Foto: arquivo

Lance do craque reacendeu lembranças das batidas cheias de estilo do ídolo corintiano nos anos 1990 e 2000
O futebol brasileiro sempre foi terreno fértil para a criatividade — e até uma simples cobrança de falta pode virar espetáculo. Foi o que aconteceu no jogo do Santos contra o Fortaleza, no sábado, quando Neymar surpreendeu ao cobrar uma falta com paradinha, num movimento que lembrou imediatamente os tempos de Marcelinho Carioca, o eterno “Pé-de-Anjo”.
A batida, que viralizou nas redes sociais, mostrou o craque utilizando um leve freio de passada antes do chute — gesto que confunde goleiros e adiciona um toque de ousadia ao lance. A reação dos mais novos foi: Neymar 'inventou' a paradinha nas cobranças de falta.
Para os torcedores mais nostálgicos, a lembrança foi instantânea: Marcelinho fez escola com esse tipo de cobrança, misturando técnica, precisão e um toque teatral que virou sua marca registrada. Durante as décadas de 1990 e 2000, o ex-meia do Corinthians e de outros clubes brasileiros transformou a paradinha em arte, colocando goleiros em dúvida sobre o momento exato do disparo. Muitos de seus gols de falta nasceram desse recurso, usado com maestria ao longo de mais de duas décadas de carreira.
Logo, apareceram três gols que Marcelinho fez desta forma: um pelo Corinthians, contra o Botafogo, em 1998, e outros dois no mesmo jogo pelo Vasco, contra o Goiás, em 2003. Inclusive, o X, antigo Twitter, começou a colocar aviso de informação incorreta nos posts que afirmava que Neymar era o inventor da cobrança de falta com paradinha.
Assim como Marcelinho, Neymar mostrou que a cobrança de falta pode ir além da força ou da curva: pode ter inteligência e improviso. O camisa 10 aplicou o movimento com naturalidade, quase em tom de provocação, e arrancou elogios e comparações entre gerações.
Mais do que uma jogada isolada, o lance reacende o debate sobre a beleza do futebol brasileiro, sempre marcado por gestos técnicos e criativos. E mostra que, mesmo em tempos de táticas rígidas e treinos milimétricos, a ginga ainda fala alto.
Apesar de não ter feito o gol, Neymar resgatou uma das assinaturas mais icônicas do futebol nacional, provando que o estilo “Pé-de-Anjo” ainda vive nos gramados.
Imagens: Gazeta e Globo




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