Polícia de Barcelona faz buscas no Camp Nou e Josep Bartomeu é preso

Foto: AFP

Policiais foram ao Camp Nou nesta segunda-feira

O mês de março começou agitado em Barcelona. A polícia local foi ao Camp Nou fazer buscas relacionadas ao caso "Barçagate.". Além de recolher documentos e provas, os oficiais da lei da cidade catalã também prenderam o ex-presidente do clube Josep Maria Bartomeu. O fato repercutiu inicialmente na imprensa europeia e depois pelo mundo

Segundo informou o Globo Esporte, uma equipe de agentes da "Mossos d'Esquadra" foi até a residência de Bartomeu - que renunciou ao cargo em outubro - e o levou detido, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e administração injusta. Também foram presos o atual CEO do Barça, Òscar Grau; o diretor jurídico, Román Gómez Pontí; e o ex-assessor presidencial Jaumes Masferrer. Outros diretores estariam isolados e incomunicáveis.

O Tribunal de Justiça catalão já havia emitido a ordem das buscas e apreensões na sede do clube, que ficou fechada pelos policiais na manhã desta segunda. Os funcionários do Barcelona tiveram de aguardar do lado de fora enquanto a polícia catalã fazia seu trabalho. Em comunicado oficial, o Barça ressaltou que colabora com as autoridades na investigação e garantiu que os documentos apreendidos fazem parte apenas dos serviços de monitoramento e atualização das redes sociais.

Entenda o caso Barçagate: O caso Barçagate surgiu de investigações da Rádio Cadena SER que levaram o escândalo ao público em fevereiro do ano passado. Segundo o jornalista Marcelo Bechler, correspondente do Esporte Interativo, explicou no Twitter: "o Barça contratou uma empresa pequena em termos de grandes contratos, a I3 Ventures, pagando um milhão de Euros para monitorar redes sociais. Os pagamentos foram fracionados em prestações de menos de 200 mil, para que não precisassem prestar contas para a diretoria. Essa empresa teria criado perfis falsos em redes sociais para atacar adversários políticos da diretoria - o que Bartomeu disse que foi feito por conta própria, além de jogadores como Messi e Pique". Ele completou ainda que o contrato foi rescindido assim que a denúncia saiu na rádio.

Segundo Marcelo ainda completou na postagem, as penas caso a condenação se confirme podem ser de 6 meses a quatro anos de prisão para cada um dos envolvidos. Espera-se que a pena seja maior no caso dos diretores culés, pois a soma de dinheiro é grande. Pelo menos esta é a visão de especialistas locais sobre a questão.


Não é a primeira vez que diretores do Barça se envolvem com problemas legais ou mesmo são presos. Anteriormente a Josep Maria Bartomeu. Sandro Rosell foi denunciado, investigado e preso por problemas na transferência de Neymar ao Barcelona envolvendo apropriação de fundos. Bartomeu foi eleito logo depois de sua saída. Na verdade, todos os presidentes barcelonistas pós-redemocratização da Espanha (1978) foram ou presos ou então acusados de algum crime, nem sempre envolvendo necessariamente a administração do clube.

Em meio a uma crise institucional que possivelmente é a maior de sua história, o Barcelona terá suas eleições no dia 7 de março deste ano, com votos por correio e algumas outras novidades visando evitar aglomerações. Os candidatos são Joan Laporta, que já foi presidente entre 2003 e 2010, Victor Fort e Toni Freixa.

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