Foto: divulgação / AD Manthiqueira
Jogadores com a camisa em homenagem ao atleta vítima de racismo
No jogo de volta das quartas de final do Paulista Sub-12, entre Corinthians e Manthiqueira, no domingo, no Estádio Antônio Soares de Oliveira, em Guarulhos, equipe de Guaratinguetá entrou com uma camisa homegando o atleta do time que foi vítima de racismo na partida anterior.
O Manthiqueira foi a campo com uma camisa preta que na frente, no lugar que deveria ser do patrocinador, estava escrito o nome do atleta. Aliás, ele, que defende a Laranja Mecânica, entrou no decorrer da partida.
O jogo acabou com o placar de 2 a 0 para o Corinthians, que acabou decretando a eliminação do Manthiqueira no Campeonato Paulista Sub-12 de 2025. Mas, a homenagem ao jogador vai ficar para a história da equipe de Guaratinguetá.
O fato - A situação aconteceu no jogo de ida, no dia 19, em Guaratinguetá. Já nos acréscimos da partida, logo após o quinto gol corintiano, um atleta do Manthiqueira, aos prantos, relatou ao árbitro Guilherme Drbochlaw que escutou gritos de "Preto, filho da puta, sem família, vai tomar no cu!", direcionados à ele, vindos do setor do estádio onde estava a torcida adversária.
O jogador ficou sentado dentro do círculo central, atordoado. O árbito fez o sinal ativando o protocolo antirracismo e o diretor de jogo e o policiamento foram chamados ao campo para também ouvir o relato do atleta.
Confira o registro do ábitro na súmula. "Informo que aos 50 + 4 minutos de jogo, foi ativado o protocolo antirracismo devido ao atleta da equipe mandante sentar-se no campo de jogo e aos prantos informar à equipe de arbitragem que a torcida identificada como a visitante, proferiu as seguintes ofensas direcionadas a ele: "Preto, filho da puta, sem família, vai tomar no cu!". Informo também que a equipe que arbitragem prontamente o acolheu. Após esse relato, o diretor de jogo e o policiamento foram chamados ao campo para também ouvir o relato do atleta. Informo também que após o ocorrido, o referido atleta não seguiu na partida devido ao seu estado emocional."
A acusada chegou a ser presa pela Polícia, mas foi solta no dia seguinte após a audiência de custódia.
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