Outra partida ruim mostra que o Liverpool está completamente perdido na temporada

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images

O Liverpool apenas empatou com o time reserva do Wolves

A temporada 2021/2022 terminou com o Liverpool sendo com muita razão taxado como um dos melhores times do mundo. Apesar da frustração da perda da Premier League e da Liga dos Campeões, o time de Klopp levou um doblete de copas nacionais e jogou um futebol que encantou o planeta ao longo de todo ano. Na temporada atual, porém, o time de Anfield não se encaixou e cada vez mais está evidente que a equipe de Klopp está perdida, sem direção e correndo enorme risco de sequer ir a próxima Liga dos Campeões.

Talvez a derrocada dos Reds tenha começado antes mesmo da temporada começar. A escolha de trazer Darwin Nuñez não é de toda errada e ao contrário do que muita gente está falando, este que vos escreve não pensa que o uruguaio será um problema (pelo contrário), mas o ataque não era necessariamente o setor que mais precisava ser reforçado. Na verdade, o elenco perdeu profundidade em todos os setores, com as saídas de Origi, Minamino, Neco Williams e claro, de Sadio Mané. 

O problema não foi só esse, mas que o time também não ganhou mais profundidade e não reforçou o meio-campo, setor que conta com muitos jogadores que são "injury prone", ou seja, propensos a lesões. Além de precisar passar por uma reformulação, o time de Klopp também mostra desde o início da temporada dificuldade para conseguir ter segurança defensiva enquanto segue tentando pressionar alto como fazia antigamente. A junção disso é talvez o grande catalisador tático da tragédia que é o time vermelho na atual temporada.

Este é o contexto que tem feito do Liverpool o time frágil e perdido que se mostra. O que antes parecia um problema de encaixe tático agora virou uma bola de neve de falta de confiança, desânimo, cansaço e desfalques. O empate com o time reserva do Wolverhampton, mesmo usando um time bem completo, em Anfield Road pela FA Cup parece ser a demonstração final de que os antigos "Mentality Monsters" de Klopp terão de aprontar uma campanha de nível surreal para se recuperar e buscar apenas uma vaga na Liga dos Campeões. Talvez não haja gol de Alisson para salvar a temporada. 

Por sinal, o goleiro brasileiro, que era um dos poucos que escapava da temporada bisonha de vários jogadores vermelhos, incluindo consagrados como Van Dijk, também falhou neste último jogo, entregando a bem da verdade dois gols ao Wolverhampton. O que assusta é que não importa quem jogue, o Liverpool parece não conseguir ter segurança defensiva e letalidade ofensiva e parece que nunca os onze jogadores dentro de campo estão bem. Numa noite onde Arnold esteve inspirado, Nuñez foi bem e marcou e Salah também fez grande partida, a defesa inexistiu e Alisson falhou duas vezes. Em outras oportunidades, em tardes onde a defesa foi bem, Salah, Nuñez e todo o aparato ofensivo foram ineficientes. 


No fim das contas, o que fica claro cada vez mais é que o time de Klopp parece um navio a deriva sem direção, perdido, sendo levado pela correnteza para um local perigoso e triste. Sem um ataque eficiente, sem uma defesa, sem um mecanismo claro e, francamente, sem saber o que quer, a temporada do Liverpool tende cada vez mais ao fracasso retumbante e a reconstrução depois dele talvez seja impossível. Talvez estejamos testemunhando o fim de um dos melhores times da história do futebol europeu.
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