A passagem do centroavante Gaúcho pelo Boca Juniors

Foto: arquivo

Gaúcho ficou pouco tempo no Boca Juniors

Neste 7 de março de 2021, Luís Carlos Tóffoli estaria completando 57 anos se estivesse vivo. O centroavante Gaúcho fez a alegria de muitas torcidas com seus gols, principalmente Palmeiras e Flamengo. Em 1991, ele jogou no Boca Juniors com a missão de substituir Gabriel Batistuta.

Nascido em Canoas, na grande Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Gaúcho, apesar do local de nascimento, começou no Flamengo, onde se profissionalizou em 1984. Depois, passou por XV de Piracicaba, Grêmio, Yomiuri do Japão e Santo André.

Em 1988 ele chega ao Palmeiras, onde sua carreira deslanchou. No Verdão, mesmo em uma fase não tão boa do clube, ele fez muitos gols e chegou a evitar alguns em um jogo contra o Flamengo, onde na decisão por pênaltis pegou as cobranças de Zinho e Aldair. Em 1989 ele volta para o Rubro Negro, onde também faz muitos gols.

Em 1990, o Flamengo ganhou a Copa do Brasil, o que garantiu o clube na Libertadores do ano seguinte. E é nesse ponto que a história de Gaúcho cruza com a do Boca Juniors, já que o time argentino enfrento o Rubro Negro na competição.

O Boca Juniors levou a melhor sobre o Flamengo, mas ficou de olho no camisa 9, já que estava perdendo o seu grande centroavante, Gabriel Batistuta, que ia servir a Seleção de seu país na Copa América, realizada no Chile, e depois foi para a Europa. Assim, o time argentino negociou com os cariocas e no segundo semestre de 1991 Gaúcho desembarcava em Buenos Aires, indo pro empréstimo.

Gaúcho foi para a Argentina com uma missão: ajudar o Boca Juniors a conquistar o Campeonato Argentino, que não vinha desde 1981, nas finais contra o Newell's Old Boys. Mas o atacante brasileiro não esteve à altura das guerras, sem exagero, que foram aquelas finais contra o Newell's Old Boys do técnico Marcelo Bielsa.

No 1º jogo, em Rosário, Gaúcho durou os 90 minutos, mesmo caçado pela dupla de zaga Berizzo e Pochettino. Patadas y trompadas. Pontapés e socos. E 1 a 0 para o Newell's. Na volta, na Bombonera cheia de barro e papeis picados, o Boca devolveu o placar, mas Gaúcho já não estava no gramado. Saiu aos 33 minutos do segundo tempo sob todas as vaias possíveis. Da chegada à saída no Boca, vale reforçar, só dez dias. ''Deixou o campo sem barro nas meias. Imperdoável'', resumiu o Imborrable Boca.


O Boca perdeu aquele título nos pênaltis em decisão celebrada até hoje em Rosário. O time voltaria a ganhar o Argentino em 1992 – com Gaúcho, já de volta ao Flamengo, conquistando o Brasileiro com o vovô Júnior e companhia.

1992 foi o ano também em que o Newell's, graças à vaga obtida na Bombonera, decidiu a Libertadores contra o São Paulo. De novo levou a decisão para os pênaltis. Mas Zetti levou a melhor sobre Scoponi e Telê superou Bielsa no Morumbi.

Em 1993, Gaúcho deixaria o Flamengo para ir ao Lecce, da Itália. Depois, defendeu Atlético Mineiro, Ponte Preta, Fluminense e Anápolis, onde encerrou a carreira em 1996. Depois, chegou a tentar a carreira de treinador e acabou falecendo em 17 de março de 2016, quando tentava vencer um câncer de próstata.
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