgia. Mas no clube Catalão virou um atacante gigante, tornando-se o melhor do mundo. Virou cobiça de todo mundo e a Inter de Milão o levou para o futebol italiano, na época o mais forte do planeta, em 1997.

Na Inter, logo de cara, virou o Fenômeno. Fez uma boa primeira temporada na terra da bota, mas depois disto começaria um carma. Às vésperas da final da Copa do Mundo de 1998, quando já era o maior jogador, teve uma convulsão, mas, mesmo assim, entrou em campo e viu a Seleção Brasileira ser derrotada pela França.

O ciclo seguinte de Copa do Mundo para Ronaldo foi terrível! Ainda foi campeão da Copa América de 1999, mas diversas lesões no joelho, a mais séria delas em um jogo contra a Lazio, em 2000, voltando a jogar depois de um período afastado, fizeram com que Ronaldo atuasse muito pouco nestes quatro anos.

Ronaldo era olhado com descrédito, mas o técnico Luiz Felipe Scolari resolveu arriscar e levá-lo para a Copa. No último amistoso preparatório, contra a Malásia, ele marcou. A partida daí, ele deslanchou. Empatou o jogo na estreia contra a Turquia, que depois o Brasil virou, marcou um dos quatro gols contra a China, fez dois nos 5 a 2 contra a Costa Rica, mais um nos 2 a 0 contra a Bélgica e passou em branco na virada de 2 a 1 contra a Inglaterra.

Porém, nos dois últimos jogos, foi fundamental, mesmo com um incômodo muscular. Para todos esqueceram da lesão, fez um corte Cascão no cabelo, fez o gol da vitória contra a Turquia, colocando o Brasil na decisão, e na final venceu o então "terror" Oliver Kahn e marcou os dois gols do título contra a Alemanha.

Depois de tudo o que passou, aquele 30 de junho de 2002 foi especial para Ronaldo. Foram quatro anos terríveis, desde a convulsão na final de 1998 e as diversas lesões. Com tudo isto, a artilharia da Copa e os gols do título confirmaram: ele era mais que um fenômeno!

Em 1965, o Santos era penta da Taça Brasil

Por Lucas Paes

O time do penta legítimo da Taça Brasil em 1965

Com o a CBF equivalendo os títulos da Taça Brasil ao Brasileirão em 2010, o Santos passou a ter oito títulos. Em 1965, fechando uma absurda sequência de títulos consecutivos, o esquadrão do Alvinegro da Vila, de Pelé, Coutinho, Toninho Guerreiro e cia. Conquistou mais um título da Taça Brasil. Uma conquista que veio em poucos jogos, direito adquirido do fato dos santistas serem os atuais campeões. A confirmação veio no Maracanã, contra o Vasco, no dia 7 de dezembro de 1965. 

A campanha santista começou com o clássico na semifinal diante do Palmeiras. 29 mil pessoas foram ao Pacaembu ver o duelo entre os dois melhores times do futebol paulista (e provavelmente do Brasil e da América do Sul) naquele momento. O duelo foi no dia 3 de Novembro. O Palmeiras pulou na frente com Ademar Pantera, que aos 3 minutos passou na raça da defesa alvinegra e colocou o Verdão na frente. Toninho Guerreiro deixou tudo igual. Abel marcou um golaço e virou o jogo. Rinaldo empatou. Mas Toninho Guerreiro marcou outros dois e deu vantagem ao Santos. 

No segundo jogo, no dia 10 de novembro, de novo no Pacaembu, com as presenças de Pelé e Ademir da Guia, ausentes no primeiro duelo, a partida foi de novo aberta. Pelé colocou o Peixe na frente aos 6 minutos de jogo, em bonita jogada coletiva. No segundo tempo, o Alviverde Imponente buscou o empate com Ademar Pantera, mas ficou nisso e a vaga na final foi do Santos. O Peixe enfrentaria na decisão o Vasco que passou pelo competente time do Náutico na outra semifinal. 

No primeiro jogo, disputado no Pacaembu, o Alvinegro Praiano deu uma verdadeira aula de futebol aos vascaínos. Apesar do guerreiro time carioca, jogando com suas imaculadas camisas negras tentar atacar, os santistas pularam na frente com Coutinho, pegando rebote de uma bola que pipocou na área depois de uma tabela entre Coutinho e o Rei do Futebol. No primeiro tempo foi só o que o Peixe fez. 

Na etapa final, virou passeio. O Peixe amplia com Dorval, que pega sobra de linda jogada de Toninho Guerreiro. O Vasco chega a colocar uma bola na trave, que depois é salva por Mauro. O terceiro gol alvinegro praiano vem em uma linda jogada coletiva que passa por Pepe, Toninho e Pelé antes de terminar em um torpedo de Dorval. Toninho faz o quarto após linda jogada de Pepe. Célio desconta de pênalti. Ainda deu tempo de Toninho Guerreiro fazer outro e ampliar a goleada. 

Na volta, no dia 7 de dezembro, diante da imensidão do Maracanã, o Santos segurou como pode o Vasco, que partiu para cima do Peixe. O jogo teve até confusão antes do jogo devido as camisas das duas equipes. Mesmo partindo para cima, o time vascaíno viu Pelé, aos 22 do segundo tempo, marcar belo gol e dar o título ao Peixe. Naquela altura, considerado pela imprensa esportiva com o penta campeão brasileiro de clubes. Não só foi o quinto título, como foi o quinto seguido do Alvinegro Praiano, algo que nunca mais foi conseguido em uma competição nacional.

Aquele seria o último título do Peixe na Taça Brasil. O Alvinegro Praiano levaria uma surra do Cruzeiro, um dos maiores pesadelos dos santistas até os dias atuais em confronto de mata-mata, na primeira vez em que a camisa estrelada apareceria com terror na visão santista, exatamente um ano depois. O Peixe voltou a garantir uma taça nacional em 1968, no Roberto Gomes Pedrosa daquele ano. Seria o último título antes do imenso jejum de títulos nacionais do Peixe, que durou até 2002, quando Diego e Robinho fizeram história.

Os 15 anos do penta da Seleção Brasileira

Os 23 jogadores que estiveram presentes na vitoriosa campanha de 2002

Há 15 anos, o Brasil conquistava o pentacampeonato mundial após vencer a Alemanha por 2 a 0, com dois gols do 'Fenômeno' Ronaldo, na primeira Copa do Mundo em solo asiático. Após sair do país de forma desacreditada, a 'Família Scolari' levava a seleção canarinho ao topo do mundo novamente.

O selecionado brasileiro chegou à Copa do Mundo do Japão e Coréia do Sul desacreditado após fraca campanha nos anos que antecederam o campeonato. Sem uma base definida, o Brasil trocou três vezes de treinador no período pré-mundial.

Antes de Luiz Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo e Leão comandaram o Brasil. Luxemburgo chegou a ser campeão da Copa América de 1999, mas com a campanha irregular nas Eliminatórias e com a queda nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, o treinador foi desligado do comando técnico.

O escolhido para ser o substituto de Luxemburgo foi Emerson Leão, mas, antes dele, Candinho chegou a treinar o Brasil em um jogo das Eliminatórias. O desempenho de Leão foi abaixo do esperado e a Seleção não obteve sucesso na Copa das Confederações de 2001. Com isso, ele deu lugar a Luiz Felipe Scolari, que assumiu em junho de 2001 com o objetivo de classificar para a Copa do Mundo do ano seguinte.

Ronaldo comemora um dos gols contra a Alemanha

No primeiro torneio sob o comando de Felipão, uma eliminação na Copa América para Honduras quase colocou tudo a perder, mas Felipão apostou em formar uma 'família' e Luizão, com dois gols, e Rivaldo, com mais um, marcaram contra a Venezuela e ajudaram o Brasil a garantir a terceira vaga sul-americana na última rodada.

Mundial - Para a Copa do Mundo de 2002, Felipão apostou em jogadores de sua confiança como o goleiro Marcos e na recuperação de Ronaldo. O Brasil ficou no Grupo C, ao lado de Turquia, China e Costa Rica.

Na estreia, o time de Felipão enfrentou a Turquia. Para quem esperava um jogo tranquilo, os turcos deram muito trabalho ao Brasil. Nos acréscimos do primeiro tempo, Hasan Sas abriu o placar. No segundo tempo, Ronaldo e Rivaldo viraram e o time verde e amarelo iniciou com o pé direito.

Ainda na primeira fase, o Brasil goleou a China, por 4 a 0, e a Costa Rica, por 5 a 2, garantindo a primeira colocação da chave. O outro time que passou para a segunda fase foi justamente a Turquia, que somou quatro pontos.

Nas oitavas de final, o Brasil pegou a Bélgica. Novamente com gols de Rivaldo e Ronaldo, o time de Felipão superou os belgas e se classificou para encarar a Inglaterra nas quartas. Diante dos ingleses, o jogo se mostrou tenso. Owen abriu o placar para os inventores do futebol, mas com grande atuação de Ronaldinho Gaúcho, o Brasil virou, com gols de Rivaldo e do próprio Ronaldinho Gaúcho, após bela cobrança de falta que encobriu e surpreendeu o goleiro Seaman.

Ronaldinho comemora o emblemático gol contra a Inglaterra

O confronto da semifinal seria um reencontro com os turcos. Assim como na estreia do torneio, mais uma partida disputada até os minutos finais. Com gol de bico de Ronaldo, à la Romário em 1994, o Brasil chegou à final.

A decisão - Dois dos maiores vencedores da Copa do Mundo se classificaram à final. Brasil e Alemanha se encontravam pela primeira vez em uma decisão de mundial. O time verde e amarelo buscava o penta, enquanto os alemães queriam o tetra. 

Após polêmica do arqueiro alemão Oliver Kahn, que foi eleito o melhor jogador do mundial, e afirmou que iria parar Ronaldo, o Brasil se tornou campeão, justamente com dois gols do 'Fenômeno'. O atacante brasileiro terminou a competição como o principal goleador com oito tentos. Era a consagração da 'Família Scolari'.

Cafu levantando a taça

Daquele time, muitos surgiram no cenário paulista ou fizeram sucesso no Estado. O elenco convocado era formado por:

Goleiros: Marcos, Dida e Rogério Ceni;
Zagueiros: Lúcio, Roque Júnior, Edmilson e Anderson Polga;
Laterais: Cafu, Roberto Carlos, Belletti e Júnior;
Volantes: Gilberto Silva, Kleberson e Vampeta;
Meias: Ronaldinho Gaúcho, Juninho Paulista, Ricardinho e Kaká;
Atacantes: Ronaldo, Rivaldo, Luizão, Edílson e Denílson.

Ficha Técnica
BRASIL 2 X 0 ALEMANHA

Data: 30 de junho de 2002;
Local: Estádio Internacional de Yokohama, em Yokohama (JPN);
Árbitro: Pierluigi Colina (ITA);

Gols
Brasil: Ronaldo (2).

Brasil: Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho (Juninho Paulista) e Roberto Carlos; Ronaldo (Denílson) e Rivaldo - Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Alemanha: Kahn; Linke, Ramelow, Metzelder; Schneider, Jeremies (Asamoah), Hamann, Frings e Bode (Ziege); Neuville e Klose (Bierhoff) - Técnico: Rudi Völler.

14 anos do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira

Cafu levanta a taça na final da Copa do Mundo de 2002

Como o tempo passa rápido! Neste 30 de junho de 2016 está completando 14 anos que o lateral direito Cafu subiu em um totem levantou a taça e gritou "Regina, eu te amo"! Sim, são 14 anos em que a Seleção Brasileira conquistou o seu quinto título da Copa do Mundo de futebol em uma final realizada em Yokohama, no Japão, fazendo 2 a 0 em cima da Alemanha, com dois gols de Ronaldo.

Hoje, todo mundo vangloria o feito da Seleção, mas o caminho foi muito difícil. Em 1998, o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo para os donos da casa, a França, e com isto surgiu várias teorias da conspiração. O técnico Zagallo caiu e Luxemburgo assumiu a equipe e até iniciou bem, conquistando a Copa América de 1999.

Mas denúncias de corrupção na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que respingaram no treinador, e a má campanha no Torneio Olímpico de Futebol Masculino, em Sidney 2000, e nas Eliminatórias da Copa derrubaram Luxemburgo. Além disso, a Seleção não contava com Ronaldo, que teve problemas sérios no joelho.

Os 23 jogadores do elenco campeão do mundo

Emerson Leão assumiu o comando, os resultados não vieram e ele foi demitido após o quarto lugar na Copa das Confederações de 2001, no Japão e Coréia do Sul. A CBF não teve escolha e contratou Luiz Felipe Scolari, que era o preferido dos fãs de futebol naquele momento. A campanha nas Eliminatórias foi claudicante, mas a vaga na Copa do Mundo veio na última rodada.

Felipão apostou em Ronaldo, que vinha na recuperação das cirurgias no joelho, montou o time com três zagueiros (Lúcio, Edmilson e Roque Júnior), liberando os laterais (Cafu e Roberto Carlos) e o trio ofensivo (Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo). E não é que funcionou!

Na estreia, na Coréia do Sul, contra a Turquia, dificuldades: um 2 a 1, de virada, com o gol da vitória (Rivaldo), saindo em um pênalti que a falta foi fora da área. Depois, vitórias fáceis contra a China (4 a 0) e Costa Rica (5 a 2) fizeram com que o Brasil passasse em primeiro no seu grupo.

Felipão comemora com Marcos

Nas oitavas, o adversário foi a Bélgica. Foi nesta partida que Kleberson ganhou a posição de titular de Juninho Paulista. A Seleção venceu por 2 a 0 (gols de Rivaldo e Ronaldo), passando para as quartas, onde aconteceu o jogo mais difícil, contra a Inglaterra.

No início do jogo contra o English Team, Lúcio cometeu uma falha e Owen abriu o marcador para os ingleses. Mas aí apareceu Ronaldinho Gaúcho: no primeiro gol, ele fez fila na defesa do adversário e tocou para Rivaldo marcar. No segundo, uma falta da intermediária que ele acertou no ângulo. Até hoje não se sabe se ele bateu direto ou tentou cruzar e acertou o chute. Ronaldinho ainda foi expulso, mas o Brasil estava nas semifinais.

No degrau anterior à final, um adversário conhecido: a Turquia. O Brasil foi muito superior, mas o gol não saia. Até que no começo do segundo tempo, Ronaldo invadiu a área e "a lá Romário", de biquinho, fez o gol da vitória. A Seleção Brasileira estava mais uma vez na final de Copa do Mundo, a terceira seguida.

Ronaldo veio de uma recuperação difícil para a artilharia da Copa

Na final, a Alemanha. Seria a primeira vez que as duas seleções mais vitoriosas da história das Copas se enfrentavam na competição. E logo na final! A Alemanha, em todo o jogo, teve mais posse de bola, mas o Brasil era mais perigoso. Ronaldo teve, ao menos, duas chances de marcar no primeiro tempo, mas Oliver Kahn defendeu. Antes de ir para o intervalo, Kleberson acertou o travessão.

No segundo tempo, a Alemanha voltou melhor e assustou o goleiro Marcos em alguns lances. Porém, aos 22 minutos, Ronaldo roubou uma bola na intermediária e tocou para Rivaldo. Ele arriscou o chute, Kahn soltou a bola nos pés do Fenômeno, que não vacilou: Brasil 1 a 0.

A Alemanha foi para cima, tentando empatar. Isto deixava vários espaços na defesa germânica. Aos 34 minutos, Kleberson avançou sozinho pela direita, foi até a linha de fundo e cruzou rasteiro. Rivaldo fez o corta luz e Ronaldo, sozinho, fez o seu segundo no jogo e o oitavo na competição, se tornando artilheiro da Copa do Mundo. Brasil 2 a 0 e pentacampeão mundial!


Jogo completo

Ficha Técnica

BRASIL 2 X 0 ALEMANHA

Data: 30 de junho de 2002
Local: Yokohama, Japão.
Público: 69.029
Árbitro: Pierluigi Collina (Itália)
Assistentes: Leif Lindberg (Suécia) e Philip Sharp (Inglaterra).

Cartões Amarelos: Roque Júnior, Miroslav Klose

Gols: Ronaldo, aos 22' e 34' do segundo tempo

Alemanha: Oliver Kahn; Torsten Frings, Thomas Linke, Carsten Ramelow e Christoph Metzelder; Bernd Schneider, Jens Jeremies (Gerald Asamoah), Dietmar Hamann e Marco Bode (Christian Ziege); Oliver Neuville e Miroslav Klose (Oliver Bierhoff) - Técnico: Ruddi Völler.

Brasil: Marcos; Lucio, Edmilson e Roque Junior; Cafu, Gilberto Silva, Kleberson, Ronaldinho Gaúcho (Juninho Paulista) e Roberto Carlos; Ronaldo (Denílson) e Rivaldo - Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Os 23 convocados

Goleiros: Marcos, Dida e Rogério Ceni.

Laterais: Cafu, Belletti, Roberto Carlos e Júnior.

Zagueiros: Lúcio, Edmilson, Roque Júnior e Anderson Polga.

Volantes: Gilberto Silva, Kleberson e Vampeta.

Meias: Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Juninho Paulista, Kaká e Ricardinho.

Atacantes: Ronaldo, Luizão, Edilson e Denilson

Técnico: Luiz Felipe Scolari
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