Gilmar Mendes nega recurso, e cerveja segue proibida em estádios de SP

Com informações da Agência Estado

Foto: Pedro Ladeira / Folhapress

Gilmar Mendes é ministro do STF

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido feito pelo São Paulo Futebol Clube que visavava derrubar a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios paulistas.

O São Paulo já havia proposto uma ação ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para que a medida fosse considerada inconstitucional, mas o ministro do STF seguiu o mesmo entendimento do TJ-SP e negou o pedido do Tricolor.

O São Paulo argumenta no recurso que a proibição no estado é ilegítima porque não cumpre com o propósito original de quando foi criada, que era diminuir a violência nos estádios - a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de São Paulo foi proibida em 1996, após uma briga generalizada entre torcedores de Palmeiras e São Paulo, na Supercopa de Juniores.

Em sua decisão, Gilmar Mendes cita que o STF já decidiu sobre questão semelhante no Mato Grosso, e naquela ocasião o Supremo decidiu que os estados é quem devem legislar sobre essa questão. "Reconhece-se, portanto, a inexistência de violação aos princípios da isonomia e da livre iniciativa, segundo as peculiaridades locais, consignando-se a competência concorrente dos entes federados para legislar sobre a matéria", diz Gilmar Mendes em sua decisão.

Desse modo, continua valendo o entendimento do TJ-SP, e a venda de bebidas alcoólicas segue sendo proibida nos estádios em São Paulo.

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Holandês Twente FC lucra mais vendendo cerveja e comida do que jogadores

Com informações do GE.com

Foto: divulgação

Estádio do Twente

Com quase seis décadas de existência, o Twente FC chamou atenção no futebol europeu ao ter divulgado seu balanço financeiro da temporada passada. Isso porque o clube holandês ganhou mais dinheiro vendendo cerveja e comida do que jogadores de futebol.

Em 2022/23, o lucro líquido do clube com transferências de atletas foi de 3,75 milhões de euros (R$ 20,1 milhões na atual cotação). Já a receita com as vendas em dias de jogos ultrapassou a marca dos 6 milhões de euros (R$ 32,2 milhões).

Tom Knipping, analista financeiro especializado em futebol, disse que o dado é surpreendente. "É muito estranho que o Twente tenha ganhado mais com cerveja e lanches do que com transferências de jogadores. Eu nunca vi isso em nenhum lugar da Europa", afirmou.

O Twente tem uma parceria com uma marca de cerveja. Na atual edição do Campeonato Holandês, ocupa o quarto lugar, atrás de PSV, Feyenoord e AZ Alkmaar. O Ajax é apenas o oitavo colocado. Outros especialistas em marketing e gestão esportiva consultados pelo ge opinaram e analisaram a curiosa situação.

"É realmente inusitado ver esta comparação de venda de cervejas e comida versus venda de jogadores. De fato, estamos vendo um clube centenário e tradicional holandês com um resultado bem aquém até mesmo em relação a venda de jogadores de clubes brasileiros ou dos tradicionais Ajax e PSV. A venda de jogadores é um dos principais ativos dos clubes de futebol e é necessário um trabalho consistente para se conseguir receitas relevantes. Já o consumo de A&B faz parte da experiência do torcedor e evidente que um bom trabalho nesse segmento é importante, mas é preciso ter equilíbrio nas atividades e receitas para o bom andamento de um clube profissional", analisou Fernando Paz, diretor comercial da agência de marketing esportivo Absolut Sport.

"As estratégias para a venda de alimentos e bebidas devem estar diretamente conectadas com o perfil dos torcedores que vão ao estádio. Em nossos camarotes, por exemplo, temos pratos típicos regionais para agradar ao paladar de cada torcedor. É uma fonte de receita que cresce cada vez mais e os clubes estão entendendo a importância deste retorno", comentou Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que oferece serviços de camarote com comida e bebida em cinco estádios da Série A do Brasileirão.

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Faltando dois dias, Fifa anuncia proibição de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo 2022

Com informações da CNN

Foto: Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

Cerveja em jogo da Copa do Mundo de 2018

O Qatar e a Fifa anunciaram, nesta sexta-feira (18), a proibição da venda de bebidas alcoólicas no entorno dos estádios da Copa do Mundo. A comercialização de bebidas alcoólicas será concentrada no Fifa Fan Festival, outros destinos de torcedores e locais licenciados.

A Budweiser, uma importante patrocinadora da Copa do Mundo com direitos exclusivos para vender cerveja no torneio, deveria comercializar a bebida dentro do perímetro de ingressos em torno de cada um dos oito estádios três horas antes e uma hora depois de cada jogo.

Em setembro, o Catar disse que permitiria que torcedores com ingressos comprassem cerveja alcoólica em partidas de futebol da Copa do Mundo começando três horas antes do início do jogo e por uma hora após o apito final, mas não durante a partida.

A Copa do Mundo de 2022 no Catar vai de 20 de novembro a 18 de dezembro. O estado do Golfo é considerado muito conservador e regula rigidamente as vendas e o uso de álcool. Leia abaixo o comunicado da Fifa:

“Após discussões entre as autoridades do país anfitrião e a FIFA, foi tomada a decisão de concentrar a venda de bebidas alcoólicas no FIFA Fan Festival, outros destinos de torcedores e locais licenciados, removendo os pontos de venda de cerveja dos perímetros do estádio da Copa do Mundo da FIFA 2022 no Catar.

Não há impacto na venda do Bud Zero, que permanecerá disponível em todos os estádios da Copa do Mundo do Catar. As autoridades do país anfitrião e a FIFA continuarão a garantir que os estádios e áreas adjacentes proporcionem uma experiência agradável, respeitosa e agradável para todos os torcedores.

Os organizadores do torneio agradecem a compreensão e o apoio contínuo da AB InBev ao nosso compromisso conjunto de atender a todos durante a Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022™️”.

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