Luto! Morre Pedro Paulo da Silva, o Nã, ex-treinador e comentarista do futebol paulista

Com informações da Agência Futebol Interior

Foto: arquivo

Seu auge ocorreu em 1979 com a conquista do título com o Bragantino da Terceirona Paulista

Ex-treinador de vários clubes do interior paulista, morreu, nesta quinta-feira, Nã, Pedro Paulo da Silva. Dono de frases hilárias que o transformaram numa figura folclórica no meio do esporte, Nã, morreu nesta quinta-feira à tarde, aos 87 anos (11/10/1938).

Ele já vinha doente há algum tempo, quando teve seu quadro agravado por uma pneumonia. O velório vai acontecer na sexta-feira (19) no Cemitério da Saudade, a partir das 12 horas, com o sepultamento marcado para as 15 horas.

Nã nasceu na Rua Oscar Leite, no bairro Ponte Preta, em Campinas, e sua família sempre esteve ligada ao futebol amador e ao futsal da cidade. Destaque no comando técnico do Botafogo da Avenida Abolição, ele despontou mesmo no Esporte Clube Mogiana.

No interior ele trabalhou em vários clubes como Itapirense, Funilense, Guaçuano e Capivariano. A fama de ‘bom olheiro’ correu pelo interior até que ele teve sua grande chance no comando do Clube Atlético Bragantino. O convite partiu de Nabi Abi Chedid, patrono do clube.

Em 1979, então no Bragantino, Nã fez história. Na época o clube disputava a Terceira Divisão Paulista, que reunia dezenas de clubes de todo o Estado de São Paulo.

Lá foi campeão paulista ao lado do preparador físico Marcos Roberto Sá, o ‘Professor Sá’. Os dois fizeram uma campanha histórica: 22 jogos, 12 vitórias, sete empates e apenas três derrotas.

Olheiro e repórter - Nos anos de 1970, a sua habilidade para descobrir talentos o levou a ser ‘observador’ da base da Ponte Preta, onde encaminhou muitos jovens para serem lapidados.

No futebol de salão dirigiu, com sucesso, nos anos de 1980 o Real Ponte Preta. Por lá passaram muitos craques do futsal como Cortes, Carlinhos Dentinho, Zé Carlos e Eduardo Cachorrão.

Ao longo da vida, Nã atuou em várias profissões, mas por muito tempo foi ‘anotador de jogo de bicho’. Atuou também na imprensa campineira, como repórter e comentarista do futebol amador.

Na Rádio Central, por anos, ele foi ‘O Repórter das Torcidas‘. Também atuou divulgando os números da loteria federal. Uma figura ímpar que era sempre visto no centro de Campinas, onde sempre morou.