Levantamento aponta: Guarani de 1978 é o maior time da história do interior do Brasil

Por Diego Dantas
Foto: arquivo

Os campeões brasileiros de 1978 formam o maior time do interior de acordo com nosso levantamento

24 de novembro de 2024. Há menos de um ano, o Mirassol batia a Chapecoense em casa por 1 a 0 e carimbava o acesso para a elite do Brasileirão pela primeira vez na história. A equipe que há não muito tempo atrás flutuava entre a Série A1 e as divisões de acesso do Campeonato Paulista, hoje vive o melhor momento de sua história, figurando entre as primeiras posições do Brasileirão deste ano. Mas esta não era a projeção da grande mídia para o Leão Caipira nesta Série A: apontado por muitos para o rebaixamento, o Mirassol vêm surpreendendo a cada rodada, estando na quarta colocação do Campeonato Brasileiro, ao menos até o fechamento desta publicação.

Mas puxando o gancho para o interior em um todo, qual foi o melhor time do interior brasileiro de todos os tempos? O Curioso do Futebol abordou especialistas país afora para debatermos qual é o grande feito de um time de fora das capitais na história do nosso futebol. Consideramos os seguintes critérios:

1) não entram times das 26 capitais, do Distrito Federal e o Santos FC.

2) o voto é para uma geração (exemplo: São Caetano do início dos anos 2000 ou Bragantino 1990/1991) e não toda sua história.

3) cada participante escolheu três times, em ordem, sendo que cada primeiro colocado somava três pontos, cada segundo dois e terceiros um ponto cada.

4) o vencedor foi a equipe que somar mais pontos.

Entre os 25 votantes, contatamos jornalistas e profissionais do futebol de diversas partes do Brasil que criteriosamente definiram seus respectivos três melhores esquadrões interioranos da história do futebol brasileiro. O Guarani, campeão brasileiro de 1978, de Zenon, Careca e Renato, acabou vencendo a votação com folga, sendo escolhido em primeiro lugar por 14 dos 25 jurados, somando 57 pontos no total.

Todavia, outras equipes também foram citadas. O São Caetano do início dos anos 2000, por exemplo, ficou em segundo, com 34 pontos, seguido da saudosa Chapecoense campeã da Sul-Americana de 2016, vítima de um acidente aéreo, com 14. Fábio Lázaro, repórter da Trivela, por exemplo, premiou o Bragantino, quarto no geral, com 12 pontos, na sua terceira colocação ao relembrar que a equipe foi campeã paulista e vice do Brasileirão no biênio 1990/1991, além de exportar o tetracampeão Mauro Silva.

Já o jornalista Leonardo Bonassoli, abordou questões geográficas ao citar o Londrina de 1977, que vinha de uma cidade considerada jovem e a época terminou o Campeonato Brasileiro na terceira colocação, além do Grêmio Maringá de 1969, que ao vencer o Torneio dos Campeões da CBD, jogaria a Copa Libertadores de 1970 sendo a primeira equipe paranaense no certame, mas por questões burocráticas envolvendo a própria CBD, o Galo acabou de fora.

Por outro lado, notamos algumas ausências na votação como o Guarani da segunda metade dos anos 80 (duas vezes vice-campeão brasileiro e finalista do Paulistão), o Ipatinga, que entre 2005 e 2008 teve algumas conquistas notáveis como o título do Campeonato Mineiro em 2005, semifinalista da Copa do Brasil em 2006 e ter conquistado o acesso na Série B de 2007, o Campinense campeão da Copa do Nordeste de 2013 e o Santo André campeão da Copa do Brasil de 2004.

A reportagem fez alguns ajustes. Votos para, por exemplo, Bragantino 1990 (campeão paulista) ou 1991 (vice brasileiro), contamos como a mesma geração, já que a base do time era a mesma. Fizemos o mesmo, por exemplo, para as várias facetas do São Caetano do início dos anos 2000 e a Ponte Preta da virada dos anos 70 para os 80.

A seguir, confira as escolhas de cada especialista:

Mateus Schuler
Bar Futebol Clube
1º Guarani 1978 - 2º Chapecoense 2016 - 3º São Caetano 2002

Victor de Andrade
O Curioso do Futebol
1º Guarani 1978 - 2º São Caetano 2000/2004 - 3º Juventude 1998/1999

Fábio Lazaro
Trivela
1º Guarani 1978 - 2º São Caetano 2002 - 3º Bragantino 1990/1991

Lincoln Chaves
Empresa Brasil de Comunicação
1º Guarani 1978 - 2º Bragantino 1990/1991 - 3º Chapecoense 2016

Andrei Paternostro
ESPN Brasil
1º São Caetano 2000/2002 - 2º Guarani 1978 - 3º Chapecoense 2016

Lívia Abreu
Terra
1º Ponte Preta 2013 - 2º Guarani 1978 - 3º Chapecoense 2016

Felipe Rey
ESPN Brasil
1º Guarani 1978 - 2º Bragantino 2021 - 3º São Caetano 2000/2001

Fernando Bassoli
Corneta Caipira
1º Guarani 1978 - 2º Bragantino 1991 - 3º São Caetano 2000/2001

Rafael Luís Azevedo
Verminosos por Futebol
1º Guarani 1978 - 2º São Caetano 2000/2002 - 3º Bragantino 1990

Yuri Casari
Do Rico ao Pobre
1º São Caetano 2000-2002 - 2º Guarani 1978 - 3º Criciúma 1991/1992

Yan Falchetto
Tá Massa Podcast
1º Guarani 1978 - 2º Criciúma 1991 - 3º Juventude 1999

Gabriel Sawaf
Conte Verde
1º Guarani 1978 - 2º Juventude 1999 - 3º Chapecoense 2016/2017

Allan Brito
Úlitma Divisão
1º Guarani 1978 - 2º São Caetano 2001 - 3º Bragantino 1990

Lucas Brando
Executivo de futebol
1º Guarani 1978 - 2º Paulista de Jundiaí 2005 - 3º São Caetano 2001/2002

Matheus Schenk
Zero Hora
1º Brasil de Pelotas 1985 - 2º Chapecoense 2016 - 3º Guarani 1978

Sérgio Oliveira
FATV
1º Guarani 1994 - 2º Bragantino 1990/1991 - 3º São Caetano 2000

Leonardo Bonassoli
Especialista em comunicação esportiva
1º Grêmio Maringá 1969 - 2º Londrina 1977 - 3º Chapecoense 2016

Ruben Fontes Neto
1902futebol
1º Guarani 1978 - 2º São Caetano 2000/2001 - 3º Bragantino 1991

Daniel Keppler
Central do Timão
1º São Caetano 2000/2004 - 2º Guarani 1978 - 3º Ponte Preta 1977

Matheus Gerlach
Jornalista freelancer
1º São Caetano 2002 - 2º Chapecoense 2016 - 3º Guarani 1978

Felipe Augusto
Revista Série Z
1º Guarani 1978 - 2º Ponte Preta 1977 - 3º São Caetano 2002

Fernando Martinez
Jogos Perdidos
1º São Caetano 2000/2004 - 2º Guarani 1978/1979 - 3º Ponte Preta 1981

Roberto Casagrande
Canal JoinvilleÔ
1º São Caetano 2000/2004 - 2º Paulista de Jundiaí 2005 - 3º Chapecoense 2016

Álisson Albino
Gente de futebol - Cuiabá EC
1º Guarani 1978 - 2º Chapecoense 2016 - 3º Criciúma 1991

Mario Casimiro Gonçalves
Correio de Atibaia
1º Guarani 1978 - 2º Bragantino 1990/1991 - 3º Criciúma 1991/1992


Com todos os votos computados, a pontuação final foi a seguinte:

Guarani 1978 - 57 pontos (vencedor)
São Caetano 2000/2004 - 34
Chapecoense 2016 - 14
Bragantino 1990/1991 - 12
Criciúma 1991/1992 - 5
Juventude 1998/1999 - 4
Paulista 2005 - 4
Ponte Preta 2013 - 3
Brasil de Pelotas 1985 - 3
Guarani 1994 - 3
Grêmio Maringá 1969 - 3
Ponte Preta 1977/1981 - 3
Red Bull Bragantino 2021 - 2
Londrina 1977 - 2
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