A história de Edmundo com a Seleção Brasileira

Por Lucas Paes
Foto: FIFA.com

Edmundo atuando pela Seleção em 1998

O atacante Edmundo foi dentro de campo um dos mais brilhantes e ariscos jogadores que o Brasil já produziu em suas terras privilegiadas. O "Animal", que completa 50 anos neste dia 2, coleciona títulos e boas passagens por vários clubes e impressionou o continente no ano de 1997, quando muitos argumentam que jogou o melhor futebol no planeta. O polêmico craque tem um histórico longo e de altos e baixos com a camisa da Seleção Brasileira, que não se resume a 1998.

Surgido nos profissionais do Vasco da Gama em 1992 e desde já se mostrando uma promessa do futebol, sua primeira convocação para a Seleção Brasileira veio já naquele ano, em 1992, para amistosos. Contra o México, no dia 30 de julho, chegou a entrar pouquíssimo tempo, já contra os Estados Unidos, no primeiro dia de Agosto, jogou 23 minutos. Seu primeiro gol veio ainda naquele ano, num amistoso no Amigão, contra o Uruguai, logo aos 4 minutos de jogo, em 24 de novembro. O Brasil venceu por 2 a 1.

Sua primeira competição oficial com a Amarelinha foi a Copa América de 1993. Atuou como titular nas três partidas da fase de grupos, marcando um gol na vitória por 3 a 0 contra o Paraguai. Também era titular na derrota nos pênaltis para a Argentina, nas quartas, quando acabou substituído faltando menos de 20 minutos para o final do duelo. Ainda atuou num amistoso diante da Alemanha em 1993, mas não jogou nas Eliminatórias.

Na preparação para a Copa do Mundo de 1994, onde o Brasil seria tetra, ele estava na pré-lista e atuou em alguns amistosos que não contaram como jogos oficiais. Uma má partida diante de um combinado de PSG e Bordeaux acabou por tirar o Animal da Copa do Mundo. Esse jogo limou também a chance de Rivaldo ir para o Mundial e cacifou a presença do zagueiro Márcio Santos que, pasmem, jogou no combinado. Assistiu de casa o título de Romário e cia. Só voltaria a Seleção em 1995.

Naquele ano, atuou inicialmente na Copa Umbro, marcando gols diante de Suécia e Inglaterra, sendo campeão e com isso garantindo sua convocação, feita por Zagallo, para a Copa América de 1995. Naquela edição, disputada no Uruguai, marcou na fase de grupos diante do Peru e nas quartas de final contra a Argentina, que dessa vez acabou eliminada pelo Brasil nos pênaltis. As cobranças da marca da cal seriam mais uma vez o algoz dos Canarinhos na final, diante do Uruguai, campeão sobre os brasucas.

Atuando novamente em diversos amistosos, curiosamente não sendo convocado para as eliminatórias, fez novamente parte da equipe da Copa América de 1997,também comandada por Zagallo. Naquela edição, disputada na Bolívia, atuou em quatro jogos, marcando um gol contra a Colômbia, na fase de grupos e contra a Bolívia, na final, onde foi substituído pois havia literalmente socado um jogador boliviano, quando o jogo estava 1 a 1, e dado a sorte do lance não ter sido visualizado pela arbitragem. O "Velho Lobo" o substituiu por Paulo Nunes e o Brasil saiu do Hernando Silles campeão.


Em 1998, ano de Copa do Mundo seguido da temporada mais destruidora da carreira do Animal, ele fez parte do time que foi à Copa Ouro da Concacaf e caiu nas semifinais, marcando um gol diante de El Salvador, na fase de grupos. Na Copa do Mundo, atuou diante de Marrocos e entrou na final contra a França, numa história já conhecida. Seria o titular na decisão contra os donos da casa, já que Ronaldo havia sofrido uma convulsão no hotel, porém Zagallo optou por botar o Fenômeno, nitidamente mal fisicamente, como titular. Pouco conseguiu fazer quando entrou, com o jogo já 2 a 0 para os franceses.

Voltou a ser convocado por Vanderlei Luxemburgo, em meio a preparação para a Copa do Mundo de 2002. Atuou diante do Peru, fora de casa, quando foi expulso no finalzinho do jogo, em março de 2000, e em novembro, já com Emerson Leão como treinador, diante da Colômbia, seu último jogo com a camisa da Seleção Brasileira, no Morumbi, quando os Canarinhos venceram por 1 a 0 no finalzinho do jogo e os torcedores, insatisfeitos com a má atuação brasileira, jogaram as bandeiras distribuídas na entrada no gramado. 

Foram 39 jogos e 10 gols de Edmundo com a Amarelinha, boa parte destas partidas sendo em amistosos ou em Copa América. Conquistou o título da competição continental em 1997, sendo seu único à serviço dos pentacampeões da Copa do Mundo. 
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