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A passagem de Marinho Peres pelo Internacional

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Marinho antes de jogo pelo Inter

Falecido recentemente, em setembro do ano passado, após uma vida dedicada ao futebol, o ex-defensor Marinho Peres, que completaria 77 anos neste dia 19 de março, foi um dos grandes nomes brasileiros formados na função durante os anos 1970. Com diversas grandes passagens ao longo da carreira, o ex-jogador viveu grandes momentos no Internacional, pelo qual foi parte de um grande time colorado no final dos anos 1970.

Marinho chegou ao Inter depois de passar pelo Barcelona, em tempos onde ainda era muito raro que jogadores brasileiros fossem jogar no futebol europeu. Marinho Peres não ficou muito tempo no Camp Nou, já que precisaria se naturalizar espanhol e servir ao exército daquele país para permanecer na Catalunha. Dessa forma, acabou negociando com o Inter e chegando em Porto Alegre no início de 1976.

Inicialmente, pouco conseguiu jogar dentro do Colorado. Acabou sendo reserva do zagueiro Hermínio, dupla de sucesso de Figueroa no primeiro título brasileiro do Inter. Acabou atuando pela primeira vez em um GreNal onde foi um dos destaques do jogo para basicamente não sair mais do time titular do Colorado. Foi peça chave na conquista do Brasileirão daquele ano, com aproveitamento histórico do Inter.


Seguiu como titular da equipe em 1977, atuando tanto na Libertadores, onde o Inter sucumbiu na segunda fase, que na época era a semifinal, no grupo que alçou o Cruzeiro a decisão e no Campeonato Gaúcho, que acabou selando o fim de sua passagem no Colorado. Um dos pilares da campanha colorada na competição, viu o time sucumbir diante do Grêmio na final e não suportou a pressão depois da derrota, acabando negociado com o Palmeiras no segundo semestre.

Ainda passaria pelo Palmeiras, pelo Galícia e pelo América do Rio de Janeiro, antes de pendurar as chuteiras no início dos anos 1980. Pelo Inter, foi campeão do Campeonato Gaúcho de 1976 e, é claro do Campeonato Brasileiro daquele mesmo ano, mas acabou perdendo espaço na Seleção Brasileira após a Copa do Mundo de 1974. 


Ex-Palmeiras, Santos, Lusa e Seleção Brasileira, Marinho Peres morre aos 76 anos

Com informações do Terra
Foto: arquivo

Marinho Peres estava com 76 anos

O ex-zagueiro e treinador Marinho Peres, faleceu nesta segunda-feira, aos 76 anos. Ao longo de sua carreira, Peres defendeu equipes como Palmeiras e Santos, além de ter disputado uma Copa do Mundo pela Seleção Brasileira.

Marinho Peres começou sua carreira no São Bento, em Sorocaba, sua cidade natal. Depois, seguiu para a Portuguesa, na capital de São Paulo. Em seguida, transferiu-se para o Santos, onde jogou com Pelé e venceu o Campeonato Paulista de 1973. Entre 1972 e 1974, disputou 94 jogos e fez cinco gols.

Em 1974, pela Seleção Brasileira, Marinho Peres disputou a Copa do Mundo de 1974. Com a Amarelinha, ele tem um gol anotado e quinze partidas.

O ex-zagueiro teve uma breve passagem pelo Barcelona, mas logo retornou ao Brasil, onde defendeu as cores do Internacional, equipe pela qual venceu o Campeonato Gaúcho e o Campeonato Brasileiro, ambos em 1976.


Dois anos depois, defendeu o Palmeiras, pouco antes de encerrar sua carreira. Seu último clube foi o America-RJ, em 1981, clube pelo qual também foi treinador logo após sua aposentadoria. À beira do gramado, também comandou o Santos em duas oportunidades e a Portuguesa Santista, em 2000.

Como treinador, venceu a Taça Guanabara, pelo Botafogo, em 1997 e a Taça de Portugal pelo Belenenses, em 1989.

Marinho Peres no Barcelona e o problema com o serviço militar espanhol

Por Victor de Andrade
Foto: arquivo FC Barcelona

Marinho Peres não ficou mais no Barcelona pois teve problemas com o serviço militar espanhol

Johan Cruyff, Rinus Michel... toda filosofia holandesa de jogar futebol, que assombrou o mundo na Copa de 1974, realizada na Holanda, foi parar no Barcelona logo em seguida, criando uma verdadeira escola de futebol. O começo disso tudo no clube catalão teve a participação de um brasileiro logo em seu início, mas que não teve um final feliz e não foi por causa das atuações dentro de campo. Estamos falando do ex-zagueiro Marinho Peres, que hoje completa 72 anos.

Nascido em Sorocaba, Marinho Peres começou nas categorias de base do Estrada, clube atualmente extinto. Foi dispensando e acabou parando no rival citadino, o São Bento. Lá, passou a ter boas atuações e foi para a Portuguesa, em 1967. Em 1971, ele foi contratado pelo Santos e seu desempenho o levou para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1974, onde formou a mesma dupla de zaga dos tempos de São Bento, com Luiz Pereira, e ainda foi o capitão da equipe que terminou o torneio na quarta colocação.

Depois do Mundial, chamou a atenção de vários clubes e acabou sendo contratado pelo Barcelona. A sua contratação acabou facilitada, já que o zagueiro, por ser filho de espanhóis, tinha direito à dupla cidadania e não contaria como estrangeiro na equipe. Mas, o que parecia ser uma ajuda, acabou sendo o que o atrapalhou por lá, como vamos contar mais adiante.

Marinho Peres, logo de cara, percebeu que estava trabalhando em um esquema tático que realmente era revolucionário. Quando era marcado individualmente, Cruyff recuava e atuava como defensor, trazendo o seu marcador junto. Além disso, o craque holandês, com a anuência do treinador, incentivava os zagueiros a subirem, quando isto acontecia. "Os jogadores eram marcados homem a homem, quando ele (Cruyff) não conseguia jogar, ele recuava e via como o marcador dele se movimentava. Era um time evoluído taticamente".

Marinho Peres acabou ficando apenas uma temporada em Barcelona

Apesar de estar jogando bem pelo clube catalão, um problema apareceu. O fato de ter cidadania espanhola, o que facilitou a sua contratação, acabou virando um pesadelo para Marinho Peres e o Barcelona. Mesmo com 27 anos, foi exigido que o atleta se apresentasse do Serviço Militar Espanhol, com a ameaça de ser preso. A contratação tornou-se chacota em todo o país, principalmente entre os torcedores dos rivais Real e Atlético de Madrid, obrigando o brasileiro a fugir da Espanha e de um dos maiores clubes do mundo.

"Só podiam jogar três estrangeiros na época, depois de um ano acabei sendo motivo de gozação, porque o Barcelona tinha contratado um cara para servir o exército. O Barcelona não imaginava, senão não teria me contratado. Era uma gritaria nos estádios, não deu para ficar mais. Tive que fugir, senão iria ter de trabalhar nos navios", relembra Marinho Peres.

A saída do país foi uma verdadeira aventura. "Fui em um ônibus, cheio de gente que atravessou a fronteira na França. Me pegaram em Nice, me levaram a Paris para pegar o voo para o Brasil. São coisas da vida, que passam e nos deixam emocionado. Hoje você vê que o clube é o mais desejado do mundo, e eu tive o prazer de jogar lá. Não desfrutei na época tudo isso", conta.

Marinho Peres só voltou à Espanha em 1999, na festa de 100 anos do clube catalão, isto depois de um acordo com a justiça local. Depois de toda a aventura, Marinho Peres voltou ao Brasil, onde atuou por Internacional, Galícia, Palmeiras e America do Rio. Quando encerrou a carreira, tornou-se treinador, onde teve sucesso no futebol português.
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