Johnny Monteiro completa 34 anos de capelania esportiva

Foto: divulgação

Johnny Monteiro com César Sampaio

Há 34 anos, o missionário evangélico Johnny Monteiro tem levado a Palavra de Deus pelo mundo esportivo, não só em nível nacional, mas internacionalmente também, independente da modalidade, já que esteve presente no futebol, basquete, surf e vôlei, entre outras, comparecendo e fazendo o seu trabalho em grandes eventos mundiais, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, Mundiais de diversas modalidades, além de várias competições nacionais.

“Nesse mundo individualizado do esporte, é comum o atleta sentir-se sozinho, vivendo momentos de muita pressão. Ele se vê pressionado pela mídia, pela torcida e até mesmo pelos próprios companheiros de equipe, na busca de bons resultados”, comentou Monteiro, que um dos percursores do Ministério Atletas de Cristo no Brasil, Argentina e Paraguai.

“O atleta se vê pressionado pela própria ansiedade de progressos rápidos, diante de uma carreira curta. Toda essa situação propicia questionamentos e conflitos emocionais. As portas para o mundo das drogas também estão sempre abertas e muito próximas e se não chegam a alcançar o atleta, são fortes candidatas a preencher o vazio e a insegurança em seu coração”, explicou o missionário, que que trabalhou no São Paulo FC, Santos FC, Avaí FC, San Lorenzo, Velez Sarsfield e Boca Juniors (basquete), entre outras agremiações brasileiras, argentinas e paraguaias. 

Realizando com maestria o trabalho de Capelania Esportiva desde 1985, o começo de vida para Johnny, que é graduado em Teologia, não foi fácil. Criado em um orfanato desde os quatro anos de idade, sem qualquer apoio familiar, teve que se destacar entre os colegas para poder alcançar alguns privilégios e obter qualificações que lhe permitissem sair do orfanato, mas dedicou-se e destacou-se no esporte, que passou a ser então seu referencial no mundo.

“O trabalho que realizei com o técnico Renê Simões, em Teresópolis (RJ), como capelão de um selecionado nacional sub-20 foi marcante, pois fiquei cerca de 20 dias com o grupo. Na Argentina vivi outros momentos especiais, um com o Velez Sarsfield e outro com o San Lorenzo; sendo campeão argentino ao lado do Silas, que venho acompanhando desde os tempos do São Paulo FC, quando iniciei meu trabalho”, relembrou Monteiro.

“O César Sampaio também é fruto desse trabalho, que teve uma conversão bonita, quando estava iniciando carreira no Santos FC. É um jogador de grande carreira, que o mundo todo reverencia, de repercussão nacional e internacional, que fez o primeiro gol da Copa do Mundo da França; realmente, é um ícone do futebol brasileiro e internacional”, acrescentou.

“No Surf, dentro do trabalho realizado no Guarujá (SP), atuamos com o Amaro Mattos, hoje aposentado, e alguns outros bons surfistas da época”, complementou Johnny.

Sem afeto e sem apoio familiar é muito fácil o coração encher-se de questionamentos. Isso o levou a um vazio existencial à procura de respostas, chegando à boemia e às drogas. Felizmente, João Monteiro da Silva, hoje com 69 anos, encontrou nessa época, um líder cristão que o levou a um acampamento chamado ‘Palavra da Vida’. Lá teve chance de conhecer outra verdade, a única que poderia responder às suas questões e mudar a sua história.

“Minha conversão se deu no dia 03 de julho de 1970, no Palavra da Vida, quando fui convidado para participar de uma equipe neste Acampamento de Jovens. Através do Pastor Valdemar Fomin, que me tirou literalmente da rua, em frente a Associação Cristã de Moços (ACM da Nestor Pestana, na região central de São Paulo) e me levou para esse acampamento. Na época eu era drogado e percebi neste encontro que existiam por lá jovens com atitudes diferentes, pois eu vivia na noite pelas boates, com um vazio existencial profundo, tédio e solidão, além do constante questionamento de vida”, relembrou.

No centro, com Silas e Jorginho

“Busquei na psicanalise e na psicologia e não encontrava respostas, mas nesse acampamento, vendo a vida de atletas, sentindo aquele ambiente cristão, com jovens alegres, falando com Deus, cantando e orando; era tudo o que queria e necessitava. Eu os achava muito caretas e bitolados, mas resolvi encará-los, provocando no esporte e eles respondiam com amor e sorriso, por isso, achava que eram loucos, até que pedi para um dos líderes deste acampamento, o Volnei Faustini, mostrar o que estava acontecendo, porque aquele pessoal era daquela forma; ele, então, conversou comigo e explicou o plano da salvação”, acrescentou.

“Naquela tarde surgiu um novo Johnny, que perdura até os dias de hoje. Eu tenho um passaporte para a eternidade, através de Jesus Cristo, que comprou o meu passe e tenho a felicidade de ter uma cidadania celestial e vou estar com Ele por todo o sempre; sou feliz por pode transmitir nestes 34 anos, essa mensagem para milhões de pessoas pelo Brasil e fora também, que tem sido uma grande benção na minha vida”, complementou Monteiro.

Neste longo período na estrada, Johnny é reconhecido nacional e internacionalmente, inclusive por autoridades do esporte e imprensa esportiva, pelo pioneirismo e por seu desprendimento. A sua atuação como Capelão rendeu frutos importantes, auxiliando na carreira e na vida de grandes nomes do esporte, como: César Sampaio, Silas, Taffarel, Baltazar, Fernando Doze e Amaro Matos, entre outros.

Com esse panorama altamente positivo, Johnny Monteiro, que reside em Goiânia (GO) e lidera o ministério de Atletas de Cristo local, já realizou vários encontros e tem ‘trânsito livre’ entre atletas de clubes e das seleções nacionais de diversas modalidades para desenvolver seu sério e comprometido projeto de salvação de vidas.
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